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Os últimos anos foram marcados por desafios significativos no setor agroalimentar, fruto da inflação e da escassez de matérias-primas.

Ainda assim, o setor que representará cerca de 25 mil milhões de euros em volume de negócios para o país este ano, segundo a Federação Portuguesa das Indústrias Agroalimentares, tem conseguido inovar através de tecnologias emergentes e de práticas mais ecológicas. Neste sentido, a ERA Group, consultora portuguesa especializada em otimização de processos e custos para as empresas, destaca três áreas em que a Inteligência Artificial (IA) tem sido uma aliada estratégica para o seu desenvolvimento. João Pontes, partner da ERA Group, afirma que “a sustentabilidade é uma preocupação crítica para as empresas agroalimentares, impulsionada tanto por requisitos regulamentares como pela procura dos consumidores por práticas ambientalmente responsáveis.

Como tal, a adoção de soluções de IA no setor é tanto uma vantagem competitiva como um passo estratégico para garantir a resiliência dos negócios. A IA oferece-nos ferramentas que permitem otimizar a produção, mas também a gestão de recursos e cadeias de abastecimento, assegurando que a indústria agroalimentar possa crescer de forma mais produtiva, eficiente e rentável e, assim, responder aos desafios emergentes da atualidade.”

Monitorização em tempo real

No setor agrícola, a IA, incorporada em drones e sensores, permite monitorizar em tempo real a qualidade do solo e as condições meteorológicas por meio da recolha e análise de dados. Desta forma, os agricultores podem otimizar a utilização de recursos como a água, os fertilizantes e os pesticidas. No fabrico de alimentos, a IA está a ser utilizada para automatizar tarefas repetitivas e melhorar a qualidade dos produtos. Estas ferramentas não só aumentam a eficiência, como também promovem práticas agrícolas mais sustentáveis e produtivas.

Otimização de recursos hídricos e energéticos

No setor agroalimentar, o consumo de energia é uma das áreas de custo mais significativas, e a Inteligência Artificial permite otimizá-lo. Desde sistemas que regulam o aquecimento, arrefecimento, iluminação até sistemas de irrigação, a IA permite uma utilização mais eficiente de recursos, mitigando falhas e ineficiências e garantindo que os equipamentos operem na sua máxima eficácia. Além disso, melhora a gestão de resíduos ao possibilitar a implementação de sistemas de previsão de deterioração dos alimentos, minimizando o desperdício e o impacto ambiental.

Gestão de fornecedores e cadeias de abastecimento

A Inteligência Artificial promove também uma maior visibilidade e rastreabilidade nas cadeias de abastecimento, integrando tecnologias como o blockchain para monitorizar cada etapa do processo produtivo. Esta transparência assegura o cumprimento das normas regulatórias e fortalece a confiança dos consumidores na origem e sustentabilidade dos produtos. Além disso, a IA otimiza a gestão de stocks, antecipando possíveis interrupções logísticas, melhorando e otimizando as rotas de transporte, garantindo que cada produto chegue ao consumidor com eficiência e um menor impacto no planeta.

 

Fonte: Agrotec

Existem diferentes metodologias de processamento do café, incluindo Washed, Natural, Honey, Experimental Natural e Decaf. Quais são as singularidades de cada uma delas?

Em muitas ocasiões, ouvimos falar dos diferentes processos a que o café pode ser submetido, sem sequer compreendermos o que significa o termo “processo” neste contexto. Pois bem, o processamento do café traduz-se como o caminho que vai desde a colheita dos grãos de café, separando a polpa do grão interior para o secar e, a partir daqui, atingir a percentagem ideal para preparar o café para exportação.

Todo o universo do processamento do café é muito complexo. Há uma infinidade de fatores e detalhes minuciosos que contribuem para o sucesso de um determinado processamento de café. Alguns deles são os métodos de despolpamento e as máquinas utilizadas, o teor de humidade e o pH, os tempos de repouso e de secagem. Estes fatores, juntamente com as propriedades do próprio café - tais como a variedade, a altitude a que foi colhido, o clima e a composição do solo em que foi cultivado - darão um perfil de chávena particular.

O tratamento do café por um ou outro processo tem uma grande influência no seu perfil na chávena, desde o sabor ao aroma, passando pela textura. Assim, entre as principais metodologias de processamento do café, podemos distinguir cinco processos principais.

Natural

Neste processo, após a colheita, os grãos são transferidos para a fábrica de processamento, espalhados em pátios de betão ou camas elevadas e deixados a secar ao sol durante 15 a 30 dias, período durante o qual o café é rodado para promover uma secagem uniforme. Depois de seco, as camadas são retiradas. “Este processo é muito comum nas plantações de café brasileiras, que são cultivadas em baixas altitudes, e resulta num café com mais corpo, doçura e complexidade”, diz Rodrigo Moreiras, Diretor de Café da Syra Coffee, a empresa catalã que começou como uma pequena cafetaria e que agora gere e controla todo o processo de produção de café, desde a seleção e torrefação até à venda.

Honey

Neste processo, também conhecido como “despolpado natural”, a casca ou “pele” é retirada do grão e deixada a secar ao sol sem retirar a mucilagem. São geralmente utilizadas camas africanas e o processo termina com a debulha. “Este café em chávena caracteriza-se pela procura de doçura e complexidade, mas sem prescindir da subtileza proporcionada por um processo de lavagem”, especifica Moreiras.

Washed

Neste processo, depois de colhidos, os grãos são passados pelo despolpador e colocados em tanques para fermentação durante aproximadamente 12 horas. De seguida, são lavados com água abundante para retirar a mucilagem e terminar o processo de fermentação. É nesta altura que se passa à fase de secagem, um processo mais curto em que se procura sobretudo uma secagem uniforme com uma percentagem de humidade ótima para a expedição. Este é um processo que se realiza principalmente em cafés provenientes de zonas como a Colômbia e cultivados a altitudes superiores a 1.200 metros acima do nível do mar. Este café destaca-se pelas suas nuances limpas, subtis e mais complexas, mas com um pouco menos de corpo.

Experimental Natural

Este é um processo que exige um maior controlo por parte do produtor e envolve uma maior complexidade, mas que produz um café de excelência singular. Neste processo, o café é deixado a fermentar em condições muito controladas durante 30 a 300 horas. Por vezes, é mesmo adicionada fruta diretamente nas cubas para facilitar a fermentação. O resultado são cafés com notas de frutos tropicais, muito singulares e com um sabor que pode muitas vezes ser surpreendente.

Decaf

Neste processo, depois de os grãos terem sido debulhados e limpos de mucilagem, é efetuado o processo de descafeinação. Para o efeito, recorre-se à fermentação do melaço para produzir uma solução denominada acetato de etilo. Posteriormente, efetuam-se repetidas lavagens com esta solução diluída em água até se atingir a percentagem permitida de cafeína, 0,1%.

 

Fonte: iALIMENTAR

Durante o mês de janeiro, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Ovinos e Caprinos (DEOC), conforme Aviso da Direção Geral de Alimentação e Veterinária.

A declaração de existências de ovinos e caprinos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas entidades protocoladas com o IFAP, através da aplicação SNIRA/iDigital.

 

Fonte: DGAV

A Comissão Europeia cria oficialmente o Conselho Europeu para a Agricultura e a Alimentação (EBAF), dando assim seguimento a uma das recomendações do relatório final do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura.

Presidido pelo Comissário para a Alimentação e a Agricultura, Christophe Hansen, tem por objetivo apoiar uma nova cultura de diálogo, confiança e envolvimento de várias partes interessadas entre os intervenientes na cadeia de abastecimento alimentar e a sociedade civil, bem como com a Comissão. Espera-se que este órgão consultivo preste aconselhamento de alto nível à Comissão sobre o seguimento do relatório do diálogo estratégico sobre o futuro da agricultura da UE e contribua para o trabalho sobre a visão para a alimentação e a agricultura, a apresentar nos primeiros 100 dias do mandato.

O prazo para a apresentação de candidaturas ao EBAF termina a 8 de janeiro de 2025. A Comissão avaliará todas as candidaturas e tenciona finalizar a composição do Conselho de Administração no início de 2025. A primeira reunião do Conselho de Administração será convocada imediatamente a seguir.

 

Fonte: iALIMENTAR

A globalização tem desempenhado um papel ambivalente na alimentação mundial, conforme destaca um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Enquanto os preços dos alimentos foram reduzidos significativamente nos últimos 20 anos, a obesidade global quase dobrou no mesmo período. O aumento dos alimentos ultra processados é apontado como um dos fatores determinantes desse cenário.

A redução de custos na cadeia de abastecimento e a produção em larga escala tornaram os alimentos básicos mais acessíveis em diversas regiões. Contudo, isso também facilitou a proliferação de produtos ultra processados, que muitas vezes são ricos em açúcar, sal e gorduras saturadas, mas pobres em nutrientes essenciais. Estas mudanças são vistas como um reflexo direto das tendências económicas e culturais globais.

Impactos da industrialização alimentar

O relatório ressalta que os alimentos ultra processados são frequentemente projetados para serem convenientes, mas os seus efeitos na saúde pública são alarmantes. Estão associados ao aumento de doenças crónicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, que agora afetam populações anteriormente protegidas por dietas tradicionais mais equilibradas.

Diante deste panorama, a FAO enfatiza a importância de políticas que promovam uma alimentação saudável e sustentável. Estratégias como a taxação de alimentos ultra processados, incentivo à agricultura local e educação alimentar são fundamentais para equilibrar os benefícios da globalização com a necessidade de preservar a saúde pública.

Desafios futuros

A FAO destaca que, para mitigar os impactos negativos da globalização na nutrição, é essencial um esforço conjunto entre governos, indústria e sociedade civil. Iniciativas que promovam a transparência nas cadeias de produção e a regulamentação de rótulos podem ajudar os consumidores a fazer escolhas mais informadas.

Com a obesidade global em ascensão e a saúde pública sob pressão, o relatório da FAO serve como um alerta sobre as consequências não intencionais da modernização da alimentação. A busca por soluções equilibradas que aliem acessibilidade e qualidade será crucial para os próximos anos.

Fonte: Grande Consumo

O triunfo do robô e da produção biológica

  • Thursday, 05 December 2024 10:26

Se alguém pensar que inovação na agricultura é só sobre cultivar novas variedades de tomate ou batata ou aplicar fertilizantes de forma mais eficiente, está redondamente enganado. A tecnologia está a invadir os campos a uma velocidade impressionante e a ideia de que é um mundo simples e que a tecnologia ficou para trás está absolutamente errada. Quem é que disse que o agricultor não pode ser também um especialista em drones, inteligência artificial ou robôs? O futuro da agricultura já chegou — e parece que é mais tecnológico do que nunca.

E isso pode até explicar a escolha do Projeto Modular E, do INESC TEC, para vencedor do Prémio Inovação Agricultura 2024, atribuído pela Timac Agro. “Este projeto nasce num laboratório de robótica para a agricultura e floresta de precisão, dentro do instituto de investigação, que é privado mas sem fins lucrativos, e que se foca essencialmente nestas tecnologias. É aí que temos vindo a desenvolver este robô”, explica Filipe Santos, que se fez acompanhar por mais dois elementos da equipa, Luís Santos e André Aguiar.

O porta-voz do grupo não esconde que esta distinção “é mais do que motivadora”. “Temos um mote que é ciência com impacto. Temos trazido os valores para o terreno para provar que é possível ter robótica portuguesa, tecnologia portuguesa, desenvolvida em Portugal, com impacto para a agricultura portuguesa mas também mundial. E este é o reconhecimento desse trabalho, que muito nos orgulha e motiva”, realça.

Um robô barato e flexível que abraça todas as culturas

O robô é uma solução de baixo custo que permite transportar um conjunto alargado de equipamentos de agricultura de precisão. É ainda flexível, a ponto de poder acrescentar-se equipamento que seja necessário, e também poder ser adaptado a diferentes culturas. “É um veículo com grande versatilidade e autonomia, que neste domínio da robótica é fundamental. A agricultura de precisão é a ferramenta mais poderosa que nós temos hoje em dia para o uso mais eficiente dos recursos”, comenta Nuno Canada, presidente do ­INIAV e do júri.

Portugal ao “mais alto nível”

Rui Rosa, presidente da Vitas Portugal, reconhece que a inteligência artificial já chegou à agricultura e que, embora ainda haja muito para explorar nesta matéria, é já muito utilizada na área dos seguros agrícolas. E enaltece a qualidade das candidaturas apresentadas. “Para nós é uma grata recompensa. As candidaturas foram de excelente qualidade, diversificadas e em número muito apreciável”, afirma. Nesse sentido, está já a pensar na organização da 3ª edição deste prémio.

No encerramento do certame esteve João Moura, secretário de Estado da Agricultura. O governante lembra que Portugal “é do mais alto nível que existe no mundo inteiro com as suas técnicas, regras e hábitos de produção. Aquilo que se faz hoje no país é uma agricultura amiga do am­biente, que utiliza bem os recursos naturais, que os estima, preserva e conserva, e utiliza a mais alta tecnologia, como ficou aqui bem visível”. E acrescenta: “Há uma grande evolução científica, muito conhecimento científico nas práticas agrícolas, pelo que os portugueses podem estar descansados com a qualidade dos alimentos que consomem.” Ainda assim, vinca, “é importante transmitir estas coisas boas, coisas positivas, que muitas vezes são confundidas com imagens negativas quando é completamente diferente”. João Moura reconhece que “há um caminho a percorrer para passar a mensagem boa” e lamenta que, pelo caminho trilhado, sejam cada vez menos “os que se interessam pela agricultura e pelo mundo rural.”

 

Fonte: Expresso

A produção mundial de vinho em 2024 está projetada para atingir o nível mais baixo dos últimos 60 anos, com uma estimativa média de 231 milhões de hectolitros, representando uma queda de 2% em relação ao ano anterior, diz a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

Este declínio é atribuído a eventos meteorológicos extremos, como geadas precoces, chuvas intensas e secas prolongadas, que afetaram significativamente a produtividade das vinhas em ambos os hemisférios.

Situação na União Europeia

Na União Europeia, que abriga os três maiores produtores mundiais de vinho — França, Itália e Espanha —, a produção estimada é de 139 milhões de hectolitros, uma redução de 3% em comparação com o ano anterior e o nível mais baixo deste século.

França lidera este declínio, com uma queda prevista de cerca de 25% na produção, devido a condições climáticas adversas, incluindo chuvas torrenciais, baixa incidência de luz solar e granizo.

Por outro lado, espera-se que Itália recupere da baixa produção do ano anterior, reassumindo a posição de maior produtora mundial de vinho.

Perspectivas globais e desafios futuros

A tendência de queda na produção global de vinho destaca a vulnerabilidade do sector às mudanças climáticas. No curto prazo, a oferta reduzida pode ajudar a equilibrar um mercado que enfrenta uma diminuição no consumo e altos níveis de stock. No entanto, a persistência de condições climáticas extremas representa um desafio contínuo para a sustentabilidade e a resiliência da viticultura mundial.

Fonte: Grande Consumo

Sem que saiba disso, pode estar a pagar mais dinheiro por um peixe que é, afinal, mais barato, e que foi mal rotulado. Pode mesmo estar a consumir uma espécie protegida. Mas há formas de se precaver.

Se come marisco, pode estar a consumir, sem saber, uma espécie em vias de extinção sem se aperceber, devido à rotulagem incorreta do peixe. Este problema é mundial e acontece quando a espécie de peixe que pensamos estar a comprar não é a que realmente recebemos.

Pode não ser uma situação intencional, mas também é possível que os vendedores inflacionem o preço do produto que vendem, chamando-lhe outra coisa. E não é fácil desmascarar os mentirosos.

Um produto do mar foi considerado incorretamente rotulado se foi vendido com um nome que não consta da lista de peixes para a espécie identificada pelo ADN.

Mas a Lista de Peixes é vaga e permite a utilização de nomes ambíguos, o que significa que o mesmo nome pode ser aplicado a várias espécies. O pargo, por exemplo, pode referir-se a 96 espécies diferentes, o atum a 14 e o bacalhau a duas.

Têm sido desenvolvidos estudos variados neste sentido, que descobriram que o problema é bem mais sério do que pensávamos.

Um dos mais recentes é de setembro deste ano, e investigou a rotulagem incorreta e os nomes de mercado ambíguos em produtos de invertebrados e peixes ósseos — peixes com barbatanas, como o bacalhau, o salmão e o atum — em Calgary, no Canadá, entre 2014 e 2020.

Estudantes universitários recolheram amostras de 347 produtos de peixe e 109 de marisco — que incluem camarão, polvo e ostras — de restaurantes e mercearias de Calgary. Estas amostras foram depois testadas geneticamente utilizando um marcador específico da espécie chamado código de barras de ADN.

E as descobertas foram surpreendentes. Em Calgary, 1 em cada 5 rótulos de peixe estão mal colocados. 100% do pargo, por exemplo, estava mal rotulado.

E mais: ficaria contente ao descobrir que está a comer um peixe ameaçado? Três produtos de bacalhau do Pacífico analisados pelos jovens foram identificados como sendo bacalhau do Atlântico, que está listado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Também dois produtos de enguia foram identificados como sendo a enguia europeia, em perigo crítico de extinção.

Para além de pôr em causa espécies ameaçadas e inflacionar o preço de peixe que, afinal, não é assim tão caro, esta situação pode mesmo colocar a sua saúde em risco. Um dos jovens comprou “atum branco” num buffet de sushi e acabou por ir parar ao hospital — era, afinal, escolar, um peixe prejudicial à digestão.

Como evitar ser enganado?

Se comer marisco, a situação é mais difícil de evitar, uma vez que muitos deles se encontram sob ameaça e por vezes é difícil de distinguir quais das espécies estamos a comprar.

No entanto, uma dica é comprar produtos do mar que sejam certificados como sustentáveis, uma vez que estes demonstraram ter taxas mais baixas de rotulagem incorreta.

Para além disso, é mais difícil rotular incorretamente peixes inteiros e com cabeça, pelo que deve optar por comprar estes, caso consiga.

Tente também adquirir produtos que indiquem claramente a espécie exata que está a ser comprada. Por vezes, este tipo de produtos pode sair mais caro, mas se o conseguir fazer, está a arriscar menos não apenas ser enganado, como sacrificar a sua saúde.

 

Fonte: AEIOU

A 28 de novembro de 2024, foi confirmado pelo INIAV, a presença do serotipo 8 do vírus da língua azul, em efetivo bovino do distrito de Portalegre, facto que motivou a publicação do Edital 84 que refere os seguintes pontos:

- Definição das áreas afetadas por cada serotipo;

- Regras relativas à vacinação de animais;

- Regras relativas à movimentação de animais.

- Regras relativas à vigilância da doença

Saiba mais sobre Língua Azul (Febre Catarral Ovina).

 

Fonte: DGAV

A carne cultivada in vitro é uma alternativa sustentável que pode contribuir para satisfazer a crescente procura mundial de proteínas. No âmbito do projeto SMARTFARM, a Ainia fez progressos significativos na produção eficiente de carne de cultura, reafirmando o seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança do sistema alimentar.

A carne de cultura baseia-se no cultivo de células musculares e gorduras obtidas de animais, sem necessidade de os abater, utilizando métodos de bioengenharia e biotecnologia. No projeto SMARTFARM, uma equipa multidisciplinar do Ainia conseguiu cultivar células musculares e adiposas de bovinos extraídas por biópsia, sem necessidade de abate dos animais. Estas células são depois cultivadas no ambiente controlado de um birreator para produzir carne de cultura. Este é um passo crucial para a produção em grande escala. Por último, para reproduzir a estrutura da carne, foram utilizadas tecnologias avançadas, como a bioimpressão 3D, para simular a estrutura tridimensional da carne.

Aumento da escala industrial

O projeto também abordou o desafio da utilização de soro fetal de bovino, um ingrediente altamente dispendioso normalmente utilizado para a cultura de carne in vitro. As proteínas presentes no soro, como os fatores de crescimento, promovem a proliferação e a diferenciação das células musculares, o que é essencial para uma cultura de carne in vitro eficiente. O centro concebeu e está a produzir fatores de crescimento recombinantes para incorporação no meio de cultura como substituto do soro fetal de bovino, tendo este processo sido ampliado com sucesso em birreatores.

Alternativa sustentável à carne tradicional

Conseguir uma produção eficiente e sustentável de carne cultivada in vitro pode transformar a indústria alimentar e contribuir para um sistema alimentar mais sustentável. Entre as principais vantagens desta forma inovadora de produzir carne está a redução das emissões de gases com efeito de estufa. De acordo com o Good Food Institute, a utilização desta tecnologia poderia reduzir as emissões climáticas até 92%, reduzir a poluição atmosférica até 94% e utilizar até 90% menos terra em comparação com as exigências da carne convencional.

Além disso, permitiria um maior bem-estar dos animais. Ao eliminar a criação em massa e o abate de animais, esta tecnologia responde às preocupações éticas de uma parte considerável da população. Além disso, ao ser produzida em ambientes controlados e sanitários, o risco de doenças de origem alimentar é reduzido, garantindo assim uma dieta mais segura e saudável. Este projeto é apoiado pela Conselleria d'Innovació, Indústria, Comerç i Turisme de la Generalitat Valenciana, através da IVACE, e é financiado pela União Europeia, através do Programa FEDER Comunitat Valenciana 2021-2027.

 

Fonte: iALIMENTAR