O fundador da Impossible Foods, Patrick Brown, marcou hoje presença no Web Summit, onde debateu com Andy Serwer, editor-chefe da Yahoo Finance, como é que uma dieta de base vegetal pode combater as alterações climáticas.
A empresa surgiu da necessidade de transformar o sistema alimentar global, que o próprio considerou que era “fazível e incrivelmente urgente”.
A agricultura tem um impacto ambiental que corresponde a cerca de 17% das emissões de gases com efeito de estufa de todos os setores, impacto esse que, Segundo o criador da Impossible Foods, é reversível se mudarmos o nosso estilo de vida.
”Para sucedermos, não podemos apenas fazer algo que é uma réplica decente de um produto animal, temos de fazer um produto que é preferível para os consumidores em todas as maneiras que interessam, o que significa, ser mais barato, mais saudável, mais sustentável e mais delicioso”, refere.
De momento, a Impossible Foods já lançou no mercado alternativas vegetais de salsichas, bife de porco e de nuggets de frango, mas planeia lançar novos produtos num futuro próximo.
A missão da empresa é chegar a todos os mercados. Atualmente, a única barreira que existe para entrar no espaço da União Europeia (UE) é a presença de um ingrediente indispensável para garantir o sabor, a molécula heme. Embora exista em vários alimentos, nunca tinha sido usada para fazer comida. O fundador prevê que, em um ou ano e meio, já esteja tudo aprovado para entrar no mercado da UE.
Fonte: Greensavers
A produção de laranja no Algarve registou um aumento de 15 a 20% na campanha 2020/2021, mas a Associação de Operadores de Citrinos do Algarve (AlgarOrange) teme que as pragas existentes provoquem quebras de 70% num futuro próximo.
O presidente da AlgarOrange, José Oliveira, disse à agência Lusa que a última campanha de citrinos também registou quebras de preço “entre 15 a 20%”, em comparação com o ano de pandemia de covid-19, que tinha beneficiado o setor com um aumento da procura e do valor pago ao produtor, chegando a ser pagos 70 cêntimos por quilograma, quase o dobro do preço praticado um ano antes.
Quanto às exportações da citricultura algarvia, José Oliveira quantificou-as numa “média de 20% da produção”, que no Algarve equivale, “em termos médios, a 70 a 80% da produção nacional” de “cerca de 350.000 toneladas por ano”.
“Os países principais foram França, Espanha e Canadá, mas exportámos também para outros países, como Itália, Alemanha, Holanda, Noruega e Costa Rica”, enumerou o dirigente da associação algarvia.
José Oliveira advertiu, no entanto, que os citricultores algarvios podem vir a atravessar uma situação “bastante difícil” e estão “muito preocupados com o futuro próximo”, por causa de “pragas que estão a ameaçar” os pomares, como a da mosca da fruta ou a “trioza”.
“Os fatores ambientais e de sustentabilidade são para nós importantes, no entanto temos pragas como a mosca da fruta, que não tem nenhum plano integrado, apesar de andarmos a batalhar e a lutar para que haja um plano integrado de combate a esta praga, que causa enormes problemas económicos aos produtores”, afirmou.
Este plano devia contar, segundo o dirigente da associação, com “armadilhas” e “luta biológica, com a largada de machos de mosca da fruta esterilizados”, mas também com “um sistema de monitorização da praga”, para fazer “o combate com fitossanitários na altura devida”, ou com a criação de “um cadastro da citricultura do Algarve”.
A “instalação de uma fábrica de produção de machos estéreis” é outra das medidas proposta pela AlgarOrange, mas “a resposta das entidades oficiais é a de que não há dinheiro e possibilidades de financiamento”, ao contrário do que acontece em países como Espanha, onde os produtores estão “apetrechados com bons planos e boas medidas para combate a esta praga” e “há investimento público ou investimento regional forte” nesta área.
“Outra praga que está a preocupar o setor é a ‘trioza’”, alertou, advertindo que, “se ela entrar e se espalhar no Algarve, ameaça toda a citricultura”, gerando “perdas de produção na ordem dos 70%”, como “aconteceu na Florida”, nos Estados Unidos, onde a “produção de citrinos está de rastos”.
A mesma fonte lembrou que esta praga foi detetada pela primeira vez no Minho e que foi “anunciado um plano nacional de erradicação para evitar que chegasse ao Algarve, que é a grande região de produção de citrinos, mas o facto é que, em setembro de 2021, a praga chegou” e “já está em Aljezur e Vila do Bispo”.
“E, agora, independentemente de serem anunciadas e terem sido feitas algumas largadas de predadores em Aljezur para conter a propagação desta praga, nós constatamos que dificilmente ela ficará contextualizada à região de Aljezur e Vila do Bispo”, lamentou, apelando à tomada de “medidas” e à criação de uma “estratégia” para tentar atrasar ao máximo esta expansão, que está a deixar os produtores “alarmados” e pode ser “catastrófica para a citricultura do Algarve”.
José Oliveira sublinhou ainda que a este problema soma-se também o aumento de custos de produção com combustíveis ou energia, “transversal a toda a economia”, e os preços cada vez mais baratos pagos pelas cadeias de distribuição, que podem deixar os produtores “com a água pelo pescoço”.
Fonte: Agroportal
A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou uma coima de 92,8 milhões de euros à SuperBock, Modelo Continente, Pingo Doce, Auchan e Intermarché, além de duas pessoas singulares, por um esquema de fixação de preços.
Em comunicado, a Concorrência adianta que “a investigação permitiu concluir que, mediante contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicar diretamente entre si, as empresas participantes asseguravam o alinhamento dos PVP [Preço de Venda ao Público] nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, designada na terminologia do direito da concorrência por ‘hub-and-spoke'”.
Esta prática elimina a concorrência e priva os consumidores da opção por melhores preços, “garantindo melhores níveis de rentabilidade para toda a cadeia de distribuição”, acrescenta a AdC.
A Super Bock já veio a terreiro repudiar a multa superior a 33 milhões de euros aplicada pela AdC pela participação num esquema de fixação de preços, garantindo que cumpre a lei e que vai recorrer para o Tribunal da Concorrência.
A empresa “repudia a decisão de condenação divulgada pela AdC [Autoridade da Concorrência], que advém de uma acusação que a empresa considera infundada”, disse, em comunicado.
Fonte: Hipersuper
Numa altura em que nos aproximamos da época festiva, 98% dos gestores do sector do retalho inquiridos pela First Insight e pelo Baker Retailing Centre da Wharton School disse estar a ter problemas na cadeia de abastecimento.
Um total de 100% disse que a disrupção afetará a próxima época de vendas de Natal e perspetiva que as interrupções se mantenham, pelo menos, até 2022.
Para mitigar o aumento dos custos, 59% indicou estar a subir os preços dos produtos ou os custos de envio para os consumidores. Apenas 2% não antecipava aumentos de custos, de acordo com o estudo.
Redução das margens
Entre os inquiridos, uma maioria considerável (68%) disse que prevê uma margem inferior a 10%. Outros 27% esperam uma redução da margem de 10% a 20% e 5% que as margens baixem mais de 30%.
Para recuperar alguma margem, 22% dos gestores indica estar a reduzir ou a eliminar as promoções que tinha planeado.
Os retalhistas estão também a trabalhar para melhorar a sua capacidade de previsão, a encontrar novos fornecedores, a racionalizar os sortidos, entre outras medidas.
Fonte: Grande Consumo
Angola quer reforçar a cooperação com Portugal no setor das pescas, nomeadamente nas áreas da aquacultura, investigação científica e formação de recursos, disse em Lisboa a secretária de Estado da tutela angolana.
Numa conferência de imprensa conjunta com a sua homóloga portuguesa, Teresa Coelho, a governante angolana, Esperança da Costa, considerou que a cooperação entre Portugal e Angola no setor das pescas “tem laços históricos e é bastante forte nos vários domínios, mas sobretudo no da investigação científica e da formação de quadros especializados”.
Segundo a secretária de Estado angolana, no âmbito do protocolo assinado em 2019 entre os dois países, deverá haver agora “um reforço da [cooperação] em algumas áreas, tendo em conta a estratégia do desenvolvimento sustentável, aquilo que são as prioridades nacionais em termos de diversificação da economia e aquilo que são as necessidades também de maior desenvolvimento, em Angola, da aquicultura, na vertente continental, mas também da aquicultura marinha.”
“Portugal tem uma boa experiência neste domínio, Angola tem um ecossistema marinho que oferece boas oportunidades para o desenvolvimento da aquicultura. Então é concentrar aqui sinergias para a identificação de projetos com reciprocidade de vantagens”, afirmou, após uma reunião de dois dias, em Lisboa, com Teresa Coelho.
A secretária de Estado das Pescas portuguesa fez questão de sublinhar, por seu lado, que estes dois dias de trabalho foram “uma sessão muito produtiva”, que teve como principais temas os assuntos do mar, a estratégia nacional para o mar, a conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre os oceanos e a investigação científica no setor.
Sobre a investigação científica disse: É uma área que já estava numa fase muito mais madura de cooperação”.
Teresa Coelho fez também questão de relembrar que a sua homóloga já tinha estado em Lisboa em agosto deste ano e que as reuniões agora tidas entre ambas as governantes foram a continuação de um trabalho que tem estado a ser desenvolvido presencialmente ou virtualmente, tendo por base um memorando de entendimento firmado entre os dois governos em 2019.
Neste contexto, salientou: “Em Portugal nós estamos focados, nas pescas, em melhorar o rendimento dos pescadores, em valorizar o produto das pescas, em melhorar a formação profissional e em valorizar a profissão. Portanto, queremos ser um setor mais moderno, mais competitivo, mais rentável”.
“Angola acompanha-nos e o que estamos aqui a estabelecer é a continuar as bases de uma cooperação que já se iniciou há muito tempo, mas que o objetivo é o mesmo, é termos cada vez um setor das pescas e uma fileira do pescado com bons resultados para os nossos pescadores, desenvolver uma pesca sustentável e saber que os nossos pescadores têm um produto valorizado”, acrescentou.
Para isto, sublinhou: “Precisamos de ter uma indústria com boas bases, ter melhores condições do ponto de vista da higiene e segurança alimentar e da segurança de pessoas e bens (…). E estes são objetivos para Portugal e Angola”.
Quanto à aquacultura “também é uma matéria muito importante”, admitiu a secretária de Estado de Portugal.
“Portugal está a fazer o caminho de melhorar os estabelecimentos e produção aquícola. Angola também. E nós aprovámos este ano a Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 e o plano de ação”, sublinhou.
Além disso, há “um excelente entendimento entre os dois paises”, sublinhou.
A secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, recebeu a sua homóloga de Angola, Esperança da Costa, a 02 e 03 de novembro, para fazer o ponto da situação da cooperação bilateral e identificar novas áreas de trabalho conjunto.
As duas responsáveis reuniram-se com os organismos do ministério e analisaram as diferentes áreas do setor das pescas e aquacultura.
Nestas reuniões esteve também presente a diretora do Instituto de Investigação Marinha de Angola, Filomena Vaz Velho.
Fonte: Agroportal
Uma equipa do Departamento de Química da Universidade de Konstanz, na Alemanha, criaram um novo tipo de plástico polietileno que é durável e degradável. O principal objetivo dos investigadores era gerar um tipo de plástico que não fosse tão nocivo ao ambiente.
Para chegar a este material, os cientistas incorporaram grupos cetónicos no sistema molecular que compõe os plásticos, recorrendo a um catalisador que é compatível com o monóxido de carbono, utilizado como reagente para a produção destes grupos. A quantidade limitada de grupos cetónicos permitiu manter as propriedades favoráveis do polietileno, nomeadamente a sua durabilidade. Por outro lado, quando exposto à luz solar, este plástico apresenta também uma melhor degradação, o que o distingue do polietileno convencional.
“A ciência e a tecnologia há muito tempo que procuram um método para incorporar estes grupos nas cadeias de polietileno. A nossa conquista abre agora novas perspectivas”, afirma Stefan Mecking, um dos autores do estudo, agora publicado na revista científica Science.
Mais de 100 países, entre eles Portugal. mas também os Estados Unidos e a União Europeia como entidade, comprometeram-se hoje a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, em comparação com 2020.
A decisão foi anunciada em Glasgow, Reino Unido, onde decorre até dia 12 a 26.ª cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP26).
O metano é um gás com poderoso efeito de estufa, muito superior ao mais ‘mediático’ dióxido de carbono, e, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, um dos que podem ser reduzidos mais rapidamente.
“Reduzi-lo abrandaria imediatamente o aquecimento global”, disse Ursula von der Leyen, lembrando que o metano é responsável por cerca de 30% do aquecimento do planeta desde a revolução industrial.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, salientou também que o metano é “um dos gases com efeito de estufa mais poderosos”, salientando depois que os países signatários do compromisso representam 70% do PIB mundial.
“Hoje, os Estados Unidos, a União Europeia, e parceiros, lançaram formalmente o ´Global Methane Pledge´ (Compromisso Global do Metano), uma iniciativa para reduzir as emissões globais de metano e manter possível o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius (acima dos valores médios da era pré-industrial). Um total de mais de 100 países, representando 70% da economia global e quase metade das emissões antropogénicas de metano, subscreveram agora o compromisso”, diz-se num comunicado do governo dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos e a União Europeia já tinham anunciado em setembro que estavam a trabalhar no acordo, ao qual se juntaram 103 países, entre eles, além de Portugal, o Brasil, o Canadá, a França, a Alemanha, a Indonésia, o México. a Nova Zelândia, a Arábia Saudita ou o Reino Unido, entre outros.
Na nota, os Estados Unidos salientam que os países signatários não só se comprometem em reduzir as emissões de metano como a avançar para a utilização de melhores metodologias de inventário disponíveis para quantificar emissões de metano.
Os Estados Unidos e a União Europeia “também se orgulham de anunciar uma expansão significativa do apoio financeiro e técnico para apoiar a implementação do compromisso. Filantropos globais comprometeram-se com 328 milhões de dólares em financiamento para apoiar o aumento da escala deste tipo de estratégias de mitigação do metano em todo o mundo. O Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Europeu de Investimento, e o Fundo Verde para o Clima comprometeram-se a apoiar o acordo através de assistência técnica e financiamento de projetos. A Agência Internacional de Energia servirá também como parceiro de implementação.”, diz-se no comunicado.
De acordo com o documento a concretização do Compromisso Global de Metano reduzirá em pelo menos 0,2 graus celsius o aquecimento global até 2050, “proporcionando uma base fundamental para os esforços globais de mitigação das alterações climáticas”.
Além disso, segundo a Avaliação Global do Metano da Coligação Clima e Ar Limpo (CCAC) e do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), conseguir os objetivos até 2030 do compromisso hoje divulgado evitaria mais de 200.000 mortes prematuras, centenas de milhares de idas a urgências hospitalares relacionadas com a asma, e mais de 20 milhões de toneladas de perdas de colheitas por ano até 2030.
O metano (CH4), emitido pela agricultura e pecuária, combustíveis fósseis e resíduos, é o segundo gás com efeito de estufa mais importante ligado à atividade humana depois do dióxido de carbono (CO2). Ainda que pouco falado, tem um efeito de aquecimento cerca de 29 vezes superior ao CO2 durante um período de 100 anos, e cerca de 82 vezes durante um período de 20 anos.
Fonte: Agroportal
Consórcio europeu de 19 países junta produtores suinícolas a institutos de ensino superior e investigação para candidatura a investimento em plataformas informáticas que avaliam o impacto das medidas de bem-estar animal, indo ao encontro da estratégia “Farm to Fork”.
Portugal, pelas mãos da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), lidera a candidatura de um consórcio europeu que junta 17 associações de produtores de suínos em 19 países europeus, desde a maior à mais pequena, de norte a sul, cobrindo 90% das explorações suinícolas europeias, que vão trabalhar em conjunto com 10 universidades e 4 institutos de investigação em toda a EU para que se leve a cabo uma investigação centrada nos parâmetros do bem-estar animal.
Este consórcio, denominado de Welfarmers, apresentou a candidatura a uma call europeia dentro do programa HORIZON EUROPE, que contempla ainda a criação de plataformas digitais para medir os níveis de bem-estar animal aplicado em vários países europeus, através da utilização de sistemas de integração de dados anteriormente utilizados na saúde humana, que vão permitir reforçar o bem-estar dos animais em toda a cadeia de produção de suínos, contribuindo assim para os sistemas de produção ainda mais sustentáveis.
O projeto criará plataformas para quantificar o nível de bem-estar dos animais nas explorações pecuárias de diferentes países, monitorizar a evolução da adaptação dos produtores às novas normas de bem-estar dos animais (barreiras e soluções) e avaliar os impactos socioeconómicos ao longo da cadeia de abastecimento para garantir a sustentabilidade dos produtores, manter os empregos no setor e a competitividade com países terceiros que não oferecem os mesmos padrões de bem-estar animal e segurança dos alimentos para animais.
O estudo centrar-se-á apenas numa espécie, os suínos, para maximizar o progresso com os recursos disponíveis mas servirá, posteriormente, de modelo para outros setores pecuários da UE.
Na base da motivação dos Welfarmers está o bem-estar dos animais nas explorações, que só poderá fazer progressos significativos se representar todos os aspetos da sustentabilidade; os aspetos sociais (bem-estar humano e animal), os aspetos ambientais (emissões) e os aspetos económicos (viabilidade económica das explorações agrícolas).
Esta abordagem única de bem-estar tem o envolvimento sem precedentes das organizações de produtores a partir da conceção do projeto, o que resultará num projeto RIA (Research and Innovation Action).
Embora a UE tenha os mais elevados padrões de bem-estar dos animais do mundo, com a nova estratégia “Farm to Fork”, a UE pretende ir mais longe para ter uma cadeia alimentar mais sustentável e amiga do ambiente. Nesse sentido, os produtores de suínos europeus, conscientes da necessidade de melhorar os sistemas de produção, querem contribuir decisivamente para que que a estratégia “Farm to Fork” se torna uma realidade. Contudo, a implementação destas medidas exige investimento nas explorações a par de uma gestão eficiente, que só é possível com a adequação correta das medidas a adotar, onde a investigação terá um papel fundamental.
Não nos podemos esquecer que as condições de produção são diferentes do norte para o sul da Europa devido a vários fatores, como o clima e a estrutura de produção. No entanto, estas diferenças não podem justificar diferentes níveis de bem-estar no espaço europeu e a investigação deve ser capaz de fornecer soluções para alcançar uma homogeneidade. É fundamental investigar novas técnicas de produção e divulgar os resultados de todos os produtores europeus para atingir este objetivo comum, considerando as diferentes realidades dos sistemas de produção na EU.
Fruto da vontade clara dos produtores em seguir este caminho, as várias associações de produtores, através da sua representação europeia, COPA-COGECA, enviaram para a Comissão Europeia uma proposta de alteração da legislação europeia em termos de bem-estar animal que vai além da lei atual e está em consonância com a estratégia “Farm to Fork”. Esta é, inclusive, a maior representação de produtores europeus o que pode, consequentemente, levar a uma transferência efetiva das inovações para o terreno.
Fonte: Agroportal
Um estudo liderado por uma equipa da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) demonstrou que em termos nutricionais a beldroega-do-mar é um ingrediente alimentar emergente.
O estudo tinha como objetivo "determinar o perfil mineral, nutricional e a atividade biológica de uma halófita, a beldroega-do-mar", refere a instituição, numa nota de imprensa enviada a agência Lusa.
A equipa de investigadoras é constituída por Aida Moreira da Silva, Maria João Barroca, Arona Pires, Sandrine Ressurreição e Sílvia Agreira.
O trabalho permitiu concluir que, "em termos nutricionais", a beldroega-do-mar pode ser considerada uma "boa fonte de fibra, de proteína e de lipídios, apresentando uma maior concentração destes nutrientes do que nalgumas espécies de salicórnia adequadas para consumo humano, sendo consideradas alimentos funcionais promissores".
Este ingrediente foi colhido nas marinhas de sal da Figueira da Foz.
Ao analisar a beldroega-do-mar, a equipa verificou uma alta concentração de minerais naturais: o sódio, o potássio, o cálcio, o magnésio, o cobre e o fósforo.
"Quanto ao manganês, embora tenha sido detetada uma baixa concentração deste mineral, a equipa apurou que a ingestão de 100 gramas de folhas frescas fornece 74% da dose diária recomendada para adultos", lê-se na nota.
O extrato de folhas da beldroega-do-mar apresentou também "alto teor de compostos fenólicos e maior teor em flavonóides, quando comparado a outras halófitas como a Ipomoea pes-caprae, conhecido popularmente como salsa-da-praia ou pé-de-cabra".
Foi ainda identificada uma "atividade antioxidante superior a extratos de outras espécies halófitas, do género Suaeda".
De acordo com a nota, as folhas desidratadas desse extrato revelaram que esta planta pode ser utilizada como substituído do sal e é uma boa alternativa enquanto intensificador das características dos produtos, proporcionando benefícios à saúde dos consumidores.
"Este novo ingrediente, testado em dois alimentos modelo, a massa fresca e a manteiga, obtiveram uma boa avaliação sensorial".
As conclusões do estudo constam no artigo "Sea Purslane as an Emerging Food Crop: Nutritional and Biological Studies", recentemente publicado pela editora Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI) e acessível em https://www.mdpi.com/1244720.
Fonte: Expresso
World One Health Day , 3 de novembro, é um dia de declaração e de ação para chamar a atenção para os benefícios cruciais da utilização de abordagens transdisciplinares para desafios de saúde complexos, envolvendo animais, pessoas, e os seus ecossistemas partilhados.
Para celebrar este dia a Direção Geral de Alimentação e Veterinária promove um evento, em colaboração com a DGS e a APA, a realizar na Companhia das Lezírias e que conta com a participação de vários especialistas que irão abordar as perspetivas de interligação entre saúde humana, animal e ambiental que integram o conceito de Uma Só Saúde.
Fonte: DGAV
Subscreva a Base de dados Qualfood Negócios!