A DGAV publicou 2 esclarecimentos técnicos dirigidos aos operadores das empresas do sector dos alimentos para animais:
- o Esclarecimento técnico n.º 03/DGAV/2021 sobre a Utilização de ácidos orgânicos e seus sais em água de bebida para animais;
- e o Esclarecimento técnico n.º 04/DGAV/2021, sobre Enquadramento legal de cânhamo (Cannabis sativa L.) e produtos à base de cânhamo em alimentos para animais.
Fonte: DGAV
O presidente do Conselho Mundial da Água, Loic Fauchon, questiona o excesso de agricultura intensiva na Península Ibérica, e diz sobre a gestão da água que “todos somos responsáveis porque todos somos consumidores”.
Em entrevista à Agência Lusa, Loic Fauchon admite que há uma preocupação em relação à falta de água no sul da Península Ibérica, onde os dirigentes há muito estão a tomar medidas, mas avisa: “Também devemos questionar o uso excessivo da produção agrícola intensiva, consumindo massas de água que se vão esgotando gradualmente”.
E na questão da falta de água é preciso cuidado em apontar responsáveis, já que na verdade “somos todos responsáveis, porque se a maioria não é produtora de água, somos todos consumidores”, disse Loic Fauchon, presidente do Conselho Mundial da Água desde 2018 e antigo presidente da Companhia de Abastecimento de Água de Marselha.
“E é isso que importa para que o planeta permaneça habitável – cabe aos humanos mudar. Não o oposto”, acrescenta.
Loic Fauchon lembra que o clima sempre mudou, que há agora uma aceleração provocada pela ação humana, com maior pressão demográfica, com mais produção de alimentos e elevação dos padrões de vida, que emitem mais gases com efeito de estufa e consomem mais água doce. Mas avisa: O clima não deve ser o bode expiatório dos erros de comportamento humano.
Ainda assim, com ou sem culpas do clima, o presidente do Conselho Mundial da Água afirma-se preocupado com a falta de água em regiões do mundo como o Corno de África (Somália, Etiópia, Quénia), Médio Oriente e zona envolvente, bem como o Magrebe. Mas refere Marrocos para dizer que o país segue há mais de 20 anos uma política de reservatórios que hoje permite fazer face ao crescimento demográfico.
E o que é preciso fazer para combater a escassez de água? Loic Fauchon é taxativo: “produzir mais e consumir menos e todos os dias afirmar que o direito à água, coletivo e individual, é um direito acessível a todos”.
O responsável não tem também dúvidas de que a água, como o ar, são bens comuns da humanidade.
“A decisão de garantir água, de compartilhá-la, cabe às autoridades de políticas públicas. Privatizar a água seria vender os recursos hídricos ao setor privado. Tem havido raras tentativas, principalmente na Inglaterra e no Chile, e as populações, com razão, não as aceitaram”, diz, sublinhando que um Estado, ou município, pode contratar uma empresa privada para administrar uma estação de tratamento, ou construir novas redes de água. Mas as “decisões e os preços” têm de ficar “totalmente sob a autoridade pública”.
Loic Fauchon é um dos participantes no ENEG, que é organizado a cada dois anos pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) e que é considerado o maior evento do setor a nível nacional.
De terça a quinta-feira, em Vilamoura, o ENEG 2021 tem este ano como tema “Dificuldades na Gestão da Água e a Emergência Climática: mudanças necessárias”, sendo a sessão de abertura presidida pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
De acordo com um comunicado da organização serão feitas 218 comunicações (o maior número alguma vez registado num ENEG), distribuídas por 12 temas.
Serão debatidas questões como, além das alterações climáticas, a economia circular, a transição digital e cibersegurança, a inovação, o abastecimento de água, as águas residuais e pluviais, ou a legislação e regulação do setor.
E serão também debatidas as perdas de água, o valor da água enquanto serviço público essencial, ou uma visão do setor para 2050, além de serem atribuídos vários prémios, um deles para melhor projeto de adaptação às alterações climáticas, e outro para a melhor comunicação do valor da água.
Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, preside à sessão de encerramento. Mas no ENEG estarão também nomes representando as principais entidades do setor, professores e investigadores.
Fonte: Greensavers
A par da problemática ambiental gerada pelos materiais plásticos, importa ter em atenção que o consumo de micro-plásticos, resultante de materiais deficientes, inadequados e com taxas de migração fora dos limites de segurança, é prejudicial à saúde Humana e Animal.
No que respeita aos materiais plásticos destinados ao contato com alimentos, estes só podem ser fabricados com substâncias que foram avaliadas e autorizadas de acordo a lista da União Europeia de substâncias autorizadas, conforme previsto no Regulamento (UE) 10/2011 e o seu fabrico têm de estar de acordo com o Regulamento (CE) nº1935/2004. No entanto, alguns desses materiais de plástico têm sido vendidos no mercado da União Europeia contendo bambo (moído ou em “farinha”) e outros aditivos vegetais (farinhas de milho, arroz, cânhamo, entre outros), que não estão autorizados. A colocação no mercado de plástico contendo esses aditivos é, portanto, ilegal.
| O uso de bamboo e outros materiais vegetais triturados não autorizados em materiais de plástico destinados a entrar em contato com alimentos pode representar um risco para o consumidor. |
A presença de aditivos de bambo promove a degradação acelerada de certos plásticos, resultando a migração dessas substâncias do plástico para os alimentos. Por exemplo, em alguns materiais plásticos de melamina aos quais foi adicionado aditivo de bambo, verificou-se que o plástico degrada-se e a melamina e o formaldeído gerados podem migrar para os alimentos em quantidades que excedem os limites de segurança (designado: LME’s - Limites de Migração Específicos) estabelecidos no Regulamento (UE) 10/2011 .
Há um risco acrescido para o consumidor dado que, quando colocados no mercado, estes materiais são frequentemente apresentados como “naturais”, “100% bambo“, “ecológicos”, “recicláveis” ou mesmo “biológicos “ (nota que os materiais destinados a entrar em contato com os alimentos estão fora do âmbito do Regulamento (CE) n.º 834/2007 e não podem ostentar o logótipo biológico da União Europeia). Estas alegações induzem claramente em erro os consumidores, em especial os consumidores ambientalmente conscientes, que creem estar a comprar algo que acreditam ser sustentável e alternativa aos materiais plásticos.
| Algumas alternativas supostamente sustentáveis aos materiais plásticos, são na verdade feitas de plástico, onde o bambo ou outros aditivos vegetais são adicionados apenas como enchimento (para dar volume e/ou forma). |
A ASAE, enquanto Autoridade Competente do Controlo Oficial dos Géneros Alimentícios atua ao logo de toda a cadeia alimentar, através do Plano Nacional de Fiscalização da ASAE (PNFA). Ao abrigo Regulamento (UE) nº 2017/625, e enquanto ponto de contacto nacional, junto da Comissão Europeia, para o combate à Fraude Alimentar, a ASAE está a participar, desde maio de 2021, na execução do Plano de Controlo Coordenado (CCP Bamboo-Zling (link: https://ec.europa.eu/food/safety/agri-food-fraud/eu-coordinated-actions/bamboo-zling_en). Este plano irá decorrer até ao fim do corrente ano e que tem como objetivo garantir a segurança do consumidor no âmbito dos materiais para contacto com alimentos e assegurar a retirada do mercado de materiais e objetos de “melamina/bamboo” destinados a entrar em contacto com alimentos não seguros.
Fonte: ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou, nas últimas semanas, uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, com o objetivo de verificar o cumprimento das regras estabelecidas para a atividade de restauração e bebidas, de forma a garantir a proteção dos consumidores com foco na confeção de sushi e outros pratos nos quais os produtos da pesca não se apresentem totalmente cozinhados.
O facto de estas refeições serem alteradas e incluírem ingredientes que são ingeridos crus, aumenta o potencial de risco ao qual os consumidores estão sujeitos, tornando premente assegurar o cumprimento de todos os requisitos de higiene e segurança alimentar e uma adequada análise dos perigos, bem como o controlo dos pontos críticos.
Como balanço da ação, assinala-se a fiscalização de 60 operadores económicos, tendo sido instaurados 25 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações, a inexistência de processo ou processos baseados nos princípios do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos), a violação dos deveres gerais da entidade exploradora do estabelecimento de restauração e bebidas e a falta de mera comunicação prévia, entre outras, tendo ainda sido determinada a suspensão de atividade de 5 estabelecimentos, maioritariamente por violação dos deveres gerais da entidade exploradora do estabelecimento de restauração e bebidas.
A ASAE, enquanto órgão de polícia criminal e autoridade de fiscalização de mercado, continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos e na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública para os consumidores.
Fonte: ASAE
No passado dia 15 de novembro realizou-se a Cerimónia de entrega de Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos, na qual a Águas do Algarve foi galardoada com três distinções: o Prémio de Excelência do Serviço de abastecimento público de água 2020, o Selo de Qualidade para o Uso Eficiente da Água 2020 e o Selo de Qualidade do Serviço de Abastecimento Público de Água 2020.
A iniciativa é organizada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), em parceria com o jornal Água&Ambiente, e tem como propósito premiar as entidades gestoras que prestam serviços de abastecimento de águas e saneamento de águas residuais, pelo seu bom desempenho.
Para a Águas do Algarve, são conquistas “que muito nos orgulham e que só são possíveis graças ao empenho e dedicação de todos os nossos funcionários”, afirma a empresa em comunicado.
Fonte: Greensavers
A Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez forneceu, entre setembro e novembro, 730 quilogramas de carne de raça cachena a quatro agrupamentos escolares, ao abrigo do programa municipal de valorização de produtos e produtores locais, foi hoje divulgado.
Contactado hoje pela agência Lusa, a propósito do apoio de 24 mil euros, aprovado pela Câmara de Arcos de Valdevez para fornecimento daquela carne aos refeitórios escolares, durante o letivo 2021/2022, o presidente da Cooperativa Agrícola, José Carlos Gonçalves explicou que desde o início das aulas, em setembro, e até este mês, foram entregues um total de 730 Kg de carne daquela espécie.
Típica do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), a carne de vaca Cachena tem Denominação de Origem Protegida desde 2002, sendo criada, de “forma extensiva, o mais natural possível, no Solar da Raça Cachena, em plena liberdade, em pastos de alta montanha”.
A vaca Cachena da Peneda é a mais pequena raça bovina portuguesa e uma das mais pequenas do mundo. O animal atinge uma altura máxima de 110 centímetros e sobrevive ao frio nas serras da Peneda, Soajo e Amarela, no Parque Nacional na Peneda-Gerês (Norte de Portugal).
A aquisição daquela carne para os refeitórios dos agrupamentos escolares começou no ano letivo passado.
“No ano letivo 2019/2020, o fornecimento começou em abril e prolongou-se até julho. No total, foram entregues aos estabelecimentos de ensino cerca de 740 Kg de carne cachena”, afirmou José Carlos Rodrigues.
A Cooperativa Agrícola, que representa 2.500 criadores de Arcos de Valdevez e do município vizinho de Ponte da Barca, produzem por ano “cerca 500 animais” daquela espécie.
Além de fornecer as escolas do concelho, “a produção da Cooperativa agrícola destina-se aos talhos da região, sendo que ao abrigo de uma parceria com a PEC Nordeste, empresa em Penafiel, do Grupo Agros, que opera no apoio à produção pecuária nacional, na criação, abate, desmancha e comercialização de animais, a carne cachena é distribuída em várias zonas do país”.
José Carlos Gonçalves destacou a importância do apoio da autarquia “na promoção da carne de uma raça que estava praticamente em extinção”.
“Não temos muitos animais, mas queremos preservar a raça endógena. Até aos cinco meses os animais andam soltos na serra, depois é que vêm para os estábulos porque caso contrário a carne seria muito dura. Na serra deslocam-se muito. É como um jogador de futebol. Depois de andar na serra a carne é muito musculosa e, por isso, tem de estar nos estábulos uns meses no estábulos, com alimentação própria, para estabilizar e a carne ficar macia”, explicou.
Em comunicado hoje enviado às redações, a Câmara de Arcos de Valdevez informou que na última reunião do executivo municipal foi aprovada a renovação do protocolo de colaboração entre o município, a Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez, o Agrupamento de Escolas de Valdevez, a Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Agrupamento de Escolas de Valdevez e a Uniself, para dar continuidade ao fornecimento de carne de cachena aos refeitórios escolares.
Esta medida “está enquadrada no Programa de Valorização dos Produtos e Produtores Locais – “Terras do Vez – Sabores e Tradições”, implementado pela autarquia.
O “município e os seus parceiros pretendem promover, valorizar e divulgar os produtos locais, bem como melhorar a qualidade e o valor nutricional das refeições servidas aos alunos do agrupamento de escolas de Valdevez”.
A medida “foi elogiada pela pelo Ministério da Educação, através da Direção Geral da Educação e Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, e pela DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária, do Ministério da Agricultura”.
Aquelas entidades “entendem que é um projeto inovador e uma iniciativa amiga do ambiente, promotora da economia local e a carne Cachena um produto local com uma pegada ecológica mais baixa e cultural, pois valoriza e promove tradições e saberes ancestrais, económica, já que contribui para a dinamização da produção e do comércio local, bem como contribui para melhorar a qualidade das refeições escolares”.
Esta raça é explorada em regime extensivo, por vezes quase semisselvagem e é atualmente parte “integrante do património genético de Portugal”.
Fonte: Agroportal
Investigadores do Centro Mundial de Inovação, em França, desenvolveram uma solução que, tendo por base extratos de algas, permite reduzir as emissões de metano libertadas pelos ruminantes e, ao mesmo tempo, aumentar a produção de leite.
Numa visita ao Centro Mundial de Inovação (CMI) do grupo Roullier, instalado há seis anos em Saint-Malo, uma cidade portuária no noroeste de França, o diretor de investigação em nutrição animal do centro, explicou à Lusa que a redução das emissões de metano passa, sobretudo, “pela adaptação da flora ruminal dos animais”.
A par da adaptação da flora ruminal, a redução do metano (gás com poderoso efeito de estufa) passa também pela “diminuição de determinadas estirpes”, como os protozoários.
“Estamos a desenvolver alguns princípios ativos que, recorrendo a extratos de algas, permitem reduzir a emissão de metano e ter um efeito positivo no incremento da produção de leite”, afirmou Philippe Dumargue.
Segundo o investigador, a solução tem “um duplo interesse”: reduzir o metano e aumentar a produção de leite, “tornando o produto interessante do ponto de vista do agricultor”.
O produto, desenvolvido há cerca de quatro anos e já patenteado pelo CMI, foi testado em laboratório e junto de produtores daquela região francesa.
“Conseguimos uma redução da emissão de metano entre os 17 e 20%, dependendo do tipo de arraçoamento”, observou, esclarecendo que alguns tipos de arraçoamento provocam mais acidez no organismo dos ruminantes, como os arraçoamentos à base de concentrados (rações).
Philippe Dumargue salientou ainda que atualmente, um ruminante que produza menos ou mais leite “emite sempre metano” e que por esse motivo, o desafio passa por reduzir a sua emissão por litro de leite.
“Se um ruminante produz determinada quantidade de metano, o nosso objetivo é que produza mais leite, emitindo menos metano”, afirmou.
Além da solução desenvolvida para a redução das emissões de metano, a equipa de investigação em nutrição animal do CMI está também a trabalhar num produto que visa reduzir o amoníaco libertado pelos dejetos e urina destes animais.
Apesar do amoníaco proveniente dos dejetos e urina não contribuir diretamente para as alterações climáticas, quando misturado com o solo converte-se em óxido nitroso, o terceiro gás mais poluente do planeta (apenas superado pelo metano e pelo dióxido de carbono).
Nesse sentido, a solução desenvolvida do CMI, que assenta numa espécie de pó, é espalhada nos estábulos e fossas com o objetivo de “estabilizar” a libertação deste gás para a atmosfera, assim como de proteger os animais, uma vez que tem “implicações” para as suas vias nasais.
“Ao estabilizarmos este gás na matéria orgânica, também tem um valor fertilizante porque ao aplicarmos ao solo, as terras vão beneficiar deste gás que não é libertado e é aproveitado para as pastagens”, acrescentou Philippe Dumargue.
Neste momento, os investigadores do CMI estão, no âmbito de um projeto, a concentrar esforços na Bretanha, região que tem 60% da produção de suínos de França.
Fonte: Agroportal
A Europa já assiste às consequências das alterações climáticas e os países do sul devem preparar-se para verões mais quentes, secas mais frequentes e maior risco de incêndios, adverte um relatório hoje publicado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).
A agência publicou um relatório interativo sobre os “riscos climáticos em mutação na Europa”, que oferece uma visão geral das mudanças mais relevantes em termos de riscos climáticos, passadas e projetadas, nas diversas regiões europeias, e que visa servir também de ferramenta para os decisores políticos, na avaliação de riscos e nos “preparativos necessários” de estratégias de adaptação.
Começando desde logo por sublinhar que “as alterações climáticas devidas às atividades humanas são agora inegavelmente responsáveis por um aumento dos eventos climáticos extremos na Europa”, fazendo eco das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas, a agência europeia enfatiza que as principais ameaças variam de região para região, propondo-se então oferecer uma panorâmica detalhada, pois esta “ameaça crescente” exige diferentes respostas.
Assim, entre as principais conclusões, a AEA adverte que o sul da Europa enfrentará verões cada vez mais quentes, secas mais frequentes e um aumento do risco de incêndios, até porque a precipitação anual e as chuvas de verão têm tendência a diminuir.
Observando que o número de “noites tropicais” (com uma temperatura mínima noturna de pelo menos 20 graus centígrados) aumentou em toda a Europa, o relatório antecipa que “o sul da Europa pode experimentar até 100 noites tropicais por ano até ao final do século, num cenário de altas emissões”.
Com os “dias quentes”, com temperaturas superiores a 30 graus centígrados, a aumentarem em toda a Europa, o documento aponta que “o número de dias quentes na Europa pode quadruplicar até ao final do século num cenário de altas emissões, com os maiores aumentos absolutos no sul da Europa”.
Por outro lado, “o número de dias com risco elevado de incêndios deverá aumentar na Europa, em particular sob um cenário de altas emissões”, e, “de longe, os valores absolutos mais elevados e os maiores aumentos são projetados para o sul da Europa”, prossegue a agência.
Num dos mapas interativos disponibilizados pela AEA, constata-se que o Alentejo é uma das regiões europeias que apresenta uma média de dias anuais de risco alto de incêndio mais elevada, superada apenas pela ‘vizinha’ Extremadura, em Espanha.
Relativamente à seca, o relatório projeta “aumentos substanciais” da sua magnitude no sul da Europa, advertindo que no pior cenário (de aumento de emissões) esta pode mesmo “triplicar até ao final do século”, e aponta que o nível de humidade do solo “diminuiu significativamente” no sul da Europa.
Já no norte do continente “a precipitação anual e a precipitação intensa são suscetíveis de aumentar”, enquanto na Europa central “é provável que as chuvas de verão diminuam”, mas ocorram “precipitações mais intensas, inundações fluviais, secas e riscos de incêndio”, aponta o relatório.
Por outro lado, a agência projeta um aumento da temperatura da superfície do mar, das ondas de calor marinhas e da acidez da água “em todos os mares regionais europeus”, advertindo que “a subida do nível do mar está a acelerar em todas as costas europeias, com exceção do norte do Mar Báltico”.
Fonte: Agroportal
A Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR – European Week for Waste Reduction, em inglês) realiza-se já na próxima semana, entre 20 e 28 de novembro, e tem com principal objetivo sensibilizar a população para o problema dos resíduos, focando-se nos três R’s de Redução, Reutilização e Reciclagem.
A 13.ª edição da iniciativa tem como tema principal “Comunidades Circulares”, com o qual se pretende destacar o papel das comunidades na prevenção da produção de resíduos. Como explica a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “Se um cidadão pode contribuir de forma positiva na redução de resíduos, uma comunidade pode mudar padrões de produção e de consumo na sociedade”.
No âmbito da iniciativa são criadas várias atividades de sensibilização para a temática, que passam por ações de apanha de lixo, webinars, workshops, entre muitas outras. As ações são registadas no site da EWWR, facilitando o seu conhecimento e divulgação ao público. De momento já não é possível inscrever uma atividade, no entanto, é possível ficar a conhecer as ações programas para a semana em cada um dos países inscritos.
Se tem interesse em participar, consulte as ações programadas para sua região no site.
Fonte: Greensavers
O Governo Regional dos Açores vai levar os alunos das escolas a explorações agrícolas, num projeto que pretende aproximar as crianças e jovens do setor e mostrar que “o leite não nasce nos supermercados”.
“Temos um mundo infinito de produções agropecuárias que podem contribuir para que os Açores se desenvolvam e é nesse sentido que pretendemos mostrar às crianças que o leite não nasce nos supermercados e que a carne não nasce nos talhos, há um conjunto de fileiras produtivas, do mesmo modo que há um conjunto de fileiras que se podem desenvolver”, adiantou o secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, citado numa nota de imprensa.
Os secretários regionais da Educação e da Agricultura assinaram hoje, em Angra do Heroísmo, um protocolo de colaboração para o desenvolvimento de atividades de promoção de literacia sobre a agricultura e a floresta.
O objetivo da iniciativa, que vai chegar a todas as escolas da região, é despertar o gosto pela agricultura e pelas florestas e aproximar as crianças e jovens do setor.
“Este protocolo pretende sensibilizar e formar os jovens desde tenra idade para as questões agrícolas nos Açores”, afirmou António Ventura.
O titular da pasta da Agricultura salientou que existem “muitas possibilidades de autoemprego e de criação de riqueza” na agropecuária, alegando que o setor pode “combater o despovoamento e fixar jovens”.
“A educação é um tema base no desenvolvimento de qualquer atividade económica e nos Açores um dos grandes pilares, de facto, é a agropecuária e nós precisamos voltar a criar atratividade para esta área de produção”, apontou.
Os técnicos da secretaria regional da Agricultura vão disponibilizar material informativo às escolas, para que a sensibilização possa ser feita na sala de aula, mas também estão previstas visitas aos serviços de desenvolvimento agrário e a explorações agrícolas, para promover um contacto direto dos alunos com o setor.
“Vamos retirar as crianças e jovens das escolas e vamos colocá-los mais de perto com a atividade agrícola, porque nada como um contacto de proximidade para haver uma outra valorização do setor”, explicou a secretária regional da Educação, Sofia Ribeiro.
Segundo a titular da pasta da Educação, a iniciativa pretende sensibilizar para a importância de uma “alimentação de qualidade”, mas também para “a sustentação do solo, a sustentabilidade ambiental e até mesmo a qualidade do desenvolvimento económico e social das ilhas”.
“É preciso que os alunos estejam despertos para a agricultura, que se contraponha e se acabe com alguma desinformação que às vezes passa sobre a qualidade dos nossos alimentos e sobre a agricultura, construindo-se, junto das escolas, materiais que potenciem esse trabalho”, defendeu.
Fonte: Agroportal
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