A pesca da sardinha reabre esta segunda-feira, após quase sete meses de interdição, com um limite de 10.000 toneladas que deverá ser revisto em junho.
No entanto, num diploma publicado em Diário da República no dia 6 de maio, o Governo precisou que “é interdita a captura, manutenção a bordo, descarga e venda de sardinha em todos os dias de feriado nacional”, bem como a transferência de sardinha para uma lota diferente da correspondente ao porto de descarga e ainda a descarga em mais de um porto durante cada dia com uma mesma embarcação.
Até 31 de julho o limite global de descargas de sardinha capturada com a arte de cerco vai ser de 10 mil toneladas, a repartir entre o grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários são membros de organizações de produtores (OP) reconhecidas para a sardinha e grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários não são membros de OP reconhecidas para a sardinha, correspondendo a cada um dos grupos, respetivamente, 9.850 toneladas e 150 toneladas.
O despacho em causa definiu os dias de pesca por áreas de jurisdição das capitanias: de Caminha à Figueira da Foz vai ser das 00h00 de sábado até às 00h00 de segunda-feira, já da Nazaré a Lisboa será das 12h00 de sábado até às 12h00 de segunda-feira, em Setúbal e Sines das 20h00 de sexta-feira até às 20h00 de domingo, Lagos, Portimão e Sagres das 18h00 de sexta-feira às 18h00 de domingo, e de Faro a Vila Real de Santo António das 18h00 de sexta-feira às 18h00 de domingo.
Em função das necessidades de gestão da pescaria e da evolução dos dados recolhidos, a fixação do limite das descargas de sardinha para o período que inicia em 1 de agosto pode ser alterada por despacho do diretor-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.
A captura e descarga de sardinha foi proibida desde 10 de outubro de 2020, depois de ter sido reaberta em 1 de junho, por ter atingido o limite fixado para esse ano pelo Governo, tendo em conta o acordado com Espanha no Plano Plurianual para a Gestão e Recuperação da Sardinha 2018-2023.
Em maio de 2020, o Governo definiu que a pesca da sardinha seria proibida a partir de 31 de julho, mas no final de julho, num despacho do anterior secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, decidiu prolongar a possibilidade de capturas após 1 de agosto, aumentando o limite de descargas obtidas com a arte de cerco para 6.405 toneladas e proibindo a partir de 14 de setembro a pesca de sardinha às quartas-feiras.
A quota nacional de pesca da sardinha está fixada em 10 mil toneladas até julho, mas vai ser revista em alta após parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar, segundo o ministro do Mar que, em abril, em Matosinhos, disse acreditar que, em junho, o parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) vá ser favorável a uma revisão em alta da quantidade autorizada.
Em 2020, a quota nacional de pesca da sardinha foi inicialmente fixada nas 6.300 toneladas para a campanha que decorreu de 1 de junho a 31 de julho (mais 1.300 toneladas do que no ano anterior), mas foi posteriormente aumentada para as 12.705 toneladas, permitindo-se à frota do cerco capturar 6.405 toneladas adicionais de sardinha a partir de 1 de agosto.
Este aumento resultou de uma reavaliação do “stock” da sardinha solicitada pelos governos de Portugal e Espanha ao Conselho Internacional para a Exploração do Mar e que, face à franca recuperação deste recurso, determinou uma subida da quota gerida em conjunto pelos dois países das 10.799 toneladas para as 19.100 toneladas, 66,6% das quais (12.705 toneladas) respeitam a Portugal.
Fonte: Observador
Hoje celebra-se o Dia Internacional da Reciclagem, uma data instituída pela UNESCO que pretende relembrar a importância de reduzir, reutilizar e reciclar os nossos resíduos. Quando depositamos corretamente o nosso lixo e evitamos que este vá para aterro, estamos a contribuir para a sua circularidade e para o meio ambiente.
De acordo com a Sociedade Ponto Verde (SPV), ao longo de 25 anos da sua jornada já foram recicladas 9 milhões de toneladas de embalagens no país. Em 2020 a reciclagem aumentou 13% face a 2019, o que corresponde a um total de 409 mil toneladas de embalagens encaminhadas para reciclagem.
No âmbito deste dia, a SPV lançou uma novidade em parceria com o Jardim Zoológico de Lisboa; os ecobags, sacos para reciclagem, estão pela primeira vez disponíveis para venda na loja do Zoo e o seu valor de aquisição reverte para o Fundo de Conservação Animal.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC) executou, em dois locais, dezassete (17) mandados de busca (não domiciliários) no âmbito de investigação dos crimes de Falsificação de Documentos e Fraude sobre Mercadorias.
A investigação visou duas empresas (indústrias de carnes e entreposto frigorífico), situadas em Loulé e em Viseu. Na sequência da operação, em Loulé, detetou-se que a empresa usurpava a marca de salubridade atribuída oficialmente a outro operador, tendo sido apreendidos 4.710 quilos de carne de bovino, por não ter sido possível determinar a sua rastreabilidade, uma vez que seria prática dessa empresa retirar e eliminar os rótulos originais dos produtos embalados, substituindo por rótulos próprios, alterando as menções de origem e de validade.
Foram ainda apreendidos mais de 16.500 rótulos com a identificação da marca de salubridade usurpada, uma máquina de vácuo, um computador, dados informáticos e
documentação diversa. O valor total da apreensão ascende a 34.000,00€.
No âmbito desta mesma investigação, em Viseu, numa outra empresa, foram apreendidos 1.039 quilos de carne congelada (de bovino, suíno e aves), no valor comercial de € 6.173,45, pelos crimes de falsificação de documentos e fraude sobre mercadorias. Foram ainda constatadas infrações contraordenacionais por falta de rastreabilidade, por falta de Número de Controlo Veterinário (NCV) para a congelação de carne de bovino e suíno e por incumprimento das regras sobre encaminhamento de sangue de origem animal para uma unidade de subprodutos (o sangue era colocado diretamente no lixo orgânico).
Verificaram-se, por fim, fortes indícios de que a empresa eliminaria a rotulagem de origem dos produtos, recolocando no mercado a carne com prazo de validade já expirado, em certos casos, com mais de um ano, dando indicação de que teria mais um ano de validade.
Ambas as empresas, através dos seus representantes legais, foram constituídas arguidas.
Fonte: ASAE
Um produtor de cereja do Fundão instalou estufas em sistemas de túnel ao longo de quatro hectares de cerejal, numa aposta pouco comum nesta fruta, mas que a protege contra a chuva e o mau tempo e garante a produção.
“Estas estufas são o resultado de anos de intempéries, de anos de arrelias, de anos de perda de fruta precoce e, portanto, procurámos uma forma de colmatar esse problema”, referiu, em declarações à agência Lusa, o produtor e empresário Paulo Ribeiro.
Com cerca de quatro metros de altura e coberturas apropriadas à produção de cereja, este sistema implicou um investimento de 50 mil euros por hectare, totalizando 200 mil euros, até agora.
“Optámos por uma estrutura forte, que nos desse garantias de suportar ventos fortes e que não nos desse, depois, outras dores de cabeça”, disse, lembrando que na região esta é a primeira vez que se aposta em produção de cereja sem ser a céu aberto.
Com mais de 80 hectares de cerejeiras plantadas, Paulo Ribeiro instalou as coberturas em quatro hectares, onde as árvores crescem protegidas, o que permite que a fruta não seja destruída quando há situações de mau tempo, como a chuva muito intensa, o granizo ou até a até neve, como ocorreu em 2020.
De resto, este produtor lembra que no ano passado teve grande parte da produção “arruinada”, sendo que 28 das 60 toneladas que conseguiu colher foram provenientes das estufas.
“A grande vantagem que temos com este investimento é o facto de se poder garantir a produção regular, desde as primeiras semanas de maio e independentemente de estar a chover ou não”, acrescentou.
Uma realidade que já contribuiu para a decisão de aumentar a área coberta para as variedades mais precoces, dado que nas restantes os riscos são mais reduzidos.
Para já, este produtor tem previsto aumentar os túneis de proteção em mais seis hectares do mesmo pomar, num investimento de 300 mil euros, que deve estar concretizado no próximo ano.
Além disso, tem ainda plano para outro tipo de coberturas, sendo que, no total, e na soma de dois pomares, o objetivo de Paulo Ribeiro é chegar aos 24 hectares de plantação coberta.
“É uma aposta ganha, mas também é uma aposta muito cara e temos de ter noção disso”, disse, frisando a falta de apoios do Estado nesta matéria e lembrando a importância de alterar esse paradigma para ajudar a proteger a agricultura e as culturas das condições climatéricas adversas que são, cada vez mais, frequentes.
O Fundão, no distrito de Castelo Branco, é considerado como uma das maiores zonas de produção de cereja a nível nacional.
De acordo com um levantamento feito pela autarquia, a fileira da produção de cereja neste concelho (que inclui subprodutos e negócios associados) já representa mais de 20 milhões de euros por ano na economia local.
Fonte: Agroportal
Foi hoje publicado um relatório onde são abordados os resultados de avaliação por parte da Comissão Europeia à efetividade do Regulamento da pesca de profundidade da União Europeia (UE) adotado em 2016.
Este regulamento proíbe o arrasto de fundo abaixo dos 800 metros nas águas da UE e exige o encerramento de áreas de mar profundo abaixo dos 400 metros para pesca de contacto com o fundo, particularmente pesca de arrasto de fundo, onde se encontram ecossistemas marinhos vulneráveis (VME).
De acordo com os resultados a proibição da pesca de arrasto de fundo está a ser cumprida, no entanto, não foi feito nenhum progresso no encerramento de áreas VME a este tipo de pesca, apesar de o regulamento exigir que esses encerramentos fossem implementados a partir de 2018.
A Deep Sea Conservation Coalition (DSCC) e a Sciaena pedem assim à Comissão Europeia e aos Estados-Membros que apoiem as opções que melhor protegem os ecossistemas de profundidade nas águas da UE.
“A Comissão Europeia e os Estados-Membros têm-se comprometido consistentemente em conter e reverter a perda de biodiversidade. Esta é uma oportunidade perfeita para dar um passo significativo para colocar as palavras em ação e proteger os ecossistemas do mar profundo para beneficiar a biodiversidade e combater as alterações climáticas. Os montes submarinos [hotspots de biodiversidade], em particular, são reconhecidos pontos críticos de biodiversidade. Proibir nestes a pesca de arrasto nas costas da Irlanda, França, Espanha e Portugal deixa a UE muito mais perto de terminar o trabalho que começou com o fecho de todos os montes submarinos para a pesca de arrasto de fundo nas águas circundantes aos Açores, Madeira e Canárias há 15 anos”, afirma Matthew Gianni, cofundador da DSCC.
Gonçalo Carvalho da Sciaena, uma ONG membro da DSCC, refere que “Portugal tem responsabilidade acrescida na proteção dos ecossistemas e espécies sensíveis de grande profundidade, pois tem sob a sua jurisdição uma enorme área de mar profundo. Estamos certos que o Ministro do Mar, até pelo conhecimento que tem sobre este assunto, não deixará passar a oportunidade de atuar de forma decisiva“.
A DSCC e as restantes organizações ambientais aguardam que a Comissão Europeia publique a sua proposta formal para o encerramento de áreas VME ao arrasto de fundo.
Fonte: Greensavers
Cerca de 97% dos portugueses estão conscientes das alterações climáticas e querem consumir energia de forma responsável, revela o mais recente estudo da ei energia independente.
A empresa especializada em autoconsumo fotovoltaico realizou um inquérito em Portugal e em Espanha, em conjunto com com o IO Sondea Market Research Institute, no intuito de conhecer o modelo energético do futuro e o novo consumidor.
A crise sanitária resultante da Covid-19 trouxe uma maior sensibilidade e consciência do impacto da sociedade sobre o ambiente. Os resultados demonstram que a maior parte dos cidadãos começaram a adotar comportamentos mais sustentáveis. Nove em cada dez (89,86%) pessoas dizem estar preocupadas com o impacto ambiental da sua casa, e 95% gostariam de saber de onde vem a energia que consomem.
“Há uma clara mudança no perfil do consumidor, nos dois países e até um pouco mais acentuado em Portugal do que em Espanha. Como mostra o nosso estudo, os portugueses estão ainda mais conscientes das alterações climáticas do que os espanhóis (97% de Portugal vs. 90% de Espanha). Na ei energia independente estamos conscientes desta realidade e queremos facilitar a transição energética para indivíduos e empresas, com uma proposta simples, atrativa e diferencial, acompanhando-os ao longo do processo”, afirmaYsabel Marqués, Chief Marketing Officer da ei energia independente.
Fonte: Greensavers
Algas, larvas, proteína derivada de fungos, espirulina ou clorela são alguns dos “alimentos do futuro” que devem ser cultivados em grande escala para combater globalmente a desnutrição, recomenda um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A investigação hoje divulgada, publicada na revista científica Nature Food, defendeu serem necessárias alterações radicais no sistema de produção alimentar para assegurar o abastecimento à população mundial e combater a desnutrição, face a um cenário de alterações climáticas, degradação ambiental, pragas e doenças.
Depois de analisarem cerca de 500 artigos científicos publicados sobre diferentes sistemas de produção alimentar do futuro, os cientistas acentuaram a importância de recorrer a alternativas nutritivas e mais sustentáveis, à base de plantas e animais, em comparação com os alimentos tradicionais.
No estudo é referido que “o nosso futuro abastecimento alimentar global não pode ser garantido” por abordagens tradicionais para melhorar a produção alimentar, sugerindo a utilização de sistemas de última geração e de ambiente controlado para produzir novos alimentos menos sujeitos a vulnerabilidades ambientais ou epidemias, que devem ser integrados na cadeia alimentar.
“Alimentos como algas de açúcar, moscas, minhocas e algas unicelulares, como a clorela, têm o potencial de providenciar dietas saudáveis e resistentes ao risco, que podem combater a desnutrição em todo o mundo”, disse investigador do Centro para o Estudo do Risco Existencial (CSER) da Universidade de Cambridge e primeiro autor do relatório, Asaf Tzachor, citado num comunicado hoje divulgado pela instituição de ensino.
O investigador alertou que o nosso sistema alimentar atual é vulnerável e está exposto a riscos como inundações, geadas, secas, parasitas, e alertou que melhorias marginais na produtividade não irão ter impacto no cenário global.
“Para uma alimentação à prova de futuro, precisamos integrar formas completamente novas de agricultura no sistema atual”, preconiza Asaf Tzachor.
A investigadora doutorada no Centro de Estudos de Risco Existencial e no Departamento de Engenharia de Cambridge Catherine Richards salientou ser importante “diversificar a nossa dieta com estes futuros alimentos”, de forma a “alcançar a segurança alimentar para todos”.
“Os avanços na tecnologia abrem muitas possibilidades para sistemas alternativos de abastecimento alimentar, que são mais resistentes ao risco e podem fornecer eficientemente nutrição sustentável a biliões de pessoas”, vincou Catherine Richards, citada na mesma nota.
Segundo os investigadores, as reservas sobre a ingestão de novos alimentos, como insetos, podem ser ultrapassadas utilizando-os como ingredientes em vez de os comer inteiros, seja em massas, hambúrgueres ou barras energéticas, exemplos que podem conter larvas de insetos moídas e micro e macroalgas processadas.
Os cientistas envolvidos no estudo afirmaram que a desnutrição global poderia ser erradicada através do cultivo de alimentos incluindo espirulina, clorela, larvas de insetos, como a mosca doméstica, micoproteína (proteína derivada de fungos), e macroalgas, como as algas açucaradas.
A produção destes “alimentos do futuro” poderia mudar a forma como os sistemas alimentares funcionam, uma vez que podem ser cultivadas à escala em sistemas modulares e compactos adequados tanto a ambientes urbanos como a comunidades isoladas.
Os investigadores defenderam ser possível produzir esses alimentos localmente, reduzindo a dependência das cadeias de abastecimento globais, recorrendo a novas abordagens, como os fotobiorreatores de microalgas (dispositivos que utilizam uma fonte de luz para cultivar microrganismos) ou as estufas de reprodução de insetos, que reduzem a exposição aos perigos do ambiente natural, através da agricultura em ambientes fechados e controlados.
Os autores do estudo destacaram também os desafios ambientais aos sistemas alimentares, dando como exemplo os incêndios e secas na América do Norte, surtos de peste suína africana que afetam os suínos na Ásia e na Europa, e enxames de gafanhotos do deserto na África Oriental.
“Prevê-se que as alterações climáticas agravarão estas ameaças”, adverte o comunicado da Universidade de Cambridge.
Atualmente dois mil milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, incluindo mais de 690 milhões de pessoas subnutridas e 340 milhões de crianças que sofrem de carências de micronutrientes, segundo a mesma nota.
Fonte: Agroportal
O Serviço de Avisos Agrícolas é um serviço nacional do Ministério da Agricultura que tem por finalidade emitir avisos agrícolas.
VINHA – MÍLDIO, OÍDIO, BLACK ROT, PODRIDÃO CINZENTA, TRAÇA-DA-UVA
ACTINÍDEA – PSA
PEQUENOS FRUTOS – DROSÓFILA
POMÓIDEAS – PEDRADO, MONILIOSE E ENTOMOSPORIOSE DO MARMELEIRO, COCHONILHA DE S. JOSÉ, BICHADO
PRUNÓIDEAS – LEPRA DO PESSEGUEIRO
BATATEIRA – MÍLDIO, ESCARAVELHO, TRAÇA
CITRINOS – CUIDADOS NA FLORAÇÃO
HORTÍCOLAS – MÍLDIO NO TOMATEIRO, TRAÇA DO TOMATEIRO
ORNAMENTAIS – MÍLDIO E TRAÇA DO BUXO
Fonte: Agroportal
A implementação da Estratégia de Sustentabilidade da Região dos Vinhos Verdes, lançada esta semana pela Comissão de Viticultura, será “abrangente e inclusiva”, mas também “inevitável” para a valorização da região que, em 2020, exportou 36% do vinho produzido.
Na sessão de apresentação da Estratégia de Sustentabilidade Ambiental para a Região dos Vinhos Verdes, que decorreu hoje ‘online’ e reuniu mais de 100 participantes, o vogal da Comissão Executiva da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Rui Pinto destacou que o projeto pretende “abranger todos”.
“Apesar da heterogeneidade de todos os agentes económicos, este é um projeto para todos e será desenhado para que todos se sintam envolvidos”, salientou.
O projeto da CVRVV, desenvolvido desde dezembro de 2020 com o apoio da AgroGes, tem como objetivo integrar os 15 mil viticultores e quase 600 operadores económicos da região.
O presidente da Comissão de Viticultura, Manuel Pinheiro, salientou que este é um projeto que “não se limita no tempo” e que toda a região “tem de abraçar”.
“Sentimos a necessidade de trabalhar de forma mais organizada (…) Queremos que a nossa região se afirme. Queremos ser uma região de presente e de futuro”, apontou.
O projeto da CVRVV materializar-se-á na Estratégia de Sustentabilidade da Região dos Vinhos Verdes, cujo plano se estima que estará pronto até ao final do ano.
Presente na sessão, a diretora geral da AgroGes, Manuela Nina Jorge, afirmou que a implementação de um plano de sustentabilidade será “inevitável”.
“Para os agentes económicos, tudo o que for implementado vai trazer vantagens a médio e longo prazo. Ao aplicarmos um plano de sustentabilidade estamos a reduzir riscos (…) Temos de ser capazes de desenhar um plano útil e vantajoso para todos os agentes”, salientou.
Manuela Nina Jorge, que traçou um perfil da região dos Vinhos Verdes – que desde 2015 tem vindo a aumentar a sua área de vinha – afirmou que no panorama vitivinícola nacional esta ocupa o 4.º lugar, com uma produção de 13,22% em 2020/2021.
De acordo com os indicadores técnicos apresentados pela AgroGes, a região dos Vinhos Verdes contava em 2020 com uma área total de 17.254 hectares de vinho, com um volume superior a 84 milhões de vinho produzido, 36% do qual exportado.
Também Maria João Gaspar, da AgroGes, explicou que o plano vai abranger três dimensões: a sustentabilidade ambiental, social e económica, “potenciando o benefício entre elas”.
“Queremos que esta seja uma estratégia abrangente e responda às diferentes necessidades dos agentes económicos da região que são também muito diferentes”, afirmou.
A responsável explicou que o projeto vai também dividir-se em três etapas: numa primeira fase será feito o diagnóstico (caracterização e auscultação dos agentes da região), numa segunda fase serão definidas e desenhadas as prioridades e numa terceira fase o plano será implementado.
Os próximos passos do projeto assentam num período de consulta aos agentes económicos, que decorrerá de 28 de maio a 13 de junho através de entrevistas e inquéritos ‘online’ e em que será selecionada uma amostra representativa de heterogeneidade da região, sendo que alguns produtores já implementaram práticas sustentáveis como a produção biodinâmica, produção integrada ou garrafas ecoeficientes.
A CVRVV e a AgroGes pretendem ter, até ao início de julho, o diagnóstico concluído, sendo que depois vão trabalhar nas prioridades do plano até ao final do ano.
Fonte: Agroportal
Durante 120 dias é concedida autorização excepcional de emergência para utilização de fitofarmacos no controlo da psila-africana dos- citrinos, Trioza erytreae, um inseto vetor da doença de enverdecimento dos citrinos em áreas de citrinos, incluindo em Modo de Produção Biológico.
Ao abrigo do Art.º 53 do Regulamento (CE) n.º 1107/2009, um Estado-Membro pode autorizar, por um prazo máximo de 120 dias, a colocação no mercado de produtos fitofarmacêuticos com vista a uma utilização limitada e controlada, se tal medida parecer necessária devido a um perigo que não possa ser contido por quaisquer outros meios razoáveis.
O inseto de quarentena Trioza erytreae Del Guercio, é um vetor conhecido da bactéria também de quarentena Candidatus liberibacter spp., causadora de uma das mais graves doenças que afeta os citrinos, conhecida como o enverdecimento dos citrinos, citrus greening ou huanglongbing.
Na sequência da identificação dos primeiros focos de Trioza erytreae no território continental de Portugal, na região do Porto, em resultado das prospeções oficiais efetuadas no âmbito do programa nacional de prospeção da mencionada praga, foram de imediato tomadas medidas tendo em vista a sua erradicação no território nacional. Apesar das medidas de erradicação implementadas e em execução, no quadro do Plano de Contingência em vigor, o inseto tem vindo a alastrar-se ao longo da costa litoral, de norte para sul do território estando já presente na região de Setúbal.
Perante o carácter excecional da situação a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) publicou a autorização excepcional de emergência n.º 11/2021, para utilização de produtos fitofarmacêuticos com base em azaridactina, óleo parafínico, óleo de laranja e piretrinas, para o controlo da psila-africana dos- citrinos, Trioza erytreae, um inseto vetor da doença de enverdecimento dos citrinos (“Citrus greening”) em áreas de citrinos incluindo em Modo de Produção Biológico.
Fonte: Agroportal
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