A DGAV publicou o Esclarecimento Técnico n.º 2/DGAV/2023 sobre Segurança dos Alimentos: Aprovação de estabelecimentos industriais em prédios urbanos destinados à habitação, que altera e revoga o Esclarecimento Técnico n.º 7/DGAV/2020.
O presente esclarecimento pretende clarificar o enquadramento legal da aprovação e atribuição de NCV (Número de Controlo Veterinário) dos estabelecimentos de atividade industrial situados em prédios urbanos destinados à habitação.
Consulte o Esclarecimento Técnico n.º 2/DGAV/2023.
Fonte: DGAV
Regulamento de Execução (UE) ) 2023/267 da Comissão de 8 de fevereiro de 2023, que autoriza a colocação no mercado de nozes secas de Canarium ovatum Engl. como alimento tradicional de um país terceiro e que altera o Regulamento de Execução (UE) 2017/2470.
A Comissão Europeia autorizou a utilização do alimento tradicional de um país terceiro “nozes secas de Canarium ovatum Engl”, para serem consumidas como tal pela população em geral.
O alimento tradicional tem um historial de utilização alimentar segura nas Filipinas e consiste nas nozes secas não torradas de Canarium ovatum Engl. vulgarmente conhecidas como nozes-pili. As nozes-pili são produzidas apenas por plantas de Canarium ovatum Engl., variedades Laysa, Magnaye, M. Orolfo, Lanuza e Magayon, e podem ser colocadas no mercado com ou sem casca. A parte comestível da noz é a amêndoa.
A rotulagem dos géneros alimentícios que contenham nozes secas de Canarium ovatum Engl. deve conter uma menção indicando que as nozes secas de Canarium ovatum Engl. podem causar reações alérgicas aos consumidores com alergias conhecidas aos cajus e às nozes-comuns. Esta menção deve figurar o mais próximo possível da lista de ingredientes ou, na ausência de uma lista de ingredientes, o mais próximo possível do nome do género alimentício.
Mantenha-se informado. Consulte o novo diploma aqui.
Fonte: DGAV
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, através da Brigada Especializada de Práticas Fraudulentas da Unidade Regional do Centro, uma operação de fiscalização direcionada ao combate dos ilícitos contra a saúde pública, no concelho de Águeda.
Durante a operação, constatou que, numa garagem de uma habitação, se procedia à confeção de doces de fruta e molhos, sem as mínimas condições de higiene, sem qualquer controlo de parasitas, apresentando-se o equipamento de frio, as mesas de apoio e as janelas com acumulação de sujidades, encontrando-se o fogão utilizado na confeção dos doces e molhos colocado sob tijolos que existiam no piso em cimento da garagem.
Como balanço da ação foram instaurados 2 processos de contraordenação tendo-se procedido à suspensão imediata da zona de confeção de géneros alimentícios, pelo exercício de atividade sem qualquer licenciamento e por falta de higienização e que em local com grandes anomalias funcionais e estruturais.
Salienta-se que alguns dos doces e molhos confecionados naquela garagem, já tinham sido apreendidos pela mesma brigada da ASAE, num supermercado do concelho da Mealhada, por se encontrarem expostos para venda ao público, com irregularidades na rotulagem, nomeadamente por utilizarem indevidamente a menção “artesanal”, menção esta só permitida aos produtores que sejam detentores de carta de artesão/unidade produtiva artesanal, assim como por falta de menções obrigatórias na rotulagem.
Por terem sido realizadas diligências de investigação, conseguiu a brigada da ASAE chegar à garagem onde os mesmos foram confecionados.
A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.
Fonte: ASAE
As leguminosas podem utilizadas numa enorme variedade de preparações, desde entradas, sopas, saladas, pratos principais e até sobremesas.
As leguminosas são alimentos saudáveis, de alto valor nutricional e que possuem diversos benefícios para a saúde. Este grupo de alimentos de origem vegetal provém da cultura de grãos, como os feijões, a ervilha, a fava, o grão-de-bico, as lentilhas e o tremoço, por exemplo.
Confira abaixo os 5 motivos para incluir estas delícias no cardápio:
As leguminosas podem utilizadas numa enorme variedade de preparações, desde entradas, sopas, saladas, pratos principais e até sobremesas.
Além das inúmeras receitas, as diversas formas disponíveis destes alimentos, como opções frescas, secas, em conserva ou enlatadas, facilita ainda mais o acesso e possibilidade de inclusão na rotina alimentar.
As proteínas representam cerca de 20 a 25% do peso total das leguminosas. Apesar de ser uma proteína de “baixo valor biológico”, ou seja, menos completa do que as proteínas de origem animal, quando são combinadas com cereais, como arroz + feijão, por exemplo, formam uma fonte de proteína nutricionalmente completa e importantíssima na base alimentar de vegetarianos e veganos – mas não só!
Quando comparada com a produção de carnes (suína, bovina e frango), a necessidade de água por cada quilo de alimento produzido é muito menor na produção de leguminosas. Além disso, a emissão de dióxido de carbono na produção também é significativamente inferior.
O cultivo de leguminosas otimiza, ainda, o uso e fixação de certas substâncias e elementos no solo, o que promove o enriquecimento do mesmo e beneficia cultivos futuros.
Incluir leguminosas na alimentação é basicamente contribuir com a saúde e o funcionamento dos intestinos.
Para quem tem algum receio por conta do desconforto gastrointestinal que pode estar associado ao consumo de leguminosas, existem algumas estratégias de preparo que minimizam essa possibilidade, como demolhar os grãos secos antes de confecionar.
Durante este processo, é importante trocar a água uma ou duas vezes e rejeitar a água da demolha antes de preparar o alimento. O ideal é que os grãos fiquem bastante tempo – de 6 até 24h – a serem demolhados. Já no caso das leguminosas enlatadas, os grãos devem ser enxaguados e a água descartada.
As leguminosas são alimentos com características nutricionais extremamente relevantes para fases de desenvolvimento e crescimento. A presença de vitaminas do complexo B e de minerais como ferro, zinco, magnésio, potássio e fósforo são alguns dos destaques deste grupo de alimentos que pode ser consumido desde a introdução alimentar por bebés até a alimentação de pessoas idosas.
De acordo com a roda dos alimentos, é recomendado o consumo diário de 1 a 2 porções de 80g de leguminosas. Que tal colorir o prato e variar a alimentação mais vezes durante a semana e aproveitar todos os benefícios deste fantástico conjunto de alimentos?
Fonte: Sapo.pt
Num artigo publicado em Trends in Biotechnology, cientistas polacos sublinharam a necessidade de a Europa utilizar ferramentas biotecnológicas modernas, como a modificação genética e a edição genética, para garantir a segurança alimentar, especialmente em cenários de ameaça como a COVID-19 e a guerra na Ucrânia. O texto alinha o Pacto Ecológico Europeu, que visa tornar a Europa neutra em termos climáticos até 2050, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas para 2015.
Um dos objetivos dos ODS é reduzir as perdas e desperdícios alimentares. Os cientistas propõem incorporar nos ODS o fator sustentabilidade, indo além da disponibilidade, acesso, utilização e estabilidade já previstas. Isto envolverá novas soluções na agricultura para melhorar a produtividade e reduzir o desperdício alimentar. Uma das soluções propostas pelos cientistas é a edição do genoma.
As culturas geneticamente modificadas e as culturas com o genoma editado têm o potencial de reduzir a utilização de pesticidas e o seu impacto ambiental, bem como as emissões de gases com efeito de estufa. Com uma alta qualidade nutricional, estas culturas apresentam resistência a doenças, herbicidas e stress. Os peritos salientam que as ferramentas da biotecnologia moderna têm a capacidade de aumentar a produtividade agrícola sem expandir a pegada ambiental.
Todos estes benefícios têm sido corroborados por vários estudos científicos, sendo inegável que as culturas biotecnológicas são um importante contributo para a segurança alimentar e permitem a adaptação das culturas às alterações climáticas. A biotecnologia moderna representa aplicações únicas da ciência que são benéficas para a sociedade e os seus pontos fortes superam os pontos fracos e as oportunidades superam as ameaças.
Contudo, os peritos sublinham que todos estes benefícios só podem ser acessíveis aos agricultores se os governos apoiarem um quadro regulamentar baseado em ciência. Salientam que o pleno potencial da edição genética não pode ser realizado se a Comissão Europeia decidir estabelecer um quadro regulamentar que proíba a utilização da tecnologia.
Os cientistas concluem que os produtos biotecnológicos modernos podem contribuir para a sustentabilidade dos sistemas agro-alimentares, que é um objectivo comum do Pacto Ecológico Europeu e da Estratégia ‘Farm to Fork’, e exortam os decisores políticos a agir em conformidade para enfrentar os desafios urgentes da segurança alimentar, apoiando programas que promovam a resiliência a longo prazo.
Fonte: CiB - Centro de informação de Biotecnologia
O tamanho dos rótulos dos alimentos é um dos principais obstáculos para mais de metade (54%) dos consumidores não os consultar e um total de 27% refere ter dificuldades em compreender a informação. Estas são duas das principais conclusões de um inquérito levado a cabo pela Deco Proteste em Portugal, Espanha Itália e Bélgica.
De acordo com os resultados do inquérito “O que diz a embalagem”, 15% dos consumidores não despendem tempo para ler os rótulos. As principais razões prendem-se com o tamanho diminuto da letra, a compreensão e extensão da informação ou a inexistência de interesse. Há ainda 5% de consumidores que simplesmente não confiam na informação apresentada no rótulo.
Por outro lado, 75% dos inquiridos reconhecem a utilidade da informação nutricional e 61% admitem que esta informação em particular os ajuda na sua decisão de compra. Os prazo de validade, a lista de ingredientes, a informação nutricional, as instruções de utilização, o país ou região de origem, são informações valorizadas por uma larga maioria de inquiridos. A estas, somam-se ainda as promoções, os conselhos de conservação e o peso líquido.
“As informações mais valorizadas pelos inquiridos refletem as tendências atuais da alimentação: sem açúcar adicionado, baixo teor de sal, baixo teor de gorduras saturadas e zero ou baixas calorias. A este top de alegações somam-se outras quatro informações decisivas – rico em vitaminas, natural, rico em fibras e sem sal”, afirma a associação de defesa do consumidor.
Fonte: Hipersuper
Investigadores analisaram o impacto da Salmonella nas crianças em Portugal para ajudar a melhorar o conhecimento deste patogénico no país.
O estudo visava caracterizar, de uma perspetiva epidemiológica, microbiológica e clínica, casos de Salmonella em crianças.
Em Portugal, de 2011 a 2014, foram registadas 785 infeções por salmonela, sendo que, mais de 80% dos casos foram em crianças com menos de 15 anos.
Os investigadores analisaram os casos de salmonelose num hospital de Lisboa entre Janeiro de 2015 e Julho de 2020. De acordo com o estudo publicado na revista Acta Médica Portuguesa (AMP), este incluiu 63 crianças, das quais 81% eram portuguesas e trinta e seis casos eram do sexo masculino.
No momento do diagnóstico a idade média era de 4 anos, mas variava entre os 3 anos e meio e os 9 anos. A faixa etária que tinha mais casos era a inferior a 5 anos. Apesar do pequeno número de casos por ano, 37 deles eram suficientemente graves para exigirem hospitalização.
A mediana no período do estudo foi de 11 casos por ano, com uma variação para 14 em 2015 e 2017 e para 6 em 2018.
Contudo, devido à falta de tratamento em muitos casos, o número de pacientes foi provavelmente muito mais elevado. Os meses de Maio, Junho e Setembro registaram o maior número de pacientes. Os serótipos mais identificados foram Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium.
"Presume-se que a prevalência da salmonelose é muito mais elevada do que a apresentada. Uma das razões é que, embora a notificação no nosso país para todas as infeções por Salmonella seja obrigatória, muitos casos não são identificados durante a avaliação inicial e, portanto, não são notificados", disseram os investigadores.
"Além disso, nem todos os que têm uma infeção por Salmonella procuram cuidados médicos, e os prestadores de cuidados de saúde podem não obter uma amostra para diagnóstico laboratorial, ou o laboratório de diagnóstico clínico pode não ser capaz de realizar os testes de diagnóstico necessários".
Os investigadores afirmaram que os resultados iriam expandir os conhecimentos sobre salmonelose em Portugal e melhorar as estratégias de prevenção, o tratamento e os seus relatórios.
Os dados sobre o consumo de alimentos potencialmente contaminados eram escassos, mas de 12 crianças, duas foram confirmadas como sendo de leite e ovos. Relativamente a viagens recentes, estavam disponíveis dados relativos a 17 crianças: duas tinham estado na Guiné-Bissau ou Angola e as outras tinham viajado para São Tomé e Príncipe, Brasil, Índia, e Marrocos.
"A prevenção da contaminação implica o controlo em todas as fases da cadeia alimentar: medições específicas na produção primária, nomeadamente o controlo da alimentação animal e o cumprimento de boas práticas de higiene na produção e transformação animal, para evitar a contaminação cruzada; controlo da temperatura de armazenamento para evitar o crescimento; e especial atenção aos produtos que são reprocessados, uma vez que favorece o crescimento da Salmonella", de acordo com o estudo.
Registaram-se complicações em 24 crianças, sendo a desidratação a mais frequente. Das crianças cujo acompanhamento médico era conhecido, em 12 as novas amostras de fezes colhidas eram negativas, em média, 3,5 meses após o diagnóstico.
As taxas de resistência aos antibióticos foram de 19% para a ampicilina e 6,4% para a amoxicilina + ácido clavulânico e o cotrimoxazol. Não foi encontrada resistência às cefalosporinas de terceira geração. As maiores taxas de resistência foram registadas pela Salmonella Typhimurium à ampicilina.
Os investigadores consideram que deveria ser feito um estudo nacional para determinar a incidência real da salmonelose em Portugal, bem como as estirpes mais frequentes e a resistência a antibióticos. Acrescentaram que a taxa de notificação, embora obrigatória, permanece abaixo das expectativas.
Fonte: Food Safety News
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) publicou critérios para a avaliação dos riscos das plantas produzidas por mutagénese, cisgénese e intragénese direcionada. Esta publicação surge na sequência do pedido da Comissão Europeia de 28 de Abril de 2022 (em conformidade com o artigo 31º do Regulamento (CE) nº 178/2002) para desenvolver uma declaração sobre possíveis critérios para a avaliação dos riscos das plantas produzidas por mutagénese, cisgénese e intragénese direcionada.
Na Declaração, a EFSA identificou os seguintes critérios:
Critério 1: Existe uma sequência de DNA exógena? Este critério visa avaliar se a planta biotecnológica contém quaisquer sequências exógenas de DNA.
Critério 2: As sequências de DNA provêm do património genético dos criadores? No critério 2, será avaliada a planta biotecnológica que contém sequências de DNA exógenas, que avalia se a fonte das sequências de DNA provém do património genético dos criadores.
Critério 3: Qual é o tipo de integração? O critério 3 aplica-se apenas a plantas cisgénicas e intragénicas e define como a sequência pode ser introduzida.
Critério 4: Existe uma perturbação não intencional de um gene endógeno? O critério 4 aplica-se apenas a plantas cisgénicas ou intragénicas para as quais o tipo de inserção foi aleatório.
Critério 5: História de utilização. O historial de utilização inclui o historial de utilização segura para consumidores e/ou animais e a sua compatibilidade com o ambiente.
Critério 6: Função e estrutura associada ao novo alelo. Este critério estabelece que quando o histórico de utilização segura não puder ser suficientemente demonstrado, a avaliação do risco deve concentrar-se na função e estrutura associadas ao novo alelo e considerar a probabilidade de que o novo alelo seja obtido pela criação convencional.
Para mais detalhes, descarregue a Declaração do Jornal EFSA.
Fonte: CiB - Centro de informação de biotecnologia
O Painel de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) publicou o seu Parecer Científico sobre a segurança do milho geneticamente modificado GA21 × T25 e MON 87419 tolerante a herbicidas, para importação, transformação e utilização na alimentação humana e animal na União Europeia, excluindo o cultivo.
Após a apresentação do pedido, foi solicitado ao Painel dos OGM da EFSA que emitisse um parecer científico sobre a segurança do milho GM GA21 × T25.
No seu parecer científico, o Painel OGM afirma que não são identificadas preocupações de segurança na avaliação dos dois únicos eventos do milho e, por conseguinte, mantém as suas conclusões anteriores sobre a segurança do milho. Não foram identificados novos dados sobre os eventos individuais do milho que levassem à modificação das conclusões originais sobre a sua segurança. Conclui que o milho GA21 × T25 é tão seguro como o seu equivalente convencional e as variedades de referência não modificadas no que diz respeito aos potenciais efeitos na saúde humana e animal e no ambiente.
Para o pedido sobre o MON 87419, o Painel OGM não identificou preocupações de segurança relacionadas com a toxicidade e alergenicidade das proteínas dicamba monooxigenase e fosfinotricina N-acetiltransferase expressas nesta variedade. O parecer científico conclui que o milho MON 87419 é tão seguro como as variedades de milho convencionais e não modificadas equivalentes no que diz respeito aos potenciais efeitos na saúde humana e animal e no ambiente.
Mais informações sobre GA21 × T25 e MON 87419 no Jornal da EFSA.
Fonte: CiB - Centro de informação de Biotecnologia
Alimentação é um fator muito importante para a saúde física e mental. Apesar de informação sobre o assunto estar disponível, continuam a existir muitos mitos e ideias erradas. Por isso, a DECO Proteste decidiu, em comunicado, esclarecer algumas dúvidas e saber que mitos são verdadeiros ou falsos.
O açúcar engorda mais do que a gordura
Falso - "Um grama de hidratos de carbono (açúcar) fornece quatro quilocalorias, enquanto a mesma quantidade de gorduras proporciona nove quilocalorias."
"A gordura tem, portanto, mais do que o dobro de calorias do açúcar. Numa dieta equilibrada, a quantidade recomendada de lípidos é mais baixa do que os hidratos de carbono (açúcares) e proteínas. Contudo, os nossos hábitos alimentares sofreram fortes modificações e nem sempre se cumpre esta proporção, o que explica o aumento de pessoas com excesso de peso."
"Para evitar ser vítima do excesso de gordura, o primeiro passo é o limitar os pratos e produtos industrializados e evitar a gordura escondida nos produtos mais comuns e que não levantam suspeitas, como a carne, os queijos, os biscoitos e bolos, pães ou as massas de pizza."
O sal rosa dos Himalaias é mais saudável
Falso - "Sal fino, sal grosso, sal marinho ou rosa, flor de sal e ainda sal kosher: o nome difere, mas sal é sal. As diferenças entre os vários tipos residem sobretudo na forma e no local de extração, assim como no grau de refinação. ou de outro tipo."
"É verdade que o sal rosa tem mais minerais que o chamado sal de mesa, pois não passa pelo processo de refinação, mas a composição é a mesma; e a percentagem de cloreto de sódio, que poderá aumentar a pressão arterial, não varia o suficiente, para que se possa tolerar a ingestão de maior quantidade de um tipo, ou de outro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo máximo de cinco gramas de sal por dia para um adulto (uma colher de chá rasa), e isso é válido para qualquer tipo de sal."
Os ovos são ricos em colesterol, pelo que devemos reduzir o seu consumo
Falso - "O ovo possui uma considerável quantidade de colesterol, cerca de 224 mg por ovo. Mas, o aumento do colesterol sanguíneo não está apenas dependente da quantidade de colesterol que ingerimos através dos alimentos."
"Os níveis elevados de mau colesterol no sangue não se devem à ingestão em excesso de ovo, mas antes ao consumo de gorduras ricas em ácidos gordos saturados, presentes principalmente nos alimentos de origem animal como as carnes gordas, os produtos de charcutaria, a manteiga ou as natas."
"O ovo, na verdade, é bastante nutritivo e saudável: contém proteínas de elevado valor biológico, como fósforo, ferro e selénio, sendo este último benéfico para o músculo cardíaco. E sabe-se que, quando o ovo é consumido em conjunto com frutas e hortícolas, se verifica uma diminuição da absorção intestinal de colesterol."
Para perder peso é preciso banir os hidratos de carbono
Falso - "Os hidratos de carbono são o combustível, pelo que não devem ser eliminados da dieta alimentar. Os hidratos simples são de rápida absorção, vazios de calorias e os que devemos evitar: bolachas, massas, cereais refinados, chocolates ou pão de trigo, são alguns exemplos. Os hidratos complexos são ricos em fibras, vitaminas e minerais e têm uma absorção lenta, sendo uma boa fonte de energia. Os cereais integrais como a aveia, centeio, espelta, arroz ou massa, leguminosas secas, batata-doce ou aveia são boas opções para o dia-a-dia."
"Se estiver a seguir uma dieta hipocalórica respeite as seguintes proporções: 45 a 60% de hidratos de carbono; 10 a 15% de proteínas; e 20 a 35% de gorduras."
O azeite é saudável, pelo que pode ser consumido à vontade
Falso - Rico em ácidos insaturados, vitamina E e antioxidantes, o azeite é a gordura de eleição para cozinhar e temperar. Mas não deixa de ser uma gordura e, como tal, deve ser consumia com moderação: cada grama de azeite contém nove calorias. Por isso, é indicado que seja consumido de forma moderada.
Devemos evitar o peixe gordo
Falso – "Salmão, cavala, atum, anchova, sardinha e peixe-espada são os peixes gordos mais comuns e que têm um aporte de ácidos gordos insaturados fundamentais ao organismo, como o ómega 3. Especialmente indicados para prevenir doenças cardiovasculares e cerebrais, controlar os níveis de colesterol e glicemia e aumentar a memória, as qualidades nutricionais destes peixes são inegáveis."
"E ainda que forneçam mais calorias do que as espécies magras, não se justifica eliminar peixes gordos da dieta, pois consumidos com conta, peso e medida trazem muito mais benefícios do que contra-indicações."
Os alimentos integrais não engordam
Falso - "Os alimentos integrais não passam pelo processo de refinamento dos alimentos processados, são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Mas não são necessariamente menos calóricos."
Como todos os alimentos, se consumidos em excesso não deixam de ser cereais e podem levar ao aumento de peso. A principal diferença é que como saciam mais e por um maior período de tempo, podem ajudar quem pretende perder peso."
Comer uma maçã tocada não faz mal
Verdadeiro - "Se uma parte da polpa da maçã escurecer depois de ter caído no chão ou ter sofrido um choque, não é caso para deitá-la fora. Mergulhe a peça de fruta que caiu num pouco de água com sumo de limão. Pode também retirar só a parte escurecida, pois a maçã não deixa de ser comestível por ter uma zona tocada."
"No entanto, a OMS adverte para o perigo de bolores e micotoxinas, muito prejudiciais à saúde se ingeridos, quando a peça de fruta está visivelmente podre."
Não se justifica eliminar as carnes vermelhas da dieta
Verdadeiro - "O consumo em excesso da carne vermelha pode trazer prejuízos para a saúde, como a acumulação de gordura nas artérias e no fígado, aumento do colesterol e aumento da gordura a nível abdominal. No entanto, as carnes vermelhas são ricas em vitaminas B3, B12, B6, ferro, zinco e selênio, por isso é possível consumi-las cerca de 2 a 3 vezes por semana, sendo importante escolher cortes de carne que não possuam muita gordura, já que o ideal é ter uma alimentação equilibrada e variada e que inclua todos os tipos de carne. Entre as carnes vermelhas, algumas são melhores do que outras: cabrito, borrego, veado, escalopes de vitela ou rosbife de vaca são algumas opções adequadas."
"É recomendado evitar carnes com muita gordura, como a picanha, miúdos, fígado, rins, coração e intestino. Além disso, deve-se retirar toda a gordura visível das carnes antes da sua confeção." Independente da escolha da carne, a recomendação é que a quantidade por refeição não passe de 100 a 150 gramas dessa fonte de proteína.
Os valores diários de referência na rotulagem/declaração nutricional são valores a atingir
Falso – "Os Valores Diários de Referência (VDR) ou Dose Diária Recomendada (DDR) são valores indicativos, que nos permitem controlar a quantidade diária de calorias e nutrientes que determinada dose ou porção de alimentos contém, relativamente ao que é diariamente recomendado no que respeita gorduras, gorduras saturadas, açúcares e sal."
"Tem em conta recomendações para a maioria da população adulta, cuja alimentação deve fornecer, em média, 2000 kcal (mulheres) e as 2500 kcal(homens) por dia. Na rotulagem, além dos valores por 100 gramas ou mililitros, surgem, muitas vezes, os dados por porção."
Fonte: Notícias ao Minuto
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