A tendência da saúde intestinal continua a impulsionar a inovação e o desenvolvimento de novos produtos no setor alimentar e de bebidas.
A saúde intestinal é uma das maiores tendências na alimentação e nas bebidas. Vamos analisar os produtos que promovem a saúde digestiva e que estão preparados para dominar as vendas este ano.
Esta tendência continua a liderar o setor alimentar e de bebidas, impulsionando a inovação, incentivando o desenvolvimento de novos produtos e aumentando as vendas.
E o seu sucesso é evidente: o mercado global de produtos para a saúde digestiva está atualmente avaliado em impressionantes 51,62 mil milhões de dólares, com um crescimento anual composto (CAGR) projetado de 8,3%, segundo a Grand View Research.
Então, qual será o próximo passo para este gigante da saúde e bem-estar? E que produtos irão liderar o mercado?
Os quatro Ks da saúde intestinal: kimchi, kefir, kombucha e chucrute
Os quatro Ks da saúde intestinal – kimchi, kefir, kombucha e chucrute (sauerkraut) – continuam extremamente populares, com a procura forte dos consumidores.
Marcas focadas na saúde intestinal, estão a prosperar, expandiram as suas gamas de produtos para atender à crescente procura.
Mas isso não significa que seja tarde demais para investir num ou em todos os quatro Ks. Pelo contrário, o crescente interesse dos consumidores nestes produtos torna este o momento ideal para os fabricantes entrarem neste mercado.
Taxa de crescimento dos quatro Ks
Kefir: Valor global atual de 1,26 mil milhões de dólares | Crescimento CAGR de 5,0% (Grand View Research)
Kimchi: Valor global atual de 4,9 mil milhões de dólares | Crescimento CAGR de 4,9% (Grand View Research)
Kombucha: Valor global atual de 2,64 mil milhões de dólares | Crescimento CAGR de 15,6% (Grand View Research)
Chucrute: Valor global atual de 10,5 mil milhões de dólares | Crescimento CAGR de 5,3% (Market.us)
Fortificação
Outro grande motor de crescimento na área da saúde intestinal é a fortificação.
A fortificação de produtos existentes para os transformar em alimentos e bebidas funcionais tornou-se extremamente popular entre os fabricantes. A crescente procura dos consumidores levou a um mercado global avaliado em mais de 281 mil milhões de dólares, segundo a Statista.
Além disso, qualquer produto que contenha ingredientes benéficos para a saúde intestinal, como curcuma e canela, está a ter grande sucesso.
“Curcuma, gengibre, canela, hortelã-pimenta, raiz de alcaçuz e orégãos são seis especiarias com potentes efeitos anti-inflamatórios que apoiam a saúde intestinal ideal”, afirma Adam Meyer, nutricionista da Eating Well.
Doces e chocolates
Doces e chocolates com benefícios para a saúde intestinal são uma novidade no mercado. Mas, agora que chegaram, estão a conquistar os consumidores e a procura está em crescimento.
Desde os ursinhos de goma ricos em fibras, o setor da confeitaria está a aderir à tendência da saúde intestinal.
Os produtores de chocolate também estão a entrar neste segmento, ex..Chocolate Belga com Culturas Vivas.
Além disso, as vendas de chocolate negro deverão continuar a crescer, pois o produto ganhou uma forte reputação pelos seus benefícios para a saúde intestinal.
“O chocolate negro com pelo menos 70% de cacau contém muitos nutrientes essenciais”, afirma o professor Tim Spector, cofundador da ZOE. “É rico em ferro, magnésio, cobre e manganês. Também contém cálcio, potássio e zinco, além de vestígios de vitaminas A, B, E e K. Uma barra média de 100 gramas de chocolate negro tem cerca de 11 gramas de fibra, o que é benéfico para a saúde intestinal.”
Graças a essas associações positivas, o mercado global de chocolate negro atingiu um valor de 63,4 mil milhões de dólares, com uma taxa de crescimento projetada de 3,8% ao ano (Grand View Research).
Um desenvolvimento interessante é a entrada de marcas de suplementos no setor da confeitaria, contendo 3 mil milhões de bactérias vivas por bola.
Snacks
Mas não são apenas os doces que impulsionam a tendência da saúde intestinal. Os snacks também estão a ganhar destaque, com o lançamento de barras de cereais, bolachas e até batatas fritas com benefícios para o intestino.
Já existe no mercado batatas fritas sabor a bacon fumado, formuladas para apoiar a saúde intestinal.
“Carregadas de fibra amiga do intestino para manter o bem-estar digestivo – é comida para um bom humor”, afirma um porta-voz da marca britânica.
A Dieta Mediterrânica
Um estudo recente demonstrou os benefícios da Dieta Mediterrânica para a saúde intestinal, aumentando ainda mais o seu prestígio e colocando os seus principais componentes no topo das listas de compras dos consumidores.
Em particular, azeite, frutas e vegetais, proteínas magras como frango e peixe, e alimentos ricos em fibra como feijão e leguminosas estão a ver um aumento nas vendas.
“Sabemos que a Dieta Mediterrânica tem um teor de fibra mais elevado do que as dietas ocidentais típicas”, afirma um porta-voz da Guts UK. “A fibra beneficia o microbioma intestinal ao aumentar a quantidade de espécies benéficas que vivem no nosso intestino (como lactobacilos e bifidobactérias). Simplificando, a fibra ‘alimenta’ os microrganismos do intestino.”
Fonte: Foodnavigator
Para os cientistas responsáveis por esta investigação, publicada na revista Nature, estes “resultados devem fazer soar o alarme”.
Pequenas partículas de plástico podem acumular-se a níveis mais elevados no cérebro humano do que nos rins e no fígado, com concentrações mais elevadas detetadas em amostras de cadáveres de 2024 do que nas de 2016.
Embora as possíveis implicações para a saúde humana permaneçam pouco claras, estas descobertas evidenciam uma consequência das crescentes concentrações globais de plásticos ambientais, afirmam os cientistas por detrás da investigação, publicada na revista Nature Medicine.
Os cientistas sublinham que a quantidade de nanopartículas e micropartículas de plástico aumentou exponencialmente nos últimos 50 anos.
Matthew Campen e a sua equipa de ciências da saúde da Universidade do Novo México nos Estados Unidos utilizaram técnicas inovadoras para analisar a distribuição de micro e nanopartículas em amostras de tecido do fígado, dos rins e do cérebro de pessoas que foram submetidas a autópsias em 2016 e 2024.
De acordo com Campen, as concentrações de plástico no cérebro parecem ser mais elevadas do que no fígado ou nos rins, e mais elevadas do que os relatórios anteriores para placentas e testículos.
"Os resultados devem fazer soar o alarme", afirma num comunicado da universidade.
As conclusões do estudo
Para chegar às suas conclusões, os investigadores analisaram um total de 52 amostras de cérebro (28 em 2016 e 24 em 2024); detetaram estas partículas em todas elas e encontraram concentrações semelhantes nas amostras de tecido do fígado e dos rins obtidas em 2016.
No entanto, as amostras de cérebro recolhidas nessa altura, todas provenientes da região do córtex frontal, continham concentrações substancialmente mais elevadas de partículas de plástico do que os tecidos do fígado e dos rins.
A equipa também descobriu que as amostras de fígado e cérebro de 2024 tinham concentrações significativamente mais elevadas de micro e nanopartículas de plástico do que as de 2016.
Em seguida, compararam estes resultados com os de amostras de tecido cerebral de períodos anteriores (1997-2013) e verificaram que havia concentrações mais elevadas de partículas de plástico nas amostras de tecido mais recentes.
Os cientistas também observaram uma concentração 10 vezes maior de partículas micro e nanoplásticas em 12 cérebros de indivíduos com um diagnóstico documentado de demência do que naqueles sem diagnóstico.
No entanto, os próprios autores salientam que os resultados não estabelecem uma relação causal entre as partículas de plástico e os efeitos na saúde.
Sugerem também que algumas variações nas amostras de cérebro podem dever-se a diferenças geográficas, uma vez que as amostras foram recolhidas no Novo México e em locais na costa leste dos Estados Unidos.
Por conseguinte, afirmam que são necessários mais estudos a longo prazo com populações maiores e mais diversificadas para determinar as tendências de acumulação de micropartículas e nanopartículas e as suas potenciais implicações para a saúde.
Estes resultados sublinham a necessidade crítica de compreender melhor as vias de exposição, absorção e eliminação e as potenciais consequências para a saúde dos plásticos nos tecidos humanos, em particular no cérebro, concluem os investigadores no seu artigo. Nos últimos anos, surgiram vários estudos científicos sobre os microplásticos e o corpo humano.
Na semana passada, por exemplo, foi publicada na revista Pregnancy uma investigação que indicava que os microplásticos - mais pequenos do que 5 milímetros - e os nanoplásticos, invisíveis a olho nu, se encontravam em concentrações mais elevadas nas placentas de bebés nascidos prematuramente do que nos nascidos de termo.
No passado, os plásticos foram encontrados, entre outros, na secção mais profunda dos pulmões ou na corrente sanguínea dos seres humanos.
Fonte: SicNotícias
Foi publicada uma versão atualizada do Guia da Produção, Controlo, Certificação e Comercialização de Materiais Frutícolas – guia explicativo do Decreto-Lei nº 82/2017, de 18 de julho, na sua versão atual.
Este guia vem substituir a versão anterior e atualizar, à luz das alterações legislativas entretanto ocorridas, as regras a cumprir na produção, controlo, certificação e comercialização de materiais frutícolas pelos vários intervenientes nesta área de atividade, com vista a uma leitura mais acessível e prática das mesmas.
Fonte: DGAV
A 31 de janeiro, foi confirmado um novo foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa capoeira doméstica situada freguesia de Angeja, concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro.
As medidas de controlo implementadas pela DGAV, de acordo com a legislação em vigor, incluem a inspeção aos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção, assim como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações que detêm aves existentes nas zonas de restrição num raio de até 10 km em redor do foco detetado na capoeira doméstica.
Perante a atual circulação persistente do vírus da GAAP, a DGAV reitera o apelo a todos os detentores de aves que cumpram com rigor as medidas determinadas pelo Edital n.º 29 da Gripe Aviária. Salientamos que o confinamento de todas as aves detidas no território do continente é a medida mais eficaz para evitar contactos entre aves domésticas e aves selvagens, sendo essencial para prevenir novos focos de doença.
Recomendamos ainda o cumprimento das medidas de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, evitando contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens, reforçando os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, e aplicando rigoroso controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves.
Mais informações sobre prevenção e biossegurança estão disponíveis na página da gripe aviária do portal da DGAV, incluindo um vídeo e um cartaz.
A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata, para permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno pela DGAV.
As medidas de controlo de doença aplicadas nas zonas sujeitas a restrições sanitárias são determinadas pelo Edital n.º 29 da Gripe Aviária, que pode ser consultado aqui.
Fonte: DGAV
A combinação de tratamentos de desinfeção e de reabastecimento de água pode ajudar a manter a qualidade microbiológica da água utilizada no processamento de frutas, legumes e ervas frescas e congeladas. Esta é a principal conclusão de uma análise efetuada por peritos da EFSA, que resultou em várias recomendações e no desenvolvimento de uma nova ferramenta online.
Nos últimos anos, agentes patogénicos como a Listeria monocytogenes e a STEC causaram grandes surtos na União Europeia, relacionados com o consumo de frutas, legumes e ervas frescas e congeladas. A qualidade da água e a sua utilização industrial são uma preocupação crescente a nível mundial, não só porque a má qualidade da água pode introduzir microrganismos nocivos nos produtos alimentares, mas devido também às alterações climáticas e à redução prevista da disponibilidade de água.
Os peritos da EFSA analisaram a qualidade microbiológica e físico-química da água utilizada no processamento de frutas, legumes e ervas aromáticas em ambientes industriais. Elaboraram também um conjunto de planos de gestão da água de processamento e uma ferramenta online, que podem ajudar a indústria a melhorar os seus sistemas de gestão da água.
Água de processamento adequada à finalidade
Na sua análise, os peritos da EFSA seguiram o conceito de “água adequada à sua finalidade”, desenvolvido pela FAO e pela OMS. Esta abordagem exige que sejam considerados diferentes aspetos ao decidir sobre o melhor plano de gestão da água, tais como a avaliação da fonte de água e os potenciais perigos relacionados com a mesma, as opções de desinfeção e a utilização final do produto alimentar (por exemplo, se for consumido cru).
As recomendações são apresentadas em três pareceres científicos - um sobre frutos, legumes e ervas aromáticas frescos e inteiros, outro sobre produtos frescos cortados e o terceiro sobre produtos congelados.
As publicações de hoje vêm no seguimento de um trabalho anterior da EFSA, em 2023, no qual delineou a base teórica para um plano de gestão das águas de processo, utilizando conhecimentos de estudos anteriores, dados sobre surtos e respostas da indústria a um questionário.
Uma nova aplicação - WaterManage4You
A EFSA também desenvolveu o WaterManage4You, uma ferramenta online gratuita que ajudará a prever a transferência e a acumulação de bactérias na água de processamento em cenários industriais. A aplicação é altamente relevante para os operadores de empresas do setor alimentar, cientistas e autoridades que trabalham neste domínio.
A ferramenta funciona com dados predefinidos ou personalizados, utilizando um modelo matemático único, descrito num parecer científico, para simular vários cenários e prever o impacto de diferentes estratégias de desinfeção e reabastecimento de água. Para tal, a aplicação considera parâmetros como o volume e o reabastecimento de água, a concentração de cloro desinfetante, o volume total do produto a ser lavado e a contagem total de bactérias.
Fonte: EFSA
Este hábito entre pessoas idosas não oferece os nutrientes necessários para manter e recuperar a massa muscular que tende a diminuir com o envelhecimento do corpo.
Um jantar leve como sopa de legumes é hábito entre pessoas idosas, mas não oferece os nutrientes necessários para manter e recuperar a massa muscular que tende a diminuir com o envelhecimento do corpo.
Para prevenir ou desacelerar esta perda de massa muscular é fundamental consumir alimentos ricos em proteínas de boa qualidade, que ajudam a "reconstruir" e "manter os músculos", explicou em declarações à Lusa Diogo Catita, nutricionista das residências Montepio de Lisboa e Vale do Tejo, que tem um lar privado onde 99,9% dos residentes são pessoas idosas, e membro do Conselho Geral da Ordem dos Nutricionistas.
A proteína ajuda na manutenção e recuperação da massa muscular e a Sociedade Europeia de Nutrição e Metabolismo (ESPEN) recomenda um consumo diário de pelo menos 1-1,2 gramas de proteína por quilograma de peso corporal para idosos saudáveis e até 1,5 g/kg para idosos doentes ou com sarcopenia (alteração metabólica do idoso).
Em idosos doentes, como os que têm doenças crónicas ou estão em recuperação de uma cirurgia, a necessidade de proteína é ainda maior, sendo as refeições ligeiras pobres e insuficientes para suportar a recuperação ou preservar a massa muscular.
Além da proteína, outros nutrientes como hidratos de carbono, lípidos, vitaminas e minerais, são cruciais para manter o funcionamento do organismo e prevenir deficiências.
A vitamina D e cálcio são essenciais para a saúde óssea e prevenção de quedas, sendo boas fontes alimentos como laticínios, peixes gordos e ovos, enquanto os hidratos de carbono e gorduras garantem a energia necessária para as atividades do dia-a-dia.
As fibras e líquidos ajudam a prevenir a obstipação, um problema comum na idade avançada, e é essencial beber cerca de 1,5 litros de água por dia, frisou.
Para um envelhecimento saudável é preciso dar ao corpo os nutrientes necessários e, tal como na alimentação de um adulto é necessária proteína, animal ou vegetal, na de um idoso são precisos mais nutrientes que podem ser acrescentados à sopa que faz parte da dieta mediterrânea baseada em alimentos frescos como vegetais e cuja principal fonte de gordura é o azeite de oliva.
Opções de alimentação corretas para suprir necessidades desta fase de vida são as que também incluem nas refeições diárias alimentos ricos em proteínas, mas adaptados às dificuldades de mastigação e digestão frequentes no idoso, como adicionar carne ou peixe (bem cozido) desfiados à sopa de legumes ou leguminosas (como lentilhas ou grão-de-bico) trituradas.
Também os ovos, que são fáceis de mastigar e muito nutritivos, são opções práticas e proteicas, assim como incorporar queijos frescos, iogurtes ou leite ao pequeno-almoço e lanches.
A ingestão de líquidos (água, bebidas e nos alimentos) permite compensar perdas diárias por respiração, transpiração, urina e fezes, e previne efeitos adversos associados à desidratação, sendo as frutas e sopas alimentos com elevado teor de água.
A hidratação no idoso é também muito importante, de 1,5 litros (L) por dia de líquidos para mulheres idosas e de dois litros para homens de idade avançada, recomendações que podem variar devido a condições clínicas específicas, ressalvou.
Os valores não são iguais para todas as pessoas com mais idade, pois com o avançar da idade aparecem múltiplas patologias que podem condicionar a ingestão hídrica, como em idosos com patologia renal hemodialisados, onde a ingestão hídrica está muito bem delimitada.
Outro fator que pode condicionar a ingestão de líquidos na sua forma mais fina é a disfagia no idoso (dificuldade na deglutição) de líquidos e neste caso o nutricionista recomenda que sejam espessados para que possam ser ingeridos de forma segura e que haja um trabalho em conjunto com a terapia da fala.
Fonte: SIC Notícias
Poucos sabem fazer queijo Serra da Estrela, um dos mais famosos e apreciados do mundo. Candidatura à UNESCO quer garantir que o saber fazer é preservado para as futuras gerações.
O queijo Serra da Estrela é candidato a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO. A iniciativa parte de uma cooperativa que reúne vários produtores, para a defesa do processo de fabrico.
O queijo Serra da Estrela é um dos mais famosos e apreciados do mundo. Sobrevive há séculos no saber-fazer de gerações, graças à resiliência de quem trabalha no duro para o produzir.
A candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade surge, por isso, para preservar a fileira do queijo.
É preciso “preservar o que temos porque, se não, devido à idade dos pastores, devido à questão demográfica, devido a esta atividade agropastoril ser uma atividade árdua, sabemos que se, não fizermos alguma coisa, temos uma diminuição dos pastores, temos uma diminuição do efetivo - portanto, dos animais da raça autóctone raça Serra da Estrela e Bordeira - e uma diminuição do leite. Ora, se não há leite, não vai haver produção de queijos”, alerta Joaquim Lé de Matos, presidente da cooperativa Estrelacoop.
A preocupação é genuína, porque o tal saber fazer tradicional de pouco valerá se não existir matéria-prima. Quem produz reconhece as dificuldades:
“A idade já avançada, idade média dos nossos pastores, os poucos apoios que têm e, portanto, diria que é um reconhecimento merecido esta candidatura, se tiver sucesso, mas é também para o nosso país um alerta", aponta Joaquim Lé de Matos.
“O preço do leite aumentou, mas os nossos custos – os custos da alimentação dos nossos animais, os custos dos combustíveis para as nossas máquinas - também aumentaram muito. Portanto, é preciso haver mais ainda um aumento no preço do leite e no preço dos nossos produtos, como borrego e como como a lã, para o produtor ter um rendimento acrescido”, acrescenta o pastor Jorge Ribeiro.
Nos últimos três anos, a produção do queijo Serra da Estrela tem andado entre as 160 e as 180 toneladas, com uma procura muito superior à produção.
A candidatura à UNESCO do plano de salvaguarda do fabrico do queijo envolve 17 concelhos da região demarcada de produção na serra da Estrela.
Fonte: SIC Notícias
Novo método permitiu descobrir movimentos e ciclos da vida destes animais. E, afinal, podem viver mais do que se pensava.
Cientistas da Penn State University usam códigos QR instalados nos dorsos das abelhas para lhes seguirem o rasto.
O processo “exigiu muita prática” para ficar bem feito, uma vez que “se não adicionarmos cola suficiente, as abelhas podem retirar a etiqueta, mas se adicionarmos cola a mais, pode espalhar-se cola por todo o corpo das abelhas”, explica à CNN a autora principal do estudo publicado na HardwareX em dezembro, Margarita López-Uribe.
E as descobertas foram reveladoras: em vez de passarem apenas alguns minutos froa das colmeias, há abelhas que chegam a passar até duas horas a buscar alimento ou apenas “simplesmente a explorar”. E há algumas que nunca retornam a casa.
Outra novidade é a longevidade, bem maior do que se esperava. “Estamos a ver abelhas a procurar alimento durante seis semanas, e só começam a procurar alimento quando já têm cerca de duas semanas de idade, por isso vivem muito mais tempo do que pensávamos“, afirmou a coautora Robyn Underwood
“Um dos objetivos do desenvolvimento deste sistema de acesso livre e com equipamento de baixo custo era poder transferir este método para ser replicado em dezenas (ou centenas) de paisagens”, explicam também as autoras.
E o objetivo é provar um ponto: “se as colmeias forem colocadas em áreas com alimentos de alta qualidade em quantidade suficiente, as abelhas tenderão a procurar alimento perto das colónias, o que significa que os apicultores podem ‘limitar’ a área de procura de alimento das abelhas”.
O propósito último do estudo é utilizar estes dados para reforçar as normas da apicultura biológica nos Estados Unidos.
Fonte: aeiou.pt
O tipo de produto com açucar adicionado que consome pode influenciar o impacto que tem na sua saúde, revela um recente estudo. Por açúcar adicionado entende-se todo aquele além do naturalmente presente no alimento e que foi acrescentado no processo de confeção.
As bebidas açucaradas foram associadas a um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares do que doces assados, como bolos, começa por explicar a principal autora do estudo, Suzanne Janzi, doutoranda em Epidemiologia Nutricional na Universidade de Lund, na Suécia.
A investigação, publicada na revista Frontiers in Public Health, entrevistou quase 70.000 homens e mulheres suecos sobre as suas dieta e estilos de vida entre 1997 e 2009. Os dados sobre as incidências de doenças cardiovasculares - incluindo acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca - foram recolhidos dos registos nacionais de saúde até 2019.
Os cientistas analisaram o consumo de açúcar em três categorias: uma que englobava bebidas açucaradas; outra que incluía doces assados, como bolos e bolachas, e ainda mel; e uma terceira que se destinava apenas ao açúcar adicionado ao chá ou café.
O consumo de bebidas doces (todos os refrigerantes e bebidas de frutas que não fossem sumos somente de fruta) foi associado a um risco maior de doenças cardíacas do que o consumo de doces como bolos e bolachas, mas, surpreendentemente, os participantes que consumiram a menor quantidade de açúcar não acabaram com um menor risco de doenças cardíacas, admite Janzi.
É importante notar que o estudo foi observacional, o que significa que, embora os cientistas tenham encontrado associações, não podem afirmar com certeza que as maneiras como as pessoas consumiam açúcar causavam diferentes taxas de doenças cardíacas, adverte Suzanne Janzi.
Os autores do estudo ajustaram outros fatores que também podem influenciar a associação, incluindo a idade, o sexo, o consumo de álcool, o tabagsimo, o nível de exercício e o índice de massa corporal, ou IMC. Mas pode haver outros fatores importantes que não tenham sido levados em consideração durante a investigação.
Os resultados também são limitados pela população estudada, que é principalmente de ascendência europeia, reconhece Robert Eckel, professor emérito de Medicina no campus médico da Universidade do Colorado em Anschutz e ex-presidente da Associação Americana do Coração.
Fatores externos podem estar na origem da associação entre a baixa ingestão de açúcar adicionado e aumento do risco cardiovascular, já que não há mecanismos biológicos para explicá-lo, diz Janzi.
“Uma teoria é que pessoas com ingestão muito baixa de açúcar podem estar a substituir esse mesmo açúcar por outros alimentos ou nutrientes não saudáveis”, alerta a investigadora. Em causa podem estar, por exemplos, adoçantes.
Também pode ser que aqueles que limitam o consumo de açúcar a níveis extremamente baixos o façam por causa de uma condição de saúde existente, ou que tenham dietas muito restritivas que não fornecem todos os nutrientes importantes de que precisam.
Suzanne Janzi aponta ainda para uma tradição social sueca chamada “fika”, onde as pessoas se reúnem para beber café e comer doces. “Essa prática está tão enraizada na sociedade sueca que muitos locais de trabalho têm programadas 'pausas para fika' diariamente”, conta Janzi. “É possível que o consumo de guloseimas durante essas interações sociais esteja fortemente ligado a relações sociais, que foram previamente ligados à saúde cardiovascular”.
No entanto, Janzi crê que a ligação entre o baixo nível de açúcar e maior risco cardiovascular deve ser mais estudada.
Existem algumas teorias biológicas que explicam porque é que as bebidas açucaradas estão mais associadas a doenças cardíacas do que os doces. Uma delas prende-se com o facto de que “os açúcares líquidos são absorvidos mais rapidamente no sistema digestivo, pois não requerem os mesmos processos de decomposição que alimentos sólidos”, explica a investigadora, adiantando ainda que os “açúcares sólidos normalmente fazem parte de alimentos que contêm outros nutrientes, como fibras, proteínas e gorduras”. E estes nutrientes retardam a digestão, o que significa que há uma libertação mais gradual de açúcar na corrente sanguínea, continua Janzi.
Enquanto gorduras, fibras e proteínas em alimentos sólidos fazem a pessoa sentir-se saciada por mais tempo, os açúcares líquidos por norma não satisfazem, o que pode levar à desregulação do apetite e ao consumo de muitas calorias.
“Diferentes fontes de açúcares adicionados também variam nos seus padrões de consumo, o que poderia explicar melhor porque é que se associam de forma diferente ao risco de doenças cardiovasculares”, sugere Janzi.
O estudo sugere que não é necessário cortar todo o açúcar para prevenir doenças cardiovasculares. “Todos nós gostamos de uma sobremesa”, reconhece Robert Eckel. “Não deveríamos ter um bolo de aniversário e gelado quando os nossos filhos estão numa festa de aniversário?”, questiona.
O problema é que a maioria das pessoas, sobretudo dos americanos, estão provavelmente a consumir mais açúcar adicionado e bebidas adoçadas são uma das principais fontes. A Associação Americana do Coração recomenda não mais do que seis colheres de chá de açúcar adicionado por dia para mulheres e nove para homens.
Uma redução sustentável pode significar tomar medidas para diminuir o açúcar em vez de parar abruptamente.
“Reduza numa porção por dia até que tenha uma bebida por dia sem açúcar”, aconselha a nutricionista e colaboradora da CNN Lisa Drayer. Pode fazê-lo, por exemplo, com a bebida que acompanha o almoço ou o jantar. “Tente beber essa bebida [sem açúcar] a cada dois dias até que possa eliminar os refrigerantes completamente”.
“Alternar [o consumo de refrigerantes] com água com gás pode ajudar a cortar” o consumo destas bebidas com açúcares adicionados, diz, adiantando ainda que pode até “substituir os refrigerantes por água com gás se gostar de gaseificados”.
Fonte: CNN Portugal
O peixe é um alimento que devemos privilegiar quando se procura ter uma alimentação saudável rica e variada. No entanto, nem todos os tipos de peixe são recomendáveis. Fique aqui a saber quais é que devemos privilegiar.
Os portugueses não precisam de argumentos para não comer peixe, pois Portugal é o principal consumidor de peixe da Europa e o terceiro maior consumidor do mundo, logo atrás da Islândia e do Japão.
Além disso, o nosso país tem uma longa tradição piscatória, levando o pescado a estar presente na nossa dieta, como uma fonte essencial de nutrientes, com benefícios para a saúde cardiovascular e para o desenvolvimento cognitivo.
Todavia, segundo a Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), algumas espécies, devido ao seu teor de mercúrio elevado, podem representar riscos associados ao desenvolvimento cognitivo, sendo por isso de evitar em grupos vulneráveis como as grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas.
Segundo estas instituições, o consumo de pescado, que inclui peixe, moluscos e crustáceos, tem benefícios para a saúde, diminuindo o risco de doença coronária e contribuindo para um adequado neuro-desenvolvimento do feto, no caso das mulheres grávidas.
Mas algumas espécies, como atum fresco (não o de conserva), cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira, contêm um elevado teor de mercúrio, o que pode representar riscos para a saúde, designadamente ao nível do desenvolvimento cognitivo, devendo por isso ser evitadas para os grupos vulneráveis.
"O mercúrio é um contaminante presente na natureza que pode ter um impacto negativo na saúde se for ingerido em grandes quantidades." - Direção Geral da Alimentação e Veterinária.
No entender dos investigadores, o consumo de pescado continua a ser essencial, 3 a 4 vezes por semana, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, sendo necessário fazer as escolhas certas relativamente às espécies.
A Sardinha e a cavala são algumas das opções a privilegiar, uma vez que têm menos mercúrio e maior teor de ácidos gordos ómega-3, que contribuem para um melhor desenvolvimento cognitivo nas crianças e para a prevenção de doença cardiovascular nos adultos.
Espécies como abrótea, bacalhau, carapau, choco, corvina, dourada, faneca, lula, pescada, polvo, raia, redfish (ou cantarilho) e robalo são outras das opções que apresentam, geralmente, valores baixos de mercúrio.
O peixe promove vários benefícios para a saúde, como melhorar a memória, manter a saúde dos ossos, aumentar a massa muscular e fortalecer o sistema imunológico. Isto acontece porque o peixe é rico em nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais.
Além disso, os peixes gordos como salmão, sardinha, atum, dourada e cavala, também são ricos em ácidos gordos poliinsaturados, como ómega 3 e ómega 6, um tipo de gordura saudável com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que reduz o risco doenças cardiovasculares.
Fonte: tempo.pt
Subscreva a Base de dados Qualfood Negócios!