A campanha #Safe2EatEU continua a centrar-se em capacitar os cidadãos sobre vários aspetos da segurança alimentar, permitindo-lhes fazer escolhas mais informadas e, acima de tudo, ter segurança nos produtos que compram e ingerem.
A ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica na qualidade de Ponto Focal Nacional da EFSA, participa uma vez mais, e pelo 4.º ano consecutivo, nesta campanha com a EFSA, cuja missão é reforçar a confiança dos consumidores no sistema de segurança dos alimentos da UE.
Uma alegação de saúde consiste numa declaração sobre uma relação entre o alimento e a saúde. Por exemplo, uma alegação de saúde pode sugerir que um determinado alimento “reduz o peso corporal” ou “mantém a função muscular normal”.
Por outro lado, uma alegação nutricional indica ou sugere que um alimento tem propriedades nutricionais benéficas, como “baixo teor de gordura”, “sem açúcares adicionados” e “elevado teor de fibras”.
“Os regulamentos europeus garantem que todas as alegações de saúde feitas em rótulos, publicidade ou outros produtos promocionais são cientificamente justificadas e fáceis de compreender pelos consumidores”, começa por explicar Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora-geral da ASAE, adicionando que “em conjunto, os reguladores europeus e nacionais asseguram a proteção dos consumidores de informações inexatas ou enganosas relacionadas com os alimentos, transmitindo-lhes confiança no sistema de segurança alimentar”.
Na União Europeia, as autoridades nacionais fornecem aos consumidores orientações dietéticas com base nos alimentos para uma alimentação saudável. Trata-se de recomendações baseadas em dados científicos para a população em geral e para grupos como as mulheres grávidas e as crianças. Fornecem informações práticas, como os tamanhos das doses para diferentes alimentos e as doses diárias ou semanais recomendadas.
“É do conhecimento geral que o mais saudável é ter uma alimentação variada, a respeitar a sazonalidade, se possível de origem local, e evitar o consumo de alimentos com elevado teor de gorduras saturadas, açúcares e sal em alimentos transformados. Embora as diretrizes variem de país para país, em Portugal de acordo com Programa Nacional de Promoção de Saúde Pública é importante reduzir o consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, e devemos promover o consumo de cereais integrais, fruta e hortícolas, para que vivamos mais anos com saúde, menciona a subinspetora-geral da ASAE.
Os profissionais de nutrição e saúde também aconselham individualmente os consumidores sobre escolhas alimentares saudáveis e ajudam-nos a calcular o valor nutricional dos alimentos, por exemplo, explicando as informações que se encontram nos rótulos dos alimentos. O seu aconselhamento é apoiado por um conjunto de valores dietéticos de referência (DRV) para hidratos de carbono e fibras alimentares, proteínas, gordura, vitaminas e minerais estabelecidos por cientistas europeus.
Este ano, a campanha #Safe2EatEU amplia o seu alcance, com 18 países a congregar esforços para ajudar os consumidores a tomar decisões informadas sobre as suas escolhas alimentares. Os países participantes em 2024 incluem Portugal, a Roménia, a Chéquia, a Hungria, a Grécia, a Estónia, a Croácia, a Itália, a Letónia, Chipre, a Eslovénia, a Espanha, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Áustria, a Polónia, Montenegro e a Macedónia do Norte.
Fonte: Grande Consumo
Investigadores norte-americanos estão a desenvolver métodos inovadores para melhorar a capacidade de fixação de azoto da soja. Utilizando a ferramenta de edição genética CRISPR, pretendem atrasar a maturação dos nódulos radiculares para que a fixação biológica de azoto continue a satisfazer as necessidades da planta em fases posteriores, reduzindo a dependência de fertilizantes sintéticos. Este projeto poderá aumentar os rendimentos e melhorar a sustentabilidade agrícola.
A soja é a quarta cultura mais cultivada no mundo e é utilizada em alimentos como o tofu e produtos à base de soja, mas é cultivada principalmente para alimentação animal. No Dakota do Sul, nos Estados Unidos, a soja cultivada em 2023 foi avaliada em mais de 2,76 mil milhões de dólares americanos, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
As projeções do USDA mostram que o comércio mundial de soja deverá aumentar até 22% nos próximos anos. Este aumento da procura deve-se principalmente ao crescimento da população global e à utilização generalizada de biodiesel, produzido a partir de óleo de soja. Ou seja, a soja é um grande negócio, especialmente no Dakota do Sul, e prevê-se que o seu valor aumente.
Para fazer face ao aumento das necessidades de soja, os investigadores da Universidade Estatal do Dakota do Sul (SDSU) estão a procurar formas de melhorar o valor e a produtividade da cultura para os agricultores da região.
A soja e o azoto
Uma das razões pelas quais a soja se tornou uma indústria multibilionária e um dos pilares das rotações de culturas em todos os EUA é a capacidade da planta para absorver azoto da atmosfera, fixá-lo em estruturas radiculares – conhecidas como “nódulos” – com a ajuda de bactérias e depois utilizá-lo como nutriente. Isto reduz os custos dos fatores de produção e também as necessidades de gestão das culturas.
No entanto, para algumas variedades de elevado rendimento, quando a planta de soja atinge fases de crescimento avançadas, não consegue fornecer a quantidade necessária de azoto – um nutriente essencial – devido à acumulação de proteínas de armazenamento nas sementes. Para compensar esta situação, os agricultores aplicam fertilizantes sintéticos, que são prejudiciais para o ambiente e consomem muita energia, para garantir que a cultura satisfaz as suas necessidades de azoto. A soja também esgota o solo do seu precioso azoto à medida que continua a crescer, causando problemas de solo aos agricultores nos anos seguintes.
Os investigadores da Faculdade de Ciências Naturais da SDSU, Senthil Subramanian e Bhanu Petla, acreditam que podem ter uma solução. A sua hipótese é que, ao atrasar a maturação dos nódulos radiculares nas plantas de soja, o processo natural de fixação biológica do azoto poderia continuar a satisfazer as necessidades nutricionais da planta numa fase posterior do ciclo de crescimento. Isto asseguraria que os rendimentos se mantivessem elevados sem a aplicação de fertilizantes sintéticos.
“Nas variedades de soja de elevado rendimento, o azoto fornecido pela fixação do azoto não é suficiente para satisfazer as necessidades da planta durante as fases reprodutivas”, explicou Petla. “As plantas precisam de absorver o azoto do solo ou de o fornecer através de fertilizantes, o que resulta numa má saúde do solo e em custos elevados dos factores de produção. Gostaríamos de resolver este problema atrasando a maturação dos nódulos para fornecer azoto durante as fases reprodutivas”.
Mais informação aqui.
Fonte: CiB - Centro de informação de biotecnologia
A 14 de agosto, foi confirmado um foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP), numa exploração de detenção caseira de aves de capoeira, na freguesia de Chafé, concelho e distrito de Viana do Castelo.
Tratando-se de uma exploração pecuária de detenção caseira o estatuto sanitário do país mantem-se inalterado.
As medidas de controlo do foco implementadas pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), de acordo com a legislação em vigor, incluem a inspeção ao local onde a doença foi detetada e a eliminação dos animais afetados, assim como a inspeção e notificação das explorações que detêm aves, existentes nas zonas de proteção num raio de 3 km em redor do foco e, de vigilância, num raio de 10 km em redor do foco.
Não existem evidências que a GAAP seja transmitida aos humanos através do consumo de alimentos, tais como carne ou ovos.
Perante a evidência de circulação do vírus, devem ser reforçados os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o rigoroso controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves.
A DGAV apela a todos os detentores de aves que cumpram com rigor as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção avícola, que permitam evitar contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens.
A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata, à DGAV por forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença.
O Edital n.º 25 da Gripe Aviária, determina as medidas de controlo de doença aplicadas nas zonas sujeitas a restrições sanitárias, que pode consultar aqui.
Fonte: DGAV
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através de Brigada Especializada das Indústrias de Produtos de Origem Animal da Unidade Regional do Centro, realizou uma ação de fiscalização direcionada a um operador económico com atividade de fabrico de refeições e pratos pré-cozinhados, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis a este tipo de atividade, no âmbito da segurança alimentar e combate a ilícitos contra a saúde pública.
Como resultado da ação, realizada numa indústria no concelho do Sabugal, verificou-se que eram utilizados na confeção das refeições gastrópodes vivos, vulgarmente designados por caracóis, provenientes de um país terceiro, não apresentando quaiquer informações obrigatórias na rotulagem, que permita garantir que se trata de um alimento seguro para os consumidores.
Em sequência, procedeu-se à apreensão de 6.510 Kg de caracóis, no valor de 13.793,00 Euros tendo sido instaurado o respetivo processo de contraordenação.
Salienta-se ainda que, os gastrópodes constituem a classe mais bio diversificada e numerosa dos moluscos, sendo os caracóis parte integrante desse grupo e alguns deles comestíveis, designadamente os das espécies Helix pomatia Linné, Helix aspersa Muller, Helix lucorum e espécies da família Achatinidae, podendo apenas ser colocados no mercado após serem embalados/rotulados/marcados segundo as mesmas regras dos bivalves.
Fonte: ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, uma operação de fiscalização, a nível nacional, dirigida a operadores económicos ligados ao setor da panificação e pastelaria com fabrico próprio, com o objetivo de verificar o cumprimento das regras a que os mesmos se encontram sujeitos, com incidência nas condições de higiene e segurança alimentar, licenciamento da atividade e informação obrigatória constante na rotulagem dos produtos.
Como balanço da ação, foram fiscalizados 74 operadores económicos, tendo sido instaurados 28 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de condições técnico-funcionais das instalações de fabrico, a falta de sistema HACCP, inconformidades na informação constante na rotulagem de produtos pré-embalados (bolos), entre outras.
Foram ainda determinadas 6 suspensões de atividade por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.
Fonte: ASAE
O Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), com a aprovação do Instituto do Vinho e da Vinha, I. P. (IVV. I. P.), na qualidade de Entidade Gestora dos vinhos e produtos vitivinícolas com direito ao uso da Denominação de Origem «Alentejo» e da Indicação Geográfica «Alentejano», estabeleceu novas especificações às regras de produção e comercialização com o propósito de orientar a produção dos vinhos para a otimização da qualidade e para responder aos elevados stocks de vinho IG «Alentejano».
• Para a Denominação de Origem «Alentejo», de acordo com o Aviso n.º 17112/2024/2 [pdf], são incluídas as seguintes especificações:
1. Devem ser aplicadas as pressões adequadas para extração do mosto ou vinho e a separação dos bagaços, de forma que o rendimento não seja superior a 75 litros de vinho por 100 quilos de uva.
• Para a Indicação Geográfica (IG) «Alentejano», de acordo com o Aviso n.º 17111/2024/2 [pdf], são incluídas as seguintes especificações:
1. Devem ser aplicadas as pressões adequadas para extração do mosto ou vinho e a separação dos bagaços, de forma que o rendimento não seja superior a 75 litros de vinho por 100 quilos de uva.
2. A produção de vinho tinto com IG «Alentejano» não pode incluir a incorporação de produto originário de fora da região, na campanha vitícola 2024/2025.
Fonte: CONFAGRI
A DGAV publicou o Esclarecimento Técnico n.º 8/DGAV/2024 relativo à utilização de biocidas na cadeia alimentar.
O presente esclarecimento, que altera e revoga o Esclarecimento Técnico n.º 12/DGAV/2014, visa informar os operadores do setor alimentar sobre a obrigação legal que sobre eles recai, no que diz respeito à utilização de biocidas.
Consulte aqui o Esclarecimento Técnico n.º 8/DGAV/2024, de 29 de julho 2024
Fonte: DGAV
A Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado de sumo dos caules da planta Angelica keiskei (sumo do caule da ashitaba) como novo alimento. A planta tradicional japonesa pertence à família das cenouras.
Em 8 de Agosto de 2019, a empresa Japan Bio Science Laboratory (JBSL)-USA, Inc. apresentou à Comissão um pedido de autorização para colocar no mercado da União Europeia (UE) como novo alimento o sumo dos caules da planta Angelica keiskei, solicitando que este fosse utilizado em suplementos alimentares, em níveis máximos de 780 mg/dia destinados à população adulta, excluindo mulheres grávidas e lactantes.
O novo alimento é disponibilizado aos consumidores como uma preparação que contém aproximadamente 30% de sumo do caule da ashitaba e 70% de ciclodextrinas explica o Regulamento de Execução (UE) 2024/2061 da Comissão, de 30 de Julho de 2024.
Em 19 de Dezembro de 2019, a Comissão solicitou à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) que efectuasse uma avaliação do sumo do caule da ashitaba como novo alimento, tendo esta em 1 de Fevereiro de 2024, emitido um parecer científico onde concluiu que o sumo “é seguro nas condições de utilização propostas, para as populações-alvo propostas, a níveis não superiores a 137 mg/dia que devem corresponder a 35 mg/dia do produto tal como se destina a ser apresentado ao consumidor”.
A EFSA declarou ainda que essa ingestão, embora inferior ao nível de 780 mg/dia proposto pela empresa, proporciona uma margem de exposição (ME) adequada aos níveis sem efeitos adversos observáveis (NOAEL) resultantes do estudo de toxicidade subcrónica.
Por conseguinte, o parecer científico da EFSA contém fundamentos suficientes para concluir que o sumo do caule da ashitaba, quando utilizado em níveis não superiores a 137 mg/dia em suplementos alimentares destinados à população adulta, excluindo mulheres grávidas e lactantes, preenche as condições para a sua colocação no mercado.
Fonte: Agricultura e Mar
Uma equipa de cientistas identificou como e onde começa a resposta ao glúten, e que certas células desempenham um papel mais importante do que se pensava — uma descoberta que poderá conduzir a novas opções de tratamento para os doentes celíacos.
Tal como outras doenças autoimunes, a doença celíaca ocorre quando o corpo lança erroneamente uma resposta imune contra uma molécula inofensiva – neste caso, o gatilho é o glúten, uma proteína encontrada em muitos cereais.
O consumo deste tipo de alimentos leva a uma série de sintomas desagradáveis, e o único tratamento é uma dieta rigorosa.
Agora, investigadores da Universidade McMaster, no Canadá, identificaram como e onde começa a resposta ao glúten, com certas células a desempenhar um papel maior do que se pensava.
Segundo o New Atlas, a equipa usou ratos de laboratório e mini-intestinos organóides para observar as respostas de diferentes células à presença de glúten.
“Isto permitiu-nos restringir a causa e o efeito específicos e provar exatamente se e como a reação ocorre”, explicou o cientista Tohid Didar.
A investigação permitiu descobrir que as células epiteliais – que compõem o revestimento interno do intestino superior – respondem ao glúten estimulando ativamente a libertação de células T CD4+.
Por sua vez, essas células auxiliares desencadeiam uma resposta imune hiperativa que causa os sintomas celíacos.
Até agora, acreditava-se que a resposta envolvia apenas células imunes, embora se suspeitasse que as células epiteliais desempenhassem um papel importante. Esta suspeita foi, finalmente, confirmada.
O estudo também permitiu descobrir um outro fator: as células epiteliais enviam sinais mais fortes para as células imunológicas na presença de Pseudomonas aeruginosa, uma espécie de bactéria patogénica que normalmente não é uma parte saudável do microbioma humano.
Os cientistas afirmam que esta nova descoberta pode fornecer informações úteis para o desenvolvimento de medicamentos para tratar ou prevenir a doença celíaca.
O teste para averiguar a presença de Pseudomonas aeruginosa pode também ajudar a identificar pacientes com maior risco de desenvolver a doença.
“Atualmente, a única maneira de tratar a doença celíaca é eliminar totalmente o glúten da dieta, mas isso é muito difícil de fazer, para além de os especialistas concordarem que uma dieta sem glúten é insuficiente”, salientou uma das autoras do estudo, Elena Verdu.
O artigo científico foi publicado, este mês, na Gastroenterology.
Fonte: Zap.aeiou
Estudo estima que pelo menos 10% dos jovens em todo o mundo consomem mais de sete porções de bebidas açucaradas por semana.
Uma nova análise global dos hábitos alimentares de crianças e adolescentes de 185 países revelou que os jovens, em média, consumiram quase 23% mais bebidas açucaradas em 2018, em comparação com 1990.
Em geral, o consumo era semelhante em rapazes e raparigas, mas mais elevado em adolescentes, residentes urbanos e filhos de pais com níveis de educação mais baixos. Os investigadores da Escola Friedman de Ciência e Política da Nutrição da Universidade Tufts, EUA, publicaram os resultados no The BMJ.
O estudo baseou-se na Global Dietary Database, uma compilação abrangente do que as pessoas em todo o mundo comem ou bebem, para gerar as primeiras estimativas e tendências globais do consumo de bebidas açucaradas na juventude.
Estas foram definidas como refrigerantes, sumos, bebidas energéticas, bebidas desportivas e bebidas de fruta adoçadas em casa, como as águas frescas, com açúcares adicionados e contendo mais de 50 kcal por dose de uma chávena.
Incorporando dados de mais de 1200 inquéritos de 1990 a 2018 num modelo de grande dimensão, a equipa de investigação descobriu que os jovens (definidos como aqueles com idades compreendidas entre os 3 e os 19 anos) bebiam mais e tinham quase o dobro da ingestão global dos adultos.
A definição de bebidas açucaradas da equipa de investigação excluiu os sumos de fruta a 100%, as bebidas não calóricas adoçadas artificialmente e os leites açucarados.
O consumo de bebidas açucaradas entre os jovens variava drasticamente consoante a região do mundo, com uma média de 3,6 porções por semana a nível mundial e variando entre 1,3 porções por semana no Sul da Ásia e 9,1 na América Latina e nas Caraíbas.
Os investigadores descobriram que as crianças e os adolescentes de 56 países, representando 238 milhões de jovens ou 10% da população jovem mundial, consumiam em média 7 ou mais doses por semana.
“As bebidas açucaradas aumentam o aumento de peso e o risco de obesidade, pelo que, apesar de as crianças não desenvolverem frequentemente diabetes ou doenças cardiovasculares quando são jovens, podem ter impactos significativos mais tarde na vida”, afirmou a autora, Laura Lara-Castor. “Este estudo realça a necessidade de uma educação direcionada e de intervenções políticas para mudar o comportamento desde cedo e prevenir os resultados adversos associados à ingestão de bebidas açucaradas na infância”.
México lidera
Entre as nações mais populosas do mundo, aquelas com a maior ingestão de bebidas açucaradas por jovens em 2018 incluíam o México (10.1 porções por semana), seguido por Uganda (6.9), Paquistão (6.4), África do Sul (6.2) e Estados Unidos (6.2).
Analisando as tendências de 1990 a 2018, a região com o maior aumento no consumo entre os jovens foi a África Subsaariana, na qual as porções semanais médias cresceram 106% para 2,17 porções por semana, uma aceleração que requer atenção, dizem os pesquisadores.
Nos últimos anos, muitos governos em todo o mundo têm vindo a implementar medidas como impostos sobre os refrigerantes e restrições à venda de bebidas açucaradas nas escolas para promover hábitos alimentares saudáveis. Estes esforços são novos e enfrentam também fortes forças contrárias, como o marketing agressivo da indústria e a globalização do sector alimentar.
“As nossas descobertas devem fazer soar o alarme em quase todas as nações do mundo”, afirmou o autor sénior, Dariush Mozaffarian. “Os consumos e as tendências que estamos a observar representam uma ameaça significativa para a saúde pública, que podemos e devemos abordar para o futuro de uma população mais saudável.”
Fonte: mood.sapo
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