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Portugal apresenta actualmente o preço mais baixo do leite entre todos os países da União Europeia. E com o aumento do custo das rações, cresce o endividamento e o abandono do sector

Uziel Carvalho é um dos últimos cinco produtores de leite que resistem no concelho de Leiria. “Há 20 anos, éramos dezenas. Mas esta actividade já não é rentável”, lamenta.

O desalento de Uziel Carvalho junta-se ao de Jorge Silva, produtor de Alfeizerão, em Alcobaça, concelho onde só restam duas explorações de maior dimensão. Além destas, conta-se um punhado de outras, pequenas, mantidas por pessoas idosas e que estão em vias de acabar, expõe Jorge Silva.

As razões do declínio estão, de resto, bem identificadas pela Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), que num misto de revolta e de desespero escreveu uma carta aberta aos industriais de lacticínios, às empresas de distribuição, à ministra da Agricultura e ao secretário regional da Agricultura dos Açores.

Além do baixo preço do leite português, que está praticamente congelado há dez anos, e que se tornou o mais baixo de todos os países da União Europeia, os produtores nacionais batem-se agora com o aumento do preço das matérias-primas que compõem as rações. Sem intervenção rápida do Estado e sem que as cadeias de distribuição actualizem os preços junto dos seus fornecedores, o sector não vai resistir, explica Carlos Neves, secretário-geral da Aprolep.

Fonte: Agroportal

Acaba de ser publicado mais um Guia do Conselho da Europa para materiais em contacto com alimentos, ainda não regulamentados pela UE, desta vez relativo a papel e cartão. Trata-se do Guia Paper and Board used in food contact materials and articles e pode ser consultado aqui

Fonte: DGAV

Na sequência da prática continuada de colocação no mercado de materiais para contacto com os alimentos, de plástico com constituintes não autorizados – bambu, milho e outras substâncias vegetais -, a Comissão Europeia e os Estados-Membros da UE concordaram em lançar um plano de ação para pôr fim a esta situação. O objetivo é garantir que os produtos são rejeitados nas fronteiras e não entram na União.

Convém recordar os operadores da ilegalidade destes produtos, frequentemente vendidos em plataformas online – o uso de tais aditivos não autorizados pode comprometer a integridade do plástico, causando migração excessiva dos seus constituintes -, e consciencializar os consumidores.

Sem prejuízo deste plano de ação, mantém-se a possibilidade de solicitar a avaliação para autorização de aditivos atualmente não autorizados.

Fonte: DGAV

Em abril, Portugal apresentou o maior aumentos nas vendas a retalho mensais na União Europeia, com um crescimento de 4,3%.

De acordo com os dados do Eurostat, quer ao nível da zona da moeda única quer do conjunto da União Europeia, o volume do comércio a retalho caiu 3,1%, contrariando o comportamento evidenciado em março, quando tinha crescido, respetivamente, 3,3% e 3,2%. Concretamente, na zona da moeda única, o índice diminuiu 5,1% nos produtos não alimentares e 2% nos alimentos bebidas e tabaco, enquanto aumentou 0,4% nos combustíveis para automóveis. Já na União Europeia, diminuiu 4,7% nos produtos não alimentares e 1,9% nos alimentos, bebidas e tabaco, enquanto se manteve estável nos combustíveis.

Entre os Estados-membro dos quais existem dados disponíveis, as maiores quedas, em termos mensais, no comércio a retalho foram registadas na Eslovénia (-10,4%), na Dinamarca (-8,6%) e em França (-6%). Já os maiores aumentos observaram-se, para além de em Portugal, na Letónia (3,8%) e na Lituânia (3,7%).

Crescimento face a 2020

Em comparação com o período homólogo de 2020, as vendas ajustadas da sazonalidade aumentaram 23,9% na zona euro e 22,4% na União Europeia.

Na zona da moeda única, o índice cresceu 65,5% nos combustíveis, 42,6% nos produtos não alimentares e 3,3% nos alimentos, bebidas e tabaco. Já na União Europeia, aumentou 54,3% nos combustíveis para automóveis, 38,6% nos produtos não alimentares e 3,4% nos alimentos, bebidas e tabaco.

O volume do comércio a retalho cresceu em todos os Estados-membro dos quais existem dados disponíveis, com os maiores incrementos a serem registados no Luxemburgo (46,1%), em França (42,1%) e na Roménia (41,7%).

Fonte: Grande Consumo

As Autoridades Sanitárias Veterinárias de Israel comunicaram a suspensão temporária à DGAV, com caráter imediato, das exportações de animais vivos a partir de Portugal.

Esta situação decorre do envio de um lote de ovinos jovens que, na sua totalidade, estavam registados como machos por erro do detentor.

No entanto, segundo informação da Autoridade Competente Israelita, no lote exportado verificou-se a existência de algumas fêmeas.

Uma vez que as exportações para Israel de ovinos e caprinos para engorda, apenas visam animais do género masculino, a situação em causa configura uma irregularidade.

As Autoridades Competentes de Portugal e Israel têm vindo a manter contactos regulares no sentido de clarificar o ocorrido e retomar, com brevidade, o processo de certificação.

A DGAV impôs, no imediato, uma limitação aos movimentos para, e a partir da exploração de origem dos animais certificados, e determinou um controle de identificação e registo a todos os animais presentes na exploração.

O resultado do controlo efetuado irá determinar as medidas subsequentes a aplicar.

Fonte: DGAV

Os produtores de leite exigiram hoje a intervenção urgente do Governo, pedindo um aumento de cinco cêntimos por litro de leite e a interrupção da “agonia” que vai levar à morte do setor em Portugal.

Numa carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, a APROLEP – Associação dos Produtores de Leite de Portugal sublinha que Portugal ocupa o último lugar entre 27 estados-membros, com o preço mais baixo do leite à produção: 29,9 cêntimos por kg de leite, e por isso pedem a intervenção urgente do Governo

“Em maio passado, escrevemos uma carta aberta à senhora Ministra da Agricultura e a várias entidades que intervém na fileira do leite. Não tivemos até hoje qualquer resposta do seu Governo”, escrevem os produtores de leite.

A APROLEP diz que na altura deram conta de que os produtores de leite portugueses tinham tido em março o pior preço do leite na Europa, apenas 29,9 cêntimos por kg de leite, cinco cêntimos abaixo da média comunitária.

“Hoje, com dados atualizados pelo Observatório Europeu do Leite, sabemos que continuámos em abril com o pior preço da Europa e com a diferença agravada para 5,4 cêntimos abaixo da média comunitária. Em maio a diferença terá aumentado para 5,6 cêntimos”, é referido na carta.

A APROLEP considera “uma vergonha” o facto de Portugal ocupar o último lugar entre 27 estados-membros, com “preços de miséria”, quando Portugal preside à União Europeia.

Os produtores explicam que os cereais e matérias-primas necessárias que têm de comprar para equilibrar a alimentação dos animais subiram, sem perspetiva de descida a curto prazo e, isso, provocou um aumento no custo de produção de cerca de três cêntimos por litro.

“A nossa margem já era muito reduzida antes desta subida, porque recebemos o mesmo preço há 20 anos e suportámos aumentos do custo da energia, da mão de obra e de todos os fatores de produção. Fomos já avisados de novos aumentos no custo da ração para os próximos meses”, destacam os produtores.

Por isso, os produtores alertam para o facto de que vai haver atrasos nos pagamentos, desânimo e revolta.

“Teremos de colocar tratores na rua, à porta das fábricas, dos supermercados ou da Assembleia de República? Teremos de entrar em greve de fome para que dediquem ao nosso setor a atenção que precisa neste momento? Precisamos, com urgência, de um aumento de cinco cêntimos por litro de leite”, destacam.

Fonte: Agroportal

A resistência antimicrobiana (AMR) pode ser descrita como o problema de saúde fundamental ("One Health") por excelência: envolve humanos, animais e o meio ambiente.

É também um problema multissetorial de segurança alimentar cujos efeitos transcendem as fronteiras. Com um contexto tão interligado, uma legislação com impacto na AMR é fundamental para o combate ao tema e para o estabelecimento de articulações entre os diversos setores e atividades. Como a AMR é um problema holístico, as conexões entre a AMR e suas implicações nas diferentes áreas do direito precisam ser consideradas.

Este documento apresenta em detalhes a conexão entre a legislação de segurança alimentar e a AMR. Discute como os limites máximos de resíduos de pesticidas e antimicrobianos podem impactar diretamente a AMR. Embora alguns aspetos dessa conexão já estejam estabelecidos o suficiente para a adoção de medidas regulatórias, outros precisariam de mais consideração, por exemplo, aditivos alimentares com impacto sobre a AMR.

A análise e o fortalecimento dos sistemas regulatórios relevantes são as principais preocupações das autoridades nacionais de inocuidade dos alimentos. Também é importante identificar os mecanismos regulatórios existentes que podem ser utilizados para introduzir considerações relevantes para a AMR. Sob as lentes da AMR, a estrutura legal precisará ser considerada como um todo.

Pode consultar o documento aqui.

Fonte: FAO

Este documento fornece orientação sobre a realização de avaliações de risco de todos os perigos microbianos que podem afetar adversamente a saúde humana em alimentos ao longo de uma cadeia alimentar.

Este guia também se destina a fornecer orientações práticas sobre uma estruturação para a realização de avaliação de risco de perigos microbiológicos em alimentos, focando os quatro componentes, incluindo identificação de perigo, caracterização de perigo, avaliação de exposição e caracterização de risco. Essas diretrizes representam, portanto, a melhor prática no momento de sua preparação, e espera-se que ajudem a estimular novos desenvolvimentos e a disseminar o conhecimento atual.

Pode consultar o documento aqui.

Fonte: FAO

O máximo anual do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiu agora outro perigoso limiar, com a concentração global deste gás com efeito de estufa a ser 50% superior ao nível anterior à idade industrial.

Em relatório divulgado segunda-feira pela agência dos EUA para a Atmosfera e o Oceano (NOAA, na sigla em Inglês), salientou-se que a velocidade média de aumento é a mais rápida de sempre.

A NOAA avançou que a concentração média de CO2 em maio foi de 419,13 partes por milhão (ppm). Esta quantidade supera a homóloga em 1,82 ppm e é 50% superior ao nível estável da era pré-industrial, quando se situava nas 280 ppm, realçou o cientista climático Pieter Tans, da NOAA.

As ppm indicam o número de moléculas de CO2 por milhão de moléculas de ar seco.

Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera atingem o máximo anual em maio, antes de a vida vegetal no Hemisfério Norte florescer, o que permite a absorção de parte desse CO2 pelas flores, folhas, sementes e caules.

Mas o alívio é temporário, porque as emissões de CO2 resultantes da queima de carvão, petróleo e gás natural para transporte e eletricidade excedem em muito a capacidade de absorção das plantas, o que coloca os níveis deste gás com efeito de estufa em valores recorde, ano após ano.

“Alcançar um nível de dióxido de carbono 50% acima do pré-industrial é realmente estabelecer uma nova referência, mas não uma boa”, considerou Natalie Mahowald, cientista climática da Universidade de Cornell, que não participou na investigação. “Se queremos evitar as piores consequências das alterações climáticas, precisamos de trabalhar muito mais para cortar as emissões de dióxido de carbono, e isto já”, acrescentou.

O aquecimento global faz muito mais do que elevar as temperaturas. Torna os eventos climáticos extremos, como tempestades, incêndios, inundações e secas, piores e mais frequentes e provoca a subida do nível do mar, que também fica mais ácido. Conduz também a problemas de saúde, incluindo mortes por calor, e ao aumento de alergias. Em 2015, foi assinado o Acordo de Paris, no quadro da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de manter o aquecimento global abaixo de níveis considerado perigosos.

A concentração de CO2 é monitorizada também na montanha de Mauna Loa, no Havai, na Instituição de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia, em San Diego. Este controlo foi criado por Charles Keeling, em 1958, o que deu origem à famosa Curva de Keeling, e é hoje continuado designadamente pelo seu filho, o geoquímico Ralph Keeling.

A Scripps, que calcula os números de uma forma relativamente diferente, baseados no tempo e em médias, estima o pico de maio em 418,9.

Estes valores beneficiaram das contenções socioeonómicas determinados pelo combate à pandemia, que reduziram viagens, transportes e outra atividade.

O dióxido de carbono pode ficar no ar durante mil anos ou mais.

A média do aumento das ppm do CO2, considerando um período de referência de 10 anos, alcançou um máximo, de 2,4 ppm por ano.

“Um aumento destes do dióxido de carbono em poucas décadas é extremamente raro”, salientou Tans. “Por exemplo, quando a Terra saiu da última idade de gelo, o dióxido de carbono subiu cerca de 80 ppm, o que precisou de seis mil anos. Nós tivemos uma subida muito maior nas recentes décadas”, disse.

Em termos comparativos, foram precisos apenas 42 anos, de 1979 to 2021, para aumentar o CO2 naquela mesma quantidade.

“O mundo está a aproximar-se do ponto onde a ultrapassagem dos objetivos de Paris e a entrada em uma zona climática perigosa se tornam inevitáveis”, preveniu Michael Oppenheimer, climatólogo na Universidade de Princeton.

Fonte: Greensavers

A Associação dos Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco (APQDCB) está a implementar um Banco de Terras para Pastores, e como tal, está à procura de terrenos abandonados. A iniciativa pretende dar uma nova vida a terras subvalorizadas, combater a degradação da paisagem, impulsionar a economia rural e impulsionar a produção de queijo DOP da Beira Baixa.

O Banco de Terras para Pastores pretende facilitar o acesso à terra a novos empreendedores rurais, que querem desenvolver a atividade pecuária de ovinicultura e/ou capricultura para a produção de leite para fabricação de Queijo da Beira Baixa DOP.

Como explica Carlos Godinho, Presidente da APQDCB, procuram-se “terrenos que se encontram abandonados ou subvalorizados, e que tenham aptidão para o desenvolvimento da pastorícia, podendo, assim, os seus proprietários rentabilizar os mesmos através deste instrumento. Após a angariação de terrenos, os mesmos serão apresentados publicamente a potenciais empreendedores, para que estes os possam arrendar”.

Os municípios e freguesias que integram a área geográfica da ação, são os seguintes: Fundão, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão, Belmonte, Penamacor, Idanha-a-Nova, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei, Mação, freguesias de aldeia de São Francisco, União de freguesias de Barco e Coutada, Boidobra, União de freguesias de Casegas e Ourondo, União de freguesias de Covilhã e Canhoso, Dominguiso, Ferro, Orjais, Peraboa, União de freguesias Peso e Vales do Rio, São Jorge da Beira, Sobral e São Miguel, Tortosendo, União de freguesias Teixoso e São Miguel, União de freguesias Vale Formoso e Aldeia do Souto do concelho da Covilhã.

Os interessados devem preencher o seguinte formulário.

Esta iniciativa está inserida no “Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro”, cofinanciado pelo CENTRO2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Rural.

Fonte: Greensavers