Os donos de lojas especializadas acusam o governo de ser responsável por este tipo de morte, devido ao aumento dos impostos.
Vinte e três pessoas morreram em menos de 48 horas em Istambul e mais de 30 estavam sob cuidados intensivos após terem consumido álcool adulterado, informaram esta quinta-feira as autoridades da cidade.
O balanço anterior citava 19 mortos desde a última segunda-feira devido à ingestão de álcool adulterado com metanol, um composto industrial diferente do etanol.
Este tipo de intoxicação é comum na Turquia, uma vez que a produção clandestina disparou devido ao aumento dos impostos sobre bebidas alcoólicas. No ano passado, 48 pessoas morreram intoxicadas por esse tipo de álcool.
O governador da cidade anunciou na quarta-feira que as autoridades revogaram as licenças de 63 empresas por estas venderem álcool contrabandeado.
Os donos de lojas especializadas acusam o governo de ser responsável por este tipo de morte, devido ao aumento dos impostos.
Fonte: Jornal I
A Hilda nasceu através de um processo de fertilização in vitro, tendo os seus genes sido modificados para emitir menos gases com efeito de estufa, mais concretamente, metano.
A vaca faz parte do projeto ecológico “Cool Cows” e é a primeira a ver o seu código genético sofrer esta alteração. Os cientistas acreditam que este “passo histórico” pode revolucionar o setor da pecuária e o projeto de genética pecuária.
O rebanho Langhill, em Dumfries, na Escócia, tem vindo a ser estudado há já cerca de 50 anos, servindo como referência para a indústria dos laticínios. O principal objetivo passava por estudar formas de melhorar a saúde e a reprodução de bovinos, no entanto, os cientistas tentam agora também encontrar soluções para diminuir a emissão de gases com efeito de estufa através destes animais.
O setor da pecuária é responsável por cerca de metade das emissões de metano do Reino Unido, sendo este gás produzido por micróbios no estômago das vacas. Para ser alcançado esta realização, a Rural College da Escócia (SRUC, na sigla inglesa) juntou-se à clínica veterinária Cumbria vets Paragon e à empresa de genética animal Semex para identificarem e criarem vacas com o intuito de alterarem a sua genética.
A parceria recebeu um apoio no valor de 335 mil libras, ou seja, o equivalente a 404 mil euros.
Para o líder do projeto da SRUC, Richard Dewhurst, “com o consumo mundial de laticínios a continuar a crescer, a criação de gado com uma vertente sustentável é extremamente importante. O nascimento de Hilda é um momento extremamente significativo para a indústria de laticínios do Reino Unido”.
“A melhoria genética na eficiência do metano será fundamental para continuar a fornecer alimentos nutritivos aos consumidores, ao mesmo tempo que controla o impacto futuro das emissões de metano no meio ambiente”, referiu Rob Simmons, diretor e veterinário especialista em reprodução avançada da Paragon.
Os cientistas referem ainda que esta técnica possa ser aplicada noutros casos e que assim seja duplicada a taxa de “ganho genético”, acelerando-se o processo de reprodução de animais mais “eficientes” relativamente às emissões de metano.
Fonte: Agroportal
Na sequência da confirmação do foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa, foram de imediato implementadas pelos serviços da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), as medidas de controlo e erradicação do foco conforme previsto no plano de contingência da gripe aviária e na legislação da União Europeia. As medidas aplicadas nas zonas sujeitas a restrições sanitárias são determinadas pelo Edital n.º 26 da Gripe Aviária, disponível para consulta no portal da DGAV.
De acordo com o n.º 1 do referido Edital, as aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas no território de Portugal Continental, deverão ser confinadas nos respetivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens, sendo assim proibida a detenção das aves ao ar livre.
Os operadores, enquanto primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos seus animais, devem comunicar de imediato qualquer suspeita de doença à DGAV.
Reiteramos que a deteção precoce de focos é essencial para a implementação célere de medidas de controlo, evitando a disseminação da doença e minimizando perdas para o setor.
Para mais informação sobre a Gripe Aviária de Alta Patogenicidade, consulte a página da DGAV /gripe-aviaria/, incluindo um vídeo sobre prevenção e biossegurança que pode ser acedido em https://youtu.be/NqdEeNNAPPk.
Fonte: DGAV
Quanto maior o tomate, mais provável é que perca o seu sabor. O CRISPR está a mudar isso. Um estudo publicado na Nature Biotechnology mostra como é que, ao alterar um gene que codifica uma proteína que regula a acumulação de açúcar, os cientistas conseguiram desenvolver um tomate doce que mantém o seu alto rendimento e peso.
A domesticação do tomate (Solanum lycopersicum) levou a um aumento massivo no tamanho dos frutos, mas à custa da diminuição dos níveis de açúcar – uma correlação negativa que é provavelmente a consequência da perda de alelos de alto teor de açúcar.
Num estudo publicado na Nature Biotechnology, Zhang et al. criaram um tomate doce que mantém o seu alto rendimento e peso ao alterar um gene que codifica uma proteína que regula a acumulação de açúcar.
Zhang et al. realizaram um estudo de associação genómica de espécies de tomate selvagens e cultivadas para procurar regiões genómicas associadas à doçura dos frutos. Os autores mostraram que o knockout duplo de SlCDPK27 e SlCDPK26, realizado pela tecnologia CRISPR-Cas9, aumenta o teor de açúcar de uma variedade de tomate comumente cultivada em até 30% sem afetar o tamanho dos frutos.
Fonte: CiB - Centro de informação de biotecnologia
Para Mark Hyman, especialista em medicina funcional, comer para melhorar o humor, um dos 21 princípios do regime alimentar que defende, a Dieta Pegan, é mais do que encarar o prato com uma generosa dose de boa disposição. Há que nutrir o cérebro com os alimentos certos e abandonar hidratos de carbono e gorduras nocivas em excesso. Como se usa dizer, “um almoço nunca é de graça” e no caso de uma alimentação equilibrada pode, de acordo com Mark Hyman, estar na base de distúrbios como a depressão e ansiedade.
Mark Hyman, norte-americano, é especialista em medicina funcional e defensor de uma dieta alimentar que concilie os princípios nutricionais da dieta vegan e paleo, o mesmo é dizer, a dieta pegan. Esta, inclui alimentos integrais, gorduras saudáveis, hidratos de carbono refinados e açúcares limitados, e uma grande variedade de vegetais e fruta.
O especialista, apresentador de um popular podcast de saúde, The Doctor’s Farmacy, chega ao publico português com o livro A Dieta Pegan (edição Nascente) e, com ele, os 21 princípios que orientam o regime alimentar que preconiza.
“Escolher os cereais integrais, leguminosas, sementes e frutos secos certos”, “Tratar o açúcar como uma droga leve”, “Limpar, desintoxicar e reiniciar o organismo com sensatez”, “Comer e pensar na longevidade”, estão entre os princípios simples que Mark Hyman vê resultarem da relação entre “ciência e bom senso em diretrizes que promovem a saúde, a perda de peso e a longevidade”.
Mark Hyman partilha o princípio 17 da dieta pegan, “Comer para melhorar o humor”:
Em 2020, nós, seres humanos, enfrentámos muitos obstáculos – uma pandemia, sistemas de saúde que não estiveram à altura, disparidades económicas, sociais e raciais. Muitas pessoas perderam os seus empregos e os seus negócios. Algumas lidaram com doenças trágicas. A depressão é agora a quarta doença mais comum no mundo e a principal causa de incapacidade. Já passámos por muito e temos de nos apoiar mutuamente, agora mais do que nunca. Por estranho que pareça, os alimentos podem ser uma ferramenta eficaz para melhorar o nosso humor e a saúde do cérebro. E podem fazer-nos felizes.
Há cada vez mais dados científicos que confirmam a ligação entre a dieta e a saúde do cérebro. Todos os distúrbios que envolvem a função cerebral – depressão, ansiedade, PHDA (perturbação de hiperatividade e défice de atenção), autismo, demência, problemas de comportamento, violência ou simplesmente a confusão mental – estão ligados à dieta e frequentemente, ao impacto que ela tem no microbioma intestinal. No entanto, a maioria das pessoas não percebe a profunda ligação que existe entre o que comemos e a função cerebral. O corpo e a mente são um único sistema bidirecional dinâmico. O que faz a um tem impacto no outro. É necessário otimizar todos os estímulos e eliminar todas as más influências.
Pode ser tão simples como foi com o meu paciente que, todos os dias, tinha ataques de pânico às 15 horas. Era um gestor muito atarefado de Nova Iorque, que passava os dias a trabalhar e as noites a comer, beber em grandes festas. Comia tanto à noite que só voltava a comer na tarde do dia seguinte. Apresentava gordura abdominal, resistência à insulina e grandes oscilações nos níveis de açúcar no sangue, com hipoglicemia. Os níveis reduzidos de açúcar no sangue constituem uma emergência potencialmente fatal que ativa todos os sinais de pânico – aumenta a frequência cardíaca, respiração acelerada, suor e sensação de morte iminente, que pode mesmo tornar-se realidade, a menos que coma qualquer coisa. Tive de o convencer a comer durante o dia e à noite. Além disso, ele eliminou o açúcar e o amido e diminuiu o consumo de álcool.
Surgiram novos campos de investigação e departamentos académicos, tais como psiquiatria nutricional (em Harvard) e psiquiatria metabólica (em Stanford), desde que escrevi The UltraMind Solution, em 2008, que fala da forma como o corpo afeta a mente. Há estudos que comprovam que basta substituir alimentos processados, açucarados e ricos em amido por alimentos integrais (frutas, vegetais, azeite, frutos secos e sementes, leguminosas e alguns tipos de carne – pense Pegan) para obter resultados positivos no tratamento da depressão – na verdade esta dieta é 400% mais eficaz do que uma dieta ocidental típica*. Outros estudos revelam que as crianças com comportamento violento mudam do dia para a noite quando se substituem os alimentos processados por alimentos integrais.
Um estudo realizado com adolescentes agressivos revelou que bastou dar às crianças um suplemento de vitaminas e minerais para que os atos violentos fossem reduzidos em 91%, por comparação com um grupo de controlo**. O que explica o comportamento violento? O cérebro destas crianças tinha carências graves de nutrientes que regulam o humor e o comportamento incluindo ferro, magnésio, vitamina B12 e ácido fólico.
A medicina convencional é lenta no acompanhamento de todos estes estudos, mas o leitor não precisa de esperar para se sentir melhor, mais calmo e mais feliz. O que come hoje pode melhorar o seu humor e tomada de decisões e torná-lo mais compassivo. Infelizmente, a maioria de nós não tira partido dessas verdades, em vez disso, consultamos um médico, que nos informa que estamos a sofrer de depressão: só não explica porquê. Tomamos Prozac, quando a depressão não indicia uma carência de Prozac. A medicação pode salvar vidas de alguns pacientes (mesmo que, na maioria dos casos de depressão ligeira ou moderada, os antidepressivos não sejam eficazes), mas que tal irmos à raiz do problema?
Depressão e ansiedade são apenas nomes dados a um conjunto de sintomas, mas há muitos fatores subjacentes a cada um deles. Algumas pessoas podem ter uma carência de vitamina B12. Outras podem ter uma tiroide hipoativa ou hiperativa. Outras podem ter níveis reduzidos de vitamina D ou disfunção intestinal. Há novos estudos que associam claramente a depressão e a ansiedade à inflamação do cérebro. Em vez de tomar medicamentos para suprimir os sintomas, a solução é encontrar a causa. A que se deve a inflamação? Os dois principais motivos são uma dieta à base de alimentos processados, com alto teor em açúcar e amido e desequilíbrios na flora intestinal (também causados pela dieta, por tóxicos ambientais, como o glifosato e pelo uso excessivo de determinados medicamentos). Sim, use medicamentos sempre que necessário, mas tome outras medidas. Os estudos são inequívocos: a dieta e o exercício físico permitem obter resultados mais satisfatórios do que os medicamentos, e todos os efeitos secundários são positivos. Consulte um profissional de medicina funcional. Vão ao fundo da questão.
O cérebro é resiliente e pode recuperar e sarar nas condições certas. Já vi isso acontecer repetidas vezes em milhares de pacientes. Fazemos muitas coisas que perturbam o nosso humor e o nosso cérebro, incluindo consumir açúcar, hidratos de carbono refinados e gorduras nocivas em excesso. Não consumimos gorduras boas, alimentos protetores suficientes. Dormimos muito pouco, ficamos acordados até tarde e o stress a que estamos sujeitos é mais que muito. Como podemos acalmar esta convulsão interna?
Comece por eliminar os açúcares refinados, os hidratos de carbono processados e os adoçantes artificiais. Certifique-se que o seu nível de açúcar no sangue está equilibrado. Isso implica comer durante o dia e não durante a noite. Não falhe refeições, se desconfiar que tem desequilíbrios no nível de açúcar no sangue. Já se sentiu nervoso e cansado, com palpitações cardíacas, tontura e perda de concentração, depois de falhar uma refeição? O seu corpo pensa que está a morrer. Arranje tempo para preparar refeições equilibradas ao pequeno-almoço, almoço e jantar. Consuma uma dose saudável de proteínas, hidratos de carbono integrais e gorduras a todas as refeições. Reduzir gorduras benéficas ajuda a reduzir as ânsias alimentares e previne quedas acentuadas do nível de açúcar no sangue. Evite as bebidas alc0ólias e cafeinadas. Se seguir um regime de jejum intermitente, certifique-se que integra “combustíveis” de combustão lenta, tais como gorduras e proteínas na dieta.
Quando se trata de distúrbios cerebrais (ansiedade, depressão, perda de memória, PHDA), as carências nutricionais são a primeira coisa que analiso. A falta de qualquer nutriente essencial pode criar sintomas complicados, por isso, é importante trabalhar com um profissional de saúde para conseguir marcar análises abrangentes ao sangue. As carências mais comuns que vejo relacionadas com distúrbios cerebrais são as que dizem respeito às gorduras ómega-3, magnésio, vitamina D, zinco, selénio e vitamina B. Sobretudo as gorduras ómega-3 são essenciais para a saúde do cérebro. Sessenta por cento do seu cérebro é composto por DHA, um ácido gordo ómega-3 anti-inflamatório essencial. Se sente alguma perturbação ao nível cerebral, o mais certo é ter uma carência de gordura. As gorduras ómega-3 formam a estrutura basilar das membranas celulares. Se não tiver membranas celulares saudáveis, as moléculas mensageiras do seu corpo não serão capazes de comunicar entre si e a sua saúde será prejudicada.
Se tiver sintomas de depressão, ansiedade, alterações de humor, irritabilidade ou PHDA, confirme se sofre de alguma carência nutricional. Percebi que, nove em cada dez vezes, os pacientes com esses sintomas sofrem de carências de pelo menos um nutriente essencial.
Entretanto, siga a dieta Pegan. Coma muitos vegetais, algumas frutas (sobretudo as que têm baixo teor em açúcar e são ricas em nutrientes), cereais integrais (não farinhas), frutos secos e sementes, leguminosas com baixo teor em amigo e alguns tipos de carne, aves e peixes de elevada qualidade. Opte por alimentos para o cérebro que comprovadamente afetam o humor e reduzem os sintomas de depressão e ansiedade – alimentos ricos em ómega-3, zinco, magnésio, vitamina D, antioxidantes e vitaminas B.
Peixes gordos e marisco, tal como salmão e ostras: o peixe é um alimento ideal para o cérebro. O consumo de gorduras ómega-3 presentes no peixe (EPA e DHA) tem sido associado a taxas mais reduzidas de depressão e de outros distúrbios alimentares. As ostras contêm uma dose saudável de vitamina B12, zinco e gorduras ómega-3.
Frutos vermelhos: as antocianinas dão às frutas as suas cores púrpura e azul-vivas, e ajudam a reduzir os sintomas de depressão e a aumentar a função cognitiva. Tento comer mirtilos e amoras todos os dias.
Alimentos ricos em fibra e alimentos fermentados: chamam ao intestino o segundo cérebro. Para otimizar a ligação entre o intestino e o cérebro, opte por alimentos reparadores do intestino, incluindo verduras e alimentos fermentados, tais como chucrute.
Chá verde: o conteúdo fenólico do chá verde pode reduzir os sintomas depressivos. Se precisar de um reforço de polifenol, tome uma chávena de chá verde todos os dias.
Frutos secos e sementes: os frutos secos e as sementes contêm triptofano, os percursos da serotonina, que é o nosso neurotransmissor da felicidade. O triptofano também é um percursor da melatonina, a nossa hormona do sono, que nos ajuda a ter um sono profundo e reparador à noite – essencial para a saúde do cérebro.
Se desconfiar que há algo mais profundo que pode estar a alterar o seu humor, como, por exemplo, uma carência de nutrientes ou uma doença autoimune, consulte um terapeuta ou psiquiatra credenciado e um profissional de saúde para chegar à raiz dos seus sintomas. É inspirador e uma lição de humildade ver os pacientes a recuperarem após anos de depressão e ansiedade apenas com alguns ajustes e trabalho de investigação.
Fonte: Sapo.pt
Uma investigação da Universidade Autónoma de Barcelona caracterizou em pormenor a forma como as saquetas de chá comerciais à base de polímeros libertam milhões de nanoplásticos e microplásticos na infusão. O estudo mostra, pela primeira vez, a capacidade destas partículas para internalizar células intestinais humanas, podendo mesmo transladar-se para o sangue e espalhar-se por todo o corpo.
Um estudo do Grupo de Mutagénese do Departamento de Genética e Microbiologia da UAB obteve e caracterizou com sucesso microplásticos e nanoplásticos derivados de vários tipos de saquetas de chá disponíveis no mercado. Os investigadores da UAB observaram que, quando estas saquetas de chá são utilizadas para preparar uma infusão, são libertadas enormes quantidades de partículas de tamanho nanométrico e estruturas nanofilamentosas, o que constitui uma importante fonte de exposição a MNPL.
As saquetas de chá utilizadas na investigação foram fabricadas com os polímeros nylon-6, polipropileno e celulose. O estudo mostra que o polipropileno, quando infundido, liberta cerca de 1,2 mil milhões de partículas por mililitro, com um tamanho médio de 136,7 nanómetros; a celulose liberta cerca de 135 milhões de partículas por mililitro, com um tamanho médio de 244 nanómetros, enquanto o nylon-6 liberta 8,18 milhões de partículas por mililitro, com um tamanho médio de 138,4 nanómetros.
Para caraterizar os diferentes tipos de partículas presentes na infusão, foi utilizado um conjunto de técnicas analíticas avançadas, tais como a microscopia eletrónica de varrimento (SEM), a microscopia eletrónica de transmissão (TEM), a espetroscopia de infravermelhos (ATR-FTIR), a dispersão dinâmica da luz (DLS), a velocimetria Doppler laser (LDV) e a análise de seguimento de nanopartículas (NTA).
“Conseguimos caraterizar estes poluentes de uma forma inovadora com um conjunto de técnicas de ponta, o que é uma ferramenta muito importante para avançar na investigação sobre os seus possíveis impactos na saúde humana”, afirma a investigadora da UAB Alba García.
Fonte: iAlimentar
Carla Almeida, Eduarda Lopes, Ana Patrícia Faria, José Azevedo, Patrícia Padrão
Journal of Food Composition and Analysis, Volume 132, 2024
Nos últimos anos, as recomendações sobre alimentação têm-se multiplicado, mas quando o assunto é sal, talvez a sabedoria popular seja uma boa referência: “O sal é como o humor, deve ser usado com moderação.”
Este trabalho apresenta uma realidade preocupante: em Portugal, 62,7% dos alimentos embalados vendidos, entre 2020 e 2021 numa das maiores cadeias de supermercados do país, excediam o limite de sódio por 100g de alimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Identificar os produtos de charcutaria como uma fonte alimentar de sal já é algo esperado, e foi confirmado por este estudo. No entanto, reconhecer o pão e a sopa, alimentos tão presentes no dia-a-dia dos portugueses, como fontes relevantes de sal poderá criar maior resistência ou controvérsia.
O pão, é um alimento básico na alimentação portuguesa desde tempos antigos. Neste estudo, observou-se que mais de 80% dos pães analisados ultrapassaram as recomendações de sódio da OMS (330mg/100g). Curiosamente, essa percentagem é significativamente menor quando comparada à recomendação nacional (400mg/100g) (cerca de 30%), o que nos leva a questionar: estamos realmente bem posicionados, ou deve a nossa meta nacional ser repensada?
Procuremos agora saber um pouco mais sobre os resultados observados para as sopas embaladas. Apesar das suas inúmeras vantagens nutricionais, o teor de sal em muitas delas é alarmante. De acordo com os resultados deste estudo, apenas 3 das 34 sopas embaladas analisadas não continham sal adicionado, e mais de 60% tinham um teor de sódio superior ao recomendado pela OMS (235mg/100).
O estudo revelou ainda uma realidade inesperada sobre os queijos frescos: cerca de 90% desses produtos apresentam um teor de sódio acima do limite proposto mundialmente (190mg/100g). Não podemos esquecer ainda assim, que a mediana de sódio por 100g deste tipo de queijos é a mais baixa quando comparada com versões de queijos mais curados!
Se refletirmos sobre os resultados acima mencionados, deparamo-nos com um cenário em que fazer escolhas alimentares parece cada vez mais complexo. Mas se está a pensar eliminar do seu carrinho de compras o pão, a sopa, e o queijo, repense!
Manter estes alimentos como parte de uma alimentação adequada é possível, optando por alternativas com baixo teor de sal. Sobre uma preparação com elevadíssimo valor nutricional e incomparável tradição gastronómica como a sopa, vale a pena relembrar que o seu consumo é aconselhado e recomendado.
A tomada de decisões relacionadas com o teor de sal dos alimentos depende, apesar da complexidade, de critérios claros. O desafio passa agora a ser escolher versões destes alimentos com baixo teor de sal para assegurar a manutenção de uma boa saúde cardiovascular, sem nunca esquecer que a moderação se mantém palavra de ordem.
Fonte: Pensar Nutrição
Notificação de Foco na Alemanha e Apelo ao Reforço das Medidas de Vigilância em Portugal
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informa que foi notificado um foco de febre aftosa pela Alemanha, numa exploração de búfalos aquáticos com 20 animais criados em regime extensivo, localizada em Bradenburg, ao norte de Berlim. Este foco levou à ativação do plano de contingência pelas autoridades alemãs, que estabeleceram zonas de restrição e aplicaram as medidas de controlo previstas no Regulamento Delegado (UE) 2020/687. Adicionalmente, foi decretada a suspensão da movimentação de ungulados por um período de 72 horas.
O vírus da febre aftosa não se transmite aos humanos não constituindo assim risco para a saúde humana.
Pese embora em Portugal não existam explorações de búfalos aquáticos, a febre aftosa é uma das doenças mais contagiosas que afeta espécies de biungulados domésticos e selvagens, incluindo bovinos, ovinos, caprinos e suínos. A sua elevada capacidade de transmissão pode provocar impactos económicos e sanitários muito graves, representando um sério entrave ao comércio internacional. Não existe tratamento para esta doença, e a vacinação é proibida na União Europeia, exceto em situações de emergência, conforme previsto no Regulamento Delegado (UE) n.º 2023/361. Apesar do seu impacto nos animais, o vírus da febre aftosa não constitui risco para a saúde humana.
A DGAV apela ao rigoroso cumprimento das medidas de biossegurança em Portugal, essenciais para prevenir a introdução desta doença no território nacional. Estas medidas incluem a desinfeção adequada de instalações, veículos e equipamentos, o controlo do movimento de animais e a vigilância permanente de sinais clínicos que possam indicar a presença de febre aftosa.
Sendo a febre aftosa uma doença de notificação obrigatória para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), para a União Europeia e para as autoridades nacionais, os produtores, médicos veterinários, comerciantes e transportadores devem comunicar imediatamente qualquer suspeita aos serviços regionais e locais da DGAV.
Informações detalhadas sobre a febre aftosa, incluindo medidas de prevenção e resposta, estão disponíveis no portal da DGAV em doencas-dos-bovinos/febre-aftosa/
Fonte: DGAV
A entrada de aves em zonas de proteção ou vigilância, face à gripe aviária, provenientes de estabelecimentos fora das zonas de restrição, só é possível se estas se destinarem ao abate imediato, clarificou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.
“Apenas poderão ser autorizadas entradas nas zonas de proteção e na zona de vigilância de aves, provenientes de estabelecimentos situados fora das zonas de restrição, caso o destino seja o abate imediato em centros de abate localizados nestas zonas”, lê-se numa nota informativa da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Por outro lado, não podem ser concedidas derrogações à entrada de aves, de estabelecimentos que estão fora das zonas de restrição, para cria ou recria, para explorações dentro destas mesmas áreas.
Quando são confirmados focos de infeção pelo vírus da gripe aviária em aves domésticas, são estabelecidas zonas de restrição sanitária num raio de três quilómetros (zona de proteção) e de 10 quilómetros (zona de vigilância) em redor de cada foco.
Entre estas restrições está a proibição dos movimentos de aves e dos seus produtos.
Na segunda-feira, a DGAV anunciou que tinha sido detetada gripe das aves numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, Lisboa, tendo sido aplicadas as medidas de controlo, que incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza das instalações.
O número de galinhas que morreram pela doença ou foram abatidas na sequência da confirmação do foco ascende a 55.427, o que corresponde ao total dos animais daquela exploração.
Foram ainda impostas restrições à movimentação e as explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco) estão a ser vigiadas.
A DGAV pediu também a todos os operadores que comuniquem qualquer suspeita de doença, sublinhando que a deteção precoce dos focos “é essencial para a implementação célere de medidas de controlo”.
No mesmo dia em que foi confirmado o caso em Sintra, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).
A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo.
Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.
A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.
Na sequência deste caso, Macau e Hong Kong proibiram a importação de frango a partir de Lisboa.
Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.
Fonte: Agroportal
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) acaba de anunciar que mais de 35% do vinho produzido na região já é feito de forma mais sustentável por produtores certificados no âmbito do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA).
O selo de produção sustentável do PSVA, atribuído pelos quatro organismos de certificação parceiros da CVRA, já foi obtido por 25 produtores alentejanos que incluem a produção de uvas de 404 viticultores que cuidam de 7.470 hectares de vinha – o que representa 31,8% da área de vinha do Alentejo e mais de um terço do vinho produzido, de um total de 121 milhões de litros de vinho.
Francisco Mateus, presidente da CVRA, declara que “estes resultados são a evidência do elevado compromisso que os produtores do Alentejo têm para com o desenvolvimento sustentável das vinhas e adegas, com impacto na qualidade do vinho, nos ecossistemas e biodiversidade, na escolha de materiais utilizados na produção e nas embalagens, na gestão de água e energia, na promoção da economia circular e no desenvolvimento socioeconómico de uma região onde a cultura da vinha e a produção de vinho são muito significativos”.
João Barroso, coordenador do PSVA, reconhece ainda que “a massa critica encontrada no Alentejo no que respeita à produção sustentável é única em Portugal e considerada internacionalmente uma das mais exigentes e reputadas, o que reflete o empenho dos nossos produtores em adotar práticas sustentáveis em prol da sociedade como um todo”.
O Alentejo é pioneiro em Portugal na implementação de práticas sustentáveis no setor vitivinícola e, como explica Francisco Mateus, “temos a ambição de crescer nestes resultados ao nível regional, mas também de ver os produtores a exibirem com orgulho a certificação de produção sustentável dos Vinhos do Alentejo, contribuindo para que o nosso país se destaque no panorama internacional”.
No total, o PSVA já integra mais de 637 membros dos quais 25 certificados, tendo sido atribuída a primeira certificação de produção sustentável em dezembro de 2020 e, a mais recente, em novembro do ano passado. Os produtores certificados são sujeitos a auditorias anuais para avaliar o cumprimento dos 171 critérios de avaliação do PSVA, iniciativa criada pela CVRA em 2013 e lançada oficialmente em 2015.
Fonte: Grande Consumo
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