Após a implementação das medidas de controlo e erradicação dos focos ocorridos em Portugal desde dezembro passado, Portugal recuperou o estatuto de país livre de gripe aviária de alta patogenicidade a 22 de abril de 2022, de acordo com o disposto no capítulo 10.4 do Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização Mundial para a Saúde Animal (WOAH).
A validação oficial do estatuto de “país livre” para gripe aviária de alta patogenicidade pela WOAH pode ser consultada no portal da referida organização.
Fonte: DGAV
A toma de um suplemento à base de vitamina D3, curcumina e quercetina demonstrou reduzir o tempo de hospitalização de doentes internados e acelerar a sua recuperação, num ensaio clínico realizado em hospitais na Bélgica.
Pode um suplemento alimentar já existente no mercado acelerar a recuperação de doentes hospitalizados com covid-19? Essa é a nota de esperança que chega da Bélgica, onde um ensaio clínico efetuado nas unidades do grupo hospitalar Chirec revelou resultados considerados "surpreendentes" no uso de um suplemento à base de vitamina D3, curcumina e quercetina. Os pacientes que receberam este tratamento não só não desenvolveram qualquer complicação do seu estado como manifestaram uma recuperação bastante mais rápida do que a dos outros doentes hospitalizados - 82% mais de altas hospitalares ao final de sete dias, em relação ao grupo de controlo.
O estudo ainda não foi publicado em qualquer revista científica - "está prevista a publicação em outubro", diz Yves Henrotin, fundador e CEO da biotecnológica Artialis, que promoveu o ensaio clínico - e, portanto, ainda não revisto por pares, mas "os dados foram tão animadores que resolvemos comunicá-los já", explica ao DN o também professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Liège.
O ensaio clínico envolveu pacientes hospitalizados com doença severa de covid-19, mas sem necessidade de serem intubados. Quase cinquenta doentes (49) internados nas unidades hospitalares do grupo Chirec em Bruxelas (Delta e Sainte-Anne/Saint-Rémi) e Braine-l"Alleud foram divididos em dois grupos: 25 deles receberam o suplemento alimentar Nasafytol durante 14 dias, além do tratamento hospitalar padrão reservado a todos os doentes com covid; os outros 24 receberam apenas um suplemento de vitamina D, além do tratamento padrão.
Os grupos eram similares na sua composição, em parâmetros de idade, género, etnia, peso, altura e índice de massa corporal. A única diferença, segundo os autores do estudo, era o número de vacinados (com pelo menos uma dose) em cada um dos grupos: nove naquele que recebeu apenas a vitamina D, contra somente dois no grupo que recebeu o suplemento alimentar.
"O estudo concentrou-se num suplemento dietético, não num medicamento", salienta Jean Gérain, chefe do Departamento de Medicina Interna do Hospital Delta, uma das unidades onde decorreu o ensaio clínico. "Escolhemos uma combinação de quercetina bioativa, um extrato bioativo de curcumina e vitamina D3, porque têm propriedades conhecidas por ajudar a manter o bom funcionamento do sistema imunológico e a eficácia das nossas defesas naturais", diz Yves Henrotin.
"São flavonoides conhecidos pelos seus efeitos anti-inflamatórios, mas também antivirais, antibacterianos e imunomoduladores", especifica Jean Gérain. "Ao combinar esses três elementos, queríamos desenvolver uma preparação natural que ajudasse os doentes com covid-19. Por um lado, reduzindo o risco de complicações graves e, por outro, reduzindo o número de transferências para cuidados intensivos, evitando a sobrelotação dessas unidades", acrescenta.
Quatro comprimidos do suplemento alimentar tomados pela manhã e outros quatro à noite mostraram reduzir significativamente o tempo de hospitalização. "O grupo que recebeu Nasafytol apresentou redução de 59% no número de internados no dia 7 e 73% no dia 14 , em comparação com o grupo que recebeu vitamina D", relata o médico belga.
As conclusões do estudo mostram ainda que "76% dos que receberam este suplemento alimentar tiveram alta hospitalar no sétimo dia, em comparação com apenas 42% do grupo "Vitamina D". E nenhuma complicação grave foi detetada no grupo tratado com o suplemento alimentar (ou seja, não houve óbitos nem doentes transferidos para UCI), enquanto no outro grupo um paciente morreu e quatro tiveram necessidade de cuidados intensivos.
A melhoria no estado dos doentes que receberam o suplemento começou a notar-se "a partir do quarto dia", descreve o chefe de Medicina Interna do hospital Delta em Bruxelas. "Um período de tempo coerente", indica, "pois demora um pouco para que o suplemento seja metabolizado pelo organismo e produza os efeitos desejados", explica, sublinhando, no entanto, ter ficado "surpreendido com resultados tão significativos" entre os doentes que receberam este suplemento, até porque, regista, "não apresentaram quaisquer efeitos colaterais".
Os resultados animadores não devem convidar, no entanto, a extrapolações perigosas, advertem. Como, por exemplo, desprezar o papel das vacinas contra a covid-19 (no grupo do ensaio clínico que recebeu Nasafytol apenas dois doentes tinham sido vacinados). "As vacinas têm o seu papel na prevenção da doença e de formas graves da doença. O nosso estudo refere-se apenas a uma forma de acelerar a recuperação de doentes hospitalizados e retirar carga sobre enfermarias e UCI", sublinha Yves Henrotin ao DN.
Também por isso não pode ser generalizada a ideia de que a toma deste suplemento beneficiará todos os doentes com covid, desde o momento em que acusem positivo. "Por muito que o senso comum sugira essa extrapolação, nada no nosso estudo sugere que tomar o suplemento possa prevenir uma possível deterioração do estado de saúde das pessoas que deram positivo num autoteste", refere Jean Gérain. "Este estudo não foi configurado para esse cenário. Por outro lado, mostra-nos que há potencial novos estudos".
Para já, esta pode ser uma boa notícia para doentes hospitalizados e corpos clínicos dos hospitais: "Estamos muito satisfeitos com o facto de podermos oferecer um complemento ao tratamento hospitalar padrão, que não apenas reduzirá a duração dos internamentos e salvará vidas, como também reduzirá significativamente a carga de trabalho das equipas hospitalares", resume Jean Gérain.
Fonte: Diário de Notícias
Área Metropolitana de Lisboa fez um compromisso com 29 entidades para seguirem um caminho de transição alimentar, num território que tem uma “forte dependência” de abastecimento externo. Até 2030, 15% dos alimentos devem ser produzidos de forma sustentável.
Numa altura em que é urgente reduzir a emissão de gases com efeito de estufa e em que a invasão russa à Ucrânia tem mostrado a necessidade de colmatar a dependência externa de alimentos e matérias-primas, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) quer aproveitar melhor os 38% (dos seus 3000 quilómetros quadrados) de território destinado à agricultura para promover uma verdadeira “transição alimentar”.
Para já, há uma meta traçada: chegar a 2030 com 15% do aprovisionamento alimentar necessário à região produzido com recurso a modos sustentáveis como a produção biológica, a protecção integrada (que consiste em não fazer tratamentos por “calendário” com recuso a químicos) e agroecologia, a gestão da água para regadio, a redução de fitofármacos e conservação do solo e a criação de redes de distribuição com emissões reduzidas e de circuitos alimentares de proximidade.
É, pelo menos, esta a visão da Foodlink, a “rede para a transição alimentar” da Grande Lisboa e que foi oficialmente apresentada esta terça-feira. Por agora, várias entidades, públicas e privadas, comprometeram-se a assumir uma série de princípios para atingir este desígnio: adoptar práticas sustentáveis na gestão do solo, água, biodiversidade e energia, promover a economia circular, “atenta à adaptação climática, à criação de emprego, à promoção da saúde e do bem-estar”, e salvaguardar a dieta mediterrânica.
Como havia de lembrar a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Teresa Almeida, esta é uma altura em que estamos a “viver um verdadeiro teste de stress” no que ao abastecimento alimentar diz respeito.
Na AML, onde vivem cerca de 2,8 milhões de pessoas, há uma “forte dependência externa”, uma vez que cerca de 56% dos alimentos consumidos provêm de fora do país e 31% de outras zonas do território nacional, com elevados impactos em termos de pegada carbónica e ecológica.
“Nunca os circuitos curtos, a produção de proximidade e o combate ao desperdício fizeram tanto sentido. Agora ainda mais, com o desafio da escassez de recursos, do aumento dos preços dos fertilizantes e da gestão da água”, notou a responsável.
Na prática, o que estas entidades farão é planear e gerir este sistema alimentar, uma vez que “o território da AML ainda não integra o planeamento alimentar nas suas políticas de ordenamento e de desenvolvimento territorial”, refere a carta compromisso que assinaram.
Por isso, além da definição de um plano para a alimentação da população da Grande Lisboa, as entidades deverão focar-se no incentivo à produção de proximidade, para que não sejam necessárias grandes redes de distribuição entre produtores e consumidores, valorizar cultivos locais e raças autóctones, criar uma marca própria que certifique os produtos FoodLink à escala regional e promover a redução do desperdício alimentar nos diferentes elos da cadeia alimentar.
As escolas — e a literacia alimentar — terão também aqui especial atenção. “Pretende-se caminhar para um sistema alimentar sustentável, resiliente e economicamente dinâmico, em sintonia com o protagonismo que os sistemas alimentares têm vindo a ganhar na agenda política internacional, no actual contexto global de crise económica, climática, pandémica e, mais recentemente, geoestratégica”, refere a AML.
Presente na sessão, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, considerou o projecto “inspirador”, salientando que planear o sistema de alimentação da maior área metropolitana do país “vai obrigar a uma reorganização profunda dos ciclos de produção”.
E avançou algumas ideias. “Se parte da produção tenham como destino escolas, hospitais, instituições que sirvam refeições à população mais desfavorecida é uma opção da maior importância que se traduz numa prática de inclusão e justiça social”, notou Ana Abrunhosa, salientando ainda que, na lógica da contratação pública, se deixa muitas vezes de “privilegiar a produção local” em detrimento de propostas que apresentam um preço mais baixo, mas que acabam por ter outros custos para a sociedade.
Falta ainda perceber que papel concreto terá cada um dos que se associaram ao projecto. Por agora, a carta de compromisso foi assinada por 29 entidades, entre elas a própria AML, a CCDR-LVT, a Associação Industrial Portuguesa (AIP), a Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia (A2S), dez câmaras municipais da região (Almada, Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Sintra, Vila Franca de Xira), o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), a cooperativa Rizoma e a start-up Upfarming, entre outras.
O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa tem sido parceiro no desenvolvimento deste projecto.
Fonte: Público
Consigo dizer se um alimento é seguro para ingerir pelo seu aspeto e cheiro?
NÃO.
A maioria dos microrganismos que provocam doenças não alteram o aspeto e cheiro do alimento.
É seguro ingerir um alimento que caiu ao chão, mas que apanhei em 5 segundos?
NÃO.
Os microrganismos podem ser transferidos imediatamente para o alimento e em alguns casos causar doenças.
Devo lavar a carne de aves antes de a cozinhar?
NÃO.
A lavagem de carne de aves pode espalhar microrganismos nocivos para as nossas mãos, superfícies, utensílios e para outros alimentos.
É seguro descongelar à temperatura ambiente alimentos congelados?
NÃO.
Descongelar alimentos no frigorifico ou em água fria previne o crescimento de microrganismos.
Tenho que refrigerar sobras de alimentos?
SIM.
Os alimentos tornam-se inseguros se deixados à temperatura ambiente por mais de duas horas.
Os panos de cozinha podem espalhar bactérias perigosas?
SIM.
Os panos e esponjas da cozinha podem transportar e espalhar bactérias perigosas. Desinfete-os em solução desinfetante ou ferver em água.
Posso ficar doente com alimentos que comi há 3 dias?
SIM.
Alguns microrganismos perigosos demoram mais do que algumas horas para te deixarem doente.
As frutas e vegetais biológicos precisam de ser lavados?
SIM.
Todos os produtos, incluindo os biológicos, devem ser lavados com água limpa para remoção de contaminantes físicos e redução do risco de microrganismos nocivos ou produtos químicos.
Fonte: OMS e Qualfood
Em franca cooperação nacional a ASAE em conjunto com o ISPUP- Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, divulga, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Segurança Alimentar, o e-book e a brochura relativos ao FOCACCia-Exposição da População Portuguesa a aditivos e contaminantes alimentares: Avaliação de Risco e dicas de mitigação.
Este projecto consubstanciou-se numa verdadeira investigação multidisciplinar que interliga nutrição, toxicologia alimentar, psicologia e matemática, evidenciando a credibilidade para suporte ao desenho de políticas públicas que visem diminuir a exposição a agentes químicos adversos nos alimentos, permitindo implementar acções de gestão do risco devidamente sustentadas do ponto de vista científico.
Este projecto apresenta dados de exposição da população portuguesa, destacando-se ainda mensagens práticas para serem utilizadas no dia a dia pelos consumidores.
Convidamos por isso todos os interessados em consultar a brochura, bem como o E-book do projeto.
De referir que o projecto FOCACCia contou com apoio científico e institucional da ASAE, bem como do PNPAS e da DGS.
Fonte: ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, nas últimas semanas, uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, direcionada à verificação da rastreabilidade dos produtos da pesca e da aquicultura no retalho, devendo os mesmos cumprir as normas de comercialização respeitantes à classificação de cada categoria, tamanho ou peso, bem como as regras de embalagem e rotulagem adequada com indicação da denominação comercial da espécie, método de produção e zona de captura.
Como balanço da ação, foram fiscalizados 153 operadores económicos, essencialmente supermercados e hipermercados, tendo sido instaurados 1 processo crime por géneros alimentícios avariados e 10 processos de contraordenação, salientando-se como principais infrações, a falta de controlo metrológico de pesos, o armazenamento e conservação em incumprimento das regras estabelecidas para o setor, a falta de requisitos e deficiência na rotulagem com ausência de indicações obrigatórias.
Foram ainda apreendidos cerca de 20 Kg de pescado, 90 unidades de pré-cozinhados à base de pescado e 7 instrumentos de pesagem, tudo num valor aproximado de 6.100,000 €.
A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.
Fonte: ASAE
No contexto da indústria alimentar, a legislação sobre os materiais de contacto com alimentos é muito restrita e tem evoluído à medida que surgem novos tipos de embalagens e novos estudos. Nesse sentido, um novo estudo internacional publicado no Food Science and Nutrition Journal investigou as substâncias químicas presentes nos materiais de embalagem.
A investigação conclui que há cerca de três mil produtos químicos presentes nos materiais de embalagem que podem, efetivamente, migrar para o conteúdo alimentar, tornando altamente provável a exposição humana aos mesmos. No entanto, o vidro e a cerâmica são os materiais de contacto com alimentos mais seguros e com menor número de químicos detetados, o que está de acordo com a sua baixa complexidade química.
Com efeito, o estudo revela que 2.881 Food Contact Chemicals (FCCs) foram detetados, num total de seis grupos de Food Contact Materials (FCMs). Mais de dois terços dos FCCs (1.975) foram identificados em FCMs de plástico, seguidos pelo papel e cartão (887), outros FCMs (760) e multi-materiais (614).
O menor número de FCCs foi detetado no metal (251) e no vidro e cerâmica (47). Isto porque o vidro tem origem apenas em matéria-primas provenientes da natureza (areia de sílica, carbonato de sódio e calcário), que se traduzem num material estável e inerte e em embalagens com uma única camada, que não precisa de barreiras ou plásticos para estar em contacto de forma segura com os alimentos e bebidas.
A maioria dos produtos químicos encontrados (65%) era ainda desconhecida, nunca tendo sido registados em qualquer regulamentação ou lista da indústria.
A idoneidade do vidro na produção de embalagens não é novidade, pelo que se trata já da primeira escolha em muitos sectores, como o alimentar, onde é a opção eleita por cerca de 3.500 empresas portuguesas do sector, mas também na cosmética e farmacêutica. Entre as principais vantagens deste material destaca-se o facto de ser quimicamente inerte, garantindo as propriedades originais dos produtos, além de ser um material higiénico e assético.
“O estudo revela que o vidro é o mais seguro dentro dos materiais de embalagem, tendo em conta que tem menor número de químicos em comparação com outros materiais, sendo, assim, o mais seguro para a nossa saúde”, refere Adeline Farrelly, secretária-geral da FEVE, a federação europeia dos produtores de embalagens de vidro. “Este estudo evidencia os riscos potenciais ligados à migração de substâncias químicas para a cadeia alimentar e, por consequência, para o ambiente. Existe uma lacuna considerável de conhecimento a ser preenchida sobre a legislação. Mas também as metodologias de avaliação do ciclo de vida das embalagens podem e devem ter em conta os produtos químicos, incluindo os químicos perigosos utilizados nos materiais de embalagem em contacto com os alimentos, que podem potencialmente passar para o ambiente“.
Os resultados deste estudo chegam num momento-chave tanto no que diz respeito à alimentação saudável, como aos modelos de negócio sustentáveis, que têm cada vez mais adeptos e defensores entre os consumidores. O vidro cumpre todas estas expectativas e necessidades, sendo simultaneamente sustentável e saudável.
A sua reciclagem é integral e infinita, sem perda de qualidade durante o processo, tornando o vidro um material permanente. Esta qualidade permite obter embalagens recicladas aptas para a indústria alimentar com as mesmas características e garantias que as embalagens fabricadas a partir da matéria-prima virgem, poupando energia, reduzindo as emissões e evitando a geração de novos resíduos.
Fonte: Grande Consumo
Foi publicado o Regulamento (UE) 2022/839 de 30 de maio de 2022 que estabelece regras transitórias para o acondicionamento e a rotulagem de medicamentos veterinários autorizados ou registados nos termos da Diretiva 2001/82/CE ou do Regulamento (CE) nº 726/2004.
De acordo com o artigo 2º deste Regulamento, os medicamentos veterinários autorizados ou registados nos termos da Diretiva 2001/82/CE ou do Regulamento (CE) nº 726/2004 e que cumprem o disposto nos artigos 58º a 64º da Diretiva 2001/82/CE, na versão aplicável em 27 de janeiro de 2022, podem ser colocados no mercado até 29 de janeiro de 2027, mesmo que a sua rotulagem e, se aplicável, o seu folheto informativo não estejam em conformidade com os artigos 10º a 16º do Regulamento (UE) 2019/6.
Fonte: DGAV
Um estudo avaliou o risco de Anisakis em peixes em Portugal e o conhecimento das pessoas em relação a este parasita.
Os investigadores recolheram informações sobre a perceção e atitudes de risco da população portuguesa relativamente à contaminação de peixes com Anisakis e os seus conhecimentos sobre métodos para prevenir a infeção.
Os nematódes parasitas do género Anisakis são o agente causador da anisaquíase. Os seres humanos são infetados através do consumo de peixe cru ou mal cozinhado contaminado com o parasita. A infeção pode resultar tanto em sintomas gastrointestinais como alérgicos. Existem poucos relatos de anisaquíase em Portugal, mas existem evidências de alergia a este parasita, o que indica que está a ocorrer exposição.
Portugal tem um dos níveis de consumo de peixe mais elevados do mundo e a pescada europeia está entre as mais populares. Não há tradição de consumo de peixe cru ou mal cozido em Portugal, contudo estes produtos estão a tornar-se cada vez mais populares, e os métodos de cozedura comuns, como o grelhar, nem sempre atingem temperaturas suficientes para matar as larvas parasitas.
Nas últimas décadas tem havido um aumento de relatos de anisaquíases. Isto deve-se provavelmente a fatores como o aumento das medidas de inspeção a produtos de pesca, levando a maiores taxas de deteção de produtos contaminados, e a melhores técnicas de diagnóstico que encontram mais infeções humanas.
Quarenta e cinco pescadas europeias de idade mista foram medidas, pesadas e as vísceras e músculos foram examinados para deteção de larvas de Anisakis. Foram encontradas um total de 473 larvas de Anisakis fase 3.
Dos 746 inquiridos, a maioria referiu a "transmissão de parasitas" como um risco associado ao consumo de peixe cru. Muitas pessoas não tinham ouvido falar de Anisakis ou de métodos de prevenção. Das pessoas que tinham conhecimento de tais métodos, a maioria referiu "cozinhar completamente" e "congelar" como os mais importantes.
Apenas 7% das pessoas evitaram comprar ou comer peixe por causa da presença de larvas. Um total de 35% dos inquiridos estaria disposto a pagar entre 1 e 2,5 euros (1,1 a 2,7 dólares) extra por um peixe que fosse tratado para remover larvas e alergénios de Anisakis.
Outras análises publicadas
O programa de bolsas da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) (EU-FORA) proporciona aos cientistas das organizações de segurança alimentar de toda a Europa a oportunidade de aumentarem os seus conhecimentos e adquirirem experiência na avaliação dos riscos alimentares.
Um projeto analisou a prevalência de Salmonela em carcaças de suínos. Foi levado a cabo num matadouro em Itália entre Outubro de 2018 e Outubro de 2021 e foram amostradas 757 carcaças de suínos.
No total, foram encontradas 19 amostras positivas. Quanto ao tipo foram oito vezes Salmonela Derby; três vezes Salmonela typhimurium e Salmonela London; duas vezes Salmonela Give e Salmonela Brandenburg e uma vez Salmonela Goldcoast.
A prevalência de Salmonela era maior nas amostras provenientes de explorações com uma distância superior a 200 quilómetros. A maior permanência dos animais em veículos de transporte com higiene inadequada e o seu contacto próximo poderiam ser as razões. A taxa de positividade também aumentou para animais mais pesados, mas em menor escala.
Outro estudo avaliou a resistência antimicrobiana (AMR) de Campylobacter, em Itália, durante uma década. Foram analisadas mais de 2.734 estirpes de Campylobacter jejuni isoladas de animais domésticos e selvagens e de seres humanos, durante 2011 a 2021.
A proporção de estirpes completamente suscetíveis foi muito semelhante em isolados de humanos e animais domésticos, enquanto que as estirpes de animais selvagens tiveram uma prevalência significativamente mais elevada. As amostras de aves de capoeira mostraram um elevado nível de resistência ao ácido nalidíxico, ciprofloxacina e tetraciclina.
A análise revelou haver necessidade de um melhor conhecimento dos níveis de resistência de Campylobacter jejuni, tendo sido sugerida a monitorização obrigatória de Campylobacter em diferentes animais.
Outros estudos avaliaram os riscos para a saúde associados ao consumo de preparações botânicas de kratom. Produtos desta planta são vendidos online como suplementos alimentares. A kratom tem sido considerada uma planta de possível preocupação sanitária pela FDA e EFSA.
A análise indicou que o seu consumo tem o potencial de conduzir a efeitos neurológicos adversos, incluindo a síndrome da dependência e da abstinência e outras manifestações de toxicidade, tais como a toxicidade hepática.
A caraterização do risco real é dificultada por incertezas consideráveis, incluindo a variabilidade na composição das preparações de kratom, informação insuficiente sobre as relações dose-resposta ou os efeitos da utilização a longo prazo.
Fonte: Food Safety News
Destinado aos operadores da cadeia agroalimentar incluindo a redistribuição
A Comissão Europeia, através de uma parceria entre o Joint Research Center (JRC) e a Direção Geral de Saúde da Comissão Europeia (DG Sante), está a promover um estudo destinado a avaliar o impacto das iniciativas de prevenção das perdas e desperdício alimentar na União Europeia. Nesse sentido, o JRC elaborou um inquérito destinado a recolher informação relevante sobre as iniciativas de prevenção em curso, ou já concluídas.
Os dados recolhidos através deste inquérito servirão de base para um exercício de modelação, desenvolvido no contexto da avaliação de impacto, para estabelecer objetivos de redução de resíduos alimentares. Este exercício ajudará a comparar os custos e benefícios ambientais, económicos e sociais esperados. Os dados fornecidos através do inquérito serão utilizados de forma agregada e não serão transferidos para terceiros.
Adicionalmente, a Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA) solicita também o envio voluntário de cópia do questionário, de modo a melhorar o conhecimento sobre as iniciativas nacionais. Também nesta situação os dados fornecidos através do inquérito não serão divulgados nem transferidos para terceiros
Instrução para participar:
- Se é uma associação ou representa um conjunto de entidades, agradecemos o reencaminhamento deste inquérito a todos os seus associados que desenvolvam ações de prevenção do desperdício alimentar.
- Por favor utilize este link: https://ec.europa.eu/eusurvey/runner/fd212ec1-fb79-14f1-938e-19378ea6229a
- Se não quiser completar o inquérito de uma só vez, pode guardar a sua contribuição como esboço no Inquérito da UE e continuar mais tarde.
- Clique em Submeter no final do inquérito quando terminar de preencher os campos com as informações necessárias.
- Depois de submeter, pode guardar um PDF da sua contribuição.
- Se quiser partilhar a sua iniciativa com a CNCDA, agradecemos o envio do PDF para This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it..
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Fonte: ASAE
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