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Um inquérito europeu divulgado esta quinta-feira revela que 87% dos portugueses inquiridos acreditam que se deve consumir alimentos mais amigos do planeta, mas 79% consideram que as opções sustentáveis são demasiado caras.

Além disto, 78% indicam que estas opções nem sempre são fáceis de identificar e encontrar nos supermercados, o que justifica que apenas 66% acreditem que sabem como comprar sustentável.

O inquérito foi realizado no âmbito do projeto Eat4Change, em antecipação do Dia Mundial da Alimentação celebrado a 16 de outubro, pela ANP|WWF.

Estas conclusões são também sentidas nos restantes países europeus onde o inquérito foi realizado: os cidadãos têm interesse em comer de forma mais sustentável, mas carecem de conhecimentos sobre como comprar e consumir alimentos sustentáveis.

Os portugueses inquiridos mostram-se preocupados com os impactos ambientais causados pelos alimentos produzidos e consumidos em grande escala como a poluição (94%), a perda de biodiversidade (94%), a destruição de habitats (93%), o aquecimento global (94%) e as alterações na qualidade de lagos, rios e oceanos (94%).

Estas preocupações foram partilhadas a nível europeu, embora as médias de percentagens rondem entre os 77% e os 80%.

O estudo partilha que estes possuem pouco conhecimento sobre o impacto da produção alimentar em grande escala e hábitos de consumo na saúde do planeta, para além das dietas individuais.

Enquanto a nível europeu, 52% dos inquiridos considerarem que os alimentos que produzimos e consumimos têm um impacto negativo sobre o ambiente, esse número sobe para 65% em Portugal.

“Estamos num sistema claramente em desequilíbrio que reflete o sistema económico desigual. O equilíbrio alimentar tem impactos na saúde pública, ambiental e até económica. O ser local, sazonal e mediterrânico não é oco e faz falta”, destacou a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa na apresentação da iniciativa internacional

O Eat4Change tem como principal público-alvo jovens entre os 15 e 35 anos, pretende promover hábitos alimentares sustentáveis que contribuam de forma positiva não apenas para a saúde dos cidadãos, mas também para o planeta.

Estes hábitos passam por combater o desperdício alimentar e sobretudo por comer mais produtos de origem vegetal, alimentos certificados, diversificados e de origem local e sazonal, em detrimento de carne e alimentos processados.

“O nosso objetivo é que, daqui a cinco anos, os portugueses comam de forma diferente” para ter “uma melhor saúde mental e física”, bem como “uma melhor natureza”, afirmou a diretora executiva da ANP|WWF, Ângela Morgado.

O projeto procura também trabalhar em conjunto com empresas e autoridades para que sejam adotadas práticas de produção e consumo mais sustentáveis.

Financiada pelo programa da Comissão Europeia Development Education and Awareness Raising (DEAR), a iniciativa arrancou em maio 2020 e terminará em abril de 2024, sendo coordenada pela WWF Finlândia.

O Eat4Change está a ser implementado em conjunto com doze parceiros: ANP|WWF, AIESEC, WWF European Policy Office, Estonian Fund for Nature, Fundación Vida Silvestre Argentina e vários escritórios da WWF (Áustria, Bélgica, Brasil, França, Grécia, Reino Unido e Suécia).

O inquérito foi realizado entre fevereiro e março de 2021 na Áustria, Bélgica, Suécia, França, Grécia, Portugal, Finlândia, Estónia e Reino Unido. Responderam 11.439 pessoas e todos os países foram ponderados para serem igualmente representados no total europeu combinado.

Fonte: ECO

Um grupo de investigadores descobriu um gene que poderá aumentar o tempo de vida do tomate, sem sacrificar o seu sabor. A investigação envolveu o Boyce Thompson Institute (BTI), a Universidade de Cornell, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) e a Universidade de Zhejiang.

A investigação, liderada pelo investigador do BTI, Jim Giovannoni, investigou o genoma do tomate (Solanum lycopersicum) para procurar genes envolvidos no amolecimento da fruta, mas não na maturação de frutas. O BTI explica, em comunicado, que o resultado foi a identificação do S. lycopersicum lateral organ boundaries (SlLOB1), que regulavam uma ampla gama de genes relacionados com a parede celular e processos de amolecimento de fruta.

“Até agora, quase todos os fatores de transcrição que o meu laboratório identificou no tomate estão envolvidos no controlo global do amadurecimento”, disse Jim Giovannoni. “O SlLOB1 é interessante porque regula principalmente os genes envolvidos no amolecimento da parede celular e outras mudanças texturais do fruto”, considerou.

Presença de SILOB1 no lóculo e pericarpo

“As primeiras indicações de amadurecimento ocorrem no lóculo, mesmo antes de o fruto começar a mudar de cor ou produzir etileno que o ajuda a amadurecer”, explicou ainda. Por esta razão, a equipa procurou uma base de dados de expressão de genes de tomate para fatores de transcrição que eram altamente expressos no lóculo. Também procuraram genes com expressão elevada no pericarpo – a parede exterior do fruto – na premissa de que era suscetível de expressar fatores de transcrição específicos de amolecimento. Em ambos os tecidos, altos níveis de SLOB1 coincidiram com o amadurecimento.

Nas plantas vivas de tomate, a equipa descobriu que a expressão inibidora do SlLOB1 resultou num abrandamento do amadurecimento e em frutos mais firmes, enquanto a sobreexpressão do gene acelerou o processo de amadurecimento.

Efeitos da inibição do SILOB1

A investigação descobriu ainda que a inibição da expressão SlLOB1 não teve qualquer efeito no processo de maturação: os tomates amadureceram nos seus tempos normais. Os níveis de fruta dos açúcares e ácidos não foram inalterados, sugerindo que “do ponto de vista do sabor, os frutos provavelmente se mantiveram inalterados”, disse o líder da investigação, embora reconheça que o estudo não incluiu testes de sabor. “O que mudou foi a textura dos frutos; permaneceram mais firmes mais tempo e amoleceu mais tarde”, explicou.

“Se encontrarmos variantes genéticas SlLOB1 que retardam o amadurecimento, os agricultores podem introduzi-las em variedades comerciais para produzir tomate de alta qualidade e com bom sabor que não se tornam muito macios antes que o consumidor os leve para casa”, concluiu.

O abrandamento retardado induzido pela inibição da expressão SlLOB1 foi associado a uma outra mudança: os frutos eram de cor vermelha mais escura, devido aos níveis mais elevados dos pigmentos betacaroteno e licopeno no lóculo, e licopeno no pericarpo.

“Estes tomates também têm uma qualidade nutricional aumentada porque estes pigmentos são antioxidantes e o seu corpo converte beta-caroteno em vitamina A”, disse Jim Giovannoni.

Os investigadores estão agora a trabalhar para introduzir o SlLOB1 e outros genes em variedades de tomate heirloom e para entender melhor o amadurecimento do tomate.

Fonte: Agroportal

A exportação de Vinho Madeira para a China registou um crescimento de 8% em 2020, face ao ano anterior, indicou hoje o Governo Regional, referindo que foram comercializados 59 mil litros, no valor de 750 mil euros, mais 54%.

“Este significativo aumento em valor foi determinado pela apetência do mercado [chinês] pelas gamas mais elevadas do vinho Madeira”, refere a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural, em comunicado, sublinhando que as restrições inerentes à pandemia de covid-19 não afetaram as exportações para aquele país.

Os dados foram divulgados na sequência de uma prova de vinhos que decorreu na cidade chinesa de Wuhan, na segunda-feira, numa parceria entre o Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) e a Viniportugal, entidade responsável pela organização de provas internacionais de vinhos portugueses.

“A participação do Vinho Madeira neste certame fez-se através das empresas Justino’s Madeira Wines, Henriques & Henriques e Pereira D’Oliveira, as quais se fizeram representar pelos seus importadores daquele país”, indica a secretaria regional.

No comunicado é referido que a China é um “mercado com grande potencial de crescimento para o Vinho Madeira”, pelo que a ação promocional foi de “grande interesse estratégico” para este produto regional.

“Sendo a mesma destinada a profissionais e agentes do setor vínico, contribuiu, deste modo, para uma maior promoção e consequente potencialização de um crescimento sustentado do setor dos vinhos portugueses, no qual se inclui o vinho Madeira, no mercado asiático”, sublinha a secretaria tutelada pelo social-democrata Humberto Vasconcelos, no governo de coligação PSD/CDS-PP.

A ação de promoção do IVBAM na China enquadra-se no Plano Promocional do Vinho Madeira, cofinanciado a 85% através do Programa Operacional Regional da Madeira 2014-2020, sendo o restante suportado pelo Orçamento Regional.

Fonte: Agroportal

Foi publicado o Regulamento de Execução (UE) 2021/1809 da Comissão, de 13 de outubro de 2021, que altera o Regulamento de Execução (UE) 2020/1191 que estabelece medidas para impedir a introdução e a propagação na União do vírus do fruto rugoso castanho do tomateiro (ToBRFV).

As novas normas agora publicadas incluem as medidas que devem ser aplicadas quando confirmada a presença do vírus, e o incremento do nível de amostragem no controlo à importação de semente de tomate e de pimento, passando a serem submetidos a amostragem a totalidade dos lotes de semente que tenham sido produzidos na China e no mínimo 50% dos lotes importados e produzidos em Israel.

O regulamento entra em vigor no próximo dia 3 de novembro.

Fonte: DGAV

Florestas e árvores desempenham um papel importante na resposta à crescente procura mundial de água. Partindo desta evidência, a FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – editou um guia sobre a relação entre floresta e água que vem ajudar decisores e gestores a monitorizar a água em zonas florestais e, a partir daí, a aplicar práticas que favorecem a preservação da quantidade, qualidade e disponibilidade deste recurso natural.

Apresentado pela FAO como a “primeira publicação global abrangente com orientações sobre a contribuição das florestas para uma abordagem holística da gestão dos recursos hídricos”, este guia reforça a importância da relação entre floresta e água num contexto de elevada procura. Por um lado, o crescimento da população mundial leva ao aumento da procura por água. Por outro lado, aumentam os eventos climáticos extremos, com maior risco de ocorrência de secas e falta de água em algumas regiões do planeta.

O documento, intitulado “A Guide to Forest-Water Management”, sublinha que a gestão das florestas em benefício dos recursos hídricos é central para o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e apela à melhoria da gestão florestal, com enfoque na prestação dos serviços do ecossistema relacionados com a água.

O relatório é o resultado da colaboração de várias entidades que se juntaram à FAO, incluindo a União Internacional de Organizações de Investigação Florestal (IUFRO), o Centro de Pesquisa Conjunta (JRC) da Comissão Europeia e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Para os interessados em compreender melhor a relação entre floresta e água, a FAO e o Stockholm International Water Institute produziram também um curso de e-learning.

O manual da FAO faz uma revisão do conhecimento e dos indicadores que comprovam a importância da relação entre floresta e água, assim como das práticas de gestão que podem contribuir para a sustentabilidade dos recursos hídricos em diferentes contextos florestais. Neste percurso para adotar práticas que melhorem a gestão do binómio floresta e água, o guia destaca que tanto as florestas naturais como as florestas plantadas sob gestão sustentável podem trazer um importante contributo para os recursos hídricos, proporcionando, ao mesmo tempo, outras vantagens como a proteção do solo ou a biodiversidade.

Também em foco está a relevância de valorizar a água proveniente das bacias hidrográficas florestadas e o manual destaca os quatro ecossistemas florestais centrais para a quantidade, qualidade e disponibilidade da água: os mangais ou florestas de mangue, as florestas de zonas de turfeira, as florestas tropicais húmidas de montanha e as chamadas florestas de terra firme, ou seja, de zonas não inundadas.

10 factos sobre a relação entre florestas e água destacados pela FAO

1. Estima-se que existam quatro mil milhões de pessoas no mundo com acesso insuficiente a água potável. A maioria vive em áreas com pouca floresta;

2. A procura por água vai aumentar no futuro e prevê-se que, sem alterações no rumo atual, em 2030 haverá um défice global de 40% de água;

3. As bacias hidrográficas florestadas contribuem com 75% da água doce acessível no mundo e fornecem água a mais de metade da população mundial;

4. As florestas têm um importante papel na regulação dos fluxos de humidade atmosférica e dos padrões de chuva, através da evapotranspiração, sendo responsáveis por pelo menos 40% da chuva que cai sobre o solo;

5. Estima-se que a cobertura florestal das principais bacias hidrográficas tenha diminuído de uma média histórica de 67,8% para apenas 30,7%;

6. Das 230 grandes bacias hidrográficas globais que perderam mais de 50% da sua cobertura florestal original, 88% apresentam um risco mais elevado (médio-alto) de erosão, 68% apresentam risco mais elevado de incêndio e 48% têm risco mais elevado de stress hídrico;

7. A perda de floresta a nível global (embora se tenha atenuado nos últimos anos) levou a que o valor estimado dos vários serviços de ecossistema relacionadas com a água (regulação e fornecimento de água, controlo de erosão, habitat, entre outros) tenha diminuído de 50853 mil milhões de dólares em 1997 para 40971 mil milhões de dólares em 2011;

8. A água fornecida a mais de 85% das maiores cidades do mundo depende das florestas;

9. Em média, nas bacias hidrográficas que fornecem água às 100 maiores cidades do mundo a cobertura do solo é maioritariamente composta por floresta (42%), terras agrícolas (33%) e por áreas de matos e pastagens (21%);

10. Estima-se que as medidas de conservação e recuperação do solo – que incluem a proteção da floresta, reflorestação e estabelecimento de sistemas agroflorestais, e/ou a redução das cargas combustíveis – poderão ajudar a reduzir em pelo menos 10% os sedimentos e nutrientes presentes nas bacias hidrográficas, com um potencial para melhorar a qualidade da água utilizada por mais de 1,7 mil milhões de habitantes de grandes cidades.

Desafios na relação entre floresta e água

O novo guia começa por identificar lacunas na informação disponível sobre a relação entre floresta e água, propondo soluções para ajudar a ultrapassá-las. Uma das principais questões prende-se com a dificuldade em conhecer e quantificar as situações em que a gestão da floresta está a beneficiar a água. Isto sucede, em grande medida, devido à falta de métodos de monitorização aplicados e aceites globalmente. Mesmo nos 12% de floresta reportada como sendo gerida com o objetivo de beneficiar a água e o solo (um dado patente no relatório Forest Resources Assessment – FRA 2020) poucos são os detalhes que se conhecem, refere o documento.

A padronização de definições, indicadores e procedimentos para monitorizar as interações entre florestas e recursos hídricos é essencial para compreender e comparar o que está a ser feito no terreno. Esta harmonização facilita também a definição das melhores medidas e práticas a aplicar na relação entre floresta e água.

Além de abordar metodologias, ferramentas e modelos específicos para monitorizar a relação entre floresta e água por deteção remota, como o SEPAL – System for earth observation, data access, processing & analysis for land monitoring, por exemplo, o relatório indica também que a monitorização no terreno continua a ser necessária em duas grandes áreas: para fornecer dados que a deteção remota não consegue ainda recolher e para validar dados recolhidos por via remota ou por estudos documentais.

Referidas são ainda as ferramentas de apoio à tomada de decisão. Ao incluírem e analisarem diferentes indicadores contemplados na relação entre florestas e água, estas soluções podem ajudar os gestores a definir estratégias mais adequadas e sustentáveis. A ferramenta online FL-WES – Forest and Landscape Water Ecosystem Services e o Guia Field Guide for Rapid Assessment of Forest Protective Function for Soil and Water, ambas desenvolvidas pelo FAO, são dois exemplos ilustrativos.

Valorizar os serviços das bacias hidrográficas

A valorização dos serviços do ecossistema é, como referido, outros dos temas focados. Este é, segundo o documento, um ponto de partida para melhorar a gestão das florestas e todos os benefícios que delas advêm, incluindo os relacionados com a água. A atribuição de um valor a estes serviços não é, contudo, tarefa fácil, pelo que importa conhecer estudos, soluções de software e bases de dados que ajudem a determiná-lo: EVRI – Environmental Valuation Reference Inventory, InVEST – Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs e Method Navigator são alguns exemplos referidos.

“Os esquemas de pagamento pelos serviços das bacias hidrográficas (na sigla inglesa PWS – Payment Watershed Schemes) são um mecanismo promissor para a obtenção de benefícios e cooperação entre os sectores florestal e hídrico, especialmente na ausência de estruturas legislativas ou governativas” adianta o relatório, salientando que estes esquemas devem, no entanto, ser vistos como parte de um processo mais abrangente de “governança participativa a nível local”.

Os esquemas de pagamento mais comuns identificados no domínio da relação entre floresta e água passam pelo pagamento de taxas pela água utilizada ou pela definição de parcerias locais que gerem mútuos benefícios. Seja qual for o modelo a adotar, cada PWS deve combinar diretrizes institucionais e regulações locais, práticas de gestão florestal e mecanismos financeiros que permitam transferir fundos dos beneficiários para os fornecedores dos serviços dos ecossistemas. Redes e colaborações público-privadas – com participação de empresas, autoridades locais, organizações técnicas e sociedade civil – são defendidas pela FAO como caminhos a seguir para o sucesso destas abordagens.

Pode consultar o guia aqui.

Fonte: Agroportal

O Instituto Português de Acreditação renovou a certificação do Laboratório de Produtos Vitivinícolas e Bebidas Espirituosas da Madeira, entidade responsável pelo controlo da qualidade físico-química na região demarcada do arquipélago, indicou esta quarta-feira a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

“O estatuto de laboratório acreditado […] permite credibilizar, ainda mais, os resultados emitidos por este laboratório, cuja função primordial é fornecer um serviço com qualidade para os seus principais utilizadores, ou seja, os agentes económicos do setor dos vinhos e das bebidas espirituosas da região”, refere a secretaria em comunicado.

O Laboratório de Produtos Vitivinícolas e Bebidas Espirituosas está integrado no Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), organismo sob a tutela da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

A União Europeia designou este laboratório “responsável oficial” pelo controlo da qualidade físico-química dos produtos oriundos da Região Demarcada da Madeira, ao nível dos setores vitivinícola e das bebidas espirituosas, nomeadamente as Denominações de Origem e Indicações Geográficas ‘Madeira’, ‘Madeirense’, ‘Terras Madeirenses’, ‘Rum da Madeira’ e ‘Poncha da Madeira’.

Tal situação obriga a que o laboratório demonstre regularmente a sua competência técnica a autoridade independente e idónea, que se traduz num processo de acreditação com base num referencial”, é referido no comunicado.

A Secretaria da Agricultura indica que, desde 2000, o Laboratório de Produtos Vitivinícolas e Bebidas Espirituosas do IVBAM é acreditado pelo Instituto Português de Acreditação, com base nas auditorias externas anuais.

Fonte: Observador

O BBTWINS é o mais recente projeto de Ação de Pesquisa e Inovação de Bioindústrias, que vai utilizar a tecnologia de ponta para tornar as cadeias de valor das indústrias da carne e fruta mais eficientes. Com um investimento de 4,7 milhões de euros, o projeto contribuirá para a estratégia da quinta para o garfo (farm-to-fork) da União Europeia, uma componente-chave do Green Deal.

O consórcio integra 13 entidades de 7 países diferentes, destacando-se a presença do CVR – Centro para a Valorização de Resíduos, Centro de Interface Tecnológico situado no Campus de Azurém da Universidade do Minho, o único representante português. Com coordenação do CTIC-CITA, o BBTWINS será executado durante quatro anos (2021-2025).

A tecnologia digital twins vai cobrir casos práticos em Espanha e na Grécia, para produção de carne de porco e pêssego. Estes casos seguirão uma abordagem holística, incluindo uma avaliação ambiental, social e económica, integrando todas as etapas de processamento do farm-to-fork numa única plataforma. Os digital twins desenvolvidos irão integrar tecnologias como inteligência artificial (IA), Internet of Things (IoT) e análise de software, juntamente com blockchain e soluções logísticas estratégicas – criando uma representação clara de como otimizar todas as cadeias de valor.

“A introdução da abordagem de biorrefinaria de resíduos zero em setores tradicionais, como a produção de carne de porco e pêssego, será um grande passo em direção à sua sustentabilidade económica, social e ambiental”, afirma André Ribeiro, Investigador Sénior, CVR.

Sendo o setor agroalimentar um dos principais contribuintes para a economia europeia, torna-se relevante otimizá-lo e aumentar a sua eficiência. Assim, o BBTWINS vem potenciar a luta contra as alterações climáticas, reduzir o desperdício agroalimentar e reforçar a bioeconomia da União Europeia.

Fonte: Greensavers

Espanha superou a Alemanha na produção de suínos (tanto em número de abates como de quantidade de carne produzida), tornando-se assim o principal país produtor na Europa. Estes dados constam do barómetro suíno para o mês de setembro, elaborado pela Organización Interprofesional Agroalimentaria del Porcino de Capa Blanca  (Interporc), e onde é feito um saldo da situação atual do setor a nível global, relata o Portal Veterinaria.

O barómetro refere ainda que os produtores europeus procuram novos destinos para exportação, devido à retirada da China, o que fez com que a concorrência se intensificasse no sudeste asiático, área pela qual os países europeus e americanos competem.

As principais preocupações do setor estão centradas nos custos de produção, principalmente devido ao aumento dos preços dos cereais e da energia. O aparecimento da peste suína africana (PSA) na República Dominicana e no Haiti, assim como a variante delta da covid-19 são outras das preocupações.

A Alemanha, a Dinamarca e a Espanha são os principais concorrentes da Espanha no mercado da carne de porco na Europa. A Europa foi afetada por uma oferta elevada e um abrandamento das exportações para a China, o que fez com que grande parte da produção tivesse de ser comercializada fresca na Europa ou fosse aumentado o stock de carne congelada.

Já na América, os preços mantiveram-se estáveis nos Estados Unidos da América (devido ao consumo interno e às exportações para o México) e no Brasil (continuou a exportar em grande quantidade para a China).

Na China, o preço das carnes grossistas continua a diminuir devido ao seu elevado stock de carne congelada importada, ao aumento da produção nacional, e a uma diminuição do consumo.

Fonte: Agroportal

A contribuição sobre embalagens descartáveis de plástico ou alumínio em refeições prontas vai fixar-se em 0,30 euros no próximo ano, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2022.

“Mantém-se em vigor em 2022 a contribuição sobre as embalagens de plástico ou alumínio de utilização única em refeições prontas”, lê-se no documento que foi entregue, esta segunda-feira, no parlamento.

Segundo a proposta, o Governo fica ainda autorizado a alterar o diploma que altera as normas fiscais ambientais nos setores da energia e emissões, transportes, água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodiversidade.

Esta autorização tem em vista consagrar a contribuição em 0,30 euros por embalagem de utilização única de plástico, alumínio ou multimaterial com plástico ou alumínio em regime de ‘take away’ ou entrega ao domicílio.

A contribuição pode ser revista face à evolução da introdução destas embalagens no consumo e do seu conteúdo em material reciclado.

O executivo deverá também assegurar que os fornecedores não podem criar obstáculos à utilização de recipientes próprios do consumidor.

Metade das receitas desta taxa são destinadas ao Estado, estando a restante percentagem dividida entre o Fundo Ambiental (40%), APA – Associação Portuguesa do Ambiente (5%), AT – Autoridade Tributária (3%), Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (1%) e ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (1%).

A taxa não será aplicada a embalagens utilizadas em contexto social ou humanitário.

O Governo entregou na segunda-feira à noite, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE22), que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.

No documento, o executivo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, “atingindo o valor mais baixo desde 2003″.

A dívida pública deverá atingir os 122,8% do PIB em 2022, face à estimativa de 126,9% para este ano.

O primeiro processo de debate parlamentar do OE2022 decorre entre 22 e 27 de outubro, dia em que será feita a votação, na generalidade. A votação final global está agendada para 25 de novembro, na Assembleia da República, em Lisboa.

O ministro das Finanças, João Leão, apresenta a proposta orçamental hoje, às 09:00, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Fonte: Greensavers

Os botânicos na Universidade da Basileia desenvolveram um modelo para determinar a origem dos alimentos com um custo menor ao método atual. A universidade explica, em comunicado, que, atualmente, para validar a autenticidade é necessário determinar o valor δ18O (delta-O-18) da amostra do produto, que carateriza a relação do isótopo de oxigénio, e compará-lo com dados de outras regiões.

O novo modelo, desenvolvido em colaboração com o Agroisolab Gmb, empresa especializada em análise de isótopos, destina-se a ser utilizado na simulação da relação isótopo de oxigénio em plantas de cada região, eliminando assim a necessidade de uma recolha morosa de dados de referência. Este modelo baseia-se em dados de temperatura, precipitação, humidade e informação sobre a época de crescimento de uma planta, dados disponíveis a partir de bases de dados acessíveis ao público.

O botânico Florian Cueni testou e validou o modelo num conjunto de dados de referência δ18O para morangos recolhidos em toda a Europa ao longo de 11 anos. O estudo de caso mostrou que o modelo pode simular a origem dos morangos com um elevado grau de precisão.

“Com pequenos ajustes nos parâmetros, o nosso modelo pode ser usado para determinar todos os produtos vegetais”, disse o investigador que liderou o projeto, Ansgar Kahmen. Tal permitiria simplificar e acelerar a análise convencional dos isótopos, simulando com precisão as regiões de origem dos géneros alimentícios agrícolas.

Pode consultar o estudo completo, publicado no Scientific Reports, aqui.

Fonte: Vida Rural