Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   em@il: qualfood@idq.pt

Arrancou em agosto, mas a areia e o sal do mar intrometeram-se na mensagem. É por isso que agora, na rentrée e quando a vida tende para a normalidade, a campanha europeia da EFSA (autoridade para a segurança alimentar) ganha novo fôlego e prolonga-se por mais duas semanas, pelos menos.

A importância da mensagem que ficou perdida nos dias de verão ditou este alongar de posts nas redes sociais, que fazem a exaltação da Ciência, numa época em que ela precisa tanto de massagem ao ego. O tema aqui pode não ser as vacinas anti-Covid, mas é também pertinente lembrar que temos o sistema alimentar mais seguro do mundo e que duvidar dele a partir de um país privilegiado da Europa é fazê-lo de barriga cheia, para usar um termo relacionado com a comida.

Por cá, a ASAE, a autoridade nacional para a segurança alimentar, escolheu tratar temas como a utilidade dos aditivos alimentares, a importância de ler os rótulos, os perigos da acrilamida ou a fascinante diversidade das abelhas. Estes conteúdos têm sido divulgados em diversas plataformas digitais, sempre com a assinatura #EUChooseSafeFood.

O target principal da mensagem anda na casa dos 25-45 anos. “Queremos dizer aos pais que podem fazer as suas escolhas saudáveis para as crianças sem qualquer receio, que estejam tranquilos que as autoridades estão atentas, que comam frutas e legumes da época, pois os resíduos tóxicos foram analisados pelos peritos”, exemplifica Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora geral da ASAE, responsável pela implementação da campanha no País.

A informação mais completa e detalhada poderá ser encontrada no site nacional da campanha europeia, sempre com a garantia de um perfil ligeiro, simples e objetivo.

Esta campanha, explica a subinspetora geral da ASAE, surge 20 anos depois da criação da EFSA e da general food law e na sequência de um inquérito ao setor para aferir a forma como os stackholders olhavam para a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar. Resultado? Ninguém lhe dava a devida importância e, muitas vezes, a culpa é da forma intrincada como se passa a mensagem.

“Já existe um novo regulamento de transparência e sustentabilidade para ir de encontro às conclusões do inquérito e esta campanha é o primeiro balão de ensaio. Pretende-se que ela restitua a confiança nos consumidores, mostrando que tudo o que é feito na Europa, nesta matéria, tem a Ciência por trás”, explica Filipa Melo de Vasconcelos.

“Protegemos o consumidor do prado ao prato, desde a fiscalização dos resíduos tóxicos na produção, ao controlo dos aditivos alimentares até à rotulagem dos alergénicos”, conclui. Depois, ainda há um alerta rápido no caso de se detetar risco num determinado género alimentício – nessa caso, faz-se a sua recolha imediata do mercado. Para que o perigo se aproxime o mais possível do zero, graças à Ciência.

Fonte: Visão

O Governo britânico vai negando: não, nada disto tem que ver com o Brexit. Os que ainda não esqueceram o referendo que afastou o Reino Unido da União Europeia não têm dúvidas: é precisamente essa decisão que está a causar a falta de combustíveis e produtos perecíveis que se está a começar a fazer sentir com mais frequência no país - é que, sem pessoas para trabalhar na agropecuária e na agricultura e sem pessoas para transportar materiais perigosos em poucos dias, a escassez começa a ver-se nas prateleiras dos supermercados.

Muitos empresários e representantes dos sectores dos transportes e alimentação criticam o Governo britânico por não ter conseguido antever o facto de que as novas regras do Brexit iriam deixar de permitir a entrada livre de europeus - que eram a principal força de trabalho em alguns sectores com grande necessidade de trabalhadores menos qualificados. Para o Governo britânico, a culpa é mesmo da pandemia.

"O problema é mundial e seguramente [existe] em toda a Europa. Na verdade, o Brexit ajudou a encontrar algumas das soluções", argumentou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, à BBC, no início da semana passada. O ministro referiu que as alterações feitas recentemente para aumentar o número de exames de condução para veículos pesados, reduzindo algumas formalidades ou eliminando requisitos técnicos, "não poderiam ter sido feitas na UE". Na mesma entrevista, Shapps disse que a pandemia é “a principal razão” para estes atrasos. Por outro lado, a pandemia impediu a formação de muitos condutores britânicos, pelo que a falta de europeus ainda se fez sentir mais.

ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL COM PROBLEMAS

Alguns postos de gasolina no Reino Unido foram forçados a fechar. A BP disse na quinta-feira, citada pelo “Guardian”, que cerca de 100 das suas bombas de gasolina estavam com falta de pelo menos um tipo de combustível, com várias forçadas a fechar totalmente devido à falta de entregas. A Esso também informou que alguns dos seus postos de abastecimento, que funcionam adjacentes à cadeia de supermercados Tesco Express, foram afetados.

Brian Madderson, presidente da Associações dos Revendedores de Combustível, disse à Associated Press que dois terços dos seus 5500 membros relataram ter ficado sem combustível durante o fim de semana. Membros do exército estão a ser treinados para o transportes de combustíveis mas Madderson ainda não recebeu do Governo qualquer data indicativa para o início dos turnos destes soldados.

Durante o fim de semana, vídeos aéreos mostraram na televisão e nas redes sociais as enormes filas nas bombas de gasolina de todo o país - o que, por sua vez, levou ainda pessoas a procurar abastecer os seus veículos. Rod McKenzie, da Associação de Transportadores do Reino Unido, acusou o Governo de “liderar por inércia”. Citado pelo "Guardian", acrescentou que uma forma de resolver o problema seria atribuir “vistos sazonais” para motoristas estrangeiros. Uma solução que muitos sectores, não só o dos transportes de mercadorias, têm repetidamente endereçado ao Governo do primeiro-ministro, Boris Johnson.

No sábado o Executivo acabou por ceder: vão ser emitidos 5000 vistos temporários, cuja vigência acaba na véspera de Natal. Tão rápida quanto a decisão foi a crítica: muitos empresários já vieram dizer que vistos específicos para a época de Natal e apenas destinados a um sector não são a solução duradoura de que a cadeia de abastecimento britânica precisa. Além disso, Grant Shapps já tinha dito, numa carta ao deputados, que não defende o colmatar de lacunas laborais com "mão de obra estrangeira".

UM MILHÃO DE EMPREGOS POR PREENCHER

Um relatório recente da consultora Grant Thornton concluiu que há quase um milhão de vagas no Reino Unido. Metade destas vagas encontra-se nos sectores de restauração, hotelaria e entregas, indústrias que nas últimas duas décadas dependeram fortemente da força de trabalho da UE.

O mesmo relatório revelou que 1,3 milhões de trabalhadores que deixaram o Reino Unido quando a pandemia começou e ainda não regressaram. “A hipótese de que as cadeias de abastecimento de alimentos possam chegar ao ponto de rutura é real”, lê-se no estudo. Isto porque as falhas afetam todas as etapas da produção: da pessoa que apanha a fruta até à pessoa que serve a sobremesa feita com essa fruta. Por isso, dizem os críticos, mesmo que se encontre forma de levar o combustível às bombas de gasolina, é pouco provável que isso resolva o problema das fábricas de processamento de carne, do retalho, da assistência social, principalmente a idosos, do sector da limpeza, lares e até de empresas como a Amazon - todos estão a competir para conseguir contratar pessoas por salários relativamente baixos, para tarefas que não exigem de quem as venha a executar habilitações académicas específicas.

“AS PESSOAS QUE COSTUMÁVAMOS TER AQUI A DEPENAR E EMBALAR OS NOSSOS PERUS JÁ NÃO PODEM ENTRAR”

O Reino Unido pode enfrentar uma “escassez nacional” de perus no período que antecede o Natal, causada pela falta de mão de obra após o Brexit, disse também à Associated Press a diretora da Associação de Produtores Tradicionais de Peru, Kate Martin.

As pessoas que comprarem perus nas pequenas quintas perto de onde vivem, e que funcionam como negócios familiares, possivelmente não terão problema em guarnecer a mesa do tradicional peru com nozes, arandos e outros recheios, mas, segundo Martin, “as prateleiras dos supermercados provavelmente vão ver-se mais vazias”. Os membros da associação de Martin receberam até agora cinco vezes mais pedidos do que no mesmo período do ano passado.

E não é apenas a mão de obra em si: o dióxido de carbono para atordoar os animais para abate e o gelo seco para manter os produtos frescos também está a faltar.

“A razão de estarmos a viver todos esses problemas é inteiramente por causa do Brexit e nada mais”, disse ao “Business Times” Paul Kelly, dono de uma das principais quintas de produção de peru em Essex, no sudeste de Londres. “As pessoas que costumávamos ter aqui a depenar e embalar os nossos perus já não podem entrar.”

O principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, não tem feito uma forte oposição ao Governo porque a palavra ‘Brexit’ adquiriu a força de uma maldição. Mas Andrew Adonis, membro das Câmara dos Lordes e um dos mais ferozes defensores da UE dentro dos trabalhistas, escreveu recentemente no seu blogue que não consegue entender a posição do seu partido: “É inacreditável que uma organização que se apelida ‘oposição’ não possa opor-se ao estado de coisas porque não se atreve a mencionar a palavra ‘Brexit’.

Fonte: Expresso

Campanha Nacional - "Reciclar no sentido certo"

  • Tuesday, 28 September 2021 09:54

Já conhece o destino certo para os equipamentos elétricos e eletrónicos que já não funcionam?

 A ASAE associa-se às autoridades competentes - Agência Portuguesa do Ambiente e a Direção-Geral das Atividades Económicas, que em colaboração com as três entidades gestoras de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) licenciadas a nível nacional, lançam uma campanha com o mote “Reciclar no sentido certo”.  

Faça também parte desta campanha nacional e dê o sentido certo aos seus resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos garantindo assim o seu encaminhamento para a reciclagem. Dê um sentido certo aos seus comportamentos ambientais. 

Mais info em: www.reciclarnosentidocerto.pt 

Fonte: ASAE

A Friends of Glass Portugal, plataforma de consumidores que defende a utilização de embalagens de vidro e a sua reciclagem, apresenta os primeiros resultados do estudo independente “Hábitos de Consumo e Reciclagem dos Portugueses”. Em termos ambientais, o vidro é o material de embalagem preferido de 66,5%, muito à frente do plástico (13%) e da lata/alumínio (11%).

Dos 22,5% para quem o impacto ambiental das embalagens ainda não é uma prioridade, 67% admite ter outras preocupações, como o preço ou a comodidade, e 35% nunca pensou no impacto ambiental das embalagens dos produtos que consome.

É por isso que a Friends of Glass visa aumentar a consciência ambiental dos portugueses, na tomada de decisões de compra mais responsáveis. Para este efeito, realiza, desde 2019, campanhas de comunicação em Portugal, com o objetivo de promover o consumo de produtos embalados em vidro, o único material fabricado com matérias primas 100% naturais, que não prejudica a saúde nem o ambiente e que pode ser reciclado infinitas vezes.

Hábitos de reciclagem de vidro

O hábito de reciclar vidro é já uma rotina para a maioria dos portugueses, sendo que 78% dos que reciclam fazem-no numa base semanal. De notar que 81% dos portugueses que separam e reciclam as suas embalagens de vidro usadas fá-lo por questões ambientais.

Para Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem), estes resultados “revelam o impacto do trabalho de consciencialização desenvolvido pela associação e outras entidades, no sentido de promover um estilo de vida que inclua o vidro como opção de eleição em termos de embalagem, por três motivos principais: sustentabilidade da reciclagem, saúde e sabor. Ainda há um longo caminho a percorrer para atingir os objetivos definidos para o país, mas estes resultados reforçam sem dúvida a nossa confiança“.

Um hábito necessário

Outros motivos indicados pelos portugueses para reciclar passam pelo facto de terem um vidrão à porta de casa (43%) e por uma questão de organização doméstica (22%). Já dos portugueses que ainda não reciclam, a maioria (49%) admite não ter as condições ideais, em casa em termos de organização e espaço para separar os resíduos, e 36% não tem ecoponto próximo.

Em relação a estes dados concretos, Beatriz Freitas evidencia, contudo, que “não podemos esquecer que a reciclagem dos resíduos que produzimos tem que ser vista como uma necessidade e não de acordo com a nossa comodidade. A taxa de reciclagem do vidro é de 52% em Portugal, muito abaixo do ideal, ou seja, apenas cinco em cada 10 embalagens de vidro são recicladas. Para cumprir com as metas definidas para o nosso país, precisamos de chegar a 70%, em 2025 ,e a 75%, até 2030“.

Questionados sobre o que os motivaria a reforçar os seus hábitos de reciclagem, 52% dos portugueses refere ser necessária mais informação sobre boas práticas, dicas de separação dos resíduos, horários e locais de recolha e 42% indica ainda que ter pontos de recolha mais próximos seria relevante.

Fonte: Grande Consumo

Portugal, que é o oitavo maior produtor olivícola do mundo, deve registar uma “produção recorde” de 150 mil toneladas de azeite na campanha de 2021/2022, revelou hoje a maior associação nacional do setor.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares do Sul, com sede em Beja, adiantou que a campanha “arranca a 15 de outubro” e, tendo em conta dados do Instituto Nacional de Estatística e do portal Pordata, é esperada “uma produção recorde de 150 mil toneladas de azeite” em Portugal.

No caso do Alentejo, responsável por “85%” do azeite produzido no país, é igualmente esperada uma produção “recorde” na nova campanha, acrescentou à Lusa o diretor executivo da Olivum, Gonçalo Almeida Simões.

A produção de azeite no Alentejo pode chegar “às 20 toneladas por hectare”, disse.

Segundo a Olivum, para esta previsão contribuíram “uma floração que decorreu sem problemas”, a “pluviosidade em quantidade certa” e a “quase ausência de pragas”.

A produção esperada “é uma conjugação concertada do crescimento do setor, da tecnologia de precisão aplicada ao setor e das boas condições edafoclimáticas neste ano”, reforçou Gonçalo Almeida Simões.

O responsável argumentou ainda que o setor “está no ‘top’ dos rankings em termos de sustentabilidade ambiental”, dada a “reduzida utilização de água”, uma “diminuta aplicação de fitofármacos” e um “relevante sequestro de carbono”.

Portugal é atualmente o oitavo maior produtor nacional de azeite em todo o mundo, sendo o olival moderno “responsável por 80% da produção nacional de azeite”.

O país é ainda o primeiro no mundo “em termos de qualidade”, ao produzir “95% de azeite virgem e virgem extra”, à frente dos Estados Unidos da América, Espanha e Itália, acrescentou a associação.

No comunicado, a Olivum lembrou que Portugal “garante desde 2014 a sua autossuficiência em azeite” e que as exportações “têm crescido de forma marcada nos últimos anos”.

Em 2020, as vendas de azeite para o estrangeiro representaram “cerca de 600 milhões”, existindo “a perspetiva de superação deste valor” este ano.

O investimento no setor olivícola em Portugal “permitiu passar de 80 mil toneladas em 2014 para 135 mil toneladas de azeite produzido em 2019”, indicou ainda a associação.

“As empresas a atuar são maioritariamente portuguesas” e conseguiu-se “atrair investimento direto estrangeiro de países como Espanha, Inglaterra, Chile, Arábia Saudita, Suíça ou Dinamarca”, acrescentou.

A Olivum, que diz ser “a maior associação portuguesa” do setor, representa 100 associados, 300 explorações e 14 lagares, num total de 42 mil hectares de exploração agrícola no Alentejo e Ribatejo.

Fonte: Agroportal

O Destacamento de Controlo Costeiro de Matosinhos da GNR apreendeu na sexta-feira mais de uma tonelada de sardinha, no porto de pesca do concelho, por se desconhecer a sua “origem e rastreabilidade”, foi comunicado.

Em comunicado, a GNR esclarece que, no âmbito de uma ação de fiscalização, os militares detetaram, no porto de pesca de Matosinhos, “três recipientes contendo cerca de 1.090 quilos de sardinha, não sendo possível apurar a sua origem e rastreabilidade, constituindo assim um perigo para a saúde pública”.

No seguimento da ação foi identificado o mestre da embarcação, um homem de 48 anos, e elaborado o respetivo auto de contraordenação por falta de rastreabilidade.

A ação de fiscalização realizada na sexta-feira pela Unidade de Controlo Costeiro foi destinada ao controlo das regras de captura, desembarque, comercialização e regime legal da primeira venda de pescado fresco.
Fonte: Greensavers

Na sequência da confirmação de novos de novos focos de serotipo 4 do vírus da língua azul noutros concelhos do Alentejo, e em Abrantes, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, foram definidas como áreas afetadas pelo serotipo 4, a região do Alentejo e o Distrito de Santarém.

As Medidas de Controlo foram determinadas no Edital nº 58, de 24/9/2021 sobre Febre Catarral Ovina/Língua Azul.

Fonte: DGAV

A Comissão Europeia deu por encerrado o procedimento de autorização de colocação no mercado da União, como novo alimento, de insetos da espécie Schistocerca gregaria, sem que estes tenham sido incluídos na lista da União dos novos alimentos autorizados, uma vez que o pedido não cumpria os requisitos estabelecidos no artigo 10.º, n.º 2, do Regulamento (UE) 2015/2283 e nos artigos 3.º e 5.º do Regulamento de Execução (UE) 2017/2469.

Uma vez que o processo agora terminado era o único pedido de autorização para colocação no mercado, para esta espécie de inseto, antes de 1 de janeiro de 2019, este inseto deixa assim de cumprir as condições para que possa estar colocado no mercado ao abrigo das medidas transitórias, estipuladas no artigo 35º do Regulamento 2283/2015.

Desta forma a lista de insetos que podem estar colocados no mercado ao abrigo das medidas transitórias é agora atualizada.
Pode consultar a lista atualizada aqui

Fonte: DGAV

A partir do próximo dia 01 de novembro, apertam as restrições ao uso de produtos de plástico. Esta sexta-feira, foi publicado em Diário da República o diploma que transpõe parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva europeia relativa à redução do impacto de determinados produtos de plástico no ambiente.

A lista de produtos de plástico de utilização única que passam a estar proibidos inclui cotonetes; talheres (garfos, facas, colheres, pauzinhos); pratos; palhinhas; agitadores de bebidas; varas para balões; recipientes para alimentos como caixas, com ou sem tampa, sejam para take away, seja para consumir no local; recipientes para bebidas e copos, incluindo as respetivas tampas.

Mas há outras metas a cumprir até 2030. A partir de 1 de janeiro de 2022, por exemplo, "nos pontos de venda de produtos a granel, é obrigatória a disponibilização aos consumidores de alternativas reutilizáveis para acondicionamento de produtos de panificação, frutas e produtos hortícolas, ou, quando tal não for possível, alternativas feitas de um único material que não seja plástico". 

E "com vista a alcançar uma redução ambiciosa e sustentada do consumo dos produtos de plástico de utilização única", o Governo estabelece como objetivo a redução de 80% do consumo de plásticos de utilização única até 31 de dezembro de 2026, tendo por base os números de 2022. Até 31 de dezembro de 2030, a redução deverá ascender a 90 %, tendo mais uma vez como base de comparação o ano de 2022.

Para que as metas sejam cumpridas, os estabelecimentos que usam este tipo de materiais "para o fornecimento de refeições prontas a consumir, em regime de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio", serão obrigados, a partir de 1 de janeiro de 2024, "a disponibilizar alternativas reutilizáveis aos seus clientes, mediante a cobrança de um depósito a devolver aquando do retorno das embalagens". 

Segundo o diploma, "todos os utensílios que visam servir e/ou auxiliar no consumo de alimentação ou de bebidas vendidas para consumo no local são obrigatoriamente reutilizáveis, ou seja, concebidos para múltiplas utilizações". 

Excetuam-se os estabelecimentos em "contexto clínico, ou hospitalar com especiais indicações clínicas", bem como as "instalações geridas pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais sempre que, por razões clínicas ou de ordem e segurança, se justifique". 

A partir da mesma data, também as máquinas de venda automática que fornecem refeições ou bebidas "devem possibilitar que os consumidores utilizem os seus próprios recipientes". 

A legislação define também que a partir de 1 de julho de 2024 "só podem ser colocados no mercado os recipientes de plástico de utilização única para bebidas com capacidade inferior a três litros, ou seja, recipientes utilizados para conter líquidos, como garrafas e embalagens compósitas para bebidas, incluindo as suas cápsulas e tampas se essas cápsulas e tampas permanecerem fixadas aos recipientes durante a fase de utilização prevista do produto". 

Há ainda objetivos para a incorporação de plástico reciclado nas garrafas para bebidas. A partir de 1 de janeiro de 2025, deve ser assegurado um objetivo mínimo de 25%. A meta aumenta para 30% a partir de 1 de janeiro de 2030. 

O calendário da guerra ao plástico inclui também metas para a recolha seletiva de garrafas. Até 31 de dezembro de 2025, deve ser assegurada a "recolha seletiva de, pelo menos, 77 %, em peso, das garrafas de plástico colocadas no mercado", inclindo cápsulas e tampas. Até 31 de dezembro de 2029, a fasquia sobe para 90%.

Pode consultar o diploma aqui.

Fonte: DRe/ Jornal de Negócios

Os hábitos de reciclagem dos portugueses estão a mudar e as escolhas na hora das compras, também. O recente estudo “Hábitos de Consumo e Reciclagem dos Portugueses” da Friends of Glass Portugal revela que mais de 77% dos Portugueses já se preocupam com o impacto ambiental das suas embalagens, e que a sua grande preferência são as embalagens de vidro.

Por outro lado, o plástico e o alumínio/lata são as menos utilizados, sendo apenas a preferência de 13% e 11% dos consumidores, respetivamente.

Por outro lado, os 22,5% dos inquiridos para quem o impacto ambiental das embalagens ainda não é uma prioridade, 67% admite ter outras preocupações como o preço ou a comodidade, e 35% nunca pensou nessa perspetiva relativamente aos produtos que consome.

Quando questionados relativamente ao hábito de reciclar vidro, é notório que se trata já de uma rotina para a maioria dos portugueses. 78% dos que reciclam fazem-no numa base semanal, e 81% dos portugueses que separam e reciclam as suas embalagens de vidro usadas, admitem fazê-lo por questões ambientais. Outras das razões apontadas são o facto de terem um vidrão à porta de casa (43%) e por uma questão de organização doméstica (22%)

Para Beatriz Freitas, Secretária-Geral da Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem (AIVE), estes resultados “revelam o impacto do trabalho de consciencialização desenvolvido pela associação e outras entidades, no sentido de promover um estilo de vida que inclua o vidro como opção de eleição em termos de embalagem, por 3 motivos principais: sustentabilidade da reciclagem, saúde e sabor. Ainda há um longo caminho a percorrer para atingir os objetivos definidos para o país, mas estes resultados reforçam sem dúvida a nossa confiança”, refere.

Já dos portugueses que ainda não reciclam, a maioria (49%) admite não ter as condições ideais em casa em termos de organização e espaço para separar os resíduos e 36% não tem um ecoponto nas proximidades da sua habitação. Posta a questão sobre o que os motivaria a aumentar e reforçar os seus hábitos de reciclagem, 52% dos inquiridos referem ser necessária mais informação sobre boas práticas, dicas de separação dos resíduos, horários e locais de recolha e 42% indicam que ter pontos de recolha mais próximos seria relevante.

Em relação a estes dados, Beatriz Freitas evidencia que “não podemos esquecer que a reciclagem dos resíduos que produzimos, tem que ser vista como uma necessidade e não de acordo com a nossa comodidade. A taxa de reciclagem do vidro é de 52% em Portugal, muito abaixo do ideal, ou seja, apenas 5 em cada 10 embalagens de vidro são recicladas. Para cumprir com as metas definidas para o nosso país, precisamos de chegar a 70% em 2025 e a 75% até 2030”, relembra.

Fonte: Greensavers