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A indústria alimentar a nível mundial é responsável por um terço de todos os gases emitidos pela atividade humana com efeito no aquecimento global, com a produção de carne e de animais para abate a destacar-se por gerar 60% destas emissões nocivas para o clima do planeta - segundo revela um novo estudo, publicado na revista científica "Nature Food".

"As emissões estão num limite superior ao que esperávamos, até para nós foi uma surpresa", considera Atul Jain, cientista climático da Universidade de Illinois nos EUA e coautor do artigo da "Nature Food".
 
Os investigadores apuraram que a produção de carne gera o dobro dos gases com efeito de estufa relativamente à produção de alimentos com origem vegetal, e que só um quilo de carne de vaca é responsável por 70 quilos destas emissões, enquanto um quilo de trigo emite apenas 2,5 quilos.
 
"Este estudo mostra todo o ciclo do sistema de produção de alimentos e os legisladores podem querer usar estes resultados para pensar sobre a melhor forma de controlar as emissões de gases com efeito de estufa", frisa ainda o cientista da Universidade de Illinois.
 
CARNE BOVINA É A MAIS PROBLEMÁTICA PARA O CLIMA
 
O novo estudo concluiu que todo o sistema de produção de alimentos, incluindo o uso de máquinas agrícolas, a pulverização de fertilizantes ou o transporte de produtos, causa 17,3 mil milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano. Este volume representa mais do dobro de todas as emissões geradas nos Estados Unidos, e 35% das emissões globais.
 
A parte mais problemática é mesmo a da produção de carne, com a criação e abate de animais, especialmente bovinos, com um impacto elevado no ambiente e no clima face, por exemplo, ao processamento de fruta.
 
De acordo com o estudo, a produção de vacas, porcos e outros animais para alimentação, além das respetivas rações, é responsável por 57% de todas as emissões causadas pela produção de alimentos, em que 29% provêm do cultivo de produtos à base de plantas, sendo o restante originado por outros usos da terra, como algodão ou borracha.
 
Só a carne bovina é responsável por um quarto das emissões produzidas pela produção e cultivo de alimentos. Os cientistas lembram ainda que os animais que pastam precisam de muita terra, que muitas vezes tem de ser desmatada para este fim. calculando-se que no mundo a maior parte das terras cultiváveis ​​sejam usadas para alimentação do gado, que também produz grandes quantidades de metano, gás com efeito de estufa.
 
Para os autores do estudo, as sociedades devem ter consciência destas discrepâncias na indústria alimentar, que geram impactos diretamente no clima do planeta. "Eu sou um vegetariano estrito, e parte da motivação para este estudo foi descobrir a minha própria pegada de carbono. O objetivo não é o de forçar as pessoas a mudarem as suas dietas, o que é uma escolha pessoal, mas se as pessoas estão preocupadas com as alterações, devem considerar seriamente uma mudança nos seus hábitos alimentares", sublinhou Atul Jain ao "The Guardian".
 
Os investigadores construíram um banco de dados, que permite um perfil consistente das emissões geradas por 171 colheitas diferentes e 16 tipos de produções animais, com dados de mais de 200 países. A conclusão é que a América do Sul é a região do globo com a maior parcela das emissões de alimentos de origem animal, seguindo-se o sul e sudeste da Ásia, e depois a China.
 
Os cálculos do estudo sobre o impacto da carne no clima superam em muito as estimativas anteriores, designadamente as da Organização para Alimentos e Agricultura da ONU, que tinha avançado que cerca de 14% de todas as emissões de gases com efeito de estufa provinham da produção de carne e leite.
Fonte: Expresso

O secretário-geral da Cervejeiros de Portugal defende o desagravamento fiscal do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC) no próximo Orçamento do Estado, já que se trata de um dos “setores que são chave” para a economia portuguesa.

Questionado pela Lusa sobre as expectativas que tem para este ano, Francisco Gírio afirmou esperar um “desagravamento fiscal”.

“As expectativas que temos é o Governo e os ‘stakeholders’ olharem para o setor cervejeiro, verificarem a importância deste setor no impacto para o crescimento económico e se queremos colocar a economia a crescer acima de 5% ao ano obviamente que temos de nos centrar nos setores que são chave para a economia”, prosseguiu o secretário-geral da Cervejeiros de Portugal.

“E o setor cervejeiro é um deles”, pelo que “obviamente um desagravamento fiscal seria a solução adequada”, defendeu. “Fazia sentido um desagravamento fiscal a nível de imposto especial de consumo (IEC) da cerveja porque isso iria contribuir para aumentos de receita” fiscal do Estado, acrescentou.

“É isso que defendemos para o próximo Orçamento do Estado”, rematou Francisco Gírio.

De acordo com o estudo da Nova SBE “Impactos macroeconómicos do setor cervejeiro” em Portugal, realizado a pedido e em colaboração com a associação Cervejeiros de Portugal, o setor tem um enquadramento fiscal penalizador.

“A nível fiscal, o setor cervejeiro é dos mais penalizados”, refere o estudo, adiantando que “sendo um setor que contribui de forma positiva para a economia nacional, por outro lado, está sujeito ao pagamento do IEC, ao contrário do setor vinícola, e com uma taxa de IVA de 23%, ao contrário dos 13% do setor vinícola”.

Com base nas estimativas de elasticidade preço da procura da cerveja, “conclui-se que a perda de bem-estar para a sociedade devido ao IEC pode chegar até aos 880 mil euros por ano”.

Além disso, o valor adicional de IVA de 10 pontos percentuais, quando comparado ao setor do vinho, “gera uma perda para a sociedade portuguesa até aos 5,964 milhões de euros”.

Perante isto, o estudo conclui que “não existe um racional de eficiência fiscal para que a cerveja tenha um tratamento fiscal agravado relativamente ao setor vinícola”.

Fonte: Observador

 

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde Animal (OIE)  e a Organização Mundial da Saúde (OMS) – anunciaram o tema para a Semana Mundial de Sensibilização para os Antimicrobianos 2021 (WAAW 2021), que decorrerá de 18-24 de novembro – ‘Promova a consciência, pare a resistência’.

A campanha WAAW 2021 incentivará as partes interessadas, incluindo reguladores de políticas, provedores de cuidados de saúde e o público em geral a reconhecer que todos podem ter um papel ativo para a Consciencialização/Sensibilização sobre Resistência Antimicrobiana (AMR).
Os participantes são incentivados a informar sobre a Resistência Antimicrobiana, a partilhar testemunhos sobre as suas consequências e a demonstrar como os cuidados de prevenção praticados a diversos níveis, seja na sociedade, nas famílias ou entre profissionais e comunidades afetam a disseminação da AMR.

Saiba mais aqui.

Fonte: DGAV

A Direção-Geral da Saúde realizou uma nova avaliação da Literacia em Saúde da população portuguesa, no âmbito do Plano de Ação para a Literacia em Saúde 2019- 2021, e enquadrado no consórcio europeu Action Network on Measuring Population and Organizational Health Literacy (M-POHL), entre 2019 e 2021. 

Apesar de se tratar de um instrumento novo, estes resultados sugerem um aumento dos níveis de Literacia em Saúde da população, quando comparados com estudos anteriores. 

As conclusões referem que 7 em cada 10 pessoas apresentam elevados níveis (suficiente e excelente) de Literacia em Saúde. 

O aspeto da “compreensão da informação” apresentou os maiores níveis de Literacia em Saúde, excedendo os 75% de nível suficiente e excelente. 

Para além disso, a Literacia em Saúde associada a` vacinação excedeu os 70% de pessoas com nível suficiente e excelente. 

A avaliação faz parte do inquérito HLS19, organizado pelo consórcio M-POHL, que esta´ a decorrer em 15 Estados-Membros da Região Europeia da Organização Mundial de Saúde. O estudo envolveu uma amostra representativa da população portuguesa a partir dos 16 anos. 

Literacia em Saúde é a capacidade de aceder, compreender, avaliar e aplicar informação de saúde. 

Fonte: DGS

O mercado de bens de grande consumo, ou seja, as compras para o lar que as famílias fazem nos super e hipermercados, continuam a crescer, sobre um período homólogo que já foi de grande dinamismo. No total, entre janeiro e meio de agosto, os portugueses gastaram 6.483 milhões de euros no retalho alimentar, o que representa um crescimento de 2,4% face ao período homólogo. São 153 milhões de euros a mais.

Os dados são dos Scantrends da NielsenIQ, referem-se à quadrisemana que terminou a 15 de agosto, e mostram um crescimento homólogo de 2,4%, com especial destaque para os artigos de mercearia e para as bebidas alcoólicas e não alcoólicas.

Depois de um início de 2020 marcado pela pandemia provocada pela doença covid-19 e pelas preocupações dos portugueses em armazenarem grandes quantidades de alimentos por causa do confinamento, evitando sair tantas vezes à rua, as vendas de produtos de mercearia estão este ano a crescer 3% versus os 10% registados em igual período do ano passado.

Em termos práticos, dos quase 6,5 mil milhões deixados nos supermercados, mais de 2,5 mil milhões foram para artigos de mercearia (39,2%). Seguem-se os laticínios com 1.095 milhões, menos 1% do que o ano passado. Quanto aos congelados, absorveram 512 milhões de euros. Curiosamente, nos dados comparativos das quadrissemanas, as únicas quebras de consumo em 2021 face ao ano de 2020 acontecem, precisamente, na quadrisemana 8 a 12, em março, que equivale ao decretar do primeiro confinamento em Portugal. Não admira, por isso, que se assista a um decréscimo de 5,1% comparativamente ao total gasto pelas famílias o ano passado, neste período.

A segunda quebra acontece na quadrissemana 16 a 20, com 4,2% a menos, e que equivale a meados de maio, ou seja, às semanas imediatamente anteriores à reabertura de estabelecimentos como restaurantes, cafés e pastelarias.

Estes foram estabelecimentos sujeitos a grandes restrições no âmbito das medidas de combate à pandemia, o que levou muitos portugueses a intensificar as compras para o lar. E, por isso, as bebidas alcoólicas, que o ano passado haviam crescido 9%, este ano estão a crescer 11%, mostrando que a mudança de hábitos de consumo parece ter vindo para ficar. Também as bebidas não alcoólicas estão este ano com grande dinamismo, com as vendas a subir 5%, versus o 1% do período homólogo.

Em termos de tipologia de produtos, e ainda ao nível da categoria de bebidas, são as marcas de fabricante as que mostram desempenhos mais positivos, com um crescimento homólogo de 8,7%, o que não admira, já que, por natureza, o consumidor privilegia produtos de marca nas bebidas, ao contrário de outras categorias, como a alimentação, em que as marcas brancas e de primeiro preço têm uma quota de 43,5%, e os artigos de higiene, com um peso de 31,2%.

Quanto ao valor, é significativo que a compra de bebidas alcoólicas seja a terceira parcela em que os portugueses gastaram mais dinheiro: foram 726 milhões de euros, correspondentes a 11,2% da fatura total no supermercado. As bebidas não alcoólicas são a parcela mais pequena dos gastos; são 6,6% correspondentes a 427 milhões de euros.

Na categoria de higiene, os gastos com produtos de higiene pessoal estão a crescer 1% enquanto os da higiene para o lar estão a cair 2%, quando o ano passado dispararam acima dos dois dígitos, o que se pode atribuir ao contexto pandémico. Entre higiene pessoal e higiene para o lar, as famílias portuguesas deixaram, este ano, 1.1180 milhões de euros nos supermercados.

Os Scantrends mostram-nos, ainda, a evolução do consumo por tipo de retalho, sendo que os formatos mais tradicionais (mercearias e livres serviços) estão a cair 2,7% face ao ano passado e os pequenos supermercados perdem 1,7%. Os hipermercados estão em linha com o período homólogo, mas são os grandes supermercados que mais estão a ganhar, com as vendas a crescer 9,1%.

Fonte: Dinheiro Vivo

Apenas 1% das escolas cumpria as orientações que limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde nos bares e máquinas automáticas e que, no próximo ano letivo, passam a estar legalmente proibidos, revelou o ministro da Educação.

Em meados de Agosto, foi publicado um despacho com uma lista com mais de meia centena de produtos alimentares que agora deixam de poder ser vendidos nas escolas, por causa das quantidades de sal, açúcar ou elevado valor energético. 

O diploma surge quase uma década depois de uma orientação que ia no mesmo sentido, mas que, segundo o ministro Tiago Brando Rodrigues, teve muito pouco efeito prático. “Nós não temos o direito de brincar com a saúde das nossas crianças. Em 2012 tivemos essas orientações e sabemos que só um pouco mais de 1% das nossas escolas é que cumpriu essas orientações”, revelou o ministro em entrevista à Lusa no âmbito do arranque do ano letivo. 

A ideia do diploma publicado no mês passado é “melhorar a oferta alimentar nas escolas” e promover hábitos de alimentação saudável, numa época que se se vive “uma verdadeira epidemia de obesidade infanto-juvenil”, explicou. Além da limitação de produtos prejudicais à saúde, o despacho prevê também a restrição da publicidade alimentar em ambiente escolar e a melhoria das ementas e da composição das refeições. 

Tiago Brandão Rodrigues contesta quem acusou o Ministério de “medidas com moralismo e paternalismo”, lembrando que o diploma é o resultado de um trabalho realizado por técnicos da área da saúde. “Se nas questões de saúde e, principalmente, nesta pandemia global de covid-19 temos sabido respeitar a opinião dos técnicos de saúde, também o devemos fazer nestas outras questões, que são verdadeiramente complexas para o futuro de toda uma geração”, disse. 

Às escolas foi dado até ao final de Setembro para rever os seus contratos, porque o Governo quer que as escolas públicas comecem a oferecer refeições “nutricionalmente equilibradas, saudáveis e seguras”. Pão, fruta fresca e saladas são alguns dos alimentos obrigatórios, segundo o diploma que define ainda a obrigatoriedade de disponibilizar sopa de hortícolas e leguminosas nas escolas com ensino noturno.

Cantinas fiscalizadas

As cantinas das escolas começam esta segunda-feira a ser alvo de ações de fiscalização para garantir a qualidade das refeições fornecidas aos alunos, revelou o ministro da Educação, anunciando um novo plano de controlo de qualidade. “A partir desta segunda-feira temos a oportunidade de lançar para o terreno um programa integrado de controlo da quantidade e qualidade das refeições escolares”, disse Tiago Brandão Rodrigues à Agência Lusa.

O plano prevê “visitas aleatórias” às escolas que permitam fiscalizar a qualidade das refeições, explicou o ministro, prometendo que em Março do próximo ano o resultado das visitas será transformado num relatório. O documento permitirá “preparar a melhoria das cantinas” que passam na totalidade para as mãos dos municípios, no âmbito do processo de descentralização que está em curso.

Tiago Brandão Rodrigues mostrou-se confiante com a transferência de competências para os municípios: “Temos uma grande tradição no que toca à descentralização, desde os anos 80” do século passado, disse, referindo-se ao facto de a educação pré-escolar e 1.º ciclo estar há muito nas mãos das autarquias. Uma das competências que passam para os municípios são precisamente as cantinas, um serviço essencial para muitas famílias mais carenciadas.

"Os refeitórios escolares são um elemento absolutamente central para a alimentação de muitas crianças e jovens. Nunca nos podemos esquecer que muitas destas crianças e jovens encontram na escola a única quantidade de calorias significante que têm ao longo do dia”, recordou. 

A fiscalização que arranca segunda-feira pretende garantir a qualidade das refeições fornecidas, até porque as cantinas escolares devem ser um exemplo de como “é possível comer bem sem gastar muito”.

Fonte: Publico

 

O uso de máscara no exterior deixa, esta segunda-feira, de ser obrigatório, mas a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda o seu uso em algumas situações, como aglomerações, quando não é possível manter a distância física e por pessoas vulneráveis.

Esta obrigação durou, no total, 318 dias, desde a aprovação da lei, em 28 de outubro de 2020, em plena pandemia de Covid-19, e foi sendo sucessivamente renovada pelo parlamento, o que não acontecerá agora.

Numa orientação divulgada, esta segunda-feira, sobre a utilização da máscara, que passa a ser facultativa no exterior e recomendada em algumas situações, para prevenir a Covid-19, a DGS aconselha o seu uso “quando é previsível a ocorrência de aglomerados populacionais ou sempre que não seja possível manter o distanciamento físico recomendado”.

A DGS recomenda ainda a sua utilização na rua por “pessoas mais vulneráveis”, nomeadamente “com doenças crónicas ou estados de imunossupressão com risco acrescido para Covid-19 grave”, sempre que “circulem fora do local de residência ou permanência habitual”.

Na orientação, a DGS reitera que o uso de máscara “é uma medida eficaz na prevenção da transmissão de SARS-CoV-2”, frisando que, apesar do fim da obrigatoriedade da sua utilização no exterior, o porte desta “continua a ser uma importante medida de contenção da infeção, sobretudo em ambientes e populações com maior risco”.

O uso da máscara continuará a ser obrigatório “nos estabelecimentos de educação, ensino e creches”, em “espaços e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços”, nos “edifícios públicos ou de uso público”, nas “salas de espetáculos, cinemas ou similares”, nos “transportes coletivos de passageiros” e “em locais de trabalho, sempre que não seja possível o distanciamento físico”.

O porte da máscara vai continuar a ser obrigatório também nos “estabelecimentos residenciais para pessoas idosas (ERPI), unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e outras estruturas e respostas residenciais para crianças, jovens e pessoas com deficiência, requerentes e beneficiários de proteção internacional e acolhimento de vítimas de violência doméstica e tráfico de seres humanos”.

É ainda obrigatório o uso de máscara por pessoas “com infeção por SARS-CoV-2 ou com sintomas sugestivos” da doença e por pessoas consideradas “contacto de um caso confirmado de Covid-19”, exceto quando se encontrarem sozinhas “no seu local de isolamento”.

O fim do uso obrigatório de máscaras em espaços públicos exteriores acontece no dia em que caduca o último diploma aprovado pelo parlamento e promulgado pelo Presidente da República, em 11 de junho, por um período de 90 dias, não tendo a Assembleia da República proposto a sua renovação.

A Direção-Geral da Saúde já tinha avançado à Lusa que estava a rever a orientação relativa à utilização de máscaras, que passam a ser facultativas no exterior e recomendadas em algumas situações, salientando que, em “situações especiais, nomeadamente aglomerados previsíveis ou potenciais de pessoas, contextos específicos e situações clínicas particulares”, a máscara iria ser recomendada.

Numa audição na quarta-feira, no parlamento, a pedido do PSD, sobre a obrigatoriedade das máscaras, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, apontou como exceções para a continuação do uso de máscara o recreio nas escolas, assim como em aglomerados populacionais e em eventos em espaços exteriores.

"A transmissão indireta do vírus é por acumulação de aerossóis e obviamente essa via é muito menos eficaz no exterior do que no interior. De qualquer maneira, a recomendação vai no sentido de que, em aglomerados e em contextos especiais”, a máscara deve ser utilizada, avançou Graça Freitas na audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19."

Na orientação divulgada, a DGS confirma que, “no caso dos estabelecimentos de educação e ensino”, a máscara “é fortemente recomendada nas crianças com idade entre seis e 10 anos, ou por alunos do 1.º ciclo, independentemente da idade”, desde que as crianças “tenham ‘treino no uso’ e utilizem as máscaras de forma correta” e “seja garantida a supervisão por um adulto”, não sendo aconselhada a sua utilização por crianças “com cinco ou menos anos”.

A Direção-Geral da Saúde faz recomendações sobre o uso de máscara e cabe à Assembleia da República determinar o seu uso obrigatório.

Por sua vez, a Associação de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) defendeu a continuidade do uso de máscara para prevenir a Covid-19 e a gripe, e haver um inverno “mais controlado”, permitindo ao SNS retomar o atraso na atividade assistencial.

“A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública continua a sugerir que, especialmente nesta fase de inverno em que vamos entrar, a máscara continue a ser um equipamento de proteção individual utilizado por todos ou quase todos de maneira a que nos possamos proteger, não só da Covid-19, mas também da gripe”, defendeu o presidente em exercício da ANMSP, Gustavo Tato Borges, em declarações à Lusa.

Fonte: Observador

 

O “Bebidas+Circulares”, que está a ser desenvolvido em Lisboa desde o final de novembro, já contribuiu para a recolha de mais de 1,2 milhões de embalagens de bebidas em plástico PET, latas de metal e garrafas de vidro, a que correspondem mais de 64 toneladas de materiais encaminhados para reciclagem. Por dia, foram recolhidas em média mais de 400 embalagens em cada máquina.

Este projeto tem como objetivo incentivar cada vez mais os cidadãos a adotarem comportamentos sustentáveis para que o material recolhido, por circuitos dedicados a realizar pela Câmara Municipal de Lisboa, seja reciclado, promovendo uma economia mais circular. A ideia é que futuramente seja implementado um Sistema de Depósito de embalagens de bebidas.

As regras de utilização e funcionamento das máquinas de recolha automática são muito simples: Os cidadãos depositam nas máquinas as embalagens aceites – garrafas de bebidas em plástico, do tipo PET, e latas de metal e, nas máquinas identificadas, garrafas de vidro, não reutilizáveis, de águas, sumos, refrigerantes ou bebidas alcoólicas – e recebem um talão no valor total correspondente às embalagens devolvidas, de dois cêntimos por cada garrafa entre 0,1 e 0,5 litros, e cinco cêntimos por cada garrafa acima de 0,5 e até 2 litros.

Estes talões podem ser utilizados em compras, de valor igual ou superior, na loja ou insígnia onde as embalagens foram entregues. O valor recebido pode ser doado à Associação Mais Proximidade Melhor Vida, de apoio a população idosa a viver na grande Lisboa, bastando para isso selecionar essa opção no ecrã da máquina no final da operação. Três das onze máquinas funcionam em regime exclusivo para donativos. No caso do Mercado Municipal de Benfica, as doações revertem para a Associação “Ajuda de Berço”, instituição que apoia bebés e crianças desprotegidas localizada na mesma Freguesia. Até ao momento, já foram doados mais de 2 mil euros a estas duas instituições.

Pode encontrar as onze máquinas de devolução automática em lojas como o Continente, Pingo Doce, Lidl, Auchan, El Corte Inglés e ainda no Mercado Municipal de Benfica, em resultado da parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. Os materiais recolhidos são encaminhados para as instalações da Valorsul com vista à sua reciclagem.

Para reforçar a divulgação do projeto “Bebidas+Circulares”, está a decorrer uma campanha de mupis em Lisboa e nas redes sociais, até dia 21 de setembro, bem como várias ações de sensibilização do consumidor nos locais onde estão instaladas as máquinas.

O projeto é gerido por um consórcio constituído pela Associação Águas Minerais e de Nascente de Portugal (APIAM), pela Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB) e pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Conta com um orçamento de perto de um milhão de euros, com um financiamento de 90% pelo Programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono”, do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu em Portugal para o período 2014-2021, criado na sequência da assinatura de um acordo entre Portugal, a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein – o EEA Grants.

Fonte: Greensavers

No próximo dia 18 de setembro celebra-se o Dia Internacional da Limpeza Costeira (World Cleanup Day), um dos maiores movimentos cívicos da atualidade que une 180 países por um planeta mais limpo e sustentável. Esta é também a missão do projeto europeu MAELSTROM – MArinE Litter SusTainable RemOval and Management, que nesta data promove várias limpezas de praias europeias, sendo que em Portugal se irá realizar na Praia do Castelo do Queijo, no Porto.

O evento é organizado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto e o CIMA Research Foundation de Itália, ambos parceiros do projeto, e conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, do Sea Life Porto, da LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, do Clube de Vela Atlântico, das Águas e Energia do Porto, da The Great Bubble Barrier e da UNIFARDAS.

Os ecossistemas marinhos estão sobre uma intensa pressão e nesse contexto, o lixo marinho representa uma importante ameaça à saúde ambiental e humana, sendo que todos anos, pelo menos 10 milhões de toneladas de lixo acabam nos nossos oceanos. Cerca de 80% de todos os detritos marinhos são plásticos, incluindo os microplásticos que podem entrar nas cadeias alimentares dos ecossistemas marinhos. É por isso urgente promover a consciencialização, a adoção de boas práticas, comportamentos e escolhas responsáveis, essenciais para uma sociedade e futuro sustentáveis.

Financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do Programa H2020, o projeto MAELSTROM reúne um consórcio de 14 parceiros internacionais que ao longo dos próximos quatro anos terá como objetivo investigar e implementar tecnologias inovadoras para a identificação, recolha e reciclagem de lixo marinho, inserindo-o novamente na cadeia de mercado sob a forma de polímeros e outros materiais regenerados. Paralelamente, o projeto propõe-se a criar vários momentos de sensibilização sobre o tema através do direto envolvimento dos cidadãos – sendo exemplo disso esta ação de limpeza.

A limpeza na Praia do Castelo do Queijo arrancará às 9 horas com a receção dos participantes, à qual se seguirá uma introdução ao paradigma do lixo marinho e do projeto MAELSTROM. De seguida, terá início a limpeza da praia e pelas 11:45 horas, dar-se-á início às intervenções das entidades convidadas, que irão apresentar uma tecnologia para a remoção do lixo marinho a ser implementada em Portugal, desenvolvida pela The Great Bubble Barrier.

Para encerrar o evento, será desenvolvida uma atividade didática para os mais pequenos sobre os efeitos do lixo marinho e dos microplásticos. Está ainda prevista a colocação de uma baleia de dimensões reais feita de polietileno reciclado, como elemento de sensibilização, realizada pelos investigadores da CIMA Research Foundation com o apoio do consórcio Ecopolietilene de Itália.

Para participar, deve inscrever-se obrigatoriamente no formulário. Consulte o programa completo no site.

Fonte: Greensavers

Na Alemanha, está em marcha uma campanha contra as culturas intensivas do Alentejo e do Algarve.

Friederike Heuer é o rosto da campanha contra as estufas de abacate e frutos vermelhos que, de acordo com o manifesto, consomem a pouca água existente, degradam os solos e exploram os “escravos modernos da Ásia, de África e da Europa de leste”. Apaixonada pelo Alentejo, onde organiza viagens de grupo para turistas alemães, a ativista ficou chocada com o que viu nas últimas férias.

Ilustrado por Joana Mink, o manifesto circula nas redes sociais alemãs e está a ser distribuído, em papel, pelo Centro do Livro de Língua Portuguesa de Frankfurt. O texto fala em 40 mil trabalhadores imigrantes no Alentejo, que vivem em condições desumanas, em espaços coletivos exíguos pelos quais pagam elevadas rendas.

Os promotores do protesto acusam os sucessivos governos portugueses de descurarem as políticas de distribuição pública da água e exortam os consumidores alemães a boicotarem os produtos com origem nas culturas superintensivas do Alentejo e do Algarve. Para breve, está agendada uma nova ação de rua com o apoio dos sindicatos da Região Alemã de Essen.

O movimento alemão de protesto contra as culturas superintensivas do Alentejo coincide com uma série de notícias da imprensa alemã, o último dos quais publicado em Agosto pela Der Spiegel sobre a produção de frutos vermelhos, um negócio que, pelas contas da prestigiada revista, ascende aos 247 milhões de euros por ano.

Fonte: Agroportal