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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, na sequência de diligências de investigação e no âmbito da sua missão na proteção de produtos nacionais e de combate às práticas fraudulentas, realizou, esta semana, através da sua Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional do Porto e Unidade Operacional de Barcelos, uma operação de prevenção criminal, direcionada a dois operadores económicos, que atuavam por intermédio das redes sociais, nos concelhos de Póvoa do Varzim e Barcelos.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, na sequência de diligências de investigação e no âmbito da sua missão na proteção de produtos nacionais e de combate às práticas fraudulentas, realizou, esta semana, através da sua Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional do Porto e Unidade Operacional de Barcelos, uma operação de prevenção criminal, direcionada a dois operadores económicos, que atuavam por intermédio das redes sociais, nos concelhos de Póvoa do Varzim e Barcelos.


Como resultado das ações, foram detetados num armazenista de produtos alimentares e num operador económico com atividade não sedentária, um total de
303 garrafões com a capacidade unitária de 5 litros de óleo alimentar, a maioria dos quais sem qualquer rótulo que identificasse o produto alimentar que se encontrava a ser comercializado, e ainda diversas embalagens ostentando rotulagem em incumprimento da legislação em vigor.


Foi
instaurado um processo-crime por fraude sobre mercadorias e dois processos de contraordenação por falta de rastreabilidade e incumprimento na rotulagem em géneros alimentícios, tendo sido apreendidos 1505 litros de óleo alimentar, diversos rótulos com referência à denominação de azeite e uma viatura, tudo num valor superior a 12.000,00 Euros.


Foi constituído um indivíduo como arguido, o qual foi sujeito a Termo de Identidade e Residência, tendo os factos sido comunicados à Autoridade Judiciária.


Foram ainda realizadas colheitas de amostras a todos os produtos oleicos detetados, as quais serão remetidas para o Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE, o qual é reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), de forma a serem realizadas as respetivas análises físicoquímicas e sensoriais da substância apreendida.

A ASAE alerta os consumidores para estarem atentos a oferta de produtos com preço abaixo do expectável, induzindo o consumidor em erro com objetivo de serem comercializadas outras substâncias oleicas como azeite.


A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores, bem como na defesa de um setor crucial para a economia nacional.

 

Fonte: ASAE

O consumo de vinho na UE diminui, e a indústria é incentivada a investir em vinhos sem álcool, com potencial de mercado crescente, para combater a tendência económica negativa.

Apreciar o vinho faz parte da história cultural da Europa, mas a moda agora é beber menos, sobretudo entre as gerações mais jovens.

É por isso que um grupo de especialistas está a incentivar a indústria vinícola europeia a abraçar o mercado crescente do vinho com baixo teor alcoólico e sem álcool. Esta adaptação poderá ser a chave para travar a tendência económica negativa. 

Os cidadãos da UE representam cerca de metade do consumo mundial de vinho, com 107 milhões de hectolitros bebidos em 2023. Mas este é um consumo que está em declínio há muitos anos. 

Entre 2010 e 2020, o consumo de vinho na UE diminuiu quase um quarto. Prevê-se que este declínio continue, embora a um ritmo mais lento. 

As razões para tal, segundo os especialistas, são a preocupação com a saúde e a alteração dos padrões de consumo. Isto fez com que surgisse a ideia de oferecer aos consumidores opções com baixo teor alcoólico ou sem álcool.

No ano passado, a Comissão Europeia criou um grupo de reflexão para estudar a situação do setor vinícola. 

O grupo visava "abordar os desafios atuais que o setor vinícola enfrenta, como as condições meteorológicas extremas, como fazer a adaptação a um clima e a um ambiente em mudança, e também às alterações no gosto dos consumidores", como explica Gerardo Fortuna, repórter da Euronews que cobre o setor.

Dada a atual situação complicada do comércio internacional, a exportação de vinho está em baixa, assim como o consumo interno, diz Fortuna.

Foi por isso que o grupo de reflexão recomendou à indústria que explorasse o segmento dos vinhos com baixo teor alcoólico ou sem álcool, que estão a tornar-se cada vez mais populares.

Existe aqui um potencial de mercado crescente para os produtores europeus, uma vez que a dimensão do mercado mundial de vinho sem álcool irá aumentar dos cerca de 8 mil milhões de euros atuais para 14 mil milhões de euros até ao final de 2031.

Isto representa taxas de crescimento anuais superiores a 10 %. Os maiores mercados são os EUA, o Canadá, a Austrália e a Índia.  

Parece que os orgulhosos produtores de vinho da UE estão finalmente a começar a aceitar a ideia do vinho sem álcool, uma mudança significativa em comparação com a situação de há alguns anos.

No entanto, equilibrar os interesses do setor vinícola tradicional com as oportunidades emergentes é um desafio para os produtores europeus, diz Eric Sargiacomo, vice-presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu.

Mas a indústria está bem posicionada para fazer disto um sucesso, diz ele.

É sempre difícil abandonar tradições há muito acarinhadas e aceitar a mudança, mas, de um modo geral, o vinho sem álcool pode ser uma alternativa saborosa e saudável para quem procura desfrutar de bebidas sem álcool.

E se os produtores de vinho europeus abraçarem completamente esta tendência, poderá ser também uma poderosa oportunidade de negócio para o futuro.

 

Fonte: Euronews

Importação: NoA – Notificação de Chegada

  • Tuesday, 11 February 2025 10:22

A partir de 18/2/2025, para efeitos de notificação prévia das remessas importadas de géneros alimentícios e alimentos para animais de origem não animal (à exceção de palha e feno), vão passar a existir dois documentos distintos a submeter no sistema TRACES-NT, por parte dos responsáveis pelas remessas:

  1. NoA (Notification on Arrival / Notificação de Chegada) – Para remessas ao abrigo do artigo 44º do Regulamento dos Controlos Oficiais

  2. DSCE-D (ou CHED-D na sigla inglesa) – Para as remessas ao abrigo do artigo 47º do Regulamento dos Controlos Oficiais (procedimento que se mantém como até aqui).

O novo documento “NoA” é em tudo similar ao DSCE-D, não se esperando, por isso, dificuldades de preenchimento pelos responsáveis pelas remessas/mercadorias. O próprio sistema TRACES-NT vai ajudar os responsáveis pelas remessas na seleção do documento a submeter à Autoridade Competente.

A partir dessa data já não poderão ser submetidas, com DSCE-D, as remessas ao abrigo do artigo 44º do Regulamento dos Controlos Oficiais. Não vai existir um período de transição, pelo que dia 18/2, todas estas remessas devem ser já acompanhadas do NoA.

Esta alteração vem na consequência da publicação do Regulamento Delegado (UE) 2024/2104 da Comissão, de 27 de junho de 2024, que completa o Regulamento (UE) 2017/625 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito aos casos e condições em que as autoridades competentes podem solicitar aos operadores que notifiquem a chegada de determinadas mercadorias que entram na União.

Veja o vídeo disponibilizado pela Comissão sobre a submissão do Noa.

Consulte aqui mais informação sobre o novo NoA.

 

Fonte: DGAV

Beber álcool faz mesmo mal à saúde?

  • Tuesday, 11 February 2025 09:36

Novas diretrizes vão pesar riscos e benefícios

A maioria dos adultos nos Estados Unidos bebe álcool, mas a preocupação do público com os efeitos do consumo moderado de álcool na saúde tem vindo a aumentar.

Os dados científicos mais recentes apoiam essas preocupações, mas dois relatórios governamentais recentes sugerem que existem potenciais benefícios a par de potenciais riscos - e alguns especialistas afirmam que as recomendações dietéticas formais, que deverão ser revistas este ano, poderiam adotar uma abordagem mais diferenciada.

Está bem estabelecido que o consumo excessivo de álcool, incluindo a chamada bebedeira, tem efeitos negativos significativos para a saúde. Mas estudos recentes descobriram que mesmo níveis baixos de consumo de álcool podem ser prejudiciais. E para a Organização Mundial de Saúde “nenhum nível de consumo de álcool é seguro para a nossa saúde”.

As atuais Diretrizes Dietéticas para os Americanos, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e do Departamento de Agricultura dos EUA, dizem que os homens devem limitar o seu consumo diário de álcool a duas bebidas ou menos, e as mulheres a uma bebida ou menos.

Estas diretrizes vão ser revistas este ano e dois relatórios recentes, destinados a esclarecer este processo, chegaram a conclusões aparentemente contraditórias, dando continuidade a um debate de longa data sobre a forma de ponderar os potenciais riscos e benefícios do álcool.

Mas as atitudes do público nos EUA já estão a mudar.

Uma nova sondagem da CNN, conduzida pela SSRS, revela que metade dos adultos norte-americanos afirma que o consumo moderado de álcool é prejudicial para a saúde, mais do dobro da percentagem que afirmava o mesmo há duas décadas. As mulheres e os adultos com menos de 45 anos têm mais probabilidades de afirmar que o consumo moderado de álcool é mau para a saúde do que os homens e os adultos mais velhos, tal como os democratas e os independentes.

Apenas 8% dos adultos norte-americanos consideram que beber com moderação é bom para a saúde, de acordo com a sondagem da CNN, cerca de um terço da percentagem que afirmava o mesmo em 2005. Outros 43% dos adultos afirmam que o consumo moderado de álcool não faz qualquer diferença para a saúde.

Sabe-se que existe uma ligação entre o álcool e o cancro e que qualquer quantidade de bebida aumenta esse risco. Para o cirurgião geral Vivek Murthy, esta “relação direta” foi suficiente para emitir um parecer e pedir a atualização do rótulo de advertência para a saúde das bebidas alcoólicas, de modo a realçá-la.

“O álcool é uma causa bem estabelecida e evitável de cancro, responsável por cerca de 100.000 casos de cancro e 20.000 mortes por cancro por ano nos Estados Unidos - mais do que as 13.500 mortes por acidentes de viação associados ao álcool por ano - mas a maioria dos americanos não tem conhecimento deste risco”, afirmou Murthy numa declaração no início de janeiro.

A nova sondagem da CNN revela que uma ampla maioria de 74% do público norte-americano seria a favor de novos rótulos de bebidas alcoólicas que alertassem para o risco de cancro, como sugere Murthy. Os democratas, as mulheres e as pessoas de cor são propensos a apoiar a revisão do rótulo de advertência, mas 69% ou mais dos adultos de todas as idades, géneros, grupos partidários e raciais afirmaram que seriam a favor.

A sondagem da CNN foi conduzida pela SSRS entre 9 e 12 de janeiro, numa amostra nacional aleatória de 1.205 adultos provenientes de um painel baseado em probabilidades. Os inquéritos foram realizados em linha ou por telefone com um entrevistador. Os resultados da amostra completa têm uma margem de erro de amostragem de mais ou menos 3,2 pontos percentuais.

Ponderação dos riscos e benefícios

Um dos relatórios destinados a informar a próxima edição das orientações dietéticas - solicitado pelo Congresso e publicado no mês passado pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina - reforçou a ligação entre o álcool e o cancro, mas com diferentes graus de certeza. Os investigadores, que analisaram os resultados de cerca de duas dúzias de estudos, concluíram com “certeza moderada” que o risco de desenvolver cancro da mama era maior entre as pessoas que bebiam com moderação do que entre as que não bebiam. Havia um “baixo grau de certeza” de que o risco de cancro da mama e de cancro colorretal era mais elevado entre os que bebiam mais com moderação do que entre os que bebiam menos, e não havia associação com outros cancros da garganta e do pescoço.

Mas o mesmo relatório também encontrou algumas potenciais associações positivas entre o consumo moderado de álcool e a saúde. Em comparação com as pessoas que nunca consomem álcool, as que bebem com moderação correm um menor risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral não fatal. E a mortalidade geral por qualquer causa também foi considerada mais baixa entre as pessoas que bebiam com moderação, em comparação com as que nunca bebiam.

“Muitas escolhas de estilo de vida acarretam riscos potenciais e o consumo de álcool não é exceção”, diz à CNN Michael Kaiser, vice-presidente executivo e diretor de assuntos governamentais da WineAmerica, uma organização sem fins lucrativos que representa os interesses da indústria vinícola.

“Encorajamos todos os adultos que optam por beber a aderir às Diretrizes Dietéticas e a consultar os seus profissionais de saúde. Ninguém deve beber para obter benefícios para a saúde, e algumas pessoas não devem beber de todo”, defende, acrescentando que a organização apoia a utilização deste estudo para informar as diretrizes, tal como o Congresso pretendia e como foi feito anteriormente.

Outro relatório, publicado na semana passada por um painel independente do Interagency Coordinating Committee on the Prevention of Underage Drinking, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, também revelou um menor risco de acidente vascular cerebral entre as pessoas que bebiam em média uma bebida por dia, um menor risco de diabetes entre as mulheres que bebem a este nível e um maior risco de certos tipos de cancro.

Mas, por outro lado, verificou-se que o risco de morrer devido ao consumo de álcool começa com níveis baixos de consumo médio e aumenta à medida que os níveis de consumo de álcool aumentam.

Muitos especialistas respeitam a complexidade da ciência, mas alertam para o facto de não se considerar o consumo de álcool como um hábito categoricamente saudável.

“É enganador dizer que a ciência não está estabelecida”, defende Katherine Keyes, professora da Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, cuja investigação se centra na epidemiologia do consumo de substâncias.

“Houve diferenças na metodologia e é por isso que existem algumas diferenças nos resultados. Mas quando se separam os estudos, a ciência subjacente é consistente”, argumenta Keyes, que fazia parte do painel independente convocado pelo HHS. “Existem algumas condições em que vimos um benefício ou uma relação inversa em níveis muito baixos, mas eles são realmente superados pelas condições em que não se vê um benefício.”

Ned Calonge, presidente do comité que redigiu o relatório das Academias Nacionais, adverte que a ligação que o seu grupo encontrou entre a redução da mortalidade por todas as causas e o consumo moderado de álcool não deve ser interpretada como um resumo da relação entre o álcool e a saúde - muito pelo contrário, de facto.

“A mortalidade por todas as causas é, diria eu, um resultado problemático, porque inclui muitos resultados diferentes, o que aumenta o risco potencial de enviesamento associado a fatores de confusão, outros fatores que podem ser responsáveis pelo resultado”, diz Calonge, que é também reitor associado para a prática de saúde pública e professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública do Colorado e professor de medicina familiar na Escola de Medicina da Universidade do Colorado.

A investigação sobre os efeitos do álcool na saúde tem algumas lacunas significativas, o que contribui para possibilidades mais alargadas de interpretação dos dados.

O consumo “moderado” de álcool não é definido de forma consistente, e o agrupamento de pessoas em diferentes categorias - como zero a três bebidas por dia - pode distorcer as médias quando os resultados podem ser muito diferentes para as pessoas no extremo inferior dessa categoria e no extremo superior dessa categoria.

O relatório das Academias Nacionais abordou esta questão nas suas conclusões sobre o risco de cancro da mama, referindo que quantidades mais elevadas de bebidas alcoólicas estão associadas a um risco mais elevado de cancro da mama do que quantidades inferiores - mesmo dentro dos níveis considerados “moderados”.

A pedra de toque para a investigação científica é um ensaio controlado aleatório que monitoriza ativamente comparações diretas entre cenários com pouca variabilidade externa, mas a maioria dos estudos sobre os efeitos do álcool baseia-se na observação sem intervenção.

Ao analisar os resultados de estudos observacionais, as conclusões mais fortes são tiradas de associações fortes entre dois fatores, explica Calonge. Mas as associações encontradas no relatório das Academias Nacionais - os riscos relativos nas direções positiva e negativa - não eram muito fortes, aponta.

“Não podemos provar a causa com estudos de observação”, diz Calonge. “Estes efeitos são importantes do ponto de vista da saúde pública, mas não podemos ultrapassar a certeza moderada porque pode haver investigação adicional com resultados diferentes.”

Orientações médicas sobre o álcool: moderação

Apesar das lacunas na investigação, muitos especialistas afirmam que as provas de risco são demasiado fortes para serem ignoradas.

“Mesmo que se concorde que uma linha de evidência está mais próxima da verdade para um estado de doença, se olharmos para um resultado de doença diferente, as descobertas podem ir numa direção completamente diferente”, considera Ahmed Tawakol, cardiologista do Massachusetts General Hospital.

Se um novo medicamento estivesse a ser estudado para reduzir as doenças cardíacas e os ensaios clínicos revelassem que também aumentava o risco de desenvolver cancro, esse medicamento nunca seria aprovado, sublinha.

“Quando se usa o mesmo raciocínio em relação ao álcool, diríamos que o álcool parece ter algumas ações mecanicistas que são benéficas, mas, ao mesmo tempo, tem como consequência efeitos secundários realmente inaceitáveis”, argumenta. “Torna-se claro que o álcool não deve ser considerado como algo que se consome para fins de saúde.”

Alguns estudos sugerem que parte da forma como o consumo de álcool pode reduzir o risco de ataques cardíacos se deve aos impactos que tem no sistema límbico, como a limitação dos sinais de stress no cérebro. Mas há formas menos arriscadas de atingir esse mesmo objetivo, diz Tawakol, como o exercício físico, que traz múltiplos benefícios.

Ainda assim, Tawakol diz que não costuma adotar uma posição forte contra o álcool quando aconselha os seus doentes.

“Preocupo-me quando vejo este tipo de abordagem a preto e branco”, assume. “Se optar por beber álcool, certifique-se de que o faz com moderação e coloque-o também no contexto de outros fatores do estilo de vida, para que possa atenuar ainda mais os potenciais efeitos adversos.”

Apesar do amplo apoio a um novo rótulo de advertência nas bebidas alcoólicas, os adultos norte-americanos estão praticamente divididos quanto à questão de saber se o governo deve fornecer recomendações de saúde ao público ou deixar que sejam os próprios americanos a decidir, de acordo com a nova sondagem da CNN.

E muitos já estão a fazer as suas próprias escolhas. Cerca de quatro em cada dez adultos afirmam que não bebem de todo, enquanto cerca de um em cada oito afirmam ter já participado no "Dry January" ou "Janeiro Seco" [campanha de saúde pública na Europa e nos Estados Unidos] - com mais de metade deste grupo a dizer que o fizeram este ano. Esta ideia é mais popular entre os americanos mais jovens, com cerca de um em cada cinco adultos com menos de 45 anos a participar no "Dry January" em algum momento.

Fonte: CNNPortugal

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Operacional de Faro – Unidade Regional do Sul, procedeu na passada sexta-feira, a uma ação de fiscalização num lar de idosos para verificação das condições de abastecimento de água para consumo humano, face à interrupção no fornecimento de água proveniente da rede pública, situado no concelho de Faro.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Operacional de Faro – Unidade Regional do Sul, procedeu na passada sexta-feira, a uma ação de fiscalização num lar de idosos para verificação das condições de abastecimento de
água para consumo humano, face à interrupção no fornecimento de água proveniente da rede pública, situado no concelho de Faro.


Durante a operação, foi verificada a existência de vários depósitos contendo água de origem desconhecida, não sendo possível apurar por completo as caraterísticas microbiológicas e físico-químicas da mesma.

Face à ausência de qualquer garantia relativamente à potabilidade da água utilizada, à falta de boletim analítico e à inexistência de um sistema de desinfeção e, não estando a ser assegurada a não contaminação dos géneros alimentícios, das superfícies, dos equipamentos de trabalho e das mãos dos manipuladores, foi determinada a suspensão imediata da confeção de refeições no local, como medida cautelar de proteção da saúde pública dos utentes.

Esta suspensão manter-se-á até à reposição da legalidade, através de comprovativos da potabilidade da água, de comprovativo de ligação à rede pública de abastecimento ou instalação de equipamento de desinfeção, tendo sido assegurada a entrega de refeições aos utentes por uma empresa de catering devidamente licenciada para o efeito.

A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos e na defesa do consumidor e dos cidadãos em geral.

 


Fonte: ASAE

Dia Mundial das Leguminosas é celebrado anualmente no dia 10 de fevereiro. A data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018, com base no sucesso do Ano Internacional das Leguminosas em 2016, implementado pela FAO, reconhecendo o potencial das leguminosas para alcançar ainda mais a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Este dia visa aumentar a consciencialização sobre os benefícios das leguminosas e promover a sua inclusão nas dietas diárias, além de destacar a sua importância na agricultura sustentável e na segurança alimentar global.

O tema deste ano «Leguminosas: Trazer diversidade aos sistemas agroalimentares», vem sublinhar o papel vital das leguminosas na promoção da diversidade, e o seu lema é: «Ame as leguminosas para uma dieta e um planeta saudáveis».

As leguminosas são as sementes comestíveis de plantas leguminosas cultivadas tanto para a alimentação humana como animal. O feijão (Phaseolus e Vigna), o grão-de-bico e a ervilha são os tipos de leguminosas mais conhecidos e consumidos, mas existem muitas outras variedades em todo o mundo, todas com grandes benefícios para a segurança alimentar, a nutrição, a saúde, as alterações climáticas e a biodiversidade.

São uma excelente fonte de proteínas, fibras, vitaminas e minerais, além de serem uma opção sustentável para a alimentação, pois exigem menos recursos naturais para o seu cultivo em comparação com outras fontes de proteína, como carne. Além disso, o cultivo de leguminosas também pode melhorar a saúde do solo. Ao diversificar os nossos sistemas de cultivo, as leguminosas ajudam a quebrar os ciclos de doenças, pragas e ervas daninhas, enriquecendo simultaneamente os nutrientes do solo.

Mais do que uma simples cultura – são uma solução para alguns dos maiores desafios na agricultura e na nutrição. “Como pedra angular da agricultura sustentável”, explica o especialista em leguminosas e responsável agrícola da FAO, Teodardo Calles, ‘as leguminosas têm uma capacidade única para fixar o azoto atmosférico e libertar o fósforo ligado ao solo, tornando-as essenciais para a construção de sistemas agroalimentares resilientes’.

 

Reveja os 5 benefícios das leguminosas na Infografia da FAO.

Saiba mais:

 

Fonte: DGAV

Associações defendem que a produção e o consumo de leguminosas representam uma "oportunidade estratégica para garantir um futuro alimentar mais sustentável, diversificado e saudável".

A DECO, a associação ambientalista Zero e a ProVeg Portugal sublinharam esta segunda-feira a importância do consumo de leguminosas e o seu papel na agricultura sustentável e defenderam uma estratégia nacional para o consumo de proteína vegetal.

“A valorização das leguminosas não é apenas um investimento na economia agrícola e na inovação e desenvolvimento, mas também uma aposta na segurança e soberania alimentar, na saúde pública e na sustentabilidade ambiental do planeta“, referem, num comunicado conjunto.

Na data em que se assinala o Dia Mundial das Leguminosas, as três associações defendem que, apesar dos desafios estruturais que enfrentam, a produção e o consumo de leguminosas representam uma “oportunidade estratégica para garantir um futuro alimentar mais sustentável, diversificado e saudável".

Do ponto de vista da saúde, o nutricionista da ProVeg Lucas Oliveira destaca o potencial do consumo regular de leguminosas e derivados, enquanto principal fonte proteica, na redução do colesterol e melhoria do funcionamento intestinal.

Segundo o especialista, as leguminosas são particularmente benéficas para pessoas com diabetes e com maior risco cardiovascular, mas, além dessa dimensão, as associações destacam também o impacto na sustentabilidade agrícola, por reduzirem a necessidade de fertilizantes sintéticos, mitigando a poluição e as emissões de gases com efeito de estufa, e pela reduzida pegada de carbono.

Segundo Pedro Horta, especialista em agricultura da Zero, citado em comunicado, o cultivo de leguminosas contribuiu ainda para “uma melhor assimilação dos nutrientes pelas plantas, reduzindo a lixiviação e consequente poluição das massas de água, e previne a erosão e compactação do solo, promovendo maior diversificação, produtividade e rendimento agrícola”.

No entanto, a produção nacional caiu nos últimos anos e, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas, a taxa de autossuficiência de leguminosas secas em Portugal é de apenas 14% e, por isso, as associações consideram que deve ser considerada uma prioridade nacional.

“Para que os consumidores possam fazer escolhas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e acessíveis é fundamental que existam condições que tornem esse acesso uma realidade”, sublinha a diretora-geral da DECO, Ana Tapadinhas, que defende políticas públicas que assegurem que estas opções estão ao alcance de todos.

 

O Plano Nacional de Energia e Clima 2030 já inclui uma linha de ação para promover dietas de baixo carbono e reflete o compromisso do Governo português em criar uma estratégia nacional para promover o consumo de proteína vegetal, mas as associações referem desafios como a falta de financiamento, prazos longos e a falta de métricas de impacto.

Por isso, sublinham a “necessidade urgente de implementar uma Estratégia Nacional para o Consumo de Proteína Vegetal em Portugal, algo já prometido pelo Governo”.

 

Fonte: Observador

Em junho de 2024 entrou em vigor uma diretiva europeia que pretende reduzir a poluição pelo plástico, que obriga a que as garrafas de plástico até três litros contenham um mecanismo que não permita que a tampa se separe da embalagem.

A LIPOR encerrou a Operação Tampinhas, ao abrigo da qual entregou mais de 2.000 equipamentos ortopédicos, menos de um ano depois da entrada em vigor da legislação que obriga as tampas a ficarem “presas” à garrafa, foi anunciado esta quarta-feira.

Em comunicado, aquela Associação de Municípios para a Gestão Sustentável de Resíduos do Grande Porto aponta que a campanha, iniciada em 2006, encaminhou para a reciclagem 1.033 toneladas de tampas, tendo sido investidos 668.254 euros na entrega de 2.094 equipamentos ortopédicos e similares, que “fizeram toda a diferença” na vida dos 740 beneficiários abrangidos.

A Operação Tampinhas consistia em incentivar a população a recolher tampas de plástico, enviar para a LIPOR, canalizando-as, assim, para reciclagem, sendo que depois a associação utilizava o valor de venda na doação de equipamentos médicos, ortopédicos ou similares.

“A legislação, agora em vigor, preconiza, e bem, que as embalagens colocadas no mercado devem ter as tampas 'presas' à embalagem principal”, lê-se, pelo que, aponta o texto, “chegou a hora de passar para outro nível de participação dos cidadãos e da LIPOR e seus municípios associados fazerem diferente”.

Desta forma, a LIPOR anuncia que, “ao fim de 20 fases de Operação Tampinhas, a iniciativa, tal como era desenvolvida, chega ao seu fim” mas, salienta, “é, apenas, um ciclo que se fecha”, prometendo “em breve”, muitas novidades. Contactada pela Lusa, fonte da Lipor não quis adiantar mais pormenores.

No entanto, a LIPOR esclarece que durante o primeiro semestre do corrente ano serão distribuídos os equipamentos das duas últimas fases, relativas aos anos de 2023 e 2024.

“A Operação Tampinhas foi o resultado de uma vontade comum de entidades e cidadãos, a quem agradecemos toda a generosidade”, termina.

Em junho de 2024 entrou em vigor uma diretiva europeia, que pretende reduzir a poluição pelo plástico, que obriga a que as garrafas de plástico até três litros contenham um mecanismo que não permita que a tampa se separe da embalagem.

 

Fonte: CNNPortugal

 
 

Água com gás - benefícios

  • Thursday, 06 February 2025 11:30

Água com gás pode ajudar na perda de peso ao aumentar a absorção de glucose e o metabolismo.

Mas os efeitos são tão pequenos que não pode ser usada sozinha para perder peso, alerta o autor atividade física regular + alimentação saudável continuam a ser essenciais para emagrecer e manter o peso.

A água com gás pode ajudar na perda de peso ao aumentar a absorção de glucose no sangue e o metabolismo — a taxa à qual o corpo utiliza e converte energia — mas os efeitos são tão reduzidos que o seu consumo, por si só, não pode ser considerado uma solução para emagrecer, conclui uma breve análise publicada na revista científica de acesso aberto BMJ Nutrition Prevention & Health.

Não há soluções rápidas para perder peso e mantê-lo a longo prazo, afirma o autor do estudo: a atividade física regular e uma alimentação equilibrada continuam a ser essenciais. Além disso, os efeitos do consumo prolongado de grandes quantidades de água com gás ainda não são totalmente conhecidos.

Como a água gaseificada provoca sensação de saciedade, ajudando a controlar a fome, e alegadamente acelera a digestão e reduz os níveis de glucose no sangue, tem sido apontada como um possível auxiliar na perda de peso.

No entanto, não está claro como é que a água gaseificada reduz a glucose no sangue ou de que forma isso pode contribuir para o controlo do peso, salienta o autor.

Para tentar esclarecer esta questão, o autor comparou o processo de consumo de água com gás com a hemodiálise, um procedimento no qual o sangue é filtrado para remover resíduos e excesso de líquidos quando os rins já não conseguem desempenhar essa função, com base em investigações previamente publicadas.

A hemodiálise torna o sangue mais alcalino, produzindo essencialmente dióxido de carbono (CO₂). De forma semelhante, o CO₂ presente na água com gás é absorvido através do revestimento do estômago e rapidamente convertido em bicarbonato (HCO₃) nos glóbulos vermelhos. Este processo de alcalinização acelera a absorção e utilização da glucose ao ativar enzimas-chave nas células sanguíneas, explica o autor.

Observações clínicas durante sessões de hemodiálise mostram que os níveis de glucose no sangue diminuem à medida que o sangue passa pelo dialisador, apesar de a solução de diálise inicialmente conter um nível mais elevado de glucose, acrescenta.

Embora estas descobertas sugiram que a água gaseificada pode, indiretamente, promover a perda de peso ao melhorar a absorção e utilização da glucose no sangue, o contexto é fundamental, enfatiza o autor.

Durante uma sessão típica de hemodiálise de 4 horas, cerca de 48.000 ml de sangue passam pelo dialisador, resultando na utilização de aproximadamente 9,5 g de glucose.

"Dado este impacto mínimo na redução da glucose, o efeito do CO₂ na água gaseificada não pode ser visto como uma solução isolada para a perda de peso. Uma alimentação equilibrada e atividade física regular continuam a ser elementos cruciais para a gestão sustentável do peso", insiste o autor.

"Além disso, o consumo de água gaseificada pode ter alguns efeitos no sistema digestivo, especialmente em pessoas com estômagos sensíveis ou condições gastrointestinais pré-existentes. As principais preocupações incluem inchaço, gases e, em alguns casos, agravamento de sintomas associados a distúrbios digestivos, como a síndrome do intestino irritável ou a doença do refluxo gastroesofágico", alerta.

"A moderação é essencial para evitar desconfortos, ao mesmo tempo que se aproveitam os possíveis benefícios metabólicos da água gaseificada", conclui.

Comentando a análise, o Professor Sumantra Ray, Diretor Executivo do NNEdPro Global Institute for Food, Nutrition and Health, que coedita a revista, afirmou:

"Ainda que exista uma ligação hipotética entre a água gaseificada e o metabolismo da glucose, esta ainda precisa de ser testada em estudos de intervenção bem desenhados com humanos."

"E, embora este estudo contribua para a base de evidências, não fornece provas suficientes para recomendar o uso preventivo ou terapêutico da água gaseificada. Além disso, quaisquer potenciais benefícios devem ser ponderados face aos possíveis efeitos adversos das bebidas gaseificadas, que podem conter sódio, glucose ou outros aditivos."

 

Fonte: https://nutrition.bmj.com/

Petição quer acabar com o aspartame

  • Wednesday, 05 February 2025 15:22

Uma petição europeia foi lançada, nesta terça-feira, para pedir que o adoçante aspartame seja proibido nos alimentos, depois de, em 2023, ter entrado na lista de produtos "possivelmente cancerígenos", da Organização Mundial da Saúde.

"Trata-se de um risco inaceitável para a saúde", de acordo com a Foodwatch, a Liga contra o Cancro e a aplicação sobre alimentação Yuka, que apelam à sua proibição. Em comunicado, as três organizações lembram que o aspartame continua a ser utilizado como substituto do açúcar em mais de 2500 produtos com baixo teor de gordura ou sem açúcar na Europa, nomeadamente em refrigerantes -, bebidas energéticas e pastilhas elásticas, bem como noutros alimentos "light", como alguns produtos lácteos e pastilhas elásticas.

O adoçante aspartame pode ser cancerígeno para os humanos, mas os dados científicos conhecidos não levaram a Organização Mundial da Saíde a alterar os valores diários de consumo aceitáveis. Segundo a Agência Internacional para Pesquisa do Cancro (IARC, na sigla em inglês) e do comité misto de peritos da Organização Mundial da Saúde e da Organização da Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (JECFA), os dados avaliados não apontam para a necessidade de alterar a dose diária admissível previamente estabelecida de até 40 miligramas por cada quilo de peso do consumidor.

Tendo como exemplo um refrigerante dietético contendo 200 ou 300 miligramas de aspartame, um adulto com 70 quilos precisaria de consumir entre nove e 14 latas por dia para exceder a ingestão diária aceitável deste adoçante artificial, adiantaram as duas entidades. O aspartame é amplamente utilizado em vários produtos em substituição do açúcar desde a década de 1980, como bebidas dietéticas, pastilhas elásticas, gelatinas, gelados, iogurtes, cereais, pastas de dentes, mas também medicamentos como gotas para a tosse e vitaminas mastigáveis.

"As avaliações do aspartame indicaram que, embora a segurança não seja uma grande preocupação nas doses que são comummente usadas, foram descritos efeitos potenciais que precisam ser investigados por mais e melhores estudos", salientou, em 2023, Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, na apresentação dos resultados.

Sublinhando as "provas limitadas" sobre a carcinogenicidade [propriedade causadora de cancro de uma substância], o IARC classificou o aspartame como possivelmente cancerígeno para o ser humano, integrando-o no grupo 2B, o terceiro mais alto de quatro níveis e geralmente atribuído quando existem provas limitadas e não convincentes de cancro em humanos ou provas convincentes de cancro em animais experimentais.

Os dois organismos realizaram análises independentes, mas complementares, para avaliar os potenciais perigos cancerígenos e outros riscos para a saúde associados ao consumo de aspartame, através da revisão da literatura científica disponível.

 

Fonte: JN