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A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) deu um parecer científico favorável a uma variedade de colza geneticamente modificada para ser tolerante a herbicida.

Segundo os resultados da avaliação científica realizada pelo Painel de Organismos Geneticamente Modificados da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), a colza 73496, desenvolvida para conferir tolerância ao glifosato, não apresenta riscos de segurança alimentar em humanos ou animais.

A avaliação foi feita na sequência de um pedido de aprovação para uso desta variedade de colza em alimentos e rações, importação e processamento dentro da União Europeia. Segundo o Painel de OGM da EFSA, “não foram identificados riscos de segurança em relação à toxicidade e alergenicidade da proteína GAT4621 expressa na colza 73496” e “não foram encontradas evidências de que a modificação genética mudaria a alergenicidade geral da colza 73496. O Painel conclui que a colza geneticamente modificada é tão segura quanto a variedade convencional e as variedades de referência não transgénicas testadas.

Mais informações aqui.

Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia

De acordo com o Regulamento dos Novos Alimentos (Regulamento (UE) 2283/2015), os insetos são um novo alimento pelo que requerem uma autorização de comercialização da Comissão Europeia para serem colocados no mercado.

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) autorizou o consumo de sete espécies de insetos, introduzindo Portugal no período de transição da União Europeia. Até ao momento, tinha sido apenas aprovada pela União Europeia a colocação das larvas desidratadas da espécie Tenebrio molitor, também conhecidas por Larvas-da-farinha, no mercado.

De acordo com o comunicado publicado pela DGAV, “No âmbito do artigo 35º – medidas transitórias – do Regulamento 2283/2015, relativo a novos alimentos, é possível comercializar insectos que cumpram as seguintes condições: 1. Terem sido legalmente colocado no mercado, num país da EU, antes de 1 de janeiro de 2018; 2. Ter sido apresentado um pedido de autorização de colocação no mercado, para esse inseto, como novo alimento ou alimento tradicional de país terceiro, antes de 1 de janeiro de 2019.”

Assim, podem ser produzidas, comercializadas e utilizadas na alimentação portuguesa, as seguintes espécies inteiras (mortas) ou moídas (como por exemplo, em farinha): o grilo-doméstico (Acheta domesticus) larva de buffalo (Alphitobius diaperinus), larvas da abelha-europeia (Apis mellifera male pupae), grilo-raiado (Gryllodes sigillatus) gafanhoto-do-deserto (Schistocerca Gregaria), gafanhoto-migrador (Locusta migratória) e, claro, a Larva-da-farinha (Tenebrio mollitor).

A DGAV alerta ainda para o facto de que alguns insetos podem causar alergias, “especialmente para quem sofre de alergia a marisco”. “É importante que os consumidores sejam claramente informados na rotulagem e na comercialização, que um alimento contém insetos e de que espécie são”, referem.

Fonte: Greensavers

A UNESDA – Soft Drinks Europe, que representa a indústria de bebidas refrigerantes na Europa, anunciou um novo compromisso de reduzir em mais de 10% a média de açúcares adicionados em bebidas refrigerantes, entre 2019 e 2025, em toda a UE-27 e no Reino Unido.

Isso representará uma redução geral de 33% na média de açúcares adicionados nas últimas duas décadas, com base nas metas anteriores de redução de açúcar, que a indústria alcançou de 2015 a 2019 (redução média de 14,6%) e de 2000 a 2015 (redução média de 13,3%).

PROBEB

A PROBEB – Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas, enquanto membro da UNESDA, tem desenvolvido a sua atuação em linha com estes objetivos apoiada pela indústria de refrigerantes. No âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), alinhado com a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), a PROBEB assinou, em maio de 2019, com a APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), o compromisso sectorial de reformulação no qual já se comprometiam, até 2022, com a redução de 10%, em média ponderada, do teor de açúcar na categoria de bebidas refrigerantes. No final de 2019, a indústria já tinha reduzido 11,4%, valor acima da meta estabelecida.

Já antes, em 2016, a PROBEB assumiu, perante o Ministério da Saúde, o compromisso monitorizado de reduzir em 25%, no mínimo, o teor calórico dos refrigerantes, entre 2013 e 2020. Entre 2013 e 2019, foi alcançada uma redução de 30,5%.

Indústria

Por ocasião do seu 63.º aniversário, a UNESDA promove, agora, a nível europeu novos e melhorados compromissos de saúde e nutrição, tendo por objetivo continuar a ajudar os europeus a gerir a ingestão de açúcares adicionados. “Num momento de evolução das preferências do consumidor e de aumento das expectativas de saúde pública, estes compromissos são o contributo da indústria para que uma escolha mais saudável se torne numa escolha fácil, enquadrados na Estratégia Farm to Fork da União Europeia e do seu código de conduta para negócios e práticas de marketing responsáveis“, pode ler-se no comunicado.

A indústria de refrigerantes cumprirá este novo compromisso continuando a adotar uma ampla gama de ações aceleradas, incluindo a reformulação de receitas para reduzir os açúcares, mantendo o seu sabor. Além disso, continuará a inovar para desenvolver novos produtos sem ou com baixas calorias, com diferentes níveis de doçura, e irá continuar a promover bebidas sem açúcar e com baixo teor de açúcar/calorias, de forma a encorajar a escolha do consumidor em relação a esses produtos.

Fonte: Grande Consumo

O período de tempo (cada vez maior) "a navegar" expõe a população continuamente à publicidade de alimentos, que em geral são pouco saudáveis", lê-se num comunicado da DGS.

Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde (DGS) lançaram esta terça-feira um apelo à ação para proteger as crianças de ambientes digitais promotores da obesidade, aproveitando, por outro lado, a presença digital para melhorar o acesso a uma alimentação saudável.

A “Lisbon Call to Action — Para proteger as crianças dos ambientes alimentares obesogénicos” é lançada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia e surge depois de uma conferência organizada em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para a região europeia que debateu o tema.

“Compram-se cada vez mais alimentos pela Internet (supermercados online e food delivery apps), procura-se informação sobre alimentação saudável em plataformas digitais e o período de tempo (cada vez maior) “a navegar” expõe a população continuamente à publicidade de alimentos, que em geral são pouco saudáveis“, lê-se num comunicado da DGS esta terça-feira divulgado.

“O mundo digital parece estar a modificar o consumo alimentar, o comportamento de compra e de preparação de alimentos. As poderosas estratégias de marketing que emergiram no contexto digital, a utilização frequente das ‘food delivery apps’ e o risco acrescido de desinformação no que toca à alimentação saudável, são algumas das principais ameaças que se colocam ao combate à obesidade”, acrescenta-se.

As autoridades destacam também as oportunidades que os ambientes digitais proporcionam, com ferramentas que permitem monitorizar a oferta e o consumo de alimentos e que “podem ser essenciais para o planeamento e monitorização das políticas públicas para a prevenção da obesidade“.

O apelo à ação é dirigido a governos, famílias, organizações da sociedade civil, produtores de conteúdos digitais e especialistas em marketing, mas também às empresas do setor alimentar.

“Aos governos pede-se ação para reduzir a exposição das crianças ao marketing digital de alimentos não saudáveis; aos pais e famílias pede-se para reconhecerem os riscos associados à excessiva exposição das crianças aos ecrãs, procurando encorajar a sua redução; às escolas e toda a comunidade escolar pede-se colaboração no sentido de contribuírem para o aumento da literacia digital e mediática das crianças e jovens e aos operadores económicos do setor agroalimentar e marketeers pede-se o compromisso de não publicitarem alimentos de má qualidade nutricional para crianças. São apenas alguns exemplos”, refere a DGS.

Fonte: Observador

A China conseguiu erradicar a malária, depois de 70 anos a tentar suprimir a doença, transmitida por mosquitos e que mata centenas de milhares de pessoas todos os anos, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país, que tinha 30 milhões de casos anuais na década de 40 do século passado, não registou um único caso local, nos últimos quatro anos.

Esta doença, transmitida pelo mosquito Anopheles, matou mais de 400 mil pessoas, em 2019, sobretudo em África.

“Felicitamos o povo chinês por ter livrado o país da malária”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A China junta-se ao número crescente de países que mostram que um futuro sem malária é possível”, apontou o responsável, que atribuiu o êxito chinês a “décadas de ação focada e sustentada”.

Os países que registaram três anos consecutivos sem transmissão local podem inscrever-se para obter a certificação da OMS que valida o seu estatuto de nação livre da malária. O pedido de certificação deve ser acompanhado com provas dos resultados, e demonstrar a capacidade de prevenir qualquer transmissão posterior.

A China é o 40.º território a obter esta validação da agência da ONU. Os últimos foram El Salvador (2021), Argélia e Argentina (2019) e Paraguai e Uzbequistão (2018).

A China é o primeiro país da região do Pacífico Ocidental, na nomenclatura da OMS, a receber esta certificação em mais de 30 anos. Apenas três países daquela região receberam a certificação até agora: Austrália (1981), Singapura (1982) e Brunei (1987).

No relatório de 2020 sobre a malária, a OMS constatou que os avanços na luta contra a doença estagnaram, sobretudo nos países africanos, que apresentam as maiores taxas de contaminação e morte. Após um declínio constante, desde 2000, quando a doença causou 736 mil mortes, o número de mortos subiu a 411 mil em 2018, e 409 mil em 2019. Mais de 90% das mortes ocorreram em África e foram sobretudo crianças (265 mil). Em 2019, houve 229 milhões de casos de malária, patamar que se mantém há quatro anos.

Pequim começou na década de 1950 a identificar os locais onde havia casos de malária e a combatê-la com tratamentos antimaláricos preventivos, observou a OMS. O país também eliminou áreas favoráveis à criação de mosquitos e aumentou o uso de inseticidas nas residências.

Em 1967, a China lançou um programa científico para encontrar novos tratamentos e que levou à descoberta, na década de 1970, da artemisinina, o principal medicamento contra a doença, extraído de uma planta. O número de casos caiu para 117 mil, no final de 1990, e as mortes foram reduzidas em 95%. Esforços adicionais, realizados em 2003, permitiram reduzir para cerca de 5.000 contaminações por ano, em dez anos.

“A capacidade da China de se aventurar fora do caminho tradicional foi bem-sucedida na sua luta contra a malária e também teve um importante efeito dominó a nível global”, disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso.

Depois de quatro anos sem contaminação local, Pequim candidatou-se à certificação, em 2020.

O risco de casos importados, especialmente dos vizinhos Laos, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname, continua a ser uma fonte de preocupação.

Uma vacina, anunciada no final de abril pela Universidade de Oxford, demonstrou uma eficácia de 77% em testes em África. Esta inoculação poderá ser aprovada nos próximos dois anos.

Fonte: Observador

A União Europeia (UE) vai levantar a proibição à alimentação animal feita de restos de animais, que foi inicialmente introduzida face ao risco de casos de encefalopatia espongiforme bovina (BSE na sigla em inglês), vulgarmente conhecida como doença das vacas loucas, avança o The Guardian. A medida tem como propósito permitir que as proteínas de suíno baratas sejam alimentadas às galinhas por receios de que os agricultores europeus sejam subcotados por padrões mais baixos noutros países.

A alteração dos regulamentos entra em vigor em agosto, na sequência de uma última tentativa de uma coligação de eurodeputados, liderada pelos Verdes, que pretendia acabar com a política. O regulamento já foi aprovado pelos estados-membros da União Europeia, com exceção da França e da Irlanda que se abstiveram.

A Comissão Europeia informou os eurodeputados, numa nota vista pelo The Guardian, de que não havia qualquer risco para a saúde de permitir que: as proteínas provenientes de suínos e insetos fossem alimento para as aves de capoeira; a alimentação de porcos fosse feita com proteínas animais processadas (PAP) de galinha; ou que fosse utilizada a gelatina e colagénio de ovinos e bovinos na alimentação de outros animais de produção. A proibição da utilização de PAP na alimentação de vacas e ovinos e da “reciclagem intra-espécie” continuará em vigor.

“As normas internacionais incluem apenas uma proibição de alimentos ruminantes para ruminantes”, escreveu a comissão. “A proibição de alimentar todos os animais de produção com proteínas animais não pode ser imposta às importações para a UE. A proposta contribui para combater uma discriminação para com os produtores da UE que devem respeitar a proibição total dos alimentos para animais, enquanto os de países terceiros apenas aplicam uma proibição de alimentos para animais ruminantes”, concluiu a entidade europeia.

Recorde-se que inicialmente, em 1994, a proibição cingia-se apenas à utilização de proteínas animais processadas (PAP) a partir de mamíferos na alimentação de bovinos e ovinos. Em 2001, para evitar contaminação cruzada, a proibição foi estendida a todos os animais de produção.

Fonte: Agroportal

Na Argentina, uma rede de confeitarias e uma empresa de biotecnologia juntaram-se para fabricar produtos com trigo transgénico. O trigo foi geneticamente modificado para ser resistente à seca e é o primeiro no mundo a ser aprovado para comercialização.

Na sequência do acordo entre a empresa biotecnológica argentina Bioceres Crop Solutions e um fabricante de ‘alfajores’ (biscoitos latino-americanos cada vez mais populares), os consumidores argentinos e brasileiros vão poder comprar produtos à base de trigo geneticamente modificado.

Em outubro de 2020, a Argentina tornou-se o primeiro país a adotar o trigo transgénico HB4 tolerante à seca para produção e consumo, depois de dez anos de testes de campo que mostraram um aumento da produtividade em até 20% durante os meses de cultivo afetados pela seca.

Mais informações aqui.

Fonte: CiB - Centro de Informação de Biotecnologia

O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, alertou ontem, na última reunião do Conselho da União Europeia a que presidiu para um possível incidente diplomático com a Noruega, devido à redução unilateral das possibilidades de pesca, nomeadamente de bacalhau.

Em conferência de imprensa, no final da reunião, Serrão Santos disse que os ministros das Pesca da UE se debruçaram "sobre um assunto muito delicado e que pode a curto prazo trazer complicações graves a nível diplomático", que é o das possibilidades de pesca na Noruega e Svalbard, um arquipélago entre este país e o Polo Norte.

"A Noruega ameaça apresar os navios da UE logo que seja atingida a quota fixada unilateralmente e de forma indevida por aquele país e que se traduz em cerca de menos 10 mil toneladas do que é histórico", salientou.

"Os ministros alegam que a Comissão deve utilizar todos os instrumentos de que dispõe para impedir que a Noruega leve a cabo as ações pretendidas levar a cabo contra os navios da União e acreditam que a Comissão será capaz de ultrapassar a complexa situação e modo a permitir aos pescadores europeus a continuarem as suas atividades naquele pesqueiro sem complicações.

Em 23 de março, Serrão Santos tinha já assinalado que Portugal perdeu 437 toneladas de bacalhau (293 em águas exclusivas da Noruega e 144 em Svalbard) este ano face a 2020, com uma quota de 2.607 toneladas de bacalhau em águas da Noruega e de 2.274 toneladas na área de Svalbard.

A Noruega alega que a UE concedeu a si própria uma quota de 28.431 toneladas de bacalhau na zona de proteção dos peixes em torno de Svalbard, cerca de 10.000 toneladas acima do que Oslo tinha fixado para a UE.

O Governo norueguês considerou que a concessão pela UE de quotas na zona de proteção das pescas em redor de Svalbard viola os direitos soberanos da Noruega de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e ameaçou apresar os navios do Estados-membros se estes ultrapassarem a respetiva quota.

Fonte: RTP

A indústria alimentar do Reino Unido está a enfrentar um verão difícil. A falta de trabalhadores significará grande escassez de alimentos, começando nas quintas e terminando nas cozinhas dos restaurantes.

A indústria alimentar começa a perceber as graves consequências da falta de mão-de-obra decorrente da crise de saúde provocada pela Covid-19 e pelo Brexit. À medida que o país reabre as suas fronteiras após a pandemia, o déficit de produção é mais acentuado, aproximando-se da sua capacidade máxima.

Falta de mão-de-obra

A falta de mão-de-obra atinge todos os elos da cadeia produtiva. A pecuária não encontra trabalhadores e o sector da distribuição mal consegue contratar novos transportadores, uma situação que coloca em risco o fluxo de abastecimento de produtos alimentares.Por sua vez, o sector da carne viu-se obrigado a reduzir a produção e o sector hoteleiro não dispõe de pessoal suficiente para responder à procura crescente.

Shane Brennan, que dirige a Federação da Cadeia de Frio, explicou à Bloomberg que “já se estão a ver prateleiras vazias, em algumas partes da cadeia de abastecimento de alimentos, em supermercados e em hotéis, bares e restaurantes. Isso vai continuar, por isso, vamos ver escassez intermitente durante todo o verão“.

Essa carência começou com o Brexit, que limitou o fluxo de trabalhadores da União Europeia, e o problema intensificou-se durante a pandemia, quando milhares de pessoas de diferentes países deixaram o Reino Unido. De acordo com as estatísticas oficiais, cerca de 50 mil pessoas deixaram o país durante o segundo trimestre do ano passado. No entanto, agora que a economia britânica começa a abrir, essa força de trabalho não está a voltar.

Subida no preço dos produtos

O aumento dos preços das “commodities” e as interrupções logísticas decorrentes do Brexit e do bloqueio do Canal de Suez causaram uma alta nos preços dos alimentos.

Por outro lado, os produtos frescos, como frutas e vegetais, têm sido particularmente afetados, devido ao desperdício por não haver transportadores para distribuí-los a tempo, um problema que está a levar os retalhistas a terem que encontrar produtos fora das suas fronteiras, voltando-se para a Europa.

O sector alimentar responsabiliza o novo sistema de imigração, implementado com o Brexit, pela situação. Esse sistema prioriza os trabalhadores mais qualificados, o que dificulta que alguns sectores, como a hotelaria e a agricultura, garantam a mão-de-obra de que precisam. A oferta online de empregos, na maioria dos sectores,  aumentou 10 vezes, desde maio de 2020. O sector dos restaurantes, por exemplo, passou de 15,4% das ofertas de empregos para 140,4%.

Fonte: Grande Consumo

Esta utilização – defendida pela FAO (ONU) desde 2013 – tem vindo a ser limitada pela regulamentação europeia. Desde a sua criação em 2018, que a Portugal Insect definiu este como um dos seus principais desígnios. Até hoje, viveu-se uma situação de alguns países da UE que autorizam o consumo de insetos e outros que o impediam, gerando um cenário de concorrência que entendemos contrário aos princípios da UE.

Recentemente, no entanto, um acórdão do Tribunal Europeu de Justiça veio trazer alguma clareza adicional sobre o tema e consequentemente, Portugal passou a reconhecer a legalidade da utilização de insetos em alimentação humana.

Com efeito, já a FAO, no seu paper “Edible insects: future prospects for food and feed security” (2013), sugeria a utilização dos insetos como fonte de proteína animal, com larga vantagem sobre aquelas a que os consumidores ocidentais estão mais familiarizados (vaca, porco e frango).

Com este reconhecimento, Portugal fica assim mais próximo dos Estados-membros da UE onde esta colocação no mercado já era possível. Poderemos por isso, muito em breve, ver produtos enriquecidos com insetos, na prateleira do supermercado.

Dá-se assim um primeiro passo para a construção de um novo setor económico, que se pretende inovador, gerador de emprego e riqueza.

Mais informação aqui.

Fonte: Agroportal