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Novo foco de peste suína na Alemanha

  • Tuesday, 31 May 2022 10:26

As autoridades alemãs notificaram a União Europeia sobre um novo foco de peste suína africana (PSA) confirmado numa exploração perto da fronteira com França, pelo que a DGAV alerta para reforço das medidas de prevenção.

De acordo com informação da Direção Geral da Alimentação e Veterinária, no dia 26/05/2022, as autoridades da Alemanha notificaram um foco de peste suína africana em suínos, através do Sistema de notificação de doenças animais da UE (ADIS), numa exploração localizada perto de Forchheim, no distrito de Emmendingen, junto da fronteira com a França.

De acordo com as autoridades veterinárias da Alemanha morreram 16 animais, num total de 35 suínos, e as autoridades apontaram o comportamento humano como causa mais provável da infeção.

Já foram criadas as zonas de restrição (zona de proteção e vigilância) em redor do foco e implementadas as seguintes medidas de emergência: abate dos animais, destruição dos produtos, eliminação dos cadáveres e restrições à movimentação de suínos, produtos e subprodutos nas zonas de restrição, bem como vigilância nas explorações suinícolas das zonas de restrição.

Face ao novo agravamento da situação epidemiológica da PSA em suínos domésticos na UE, a DGAV solicita o reforço das medidas preventivas mencionadas na nota informativa n.º 1/2022 (de 14 de Janeiro) de forma a evitar a introdução do vírus da PSA em território nacional.

Como é do conhecimento geral, é obrigatória a notificação de qualquer suspeita ou ocorrência de PSA em suínos e javalis.

Apela-se também ao uso da aplicação de Notificação Imediata de Mortalidade de Animais Selvagens (ANIMAS) para a notificação de javalis encontrados mortos em espaços naturais, que se encontra acessível em https://animas.icnf.pt .

A informação sobre o ANIMAS está disponível no portal da DGAV: https://www.dgav.pt/animais/conteudo/animais-selvagens/notificacao-de-animais-mortos/ e no vídeo promocional ANIMAS - Plataforma - YouTube.

Informação adicional sobre a PSA pode ser consultada no Portal da DGAV: https://www.dgav.pt/animais/conteudo/animais-de-producao/suinos/saude-animal/doencas-dos-suinos/peste-suina-africana/

Fonte: CAP

Os três organismos do Ministério da Agricultura e Alimentação implementaram o conceito único de ‘parcela de vinha’ para permitir e agilizar a operacionalidade entre os respetivos sistemas informáticos.

O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP, IP), o Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. (IVV, IP) e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP, IP) implementaram recentemente o conceito único de parcela de vinha, através da interoperabilidade entre os respetivos sistemas informáticos, dentro dum processo contínuo de melhoria administrativa e da simplificação de processos para os utilizadores.

Na primeira fase deste projeto, foi implementada a base de dados única de entidades, com partilha de dados entre os três organismos, evitando-se desta forma a dupla e/ou tripla identificação dos viticultores. Este modelo está a ser aplicado às parcelas de vinha desde abril, garantindo-se assim a uniformidade de critérios, com a consequente eliminação de erros, duplicação de informação e a criação de robustez e coerência nos dados, através do processo de certificação da parcela de vinha.

Em síntese, com a presente partilha de informação e interoperabilidade entre os três sistemas informáticos, a geometria e os principais atributos da parcela de vinha passam a ser partilhados entre os três organismos, simplificando-se a interlocução dos viticultores junto da Administração Pública, através de processos de certificação e comunicação internos entre IFAP, IVV e IVDP.

 

O QUE É O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO?

A nova componente aplicacional que veio reforçar a ligação entre os sistemas de informação geográfica do IFAP (iSIP), IVV (Sivv) e IVDP (SIVRDD), disponibilizada a partir do passado mês de abril, veio proporcionar as condições necessárias para que uma parcela de vinha tenha a mesma representação e caracterização nos sistemas de informação dos três institutos.

A partir deste momento, as parcelas de vinha passam por uma análise efetuada por técnico acreditado, o qual validará a sua caracterização e representação geométrica, passando esta a assumir o estado “certificada”, ou seja, a constituir-se numa única representação oficial disponibilizada em simultâneo nos três sistemas.

Associados à geometria/polígono da parcela de vinha, consideram-se como atributos comuns aos três sistemas: o explorador; a data da plantação; o tipo de cultura; o destino da produção/uva; o modo de condução; a sistematização do terreno; o material vegetativo; o compasso de plantação; as castas; o método de irrigação e a identificação de parcela abandonada.

Após a certificação, a informação servirá para pré-preencher formulários e eventuais atualizações na parcela de vinha, os quais serão de imediato comunicados aos três institutos, permitindo aos viticultores uma simplificação na atualização da informação do seu património vitícola.

O processo de certificação das parcelas de vinha poderá ser desencadeado pela Administração, no âmbito das tarefas de manutenção dos sistemas, em resultado de controlos ou por iniciativa dos viticultores.

Os viticultores que pretendam desencadear o processo de certificação das suas vinhas poderão deslocar-se a um posto de atendimento, cuja listagem irá ser brevemente disponibilizada nas páginas internet do IFAP, IVV e IVDP.

Fonte: CAP

A DGAV informa que partir do dia 31 de maio, passará a ser utilizada a plataforma TRACES-NT da UE para a emissão eletrónica de certificados fitossanitários de exportação e de reexportação (PHYTO).

Será assim restringida à versão eletrónica nos certificados fitossanitários destinados a países terceiros que, seja diretamente no TRACES-NT, seja através do HUB da IPPC, conseguem aceder aos certificados eletrónicos emitidos com recurso ao TRACES-NT, devidamente credenciados com a assinatura digital do inspetor fitossanitário e com o selo digital (e-Seal) da DGAV.

Para os países terceiros que não reúnam ainda as necessárias condições para aceder aos certificados fitossanitários eletrónicos, será feita a impressão dos documentos produzidos no TRACES-NT, que serão assinados e carimbados na forma tradicional pelos nossos inspetores fitossanitários das várias DRAP.

Durante o mês de junho, implementaremos gradualmente este novo sistema, pelo que, até final do referido mês, ainda serão emitidos certificados no formato atual, produzidos fora do sistema TRACES, que coexistirão assim durante esse período com os novos certificados.

Fonte: DGAV

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, realizou nas últimas semanas, através das Brigadas de Indústrias da Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional do Porto e Mirandela, uma operação de fiscalização direcionada à verificação das condições de armazenagem de produtos alimentares em operadores económicos grossistas, localizados no distrito de Braga.
 
No âmbito da referida ação, verificou-se que um dos operadores económicos, procedia à venda ao público de produtos de origem animal congelados e manipulados irregularmente, tendo sido determinada a apreensão de 116 kg de produtos cárneos, considerados impróprios para consumo, verificando-se ainda a inexistência do número de controlo veterinário (NCV) obrigatório atribuído pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
 
Ainda durante a referida fiscalização, verificou-se que no local, era igualmente exercida, de forma ilegal, a atividade de manipulação, embalamento e armazenamento de produtos químicos, tendo resultado na apreensão de cerca de 4 toneladas de hipoclorito de sódio bem como, das respetivas máquinas utilizadas para o enchimento.
 
Em resultado, foi instaurado o respetivo processo crime e processo de contraordenação, tendo ainda sido determinada a suspensão das atividades no estabelecimento.
 
Fonte: ASAE

Nos últimos cinco anos, a indústria produtora de fitofármacos, vulgarmente conhecidos como pesticidas, investiu um milhão de euros em formação, tendo envolvido 66 mil agricultores e técnicos, de acordo com a ANIPLA (Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas).

Se tivermos em conta o último censo agrícola do Instituto Nacional de Estatística, havia cerca de 314 mil agricultores em Portugal, em 2019. Por aproximação, pode estimar-se que 20% receberam este tipo de formação, mas não tem diretamente a ver com os cursos exigidos por lei para a atribuição de licenças a quem quer comprar, aplicar ou transportar determinados químicos usados na agricultura.

Parte do esforço para tornar os fitofármacos (onde se incluem fungicidas, herbicidas e inseticidas, por exemplo) mais compatíveis com as boas práticas agrícolas - para proteção da saúde e preservação do ambiente - é apontado pela Anipla como sinal do seu compromisso para com o Pacto Ecológico Europeu, com o qual os órgãos sociais recém-eleitos da associação terão de lidar ao longo do novo mandato.

O contexto é adverso para este tipo de indústria, tendo em conta que as metas europeias preveem o corte de 50% no uso de pesticidas nos próximos oito anos, embora seja uma ambição que a presidente da Anipla, Felisbela Torres Campos - reconduzida no cargo, diz apoiar.

"A Anipla está comprometida com o desenvolvimento de tecnologias agrícolas sustentáveis, comprometendo-se a desempenhar o seu papel na inovação, apoiando os agricultores e a produção de alimentos."

No entanto, ao Dinheiro Vivo, a dirigente sublinha que as metas europeias remetem a indústria "para a necessidade de explorar e debater as diferentes exigências fitossanitárias de cada país". Isto porque, "as práticas agrícolas, as ferramentas e as carências inerentes a cada cultura e o tipo de clima em cada país ou região ditam a necessidade de adaptar essas mesmas metas".

Por outras palavras, Felisbela Torres Campos situa o caso de Portugal como um dos países da orla do Mediterrâneo mais expostos às consequências das alterações climáticas, o que, em sua opinião, o torna suscetível "ao aparecimento de novas doenças, pragas e infestantes" para as culturas. Por esse motivo, entende que toda essa exposição "pressupõe diferentes soluções que assegurem a sustentabilidade da agricultura portuguesa". Daí considerar que está disponível para "discutir metas realistas, baseadas na ciência e adaptadas às diferentes realidades".

Fonte: Agronegócios

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou nas últimas semanas, através da Brigada Especializada dos Vinhos e Produtos Vitivinícolas da Unidade Regional do Centro – Unidade Operacional Coimbra operação de fiscalização no combate à preparação, distribuição e comercialização ilegal de vinhos, nos concelhos de Anadia, Oliveira de Azeméis, Mortágua, Satão e Viseu.

Fonte: ASAE

A vida debaixo de água é sensível às mudanças que o mundo está a atravessar. Tal como acontece com os animais terrestres, o aparecimento de novas doenças está a colocar um stress significativo nas populações de animais aquáticos e nos ecossistemas em que vivem.

Este fenómeno não é suscetível de parar em breve, impulsionado por fatores como as alterações climáticas e o comércio ilegal.

As doenças podem ter consequências graves no desenvolvimento sustentável dos sistemas de animais aquáticos e na segurança alimentar.

Além disso, as doenças podem resultar numa diminuição dos produtos de animais aquáticos destinados ao mercado, sendo mais de um terço deles comercializados a nível internacional. Num mundo em que 50 milhões de pessoas dependem da pesca e da aquacultura para a sua subsistência, o controlo das doenças dos animais aquáticos continua a ser crítico.

Com este objetivo em mente, a Organização Mundial de Saúde Animal lançou em 2021 a sua "Estratégia Mundial de Saúde Animal Aquática".

Como parte do plano de implementação desta estratégia, a Organização fornece aos Serviços Nacionais de Saúde dos Animais Aquáticos recomendações para melhorar a vigilância das doenças dos animais aquáticos. A vigilância visa identificar e gerir os riscos associados às doenças dos animais aquáticos, que podem ter impacto na produção e comércio de produtos de animais aquáticos.

A vigilância das doenças é um passo preliminar fundamental para assegurar a deteção precoce e resposta à ocorrência de doenças de animais aquáticos, para que o país ganhe progressivamente capacidade de afirmar a erradicação de uma doença.

Tal conquista pode apoiar os países a satisfazerem os requisitos comerciais e facilitar o intercâmbio seguro de animais aquáticos e dos seus produtos.

A Organização Mundial de Saúde Animal incentiva os seus membros a implementar as recomendações de vigilância fornecidas no Código e Manual Aquático, a relatar quaisqueres eventos relevantes de doença de forma transparente e atempada, e a publicar autodeclarações de ausência de uma doença.

Na 89ª Sessão Geral da Organização, a Assembleia Mundial de Delegados adotou uma versão revista da Norma sobre vigilância de doenças de animais aquáticos, com o objetivo de orientar os Membros através do processo de autodeclaração de ausência de doenças de animais aquáticos, utilizando provas sólidas.

A aquacultura é reconhecida como o sector de produção alimentar de crescimento mais rápido a nível mundial, com quase 50% do fornecimento global de animais aquáticos e produtos derivados.

Isto significa que a produção de animais aquáticos contribui cada vez mais para a nutrição humana, o alívio da pobreza e o desenvolvimento sustentável.

A Organização Mundial de Saúde Animal, autoridade global que trabalha além fronteiras para melhorar a saúde animal, apela aos países para que implementem as suas Normas Internacionais.

Como a população mundial e a procura de alimentos continuam a crescer, a construção de uma melhor vigilância contribuirá para assegurar uma melhor saúde dos animais aquáticos em todo o mundo e para proteger a saúde da vida subaquática.

Fonte: Oie - World Organisation for Animal Health

Os stocks de alimentos diminuíram nos últimos anos e, com mais de um quarto do trigo global a ser produzido na Ucrânia e na Rússia, as perspetivas de uma grave interrupção no abastecimento mundial de alimentos aumentam a cada dia que passa. A edição do genoma poderia minimizar o problema.  

Os preços dos alimentos estão a subir em muitos países: no Quénia, aumentam os custos da alimentação animal; na Tunísia, os preços das importações de trigo, combustível e fertilizantes estão a disparar; o Brasil e o Peru antecipam grandes interrupções no fornecimento de alimentos devido à escassez de fertilizantes; a Indonésia proibiu as exportações de óleo de palma.

Mas nem todos os aumentos nos preços se devem à guerra na Ucrânia. Outros fatores como a seca, gripe aviária e as interrupções na cadeia de abastecimento causadas pela pandemia contribuíram para o situação atual. Não obstante, a consequência da invasão russa é a fome. O que se pode fazer?

Os agricultores procuram, cada vez mais, ter acesso a ferramentas modernas que podem atenuar esta turbulência geopolítica. A engenharia genética já trouxe vastos benefícios económicos e ambientais para a humanidade. A edição do genoma está a expandir-se rapidamente e muitas vozes até reconhecem que as novas técnicas de melhoramento de plantas são fundamentais para a sustentabilidade futura.

Os investigadores descobriram que a ferramenta de edição do genoma CRISPR, silenciando um único gene, pode aumentar 10% a produtividade nas colheitas. A edição de genes é usada para melhorar o valor nutricional das frutas, com novos produtos já no mercado. Esses novos produtos contribuem não só para a melhoria da situação económica dos agricultores, mas também da sustentabilidade agrícola na medida em que reduzem o uso de fertilizantes e pesticidas. Também ajudam a mitigar os efeitos das alterações climáticas através do sequestro de carbono. Agora é possível melhorar a própria fotossíntese e fazer com que as árvores sequestrem carbono de uma maneira muito mais eficiente.  

Mas todas estas vantagens são ameaçadas por uma regulamentação (na Europa) que pretende melhorar a segurança, mas, na verdade, faz pouco mais do que perpetuar a dependência de tecnologias desatualizadas. As medidas impostas pela regulamentação viola o princípio básico amplamente aceite de que devem ser proporcionais aos perigos. Restaurar a primazia desse princípio ajudaria muito a dinamizar o potencial inovador das novas tecnologias de melhoramento de plantas.  

Mais informações aqui.

Fonte: CiB - Centro de informação de Biotecnologia

Um novo método de extração de proteína das folhas de tomate poderia ajudar a acelerar a adoção de dietas à base de plantas e impulsionar a sustentabilidade das alternativas de "carne" à base de plantas, de acordo com a Wageningen University & Research.

Com base num método de extracção da enzima RuBisCo das folhas de beterraba-sacarina, o produto resultante é um pó proteico "de alto valor", isento de toxinas.

O mesmo método poderia ser adaptado para extrair RuBisCo das folhas de outras culturas alimentares - as plantas de batata e mandioca, por exemplo, também contêm toxinas e são também impróprias para consumo direto.

A aplicação em grande escala deste processo poderia aumentar a disponibilidade de proteínas de origem vegetal, contribuindo para um abastecimento alimentar sustentável para a crescente população mundial. Também ajudaria a acelerar a transição para uma dieta mais baseada em plantas nos países desenvolvidos, afirma o relatório.

A líder do projecto Marieke Bruins, cientista sénior em tecnologia de proteínas na Wageningen University & Research, disse: "O nosso método filtra os componentes que são mais pequenos do que a proteína que queremos extrair e isto inclui muitas toxinas".


"O nosso estudo prova que é possível obter ganhos substanciais em sustentabilidade, fazendo melhor uso do que já se tem".

Na sua forma pura, o RuBisCo tem um aroma, cor e sabor neutros, e um bom equilíbrio entre os aminoácidos essenciais. Tem também boas propriedades de gelificação.

Isto faz do RuBisCo uma proteína muito útil para transformação de substitutos de carne e alternativas lácteas à base de plantas, por exemplo, como forma de proporcionar uma " dentada" firme ou uma melhor sensação de boca. Também pode ser utilizado como um substituto do ovo em produtos alimentares.

O processo proporciona também uma nova alternativa mais valiosa para os resíduos criados na colheita das culturas de tomate.

A colheita de culturas alimentares resulta na produção anual de cerca de 40 toneladas (para a beterraba-sacarina) a 50 toneladas (para o tomate) de resíduos de culturas por hectare. Estes resíduos são compostos por folhas e caules.

As folhas ou são aradas de volta ao solo como fertilizante ou vão para compostagem, sendo ambas de baixo valor de utilização dos resíduos em comparação com a extração de proteínas para consumo humano.

Fonte: Foodmanufacture e Qualfood

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal mostra-se preocupada com os níveis de seca e a desertificação do país. Diretor-geral da associação acredita que a ciência e a inovação são fundamentais para ultrapassar fragilidades do setor.

Portugal está a perder área de cultivo perante o impacto das alterações climáticas. Quem o afirma é o diretor-geral da Associação de Jovens Agricultores de Portugal.

Firmino Cordeiro explica que o país é “uma vítima muito delicada” do fenómeno.

“A seca veio para ficar e para nós, Portugal, é uma consequência muito delicada”, diz Firmino Cordeiro, acrescentando que “temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para tornar uma boa parte do território ainda viável em termos agrícolas”.

Além das dificuldades ambientais, para os jovens agricultores, outro problema são as questões financeiras que muitas vezes acabam por afastá-los do setor.

“Quando aparece um concurso para jovens agricultores, os jovens candidatam-se”, assegura, explicando que o problema é que as notas de avaliação são cada vez mais altas, deixando de fora parte dos interessados.

Apesar das dificuldades, Firmino Cordeiro acredita em práticas agrícolas cada vez mais sustentáveis, com a ajuda de novas tecnologias e conhecimentos que possam assim garantir o futuro do setor.

“Nós temos já grandes agricultores, por exemplo, o João Coimbra que é uma pessoa muito conhecida que está a fazer cereais segunda essas tecnologias todas da agricultura de precisão. Cada vez há mais gente a trabalhar nesta área, há cadeiras nos cursos universitários específicos de agricultura de precisão”, diz explicando depois que “a agricultura de precisão não é para aplicar mais produto”, mas sim “para aplicar o mínimo de produtos e obter-se o máximo de produção possível”.

Fonte: Renascença