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O desenvolvimento de ingredientes e coprodutos para a indústria alimentar requer uma investigação exaustiva e um trabalho tecnológico para os tornar aplicáveis à produção real, seguros e saudáveis. Um bom exemplo disso é o projeto PORFIVAL, que nasceu em 2021 com o objetivo de estudar a viabilidade à escala industrial de um processo de obtenção de um ingrediente corante alimentar vermelho a partir de elementos de fígado de porco.

Em fases anteriores, a investigação já demonstrou que, a nível laboratorial, era possível obter péptidos bioactivos e um corante à base de Zinco protoporfirina (ZnPP). Mas, para levar esta tecnologia ao mercado, era necessário avançar em diferentes aspetos, como a melhoria do rendimento, o aumento de escala, a melhoria da solubilidade, a estabilização do ingrediente (através de secagem convencional e por impulsos) e o desenvolvimento de produtos e notas de aplicação para o ingrediente.

Após três anos de investigação, foi possível maximizar as condições de formação do pigmento. Também foi possível aumentar com sucesso o processo de obtenção do pigmento, baseado na formação de ZnPP, até uma capacidade de 200 litros. E com este ingrediente, patés, chantilly e salsichas foram produzidos sem a utilização de nitratos ou nitritos. Este último é importante, uma vez que os nitritos, tradicionalmente utilizados para evitar o desenvolvimento de bactérias patogénicas nos enchidos, foram postos em causa devido à sua relação com o risco de desenvolvimento de cancro.

Ricard Bou, investigador do IRTA em qualidade e tecnologia alimentar e coordenador do projeto PORFIVAL, resume: “os resultados deste projeto contribuem para a valorização do fígado de porco como um coproduto valioso para a indústria da carne. Para além disso, deverá também servir para aprofundar o nosso conhecimento do ZnPP como alternativa à utilização de nitratos e nitritos nos produtos cárneos”.

 

Fonte: iALIMENTAR

GNR: Apreensão de 200 quilos de azeitona

  • Tuesday, 03 December 2024 11:27

O Comando Territorial de Bragança, através do Posto Territorial de Alfândega da Fé, dia 1 de dezembro, deteve um homem e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 21 e os 57 anos de idade, por furto de azeitona, no concelho de Alfândega da Fé.

No âmbito de uma denúncia a dar conta de um furto de azeitona, os militares da Guarda deslocaram-se rapidamente para o local onde surpreenderam os suspeitos no momento em que estavam a apanhar a azeitona sem autorização do proprietário, motivo que levou à sua detenção em flagrante.

No seguimento da ação, foram apreendidos 200 quilos de azeitona, os quais foram entregues ao legítimo proprietário.

A Guarda Nacional Republicana lembra que tem em curso a operação “Campo Seguro 2024”, com ações de patrulhamento, sensibilização e fiscalização, com o propósito de evitar crimes contra o património em propriedades agrícolas, e de reforçar o policiamento para dissuadir e reprimir a prática de furtos nos campos agrícolas.

 

Fonte: GNR

Vários estudos confirmam que o setor do frio e da logística está a passar por uma forte transformação que o tornará num setor muito avançado tecnologicamente dentro de três anos, ao serviço de uma alimentação mais natural e saudável, de acordo com o Observatório do Frio da Associação de Frigoríficos, Logística e Distribuição de Espanha (Aldefe), correspondente ao primeiro trimestre de 2023.

Digitalização e automatização

Esta é uma tendência estabelecida, que começou há mais de uma década, mas continua a ser um dos principais motores de mudança na logística do frio. Nos próximos três anos manifestar-se-á principalmente na implementação de soluções IoT (Internet das Coisas) para a monitorização em tempo real da temperatura e da humidade, bem como no desenvolvimento da tecnologia de cadeias de blocos para o acompanhamento e a rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia de abastecimento. A transparência e a rastreabilidade estão no centro das atenções: os consumidores querem saber de onde vêm os produtos que compram, especialmente quando compram alimentos, e ter a certeza de que a conservação foi sempre ótima. Além disso, está também a crescer uma consideração ética: os consumidores também querem provas de que as marcas são tão responsáveis do ponto de vista ambiental ou social como afirmam ser, o que é muito relevante para os produtores e distribuidores de produtos de origem animal e vegetal.

A digitalização aplicada à automatização desempenhará também um papel cada vez mais importante na armazenagem, com uma maior implantação da tecnologia dos robots e dos sistemas autónomos, permitindo uma maior eficácia no manuseamento e na movimentação dos produtos refrigerados.

Tecnologia inteligente para a cadeia de frio

Ligada à tendência consolidada anterior está uma tendência emergente que, pelas suas possibilidades e impacto, significará uma mudança de paradigma na compreensão do trabalho na cadeia de abastecimento: a Inteligência Artificial (IA) e a aprendizagem automática. O recente Anuário Aldefe 2022 dá conta dos principais domínios em que a influência da IA se fará sentir em primeiro lugar: gestão de inventários, preparação de encomendas e gestão de expedições, qualidade e segurança dos produtos armazenados e saúde e segurança no trabalho. A IA será aplicada especialmente no planeamento de rotas, na previsão da procura e na deteção precoce de problemas nos sistemas de refrigeração. Esta última aplicação será acompanhada pela introdução maciça de sensores, etiquetas inteligentes e sistemas de rastreio em tempo real.

Sustentabilidade energética dos armazéns

Com o crescente enfoque das políticas públicas nas alterações climáticas, as empresas estão a procurar formas de reduzir a sua pegada de carbono, tanto no consumo de energia como na gestão de resíduos. A megatendência social da sustentabilidade ambiental manifesta-se no caso do setor da logística do frio, devido à sua natureza electrointensiva, especialmente no que se refere à sustentabilidade energética. Esta tendência foi plenamente assumida pelo setor na sequência da pandemia e num contexto de subida generalizada do preço da eletricidade, pelo que já está presente no planeamento e gestão dos entrepostos frigoríficos e deverá acelerar a sua implementação e aprofundamento durante este triénio.

A tendência para a sustentabilidade energética pode ser resumida em duas medidas principais: o aumento da utilização de energias renováveis nos armazéns e a ênfase na eficiência energética. Coloca também um terceiro desafio, devido a alterações regulamentares: a substituição dos gases clorofluorcarbonetos (CFC) como fluidos frigoríficos por outras soluções tecnológicas, como os gases A2L ou a refrigeração por CO2. Nos próximos anos, assistiremos a uma profunda mudança na tecnologia de refrigeração e, previsivelmente, na investigação aplicada a novas soluções.

Esta tendência está ligada às duas anteriores, uma vez que as empresas de logística da cadeia de frio terão de enfrentar simultaneamente os desafios ambientais e tecnológicos, como o investimento na automatização total para reduzir o consumo de energia e as emissões e aumentar a produtividade.

Serão necessários investimentos substanciais para atualizar as instalações de armazenamento a frio existentes: por exemplo, em sistemas de refrigeração, isolamento e energias renováveis no local.

Reduzir a pegada de carbono do transporte de mercadorias

A tendência para a sustentabilidade ambiental é comum ao setor complementar da armazenagem frigorífica, como o transporte de mercadorias. A implantação de veículos elétricos para o transporte rodoviário e a entrega na última milha será progressiva. A IA permitirá a otimização do transporte de mercadorias refrigeradas em termos de rotas e cargas. Espera-se que os avanços no planeamento de rotas e nos sistemas de gestão de frotas ajudem a tornar o transporte mais barato, a melhorar a eficiência, a reduzir os tempos de entrega e a alcançar a neutralidade energética.

Crescimento sustentado da procura de armazenagem frigorífica. A recente pandemia acelerou a transição para o comércio eletrónico e a sensibilização para a adoção de uma alimentação mais natural e saudável. A convergência destes dois fenómenos conduziu a um aumento da procura de produtos frescos e congelados, tanto no comércio tradicional como na entrega ao domicílio. As previsões a curto prazo apontam para que o consumo de alimentos congelados continue a aumentar a nível mundial, incluindo na Europa.

 

Fonte: iALIMENTAR

A Unidade de Acção Fiscal (UAF), através do Destacamento de Ação Fiscal (DAF) do Porto, no dia 28 de novembro, apreendeu mais de 5 mil litros de aguardente, no concelho de Cabeceiras de Basto.

No âmbito de ações de fiscalizações direcionadas ao controlo de produtos sujeitos a imposto especial de consumo, os militares da Guarda detetaram, num armazém não autorizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), uma grande quantidade de aguardente que terá sido desviada de uma pequena destilaria devidamente autorizada por aquela entidade.

No decurso desta ação policial, foi constituído arguido um homem de 79 anos pela prática de um crime aduaneiro de introdução fraudulenta no consumo de bebidas alcoólicas, tendo sido apreendidos 5 010 litros de aguardente.

O valor estimado da aguardente apreendida ascende a 50.000,00 euros, sendo que a prestação tributária que resultaria da introdução irregular no consumo da aguardente (Imposto Sobre Álcool e Bebidas Alcoólicas) ascende a 40.000,00 euros.

Esta ação contou com o reforço do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Comando Territorial de Braga.

No âmbito da sua missão específica, a Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana prosseguirá com ações de fiscalização e investigação criminal em matéria fiscal, com o objetivo de reforçar a afirmação de um regime fiscal equitativo.

Fonte: GNR

Muitas redes de fast food na Europa ainda não estão em linha com os padrões do European Chicken Commitment (ECC), que reúne diversas medidas para melhorar as condições de vida proporcionadas aos frangos de produção, é a conclusão do relatório “Pecking Order” de 2024.

A cada ano, o estudo avalia marcas de fast food e restaurantes de serviços alimentícios que se comprometeram com o ECC quanto ao progresso feito no tratamento do bem-estar dos frangos de produção ao longo da sua cadeia de abastecimento e na disponibilização pública de informações relevantes sobre o tema.

O relatório deste ano avaliou 75 empresas na República Checa, França, Alemanha, Itália, Polónia, Roménia e Espanha.

Os resultados mostraram que apenas 25% das empresas avaliadas forneceram evidências da implementação dos critérios ECC nas suas operações, enquanto mais de 85% não relataram implementar os padrões de bem-estar no que toca aos frangos de produção, com a transparência a manter-se como uma questão crítica.

Neste sentido, o relatório destacou que, enquanto a França e a Alemanha lideram na adoção dos critérios do ECC, países como República Checa, Espanha, Polónia, Itália e Roménia estão ainda muito atrás. As disparidades no progresso não só colocam em risco o bem-estar de bilhões de frangos, mas também expõem lacunas na responsabilização e transparência entre as corporações multinacionais, salienta o Eurogroup for Animals.

Os sistemas intensivos de criação de frangos de produção apresentam um excessivo número de animais no mesmo espaço, deixando os animais incapazes de expressar comportamentos naturais e forçando-os a viver em condições apertadas e muitas vezes sem higiene, explica o grupo de defesa dos direitos dos animais.

De acordo com o Eurogroup for Animals, quase 90% da produção destes frangos na União Europeia (UE) ocorre nestes sistemas intensivos, “é essencial e urgente que mais empresas se comprometam e acelerem a implementação dos padrões mínimos de bem-estar do ECC”.

O relatório é um projeto colaborativo entre a World Animal Protection, a Albert Schweitzer Foundation, a L214, a Essere Animali, a Humane Society International/Europe e a Obranci Zvirat.

Fonte: Vida Rural

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC) e da Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional de Mirandela, realizou recentemente uma operação de fiscalização no âmbito do combate ao crime de fraude sobre mercadorias na área alimentar, nos distritos de Aveiro e de Bragança.

Na operação que foi dirigida a um armazém de géneros alimentícios e a uma unidade industrial de embalamento de óleos e azeites, foram identificadas práticas fraudulentas, com a rotulagem de garrafões de óleo alimentar como azeite de diversas categorias, sem apresentar qualquer prova de aquisição de azeite genuíno e com intenção de induzir em erro o consumidor quanto às características do produto.

Como resultado, foram apreendidos 82.819 rótulos com a menção de azeite e 16.500 litros de óleo alimentar, grande parte já rotulado como azeite, num valor estimado que ascende a 82.500,00 euros. Foram instaurados dois processos-crime pelo ilícito de fraude sobre mercadorias

A ASAE continuará a intensificar as suas ações de investigação e fiscalização em todo o território nacional, dentro das suas competências, com o objetivo de garantir o cumprimento das regras de mercado e a defesa da livre e sã concorrência.

Fonte: ASAE

As frutas e os legumes da União Europeia com vestígios de substâncias perfluoroalquílicas (PFAS) triplicaram em dez anos, de acordo com um estudo publicado pela Pesticide Action Network Europe (PAN Europe), que apela à proibição dos chamados “produtos químicos eternos” na agricultura.

A análise detetou 31 pesticidas à base de PFAS em frutas e legumes na UE entre 2011 e 2021. “Em 2021, frutas cultivadas na Europa, como morangos (37%), pêssegos (35%) e damascos (31%), estavam particularmente contaminadas, muitas vezes contendo coquetéis de três a quatro PFASs diferentes em uma única fruta”, diz PAN Europe. O aumento dos PFAS detetados numa década é de 220% para as frutas e 274% para os legumes da UE, com o aumento mais acentuado nos alperces (+333%), pêssegos (+362%) e morangos (+534%).

Frutas e legumes afetados por país

Na UE, a organização identifica os Países Baixos, a Bélgica, a Áustria, a Espanha, Portugal e a Grécia como os principais produtores de alimentos que contêm PFAS. Em 2021, 35% das amostras de morangos da UE analisadas continham vestígios de PFAS, um valor que sobe para 75% no caso dos morangos de Espanha, à frente das uvas (64%) e dos alperces (49%) ou espinafres (42%) para um total de 18 resíduos de pesticidas PFAS detetados em Espanha entre 2011 e 2021.

Fora da União Europeia, os principais exportadores de frutas e legumes com PFAS para a UE são a Costa Rica, a Índia e a África do Sul, embora as amostras analisadas das importações da UE mostrem que o nível é mais baixo, com uma exposição de 12% para os morangos importados.

Segundo a plataforma, tal deve-se à “pulverização deliberada de culturas alimentares com PFAS, tornando as frutas e os legumes frescos uma via de exposição direta e sistemática para os consumidores”.

A este respeito, a organização acrescenta que “os agricultores geralmente não sabem que estão a pulverizar ‘pesticidas para sempre’ nas suas culturas, uma vez que isso nem sequer é mencionado no rótulo”. A PAN Europa defende que estes pesticidas são “absolutamente desnecessários”.

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, estão autorizados na UE trinta e sete pesticidas à base de PFAS, um conjunto de cerca de 4.700 substâncias químicas sintéticas que se acumulam nos seres humanos e no ambiente e podem causar problemas de saúde como lesões no fígado, doenças da tiroide, obesidade, problemas de fertilidade e cancro. Devido à sua impermeabilidade à água e à gordura, resistência ao calor e elevada estabilidade, estas substâncias artificiais são utilizadas numa grande variedade de produtos, desde caixas de pizza a componentes eletrónicos, passando pelo teflon e por produtos de limpeza. São chamadas “substâncias químicas eternas” porque são excecionalmente persistentes.

A maioria dos resíduos detetados estava abaixo do Limite Máximo de Resíduos (LMR), o que, segundo a PAN Europa, “não elimina as preocupações” porque este limiar é estabelecido sem ter em conta os efeitos da exposição combinada a vários produtos químicos.

A plataforma recorda que a UE se comprometeu, em 2020, a eliminar gradualmente todos os PFAS desnecessários, mas os pesticidas foram excluídos por serem considerados suficientemente regulamentados pela Lei dos Pesticidas da UE.

A Comissão Europeia, no entanto, retirou a atualização desta lei para reduzir a utilização de pesticidas químicos, na sequência dos protestos dos agricultores, e comprometeu-se a apresentar uma nova proposta.

O estudo da PAN Europa, no qual participam outras plataformas como a Ecologistas en Acción e a Friends of the Earth, incide sobre frutas e legumes cultivados em agricultura convencional (ou seja, não biológica), com base em dados oficiais de monitorização de resíduos de pesticidas nos alimentos dos Estados-Membros, que foram controlados aleatoriamente.

 

Fonte: iALIMENTAR

A DGAV informa que procedeu a 11 novembro de 2024 a uma correção ao RCMV relativamente ao intervalo do segurança do medicamento veterinário «AMOXYVET 800 mg/g pó para administração na água de bebida para galinhas, perus, patos e suínos» com o número AIM 1413/01/21DFVPT e cujo titular é a empresa HUVEPHARMA NV.

O intervalo de segurança aplicável a partir dessa data é o seguinte:

- Galinhas (carne e vísceras): 1 dia.

- Patos (carne e vísceras): 9 dias.

- Perus (carne e vísceras): 5 dias.

- Suínos (carne e vísceras): 2 dias.

Não é autorizada a administração em aves poedeiras produtoras de ovos para consumo humano. Não administrar nas 4 semanas anteriores ao início do período de postura.

A informação agora aprovada e a aplicar é a informação mencionada nos textos agora aprovados.

O RCMV, rotulagem e folheto informativo aprovados para consulta estão disponíveis na plataforma Medvet.

 

Fonte: DGAV

Antonio Luque, presidente da Dcoop, refere que o azeite é misturado com bagaço de azeitona ou com óleo de girassol para baixar o preço de venda ao consumidor.

Em declarações divulgadas pelo jornal espanhol El Economista, o responsável da grande cooperativa agroalimentar espanhola lamenta que há “muitas pessoas” a cometerem esta fraude e queixa-se de que o Governo não toma “medidas para o impedir”.

A Dcoop tem “evidências com nomes e apelidos” envolvidos na fraude, mas “não há provas”, sublinha Luque, notando que, por isso, é difícil denunciar estes casos à justiça.

Assim, o líder do maior produtor de azeite do mundo apela a mais fiscalização e considera que “ou alguém leva isto a sério, ou acabará por ser um problema”.

Luque também acusa as duas grandes entidades patronais do sector – a Anierac (Associação Nacional de Embaladores Industriais e Refinadores de Óleos Comestíveis Menores) e a Asoliva (Associação Espanhola da Indústria e Comércio Exportador de Azeites de Oliva e Azeites de Orujo) – de “não combaterem a fraude”.

As declarações do presidente da Dcoop foram feitas aquando do anúncio de um aumento na facturação da cooperativa da ordem dos 14% relativamente a 2023, passando de 1.408 milhões de euros para 1.600 milhões. As vendas no exterior rondaram os 635,7 milhões de euros.

Espanha é responsável por quase metade da produção mundial de azeite, sendo o principal fornecedor deste produto para Portugal. Em 2023, Espanha exportou para Portugal cerca de 377,6 milhões de euros de azeite.

Nos próximos meses, espera-se uma descida dos preços do azeite para metade devido a um aumento da produção depois de uma época de chuvas que beneficiou a cultura das azeitonas.

Mas essa descida de preços ainda não deve acontecer a tempo deste Natal.

 

Fonte: AEIOU

Foi publicada na revista Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety uma revisão sobre a segurança das embalagens alternativas de alimentos, com a coautoria de peritos da FAO e da Danone.

O artigo examina os potenciais riscos e oportunidades associados aos materiais reciclados e de base biológica utilizados nas embalagens alimentares, às embalagens reutilizáveis e híbridas e às inovações como as nanotecnologias e embalagens ativas e inteligentes. Ao analisar os regulamentos que regem os materiais de embalagem de alimentos recentes e emergentes, os autores constatam uma falta de harmonização entre os requisitos regulamentares a nível mundial.

Procura crescente de embalagens alimentares sustentáveis

O crescimento da população e dos rendimentos está a impulsionar a procura de alimentos, o que, por sua vez, deverá aumentar a utilização de embalagens para alimentos. As embalagens de alimentos desempenham um papel crucial na manutenção da segurança dos alimentos e na redução do desperdício alimentar. No entanto, é necessário ter em conta a pegada das embalagens convencionais, nomeadamente em termos de circularidade do plástico e de emissões de gases com efeito de estufa. Além disso, o risco de migração dos produtos químicos utilizados nestes tipos de embalagens para os alimentos deve ser cuidadosamente tomado em consideração. Dependendo do nível de migração, este facto pode constituir um problema de saúde, especialmente para certas populações, incluindo as crianças, que são mais vulneráveis aos efeitos das substâncias químicas.

“Esta é uma visão geral do estado da arte sobre a inovação das embalagens alimentares e os potenciais perigos para a segurança alimentar que precisam de ser tratados através de uma abordagem baseada no risco”, disse a coautora Jossie Garthoff, Líder Global de Assuntos Científicos de Segurança Alimentar na Danone.

Soluções de embalagem - oportunidades e desafios de segurança alimentar

Para resolver os problemas ambientais associados às embalagens de alimentos, estão a ser envidados esforços para aplicar princípios circulares às embalagens de alimentos, através de uma abordagem de redução, reutilização, reciclagem e redesenho (4R).

“Atualmente, são necessárias novas soluções de embalagem de alimentos. Identificar e abordar possíveis riscos de segurança alimentar com tais alternativas não só salvaguardará a saúde do consumidor, mas também incentivará mais inovações neste espaço”, disse Keya Mukherjee, Consultora de Segurança Alimentar da FAO e uma das autoras do artigo.

A revisão conclui que, embora alguns riscos potenciais para a segurança alimentar sejam comuns às embalagens convencionais, outros são específicos dos novos materiais que entram em contacto com os alimentos. Entre estes estão a presença de proteínas e o risco de alergenicidade em materiais de base biológica, contaminantes microbiológicos e químicos em embalagens reutilizáveis e a presença de certas substâncias em materiais reciclados que não se destinam a materiais em contacto com os alimentos.

Os autores salientam a necessidade de melhorar continuamente as capacidades analíticas para acompanhar a crescente variedade de substâncias utilizadas em novos materiais que entram em contacto com os alimentos. Estas substâncias devem ser avaliadas adequadamente para garantir que não representam um risco para a saúde dos consumidores. Esta tarefa é dificultada pela falta de regulamentação harmonizada a nível mundial, o que aumenta os desafios para todos os intervenientes na cadeia alimentar, incluindo a indústria alimentar.

O artigo propõe uma abordagem “Uma Só Saúde” para avaliar novas embalagens de alimentos. Ao avaliar os riscos e determinar os impactos nos seres humanos, nos animais e no ambiente em conjunto, esta abordagem poderá apoiar o desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis no futuro.

Este trabalho faz parte de uma parceria entre a FAO e a Danone para aumentar as práticas alimentares e agrícolas sustentáveis e proporcionar às pessoas o acesso a alimentos mais diversificados e saudáveis. Um dos pilares da parceria é a troca de informações sobre questões emergentes de segurança alimentar, incluindo novas tendências e fatores de mudança.

 

Fonte: FAO