Os setores que mais água consomem são também os que potencialmente podem poupar mais, nomeadamente a agricultura ou a energia, indica um documento da Agência Europeia do Ambiente (AEA) divulgado hoje.
No dia em que a Comissão Europeia apresentou a Estratégia Europeia para a Resiliência da Água, um modelo de gestão para reforçar a segurança hídrica na União Europeia (UE) e garantir o acesso a água limpa e segura, a AEA divulgou tambem uma nota centrada na necessidade de poupar água.
A Comissão quer, nomeadamente, restaurar e proteger o ciclo da água como base para um abastecimento sustentável de água, construir uma economia inteligente em relação à água, apoiar uma indústria da água próspera na UE e garantir água limpa e acessível e saneamento para todos, em todos os momentos, e capacitar os cidadãos para a resiliência hídrica.
Já a AEA nota que a Europa, com um aquecimento rápido, enfrenta uma pressão crescente das alterações climáticas que ameaçam a disponibilidade sazonal de água. Anualmente, cerca de 30% da superfície terrestre da UE sofre de escassez sazonal de água, diz a Agência, que aponta a Europa do Sul e as zonas densamente povoadas como as mais afetadas com a escassez de água.
O documento da AEA, “Water savings for a water-resilient Europe” aponta os setores da produção de eletricidade, agricultura, abastecimento público e a indústria transformadora como alguns em que é possível fazer poupanças significativas de água.
A UE capta 200.000 milhões de metros cúbicos de água por ano e as projeções apontam para um agravamento do stress hídrico no futuro, devido às alterações climáticas e ao aumento da procura de água.
Na UE, a produção de eletricidade representa 36% da procura total de água, seguindo-se a agricultura com 29%, o abastecimento público, incluindo o turismo, representa 19% e a industria transformadora 14% da captação total de água. Os quatro setores cobrem 98% da captação total da água dos setores económicos da UE.
Diz a AEA que o potencial de poupança de água na agricultura vai até 20%. A redução das perdas e fugas na distribuição da água, a substituição da irrigação de superfície pela irrigação gota-a-gota ou por subsuperfície, a agricultura inteligente e a seleção de culturas resistentes à seca são algumas das principais medidas que podem melhorar a eficiência da utilização da água neste setor.
O setor da eletricidade pode passar a usar sistemas de refrigeração mais eficientes e combustíveis não fósseis, adotando inovações técnicas e utilizando o calor residual das centrais elétricas na indústria ou em sistemas de aquecimento urbano.
A AEA alerta ainda que setores emergentes, como os centros de dados, são suscetíveis de criar novos desafios e diz que o arrefecimento dos centros de dados já está a conduzir a uma procura adicional de água.
O Dia Mundial do Ambiente, celebrado a 5 de junho, foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na resolução (XXVII) na Conferência de Estocolmo, na Suécia em 15 de dezembro de 1972, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões ambientais.
A campanha deste ano (#BeatPlasticPollution) pretende encorajar indivíduos, organizações, indústrias e governos a adotarem práticas sustentáveis que possibilitem observar uma mudança efetiva na utilização e nas formas de eliminação do plástico.
Com efeito «Combater a poluição por plástico» é um assunto particularmente relevante, não só pelo impacto devastador que os plásticos têm nos ecossistemas, na saúde humana e na biodiversidade, mas também, porque coincide com a esperada conclusão de um acordo global sobre os plásticos durante a reunião que terá lugar na República da Coreia.
Este esforço é uma contribuição importante para alcançar vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como:
Portugal, como participante desde a primeira conferência ambiental da ONU em Estocolmo (1972), tem mantido um compromisso contínuo com estas causas, promovendo políticas e ações de sensibilização ambiental.
Veja a mensagem do Secretário-Geral da ONU no vídeo
Saiba mais em: #DiaMundialDoMeioAmbiente
Fonte: DGAV
De acordo com uma nova pesquisa publicada no Journal of Functional Morphology and Kinesiology, o extrato de aspargos combinado com treino intermitente de alta intensidade (HIIT) pode melhorar a variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos com obesidade.
A combinação “tem o potencial de melhorar a função cardiovascular e respiratória e servir como uma estratégia preventiva contra distúrbios cardiovasculares e respiratórios em indivíduos obesos e com sobrepeso”.
Leia o artigo científico completo aqui.
Fonte: NutraIngredients
Face ao contexto internacional, o aumento generalizado dos preços dos custos de produção, agravado pelo aumento das tensões geopolíticas, veio introduzir maior incerteza e vulnerabilidade no mercado mundial, em particular de cereais. Esta situação é particularmente preocupante para Portugal, enquanto país deficitário em cereais com um dos menores graus de autoaprovisionamento da União Europeia (UE).
A nova Estratégia +CEREAIS visa dar continuidade à ambição do aumento do autoaprovisionamento dos cereais em Portugal e, assim, contribuir para a autonomia alimentar no âmbito de uma estratégia de soberania de longo prazo.
Neste sentido, foram definidos três objetivos estratégicos que visam promover o aumento da produção sustentável de cereais, garantindo +Rendimento, +Organização e +Resiliência, sustentado por um quarto objetivo transversal que visa promover +Conhecimento.
São definidas oito medidas prioritárias, de implementação urgente, e nove medidas estratégicas, para um reforço da competitividade do setor cerealífero nacional, a curto/médio prazo.
Consulte aqui a Estratégia +CEREAIS.
Fonte: Agroportal
As Direções-Gerais da Saúde (DGS) e da Educação (DGE) monitorizaram a implementação do Despacho n.º 8127/2021, de 17 de agosto, que determina a oferta alimentar em meio escolar, à semelhança do que já tinha sido realizado em 2023.
Este estudo teve como objetivo realizar uma segunda avaliação da implementação do Despacho n.º 8127/2021, nos estabelecimentos de educação e de ensino da rede pública, reforçando o compromisso conjunto na criação e na promoção de ambientes escolares promotores de uma alimentação saudável. Os resultados agora publicados revelam que produtos alimentares como bolachas, produtos de pastelaria, refrigerantes, produtos de charcutaria e salgados já não se encontram disponíveis na maioria das escolas analisadas – em cerca de 85% das escolas analisadas. Contudo, o estudo mostra que é frequente a presença de uma ou mais não conformidades na oferta de géneros alimentícios a não disponibilizar nos bufetes escolares.
O relatório apresenta ainda um conjunto de ações que serão implementadas, de forma articulada entre a DGE, DGS e Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, com o objetivo de promover a implementação generalizada do Despacho n.º 8127/2021, contribuindo para que todos os estabelecimentos de educação e de ensino sejam espaços verdadeiramente promotores de uma alimentação saudável.
Esta avaliação contou com a colaboração dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas, designadamente pela intervenção dos/as docentes Coordenadores/as de Educação para a Saúde, através de um questionário disponível entre 16 de janeiro a 11 de março de 2025.
O relatório completo pode ser consultado aqui.
Fonte: DGS
A DGAE - Direção-Geral das Atividades Económicas disponibilizou uma versão atualizada do “Guia da Restauração”, um documento prático para o início e exercício da atividade de Restauração ou de Bebidas.
Este guia destina-se a todos os que pretendem abrir um restaurante, café, bar, ou outro tipo de estabelecimento de restauração ou bebidas. Para além de prestar informação de como iniciar a sua atividade, encontra igualmente informação que deve conhecer para abrir e explorar o seu estabelecimento. Pretende assim ajudar quem quer abrir uma atividade de restauração ou bebidas, ou quem, tendo já um estabelecimento aberto necessita de informação para o exercício da sua atividade.
Ao longo do Guia encontra informação sobre, entre outros assuntos, as licenças que vai precisar, as regras específicas para o exercício da atividade como as regras de higiene e segurança alimentar, os procedimentos para proceder à abertura do estabelecimento e aceder à atividade, ou os Requisitos a que as unidades móveis ou amovíveis devem obedecer.
Aceda ao guia aqui.
Fonte: DGAE
Nutricionistas da Blua Sanitas, seguradora espanhola, recomenda lista de alimentos para melhorar a memória e concentração de idosos
A memória e a concentração são funções mentais que se podem deteriorar com o tempo devido a fatores como o envelhecimento, stress ou doenças neurodegenerativas.
De acordo com um estudo recente do Eurostat, em 2022, 18,4 % da população portuguesa apresentou dificuldades moderadas ou graves de memória ou concentração. Este valor supera a média da União Europeia, que foi de 14,9 %. No entanto, existem alimentos que, graças às suas propriedades nutricionais, podem ajudar a fortalecer essas capacidades e reduzir o risco de declínio cognitivo.
Frutas e vegetais: mirtilos, morangos e laranjas, ou brócolos e espinafres, são ricos em antioxidantes e vitamina C, o que ajuda a proteger as células cerebrais dos danos oxidativos e melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro. Por isso, é aconselhável incorporar estes alimentos na alimentação diária, de preferência frescos, na forma de saladas e/ou como acompanhamentos de outros pratos.
Peixes gordos: salmão, cavala e atum são ricos em ácidos gordos ómega-3, vitais para a função cerebral. Estes nutrientes melhoram a memória e a concentração, enquanto reduzem o risco de doenças neurodegenerativas. Nesse sentido, é recomendável incluir peixes azuis na dieta pelo menos duas a três vezes por semana.
Frutos secos: amêndoas, nozes e avelãs, que contêm ácidos gordos saudáveis, antioxidantes e vitamina E, protegem as células cerebrais e promovem uma melhor função cognitiva. Por isso, consumi-los como snack ou adicioná-los a iogurtes naturais sem açúcar ou em saladas é uma excelente opção para manter a concentração ao longo do dia.
Cacau: chocolate negro com alto teor de cacau, rico em flavonoides, promove a circulação cerebral e estimula funções cognitivas, ajudando a manter uma boa memória. Assim, optar por 30 gramas de chocolate negro 85% ou adicionar cacau em pó 100% puro ao leite é uma boa forma de reduzir a pressão arterial e melhorar o desempenho cerebral.
Leguminosas: lentilhas, grão-de-bico e feijões são fontes de ácido fólico, fibras e proteínas, essenciais para regenerar as células cerebrais e manter a função cognitiva. Portanto, é recomendável incorporá-los em guisados, sopas ou saladas para promover o bom funcionamento do cérebro.
Azeite virgem extra: ao ser rico em antioxidantes e gorduras saudáveis, melhora a circulação sanguínea no cérebro e reduz o risco de inflamação neuronal, promovendo uma melhor concentração. Nessa perspetiva, utilizá-lo em pratos salgados, como tempero para assados ou para cozinhar, é uma forma simples de aproveitar todas as suas propriedades.
Em comunicado da seguradora, a nutricionista Eva M. Bautista afirma que “alimentos ricos em antioxidantes, ácidos gordos essenciais e vitaminas específicas melhoram a circulação cerebral e protegem as células nervosas do envelhecimento precoce”.
Fonte: Tecnoalimentar
“Uma gota no oceano”. Faltando apenas cinco anos para cumprir a meta da União Europeia (UE) de proteger pelo menos 30% das suas áreas marinhas até 2030 – incluindo 10% sob protecção estrita – um novo relatório da WWF, “Protecting and restoring our seas: Europe’s challenge to meet the 2030 targets”, revela que os Estados-membros estão “perigosamente fora de rumo”.
“Apesar da crescente urgência ecológica e social, apenas 2,04% dos mares da UE estão actualmente abrangidos por Áreas Marinhas Protegidas (AMP) com planos de gestão. Sem objectivos claros, medidas de conservação ou acções de restauro previstas nesses planos, estes locais permanecem protegidos apenas “no papel”, enquanto actividades prejudiciais prosseguem frequentemente sem controlo”, refere uma nota de imprensa enviada pela WWF Portugal.
O relatório é publicado na véspera do lançamento, pela Comissão Europeia, do tão aguardado Ocean Pact, e poucos dias antes da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC 3), em Nice.
A análise baseou-se em bases de dados harmonizadas – construídas a partir de informação pública disponível, consultada pela última vez em Agosto de 2024 – para permitir comparações entre países. No entanto, “no caso de Portugal, este processo não reflectiu totalmente todas as áreas marinhas oficialmente reportadas – particularmente nos Açores e na Madeira. Algumas destas áreas, embora reconhecidas em bases de dados nacionais e internacionais, não foram incluídas devido a desafios na harmonização e compatibilidade de dados entre as diversas fontes utilizadas no estudo”, realça a mesma nota.
Se consideradas, “trariam a cobertura de AMP em Portugal mais próxima da estimativa oficial de 4,5%”. Ainda assim, “mesmo este valor subestima os progressos recentes: no final de 2024, Portugal anunciou a criação da maior rede de Áreas Marinhas Protegidas da Europa, nos Açores. Juntamente com a expansão da reserva das Selvagens e a designação da AMP da Pedra do Valado, a cobertura nacional de AMP aumentou para 19,1%. No entanto, a maioria destas novas áreas designadas ainda não possui planos de gestão – reforçando a principal conclusão do relatório de que a designação, por si só, não é suficiente”.
Leia o artigo completo aqui
Fonte: Agricultura e Mar
Fora do palco dos pomares do Fundão e da fruta consumida em fresco, a cereja interpreta muitos outros papéis e desdobra-se em vários produtos que prolongam o seu ciclo de vida durante todo o ano.
Da fruta são produzidos licores, compotas, cosméticos, bolos, gelados, cerveja, gim, kombucha, chá e outros produtos que demonstram as múltiplas vocações do fruto que é bandeira do Fundão e que ajudam a criar valor em torno do ecossistema da cereja.
Há dois anos, Miguel Caniça, 50 anos, pesou o facto de a Cereja do Fundão ser “uma marca consolidada, reconhecida, que facilita a entrada em mercados”, quando decidiu investir cerca de dois milhões de euros numa fábrica de ultracongelados que também tem o exclusivo da produção do pastel de cereja do Fundão, no distrito de Castelo Branco.
A Cerenata da Gardunha, com 30 trabalhadores, quis primeiro sedimentar-se e, agora que vende empadas no país e estrangeiro, tem a intenção de este ano multiplicar a comercialização do pastel de cereja, até agora sazonal.
Em 2024, entre maio e junho, foram vendidas 30 mil unidades, mas o empresário vê potencial num “produto diferenciador, endógeno” para este ano já conseguir vender anualmente 200 mil pastéis feitos com polpa de cereja e tê-los disponíveis o ano inteiro.
A ideia é colocar o pastel de cereja do Fundão à venda em aeroportos, estações de serviço, pastelarias e pontos turísticos, mas também utilizar os canais habituais da empresa para a venda do pastel, ultracongelado, em superfícies comerciais e restauração.
Inicialmente, foi testada uma empada de cereja, mas o resultado não foi o esperado, por o fruto não ser o principal ingrediente, e estão a ser desenvolvidos outros produtos, como um pastel com requeijão e cereja do Fundão.
“Estamos a trabalhar para que, em 2025, o pastel de cereja do Fundão já seja comercializado o ano inteiro e não seja um produto sazonal”, adiantou à agência Lusa Miguel Caniça.
Luís Martins, 69 anos, teve com a mulher, Helena, a Sabores da Gardunha, empresa que começou por produzir compotas e licores de cereja e que venderam, mas, na reforma, perceberam que não conseguiam estar em casa.
Pegaram numa ideia antiga e começaram a pesquisar e a testar o casamento do chocolate artesanal com várias formas de trabalhar a cereja que produzem em Alcongosta, aldeia “berço da cereja” e onde criaram há quatro anos a Casa da Ponte.
Na espécie de laboratório com a mesma temperatura todo o ano usam a pedra de mármore para, com o secador ao lado, temperarem o chocolate, encontrarem os cristais pretendidos e criarem “produtos de excelência para nichos de mercado”.
O que apanham do pomar, tudo é aproveitado. Dos pés, para colocar nos bombons, às passas, para a tablete de chocolate negro com pasta de cereja e ginja liofilizada.
Começaram por uma caixa com seis tipos de bombons: com licor de cereja; com recheio de cereja e chocolate negro; recheio de cereja e chocolate de leite; com recheio de doce de ginja e o flor de cerejeira.
O casal de Alcongosta, “capital da cereja”, aproveitou o entusiasmo em torno do chocolate do Dubai para também produzir e inspirou-se no conceito para fazer experiências que resultaram na nova tablete, a apresentar durante a Festa da Cereja, que se realiza entre 06 e 08 de junho, certame que tem sido uma montra para vários tipos de produtos em que a cereja se pode transformar e múltiplas formas como pode ser utilizada na gastronomia.
“Pensei que, se tenho um produto tão nobre, como é a cereja do Fundão, juntando-a ao chocolate, só teria a ganhar”, realçou Luís Martins, que não tem a intenção de massificar a produção, artesanal, e referiu que gostava de ter “mais tempo e menos vinte anos” para explorar “o muito potencial da cereja”.
Os hotéis e alojamentos locais são mercado preferencial, mas os turistas também lhes batem à porta, por onde passam nas rotas ligadas à cereja, “a âncora do negócio”.
Fonte: Agroportal
Focada no equilíbrio da natureza e na saúde do solo, sem utilizar quaisquer químicos, a agricultura regenerativa abre portas a uma produção mais sustentável.
A agricultura regenerativa está a ganhar importância em Portugal. Os produtores de vinho que já usam este tipo de produção sem químicos, garantem que conseguem um produto de excelência.
Focada no equilíbrio da natureza e na saúde do solo, sem utilizar quaisquer químicos, a agricultura regenerativa abre portas a uma produção mais sustentável.
Esta forma de produzir esteve em debate num evento em Estremoz, onde estiveram presentes 14 produtores de vinho, que já praticam este tipo de agricultura. Explicam que a vinha não está limpa, mas é isso que permite a sua longevidade.
Na cozinha improvisada a escolha recaiu também em alimentos de origem regenerativa. Uma forma que garante ser mais sustentável, mais equilibrada e autêntica, sem nunca esquecer, ou comprometer, a qualidade do produto final.
Fonte: SIC notícias
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