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Fundada em 1998, em Viena de Áustria, nesta orquestra os músicos são tão importantes como os designers, cuja função passa por desenhar e criar os instrumentos através de cenouras, cebolas, pimentos, couves, alho-francês, ou seja, todo o tipo de vegetais.

Segundo a BBC, na manhã de cada atuação o grupo visita os mercados locais para comprar os vegetais que vão transformar em instrumentos. Depois de descascados e cortados, duram no máximo seis horas. Tudo o que não usam é transformado em sopa e servido ao público no fim da apresentação.

Ao longo dos anos a “Orquestra Vegetal de Viena” já criou mais de 150 instrumentos e o reportório do grupo conta uma série de géneros musicais, desde música clássica até eletrónica. “Uma das coisas mais fascinante da digressão é aprender como os alimentos são diferentes por todo o mundo. (…) Muitas pessoas pensam que somos uma espécie de cabaré ou que fazemos apenas uma apresentação engraçada. Mas normalmente ficam surpreendidas quando descobrem que há muito potencial sonoro em legumes e verduras e que queremos fazer música realmente interessante com eles.”

O que não é aproveitado para fazer os instrumentos, transforma se numa saborosa sopa servida ao público depois do espetáculo.

Fonte: Geensavers

O óleo de coco é, desde há algum tempo, uma das principais escolhas no que diz respeito a cuidados pessoais, assim como é bastante utilizado em pratos saudáveis, agora um novo estudo veio revelar os impactos negativos deste produto.

Uma equipa de investigadores queria dar mais informações sobre a colheita do coco aos consumidores, mas mesmo estes investigadores ficaram surpreendidos com os resultados obtidos.

O autor principal do estudo, Erik Meijaard, trabalhou na conservação tropical durante quase três décadas, estando muito habituado a estudos sobre o óleo de palma, um produto amplamente reconhecido como nocivo para habitats e animais, assim como a falta de informação sobre outras plantas semelhantes.
“São ambas plantas tropicais que ocupam grandes áreas que antes seriam cobertas por floresta natural”, afirmou. “Por que um acaba por ser o mau e o outro maravilhoso?”

O cultivo de óleo de coco tem sido prejudicial para os ecossistemas e julga-se que seja até responsável pela extinção de alguns animais, incluindo o olho-branco de Marianne (Zosterops mayottensis semiflava), um pequeno pássaro e a temida raposa voadora Ontong Java, encontrada apenas nas Ilhas Salomão.

Outras espécies atualmente ameaçadas pela produção de coco são o társio de Sangihe, um pequeno primata nativo da ilha Sangihe na Indonésia, e o cervo-rato Balabac, que só pode ser encontrado em três ilhas nas Filipinas.

Segundo o estudo, a produção de óleo de coco representa um perigo para 20 espécies ameaçadas de extinção por milhão de litros de óleo produzido, medida-padrão utilizada para estabelecer o nível de destruição causado pela produção.
Comparativamente, o óleo de palma impacta 3,8 espécies por milhão de litros e o óleo de soja impacta 1,3 espécies por milhão de litros.

Outro dado interessante do estudo mostra que as plantações de coco cobrem significativamente menos espaço de terra do que outras culturas de óleo. Por exemplo, em comparação com os 30,4 milhões de acres estimados para os coqueiros, os dendezeiros cobrem 46,7 milhões de acres. O impacto geral é maior, no entanto, com base na Lista Vermelha da IUCN.

O estudo relata que as plantações de coco afetam 66 espécies da lista, incluindo 29 vertebrados, sete artrópodes, dois moluscos e 28 plantas.

Embora esta revelação sobre o óleo de coco possa ser chocante, tem principalmente a intenção de ser informativa para os consumidores. “Queremos ter muito cuidado para não dizer que o coco é, na verdade, um problema maior do que o óleo de palma”, disse Meijaard.

O estudo é mais abrangente do que a análise ao óleo de coco. Foi também analisado o impacto das máquinas que coletam azeite das oliveiras no ecossistema das aves, assim como os efeitos da produção de petróleo em produtos normalmente considerados saudáveis ​​e de baixo impacto ambiental.

“O que estamos a tentar dizer, e tentar fazer o público entender, é que todas as commodities agrícolas têm os seus próprios problemas”, explicou Meijaard.

O co-autor Jesse F. Abrams acrescentou: “Ao tomar decisões sobre o que compramos, precisamos estar cientes dos nossos preconceitos culturais e examinar o problema de uma lente que não se baseia apenas nas perspectivas ocidentais para evitar padrões duplos perigosos.”

No geral, o objetivo do estudo não era direcionar a produção de óleo de coco, mas alertar para a necessidade de mais informações sobre todas as decisões de compra do consumidor. “No momento, simplesmente não chegamos lá ainda”, disse Meijaard. “Podemos escolher qualquer safra, e há enormes lacunas na nossa compreensão e conhecimento sobre o seu impacto, por isso é um apelo para que os cientistas, políticos e o público exijam melhores informações sobre as commodities.”

Douglas Sheil, coautor do estudo, acrescentou ainda “Os consumidores precisam perceber que todas as nossas commodities agrícolas, e não apenas as safras tropicais, têm impactos ambientais negativos. Precisamos fornecer aos consumidores informações confiáveis ​​para orientar as suas escolhas.”

Fonte: Greensavers

Abater animais em matadouro sem a presença de um médico veterinário do Estado é crime contra a saúde pública. Em Portugal, o défice crónico de inspetores sanitários “condiciona a atividade” e gera problemas de “concorrência” entre operadores económicos da UE. O Governo diz que vai “reforçar”.

No dia 12 de Outubro, o matadouro Ribasabores, em Tomar, que opera sobretudo com suínos e borregos, “não pôde abater” animais durante “todo o dia”. Motivo? Falta de inspetores sanitários, a quem compete inspecionar o abate, garantindo que são cumpridas, entre outras, as regras de bem-estar animal, de higiene ao longo da cadeia de abate, de rastreabilidade dos animais e das carcaças resultantes, de verificação dos planos de segurança e manutenção, de higiene das infra-estruturas, dos equipamentos, do pessoal, do controlo da água potável e da temperatura nas câmaras frigoríficas e nas salas de desmancha. Só se tudo isto estiver conforme é que o processo termina com a aposição, pelo inspetor sanitário, de um carimbo oficial — o número de controlo veterinário —, atribuído pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que garante aos agentes económicos e, no final, ao consumidor que a carne foi devidamente inspecionada.

O episódio em Tomar foi relatado ao PÚBLICO pela diretora executiva da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC), que teve “autorização” do administrador da empresa para revelar o caso. Naquele dia, conta Graça Mariano, “70 trabalhadores ficaram parados”, sem que as autoridades oficiais “resolvessem” o problema, pese embora a APIC tenha enviado “um email à diretora-geral [de Alimentação e Veterinária, Susana Pombo], e à ministra da Agricultura [Maria do Céu Antunes], mas sem nenhuma resposta”. A APIC “telefonou à diretora-geral [da DGAV], tendo esta referido que nada poderia fazer”.

Este não é caso único. Graça Mariano relata outra situação em que “não se concluiu o abate dos animais detidos na abegoaria quando faltavam 30 minutos de laboração, porque os inspetores se recusaram [a acompanhar o processo], alegando terem já ultrapassado o tempo regular”.

“Carne é o alimento mais controlado”

Questionado pelo PÚBLICO, o Ministério da Agricultura garante que os médicos investidos das atribuições de Autoridade Veterinária Nacional “trabalham aos sábados, domingos e feriados, caso haja necessidade”. Aqui, no entanto, não laboraram além da hora “regular”. A diretora-geral da APIC lamenta que, fruto da suspensão do abate, “o operador económico não tenha podido entregar a carne requerida pelas empresas de distribuição, as quais têm contratos que determinam avultadas indemnizações por não cumprirem a entrega das quantidades de alimentos acordada”.

“A carne é, de todos os alimentos, o mais controlado”, garante Graça Mariano, uma vez que “os animais só são abatidos na presença de um representante do Estado”. Explica, aliás, que os industriais do sector pagam ao Estado por esse serviço público de controlo veterinário, que é obrigatório (ao abrigo do Decreto-Lei n.º 178/2008), “um valor acima de 35.000 euros por mês, muito acima do real custo com os vencimentos dos inspetores sanitários colocados nos matadouros de ungulados (bovinos, ovinos, caprinos, porcos, cavalos)”. Nos matadouros de aves, “o valor da taxa é inferior e não cobre o custo da inspeção”.

A instabilidade climática é uma das causas da baixa produção de mel dos últimos anos, no Centro de Portugal, podendo os novos projetos evitar o futuro amargo traçado para esta atividade por alguns apicultores.

Ao clima irregular, que não atinge por igual todos os municípios da região, juntam-se a proliferação da vespa velutina, predadora de abelhas e outros insetos, os custos de produção e o impacto dos incêndios no coberto vegetal, entre outros fatores.

“Se o Estado não tomar medidas de apoio direto à produção, por colmeia, a apicultura entra em declínio”, alerta a diretora executiva da Lousãmel – Cooperativa Agrícola dos Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, Ana Paula Sançana.

Devido aos ataques da também designada vespa asiática, que vieram somar-se à infestação das colmeias pela varroa, um ácaro que dizima as colónias de abelhas, “são agora muitos os encargos”, afirma à agência Lusa.

“O maneio precisa cada vez de mais cuidados, para não perdermos os efetivos”, adianta Ana Paula Sançana, ao enfatizar que a velutina “traz muitos problemas”.

Idêntica opinião tem Tiago Valdeira João, que possui 300 colmeias na Sertã, distrito de Castelo Branco.

“A apicultura é dos negócios mais instáveis que existem. Muitos fatores podem influenciar a abelha e o próprio clima não é certo”, refere.

Tiago João, de 28 anos, iniciou em 2018 um projeto, financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), que deveria terminar em 2023, mas que foi prolongado até 2024, na sequência da pandemia da covid-19.

O apicultor reconhece que “as dificuldades surgem sempre”, mas recusa uma visão pessimista do seu trabalho.

“Este ano, já tive alguma quantidade de mel”, após três anos a apostar no “desdobramento dos enxames” tendo em vista cumprir a meta das 300 colmeias, que estão distribuídas por nove apiários, entre Sertã e Proença-a-Nova.

Na região demarcada do mel com denominação de origem protegida (DOP) Serra da Lousã, gerida pela Lousãmel, no distrito de Coimbra, as manchas de urze, cuja flor determina as características deste produto natural, têm diminuído por causa dos fogos e da propagação das espécies invasoras.

“A qualidade do mel DOP não está em causa. O problema é a quantidade”, assegura Ana Paula Sançana, segundo a qual “há apicultores desmotivados com o aumento dos encargos fixos e que acabam por sair do processo de certificação”.

O presidente da Lousãmel, António Carvalho, confirma o atual panorama do mel DOP Serra da Lousã.

“Desde os incêndios de 2017, tem sido uma desgraça, com quantidades muito pequenas para a procura que temos. Este ano foi ainda pior do que 2020”, lamenta.

Para António Carvalho, tal tendência “tem a ver igualmente com as alterações climáticas e com a grande concentração de colmeias” na Serra da Lousã.

O dirigente, todavia, deposita “esperança nalguns jovens apicultores que têm aparecido e com mais entusiasmo”.

“Não temos tido anos favoráveis. Antes, o clima era muito mais regular”, sublinha à Lusa, por sua vez, Luís Estêvão, presidente da Pampimel – Cooperativa de Apicultores e Produtores de Medronho de Pampilhosa da Serra.

As áreas de urze “têm vindo a diminuir” neste concelho montanhoso do interior, onde predominam os apiários familiares.

“Os grandes produtores vão adaptar-se. Os pequenos pagam para produzir mel, não fazem contas, enquanto os médios terão muitas dificuldades em sobreviver”, prevê Luís Estêvão.

No concelho da Figueira da Foz, António Graça, de 70 anos, que trabalhava na construção civil, dedica-se à apicultura a tempo inteiro desde a última década.

“Mas estou a desistir um bocado disto e já abandonei cinco colmeais”, revela à Lusa.

De ano para ano, António Graça tem registado “um decréscimo substancial” da colheita de mel e associa as maiores perdas à ação nefasta da vespa asiática.

Em Pinhel, Pedro Fernandes, de 36 anos, prossegue uma atividade familiar que já vinha do avô. “Não adianta nada ser pessimista quanto ao futuro”, defende.

A empresa, que também se dedica ao turismo rural, possui mil colmeias nos concelhos de Pinhel e Trancoso, distrito da Guarda, e Penedono, distrito de Viseu.

A velutina interfere “muito pouco” nas quantidades de mel obtidas na zona, diz.

“Esta atividade não é linear”, aceita, para admitir que, na Beira Alta, o principal inimigo dos apiários “tem sido a instabilidade climática”.

Fonte: Agroportal

O sistema simplificado de rotulagem nutricional por cores e letras já foi adotado por alguns países da Europa e a DECO quer que seja implementado de forma uniformizada em Portugal. Os especialistas são unânimes ao afirmar que o Nutri-Score é vantajoso em comparação com o modelo atual ou com a inexistência de um modelo, mas não deixam de apontar falhas que poderão sair caras a médio e longo prazo. E uma delas é a falta de discussão sobre o assunto. A VISÃO pesou os prós e contras deste sistema.

No período de janeiro a agosto de 2021 foram exportados 215 milhões de litros de vinho no valor de 581 milhões de euros

O mês de agosto de 2021 registou, no âmbito das exportações nacionais de vinho, um comportamento positivo em volume e valor, refletindose, uma ligeira quebra no preço médio, concluindose o mês com +10,9%, +6,5% e 3,9% respetivamente.

Este crescimento foi sustentado essencialmente pelos países terceiros que registam um crescimento em volume (+15%) e em valor (+10,9%) embora com quebra do  preço médio (3,6%).

De salientar o desempenho nos mercados do Canadá e Alemanha, que registam crescimento nas vendas em volume, valor e preço médio.

Pode consultar mais informação aqui.

Fonte: IVV

Face ao período homólogo de 2020, as vendas de bens de grande consumo em Portugal cresceram, em valor, 3%, segundo o Barómetro Covid-19 da NielsenIQ, relativo à semana 40, que compreende o período entre 4 e 10 de outubro.

Relativamente à semana anterior, a 39 de 2021, o crescimento foi de 6%. A alimentação cresceu 3%, as bebidas 13%, o DPH 5% e os produtos para animais 36%. Do total de vendas em valor na semana 40, 32% correspondeu às marcas próprias e primeiros preços.

46,4% das vendas em valor, neste período, foi feito em promoção. Esta percentagem denota uma  subida face aos 44,8% do homólogo de 2020 (semana 41), mas está ainda aquém dos valores de 2019, quando, na semana 36, as vendas em promoção atingiram os 51,3%.

Ainda de acordo com os dados NielsenIQ, de 4 a 10 de outubro, os supers grandes foram responsáveis por 41,4% das vendas em valor.

Fonte: Grande Consumo

Há mais de dois mil anos que o vinho de talha conta a história da região do Alentejo e, a cada ano, a Herdade do Rocim abre a adega e as ânforas para desvendar as novas colheitas.

A 13 de novembro, entre as 14 e as 20 horas, cerca de 30 produtores portugueses e de várias regiões do mundo juntam-se para mostrar a sua autenticidade e celebrar a tradição de São Martinho.

Com características muito específicas, reflexo do terroir e da cultura que lhe dá origem, o vinho de talha português é candidato a Património Cultural e Imaterial da Humanidade e conquista cada vez mais apreciadores. Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido, Japão e Suécia ocupam os lugares cimeiros da curva da procura.

Amphora Wine Day

Portugal (Alentejo), Geórgia e Itália são os países que se destacam na produção de vinhos de talha, tendo, por isso, presença confirmada no Amphora Wine Day. A iniciativa que se realiza desde 2018 tem reunido perto de mil pessoas na Herdade do Rocim, produtor de vinho de talha desde a sua origem.

O vinho de talha representa um total de cerca de 200 mil euros na produção global da Herdade do Rocim, com 10 mil garrafas de branco e outras 10 mil de tinto a serem disponibilizadas no mercado nacional e internacional, em 2019, número que tem vindo a aumentar nos últimos anos. “Estando na região com maior tradição do vinho de talha em Portugal, na Vidigueira, onde se produz este vinho  há mais de dois mil anos, acreditámos que fazia todo o sentido organizar um evento que celebrasse o uso de ânforas. Começou por ser um evento que ajuda a preservar esta prática milenar, mas acreditamos que há aqui um extraordinário potencial para dar ao mundo do vinho e os números têm-nos mostrado isso mesmo”, adianta Pedro Ribeiro, enólogo e diretor geral da Herdade do Rocim.

Nesta edição, o bilhete à venda na Ticketline custa 10 euros e inclui oferta de copo Riedel. Caso se opte por comprar o bilhete no dia, à porta da adega, o bilhete custará 12,50 euros e também com oferta de copo.

Fonte: Grande Consumo

A Direção-Geral da Saúde associa-se à campanha “#EUChooseSafeFood” da Comissão Europeia, resultado de uma parceria entre a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). 

Escolher e preparar uma refeição para si, para um grupo de amigos ou para a família é uma responsabilidade. Além de fazer uma refeição saborosa, precisa de garantir que a comida é fresca, que não contém alergénios indesejados e que foi armazenada e confecionada corretamente. 

A campanha da EFSA tem como objetivo consciencializar a população para a ciência que está por detrás da segurança alimentar na União Europeia e ajudar os consumidores a tomarem decisões informadas acerca das escolhas alimentares do dia-a-dia. 

O objetivo da campanha, a nível europeu, é encorajar a sociedade a tomar decisões alimentares com confiança, explicando o papel essencial da ciência e dos cientistas na segurança alimentar. 

Desde ajudar a decifrar as etiquetas e a compreender os aditivos, até aconselhar sobre o porquê de as batatas cruas não deverem ser conservadas no frigorífico, a campanha oferece informação de grande utilidade prática para os consumidores. 

Fonte: DGS

A consultora portuguesa NBI – Natural Business Intelligence e a multinacional GlobeScan apresentaram esta terça-feira em Lisboa o relatório do “Healthy & Sustainable Living”, que reúne a opinião de consumidores em 30 países, inclusive Portugal, pela primeira vez. Foram inquiridos mil cidadãos portugueses, de diferentes gerações – Geração Z, Millennials, Geração X e Baby Boomers, acerca do seu consumo, estilo de vida, comportamentos e pensamentos.

Os resultados demonstram que entre os principais problemas globais que preocupam os portugueses, estão os ambientais, como a exploração dos recursos naturais, as alterações climáticas e a poluição da água. Relativamente à solução dos mesmos, os inquiridos demonstram um sentimento de impotência, embora confirmem estar envolvidos na preservação ambiental. A maior parte acredita que o consumismo é um problema no que refere à conservação ambiental, e afirma querer reduzir o impacto negativo que tem na natureza.

Os portugueses querem produtos saudáveis e sustentáveis, no entanto, existem impedimentos. A falta de apoio por parte do governo, o preço final dos produtos, a falta de disponibilidade/acessibilidade dos produtos e o desconhecimento das marcas, são as principais barreiras identificadas pelos inquiridos relativamente á aquisição destes produtos. A maioria considera que produtos com impacto negativo em termos ambientais devem ser mais caros, embora a mesma maioria não esteja disposta a pagar mais por esses mesmos produtos ou marcas, e apele a uma maior durabilidade dos mesmos.

No que toca ao sistema alimentar, os portugueses revelaram uma grande preocupação, destacando-se os temas da fome e da desnutrição, o uso de pesticidas e químicos na agricultura, a obesidade e de problemas de saúde relacionados, o desperdício de alimentos, os resíduos plásticos nas embalagens de comida e o impacto da pesca excessiva.

Ainda assim, grande parte dos consumidores pretende mudar de forma significativa o seu estilo de vida e quase um quarto dos respondentes considera tê-lo feito já no ano anterior (2020). A Geração Z é a que demonstra quer mudar mais para um estilo de vida amigo do ambiente (51%), seguindo-se os Millennials (42%) e a Baby Boomer + (41%). Quanto às alterações realizadas no ano passado, as grandes alterações foram identificadas na Geração Z e nos Millennials, porém, quando questionados relativamente a algumas alterações, todas as gerações demonstraram dedicação.

Fonte: Greensavers