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A vacinação obrigatória dos ovinos passa a abranger os distritos de Setúbal e Castelo Branco identificados como regiões afetadas pelo serótipo 4 da febre catarral ovina.

O Edital nº 59, publicado pela DGAV no dia 10 de Novembro, atualiza as regiões afetadas pelo vírus da Língua Azul com base nos resultados dos programas de vigilância medidas de controlo implementadas.

Medidas de controlo implementadas detetaram resultados positivos para o serotipo 4 nos distritos de Setúbal e Castelo Branco que são agora considerados área afetada com serotipo 4, juntando-se ao distrito de Santarém e a toda a região do Alentejo, onde já era obrigatória a vacinação de todo o efetivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução desde Agosto.

A região do Algarve continua a ser a única região afetada com serotipo 1 e 4.

As áreas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira constituem zonas livres de língua azul.

Fonte: DGAV

 

 

As exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram 13,5% entre janeiro e setembro deste ano face ao mesmo período de 2019, pré-pandemia, segundo a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) aos dados estatísticos oficiais.

De acordo com um comunicado da FIPA, com base numa análise da federação a dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), na comparação com o período anterior à pandemia de covid-19, “o maior contributo foi dado pelas transações para os mercados extra União Europeia [UE], que cresceram mais de 26%, registando-se também um aumento próximo dos 7% nas exportações para a UE”.

“No que diz respeito às importações, foi registado um decréscimo de 0,8%, impulsionado por uma diminuição de 9% nas importações oriundas dos mercados extra União Europeia, tendo sido verificado um ligeiro aumento de 0,63% nas trocas originárias de mercados da UE”, refere também o comunicado da FIPA enviado às redações.

Numa análise global, o setor agroalimentar registou “uma diminuição próxima dos 533 milhões de euros no défice da balança comercial”.

Face ao mesmo período de 2020, de acordo com dados enviados à Lusa pela FIPA, as exportações do setor aumentaram 7,48%, sendo que o número foi de 9,42% de bens provenientes da UE, algo que compensou a descida de 3,58% de produtos oriundos de países de fora do bloco europeu.

Quanto às exportações, face ao acumulado até setembro de 2020, este ano aumentaram 12,30%, com uma subida de 14,63% para a UE e de 8,67% para fora da UE.

De acordo com o presidente da FIPA, Jorge Tomás Henriques, citado no comunicado, o “desempenho positivo das exportações é um bom sinal para a indústria portuguesa agroalimentar e, acima de tudo, deve ser interpretado e acolhido no contexto de uma estratégia de projeção económica do país”.

O responsável da federação do setor agroalimentar refere ainda que há “a expectativa” de continuar “o caminho até final do ano”.

“No entanto, importa estarmos muito atentos à atual conjuntura de disrupções na cadeia de abastecimento, cenário que impacta não só a disponibilidade e custo das diversas matérias-primas, mas que pode ter impacto também nesta trajetória de exportação”, alertou Jorge Tomás Henriques.

Fonte: Agroalimentar

A subida dos preços dos produtos alimentares importados, que devem atingir um “nível recorde” em 2021, inquieta a Organização das Nações Unidas (ONU) quanto à capacidade de os países e consumidores mais pobres se alimentarem.

“O comércio internacional de produtos alimentares acelerou e está em vias de alcançar o seu nível mais elevado, tanto em volume, como em valor”, indica um relatório da agência da ONU para a agricultura e alimentação (FAO, na sigla em Inglês).

“A subida rápida dos preços dos produtos alimentares e da energia coloca importantes dificuldades aos países e aos consumidores mais pobres, que gastam parte importante dos seus rendimentos nestes produtos de primeira necessidade”, acrescentou a FAO no seu relatório semestral sobre as perspetivas da alimentação mundial.

Segundo esta agência, as despesas mundiais com importações alimentares devem superar em 2021 os 1,75 biliões (milhão de milhões) de dólares, mais 14% em relação a 2020 e 12% acima do previsto em junho último.

Sobre os cinco grandes alimentos de base (cereais, açúcar, óleos, laticínios, carne e peixe), a ONU não está inquieta com o risco de penúria, dada as perspetivas de produção dos principais cereais, que permanecem sólidas, e as colheitas “recorde” de milho e arroz esperadas para este ano.

Quanto ao açúcar, a produção mundial deve também recuperar ao fim de três aos de contração. A FO espera também uma subida da produção mundial de carne, leite e peixe.

Mas aponta para o efeito da subida dos preços dos fatores de produção agrícolas (energia, alfaias, adubos, rações para animais, sementes), “que se traduz imediatamente por uma subida dos preços dos produtos alimentares”.

Ora, o seu índice dos preços mundiais destes fatores “atingiu o seu ponto mais alto desde há 10 anos em agosto de 2021”.

De janeiro a agosto, o índice FAO dos preços alimentares subiu 34% e o índice dos preços mundiais dos fatores 25%.

“A análise permite antecipar dificuldades que se podem colocar: na África subsariana, por exemplo, cerca de 70% da oferta depende da importação de adubos azotados, cujo preço varia em função dos combustíveis fósseis”, salientou a FAO.

Pelo recenseamento da agência da ONU, em 53 países, um número crescente, as famílias gastam “mais de 60% dos seus rendimentos” em produtos de primeira necessidade, como alimentos, água e habitação.

Fonte: Agroportal

A Kantar, Worldpanel Division divulgou novos dados sobre quem são os grandes vencedores da pandemia, dando algumas pistas de como o comportamento dos consumidores de produtos de grande consumo (FMCG) pode ter alterado de forma permanente. As novas conclusões mostram que, apesar de um aumento nos gastos fora de casa, durante a primeira metade de 2021, os serviços de entrega de refeições e o comércio eletrónico continuam a mostrar um crescimento sustentado em todos os mercados.

Estes “insights” estão no estudo “Como a entrega de refeições transformou o sector de restauração” da Kantar, baseado nos painéis de OOH em 10 mercados e num inquérito adicional a mais de 15 mil consumidores, e no relatório “Omnichannel”, que acompanha os hábitos de consumo em sete mercados-chave.

O gasto fora de casa em três mercados-chave (Reino Unido, França e Espanha) no segundo trimestre foi mais do dobro, comparando com o mesmo período em 2020, mas está apenas a 75% dos níveis registados em 2019. Enquanto este sector ainda não recuperou totalmente, os serviços de entrega de refeições e o comércio online cresceram 150% e 24%, respetivamente, a nível mundial.

Ajustamento

Apesar de se assistir a um crescimento recorde de 7,5%, em 2020, os produtos de grande consumo começam agora a entrar numa fase de ajustamento, registando níveis ditos “normais”, em que as vendas deverão crescer 2,2%, em 2021.

A mudança parece ser resultado do aumento dos gastos fora de casa, já que muitos países abrandaram as restrições, sendo que alguns, já com boas taxas de vacinação, impulsionaram esta tendência.

Em contraste com 2019, o valor das ocasiões de consumo take-away, on-the-go e entrega de refeições aumentou acentuadamente, apontando para um mercado fora de casa mais variado e fragmentado, à medida que os consumidores desenvolvem novos hábitos. Representando a maioria das vendas no auge da pandemia, a entrega de refeições e take away atraíram mais compradores em todos os mercados, com o maior aumento em Portugal, onde houve um crescimento de 16 pontos percentuais na penetração, em comparação com 2020.

O maior crescimento no sector de entrega de refeições vem de pessoas com 50 anos ou mais, com a penetração a aumentar 43%, relativamente ao ano anterior.

As entregas de refeições, impulsionadas pelos agregadores, principalmente na Europa, estão a manter os ganhos do mercado. As motivações dos consumidores para comprar refeições que são entregues também estão a mudar. 35% dos consumidores assume agora a entrega de refeições como um prazer partilhado, em comparação com 50% em 2019, com mais pessoas a citar ocasiões de consumo novas e diferentes, como almoços e refeições para uma pessoa, que se tornaram parte do seu estilo de vida diário.

O relatório “Omnichannel” da Kantar também mostra que os gastos com saúde e beleza recuperaram, passando de uma contribuição de apenas 3% para todo o crescimento de FMCG, em 2020, para 36%, em 2021, conforme a vida social começou novamente a florescer. Em contraste, a grande vencedora do ano passado, a limpeza caseira, caiu significativamente, contribuindo com menos 7% para o crescimento dos produtos de grande consumo.

E-commerce

A pandemia acelerou o crescimento do comércio eletrónico em quase todos os mercados, com o gasto a crescer 24% no ano a terminado em junho de 2021 e o canal mantendo, em grande parte, os ganhos que obteve na grande transição online de 2020.

Em 2019, o comércio eletrónico tinha uma quota 9,2% do total das compras de supermercado, em 2020, aumentou para um pico de 14,5%, caindo ligeiramente para 14,2%, em 2021.

O crescimento mais forte aconteceu na China, com uma taxa de crescimento de 28%, apesar das altas taxas de vacinação e levantamento de restrições. A Europa tem uma taxa de crescimento muito mais lenta, com as vendas online a crescerem cerca de 13% no Reino Unido e apenas 3% em Espanha.

“2021 foi um ano interessante para o FMCG. Adaptámo-nos aos confinamentos e às fortes restrições, até voltarmos a padrões de comportamento mais normais, por isso, esperávamos ver um aumento nos gastos fora de casa a refletir isso mesmo”, explica Javier Sanchez, Global Business Development Director OOH & Usage Food at Kantar. “No entanto, o crescimento contínuo nas entregas de refeições e do comércio eletrónico destacou a importância da adaptação ao desconhecido, para encontrar novas oportunidades de crescimento. O facto de ainda estarmos a recorrer a refeições entregues, tanto quanto fazíamos no auge da pandemia, aponta para uma mudança de comportamento no longo prazo, que apresenta oportunidades para as marcas que forem mais capazes de atender às novas necessidades dos consumidores”.

Fonte: Grande Consumo

O número de consumidores flexitarianos está a crescer em Portugal. Mas esta subida não é ainda espelhada pelos dados de consumo, uma vez que ainda não houve uma queda significativa da compra de carnes vermelhas, segundo um estudo da consultora Lantern, denominado The Green Revolution.

Em números absolutos, Portugal tem hoje 1.018.000 consumidores veggies com mais de 18 anos, representando 11,9% da população, dando-se uma subida de 2,9 pontos percentuais em relação a 2019. Traduzindo para números absolutos, isto significa que existem mais 250 mil consumidores veggies.

Os vegetarianos correspondem a 2,1% da população portuguesa, quando em 2019 o valor fixava-se em 0,9%. Já a proporção de vegans recuou de 0,7% para 0,5%.
Embora os hábitos alimentares dos portugueses estejam a mudar, não significa que exista ainda uma mudança clara na dieta dos portugueses. “A tendência continua a ser clara e vemos, ano após ano, como cada vez mais pessoas estão a começar a adotar novos hábitos alimentares. Mas esta tendência, apesar de clara, ainda não está a ser sustentada pelos dados de consumo. Ainda não se verificou uma queda significativa nas vendas da carne vermelha”, segundo pode ser lido no documento.
Citando dados do INE, o documento indica que o consumo de carne vermelha tem crescido, em volume total de toneladas, 7%  desde 2013. No entanto, de 2019 para 2020, o consumo de carne vermelha caiu 5%, “dados muito relacionados com o impacto da pandemia no consumo fora de casa”.

Em termos de perfil do consumidor, fazendo a análise por género, as mulheres são predominantes no consumo deste tipo de dieta, sendo 13,7% das mulheres veggies, representando 60% da população veggie do país.
Apesar de os consumidores veggie estarem distribuídos por todas as faixas etárias, a maior penetração é encontrada no grupo etário entre os 18 e os 34 anos. “O segmento com 25-34 anos lidera a penetração por alvo com 16,8%, acima dos 11,3% de há dois anos. No caso dos mais jovens, dos 18 aos 24 anos, 12,8% deles são veggies”, indica o estudo.

Quanto às motivações para os consumidores mudarem o perfil da sua dieta, estas estão relacionadas com a saúde, o bem-estar animal e a sustentabilidade.

Analisando as várias categorias de produtos plant-based no nosso país, o estudo classifica já as bebidas à base de vegetais como mainstream. Os substitutos de carne e os iogurtes surgem como as categorias que estão num estado de grande emergência, seguidas por gelados, queijos, refeições prontas e salsichas, classificados como produtos emergentes. Peixes, ovos e molhos são categorias em crescimento.

Fonte: Hipersuper

O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) organiza em novembro provas comentadas ‘online’ em 11 países que envolvem cerca de 220 especialistas, no âmbito das comemorações dos 265 anos da Região Demarcada do Douro (RDD).

A RDD completou 265 anos no dia 10 de setembro e o IVDP celebra a data até ao final do mês, com vários eventos que incluem a entrega de distinções, provas de vinhos, harmonizações e música.

O IVDP destacou hoje, em comunicado, que uma das novidades deste ano é a internacionalização das comemorações com a realização neste mês de novembro de provas comentadas de vinho do Porto ‘online’ em 11 dos principais mercados estratégicos.

Os principais mercados são Portugal, Alemanha, Brasil, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos da América (EUA), França, Países Baixos, Reino Unido e Suíça.

Segundo o IVDP, esta comemoração do Port Wine Day “junta, além das embaixadas de Portugal em Brasília, Washington, Berlim e Londres, mais de 220 especialistas em diferentes países a provarem ao mesmo tempo, os mesmos vinhos que compõem o painel de prova”.

Depois, até ao final do mês, o programa contempla a divulgação de uma ‘playlist’ na plataforma Spotify – “Music & Port Wine Day no Spotify”.

No âmbito desta iniciativa o IVDP desafiou cinco músicos portugueses – Miguel Araújo, Joana Almeirante, Rogério Charraz, Pedro Abrunhosa e Tiago Nacarato – a escolherem uma música da sua autoria e outra da sua preferência para harmonizarem com um tipo de vinho do Porto diferente.

O encerramento das comemorações está previsto para o dia 28 de novembro com um almoço subordinado ao tema “Um Douro + Sustentável”, em Lamego, onde serão atribuídas distinções a empresas e enólogos cujos projetos são “casos de sucesso nas áreas do enoturismo, da vitivinicultura e da enologia” e que termina com um concerto ‘online’ do artista portuense Miguel Araújo.

O Port Wine Day assinala a criação da mais antiga região demarcada do mundo – o Douro – a 10 de setembro de 1756, pela mão do Marquês de Pombal.

Com estas comemorações o IVDP destacou o papel do vinho do Porto como “motor de desenvolvimento” para o país.

“A presença no mundo do vinho do Porto espelha o apoio à internacionalização dos agentes económicos do setor, numa lógica de valorização transversal, com preocupação pela sustentabilidade económica, social, cultural e ambiental do território duriense, estratégica na atuação do IVDP”, afirmou o presidente do instituto público, Gilberto Igrejas, citado em comunicado.

Segundo dados divulgados pelo IVDP, com sede no Peso da Régua, em 2020, a Região Demarcada do Douro “representou 69% das exportações portuguesas de vinhos com denominação de origem, sendo a região vitivinícola mais importante de Portugal”.

Fonte: Agroportal

Onze produtores vinícolas do Alentejo criaram uma associação para defender e promover o milenar método de produção de vinho de talha e conceber um selo para atestar a qualidade deste produto, foi ontem divulgado.

Trata-se da Associação de Produtores de Vinho de Talha (APVT), que foi criada por 11 empresários produtores daquele tipo de vinho dos concelhos de Vidigueira, Cuba e Alvito, no distrito de Beja, disse hoje à agência Lusa o secretário da direção deste organismo, Luís Amado.

Segundo o responsável, a APVT pretende, “acima de tudo, unir os produtores para defender e promover o milenar método de produção de vinha de talha”, que consiste numa técnica artesanal de vinificação típica do Alentejo, criada há mais de 2.000 anos pelos romanos e feita em grandes vasilhas de barro, chamadas talhas.

A associação, que conta com o apoio da Câmara de Vidigueira, também quer ajudar os associados nos processos de produção, comercialização e certificação dos seus vinhos e tem como “grande objetivo” criar um selo de qualidade do vinho de talha, adiantou.

“Alguns dos produtores têm os seus vinhos certificados, mas outros não, e, por isso, a APVT quer ajudar os associados no processo de certificação junto do Instituto da Vinha e do Vinho”, explicou.

Os associados da APVT com vinhos certificados também vão dispor de um selo, que permitirá atestar a qualidade e confirmar junto dos consumidores que efetivamente se trata de vinhos de talha.

A associação também quer criar sinergias e mecanismos para permitir contratar compras, “a preços muito mais reduzidos”, de produtos necessários à produção de vinho, como garrafas, “em vez de ser cada produtor a fazê-lo por si”, coordenar os preços dos vinhos e participar em feiras.

Segundo Luís Amado, a APVT, que já tem órgãos sociais e vai instalar a sede na vila de Vidigueira, pretende alargar-se a produtores de todos os territórios onde se produz vinho de talha.

Na quinta-feira, seguindo o lema “No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”, nove dos 11 associados vão abrir as suas adegas ao público para dar a conhecer o método de produção de vinho de talha e a própria associação, assim como dar a provar os seus vinhos da produção deste ano.

A iniciativa, promovida pela APVT, engloba oito adegas situadas em Vila de Frades, a “capital do vinho de talha”, no concelho de Vidigueira, e uma em Vila Alva, no vizinho concelho de Cuba.

Em cada adega, uma pessoa, por seis euros, vai poder provar três vinhos de talha e saborear um petisco, explicou Luís Amado, referindo que metade daquele valor servirá para cobrir as despesas de cada adega com a iniciativa e a outra irá reverter para o arranque do funcionamento da APVT.

Segundo a Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo (CVRA), em Portugal, “o Alentejo tem sido o grande guardião” do vinho de talha e tem “sabido preservar” a prática de vinificação criada pelos romanos há mais de 2.000 anos.

Ao longo dos tempos, a técnica de produzir vinho em grandes vasilhas de barro, conhecidas como talhas, foi passada de geração em geração, “de forma quase imutável”.

Não há apenas uma forma de fazer vinho em talhas, já que a produção varia ligeiramente consoante a tradição local, mas, segundo a forma mais clássica, que “pouco mudou em mais de 2.000 anos”, as uvas esmagadas são colocadas dentro de talhas e a fermentação ocorre espontaneamente, explicou a CVRA.

Fonte: Agroportal

Produtores de uvas e/ou de vinho têm até segunda-feira para efetuar a Declaração de Colheita e Produção 2021-2022, sob pena de penalização.

A apresentação da Declaração de Colheita e Produção (DCP) constitui uma obrigação de todos os operadores económicos que tenham colhido uvas e/ou tenham produzido mosto/vinho.

Tal como nas campanhas anteriores, na campanha 2021/2022 a DCP é efetuada através de submissão eletrónica no Sistema de Informação da Vinha e do Vinho (SIvv) no período de 1 de Outubro a 15 de Novembro de 2021.

Os produtores de uvas deverão ter, no seu Registo Vitícola (RV), as parcelas de vinha exploradas, identificadas com as respetivas aptidões. O sistema só permite a entrega da DCP (âmbito: Colheita), se as parcelas em exploração constarem do RV do declarante.

A entregue fora do prazo, conduzirá à aplicação de penalizações, nomeadamente com coima que pode ir de € 250 a € 10.000, por força do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 213/2004 de 23 de Agosto.

Consulte aqui a nota informativa.

Fonte: Agroportal

O tempo frio e seco que se faz sentir durante a noite no território do Nordeste Transmontano tem atrasado o aparecimento de cogumelos silvestres, muito apreciados na gastronomia local, o que deixa os apreciadores “dececionados”.

Em declarações à Lusa, Manuel Moredo, presidente da Associação Micológica A Pantorra, com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança, explicou hoje que o frio que se faz sentir, principalmente durante a noite, está a condicionar o aparecimento de várias espécies de cogumelos, o que deixa os apreciadores destes fungos um pouco dececionados.

“As baixas temperaturas que se fazem sentir durante a noite estão a condicionar o aparecimento dos cogumelos. Contudo, com os dias solarengos vão aparecendo espécies comestíveis, como boletos ou sanchas, debaixo das folhas secas das árvores”, indicou o especialista neste tipo de fungos.

O micólogo avançou que houve uma primeira fase, em fins de setembro até meados de outubro, em que apareceram “algumas quantidades” das várias espécies de cogumelos, contudo, como o tempo esteve seco não houve humidade suficiente para o desenvolvimento destes fungos silvestres.

As chuvas verificadas há duas semanas ainda criaram algumas expectativas, mas o frio a falta de humidade estão a deixar os apanhadores apreensivos, já que os cogumelos são uma fonte de rendimento para algumas famílias que os comercializam junto da restauração ou os vendem para Espanha, onde são muito apreciados.

Agora, aos micólogos e apanhadores de cogumelos resta acompanhar a evolução das condições climatéricas para voltarem à apanha, numa altura em que acontecem encontros que juntam algumas dezenas destes apreciadores e estudiosos dos fungos silvestres comestíveis, mas também de algumas espécies tóxicas, com as quais terá de haver o máximo cuidado.

“Os cogumelos são uma comida de risco e por isso se deve ter muita atenção na sua apanha e seleção”, alertou Manuel Moredo.

A Pantorra já identificou mais de 400 espécies de cogumelos no Nordeste Transmontano em mais de duas décadas, mas os seus especialistas estão convencidos de que há muitas mais por identificar, um trabalho que os micólogos continuam a fazer tanto no Nordeste Transmontano como na província espanhola de Castela e Leão, territórios com características semelhantes.

Apesar destas “adversidades climatéricas”, os apanhadores não desistem de procurar frades, setas dos pinhos, setas de cardo, boletos, repolgas ou míscaros, que são, nesta altura do ano, dos fungos mais procurados na região do Interior Norte e Centro.

Este ano, a quantidade de cogumelos para apanha diminuiu face a igual período do ano passado devido às baixas temperaturas registadas. Em 2020, por esta altura, verificaram-se temperaturas noturnas mais elevadas e mais humidade.

Após dois anos de interregno devido à pandemia da covid-19, a Confederação de Micologia Mediterrânica (CEM) vai realizar o seu encontro em 2022, em Bragança.

“Este encontro internacional que junta algumas centenas de especialistas em micológica só se poderá realizar em Bragança devido à falta de condições a nível de hotelaria no concelho de Mogadouro”, vincou Manuel Moredo.

Fonte: Agroportal

Um homem de 72 anos foi identificado e autuado depois de a GNR encontrar numa viatura duas mil pinhas mansas, cuja colheita é proibida até ao fim deste mês, mesmo que estejam no chão.

Foram apreendidas na passada segunda-feira cerca de duas toneladas de pinhas mansas, Pinus pinea, no concelho do Montijo, informou a GNR em comunicado de imprensa.

Depois de uma ação de fiscalização rodoviária ter encontrado 45 sacos de pinhas mansas no interior de uma viatura, foi identificado um homem de 72 anos que recebeu um auto de contraordenação por colheita de pinhas fora do período legal.  É que só se podem apanhar pinhas de pinheiros mansos entre 1 de dezembro e 31 de março, mesmo que se encontrem no chão, porque se está na época de defeso, explica a GNR, cujo Núcleo de Proteção Ambiental desenvolveu esta ação com o Destacamento de Trânsito de Setúbal.

A proibição visa salvaguardar “o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão e evitando a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida”, esclarece a mesma nota à comunicação social.

O pinheiro-manso “é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, cuja importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”, acrescenta a GNR.

Fonte: Observador