A proteína é extremamente importante para a manutenção da saúde do organismo. Aliás, após a água, trata-se da substância mais abundantemente presente no corpo inteiro, desde o cabelo às unhas.
Ingerir um regime alimentar de alto teor proteico acelera o metabolismo, reduz o apetite e altera de modo positivo inúmeras hormonas que regulam o peso.
Fontes comuns de proteína incluem carne e laticínios, porém existem algumas alternativas vegan, tão ou mais eficazes.
De facto, alguns alimentos vegan tem um teor mais elevado daquele nutriente do que a carne e os produtos lácteos.
A spirulina é um desses alimentos que supera facilmente o frango, a carne de bovino e os ovos.
Eis tudo o que necessita saber sobre este superalimento:
Teor proteico – 57 gramas de proteína por 100 gramas.
A spirulina está entre um dos suplementos mais populares em todo o mundo e já foi apelidada de ‘superalimento’.
Trata-se de um tipo de cianobactéria, mais comummente conhecida por alga azul.
Não só é rica em ferro, zinco, vitamina B1, B2 e B3 e outros minerais essenciais, para além de conter cerca de 65% de proteína por dose e quatro gramas por colher.
O pó de spirulina pode ser adicionado a sumos, batidos, em molhos, sopas, no tempero de saladas e até em receitas de bolos. A substância pode ser ainda consumida em forma de comprimido.
Apenas 100 gramas daquele organismo contém 57 gramas de proteína. Comparativamente a 26 gramas de proteína por 100 gramas de carne de bovino, 31 gramas na variante de porco e no frango.
Já um ovo contém cerca de 6,5 de proteína, o que significa que o popular alimento inclui apenas 13 gramas de proteína por 100 gramas.
Não só a spirulina tem um maior índice de proteína do que a carne, como também aquele pó verde é mais facilmente absorvido pelo corpo – aliás, até quatro vezes mais.
A spirulina é ainda recomendada pela OMS, que a considera “o melhor alimento do futuro”.
Fonte: Notícias ao Minuto
O wagyu japonês, conhecido por ter uma carne macia, gordurosa e marmorizada, depende do fornecimento de palha de arroz da China, parte importante da dieta rica em proteínas e altamente calórica do gado gourmet. Depois da eclosão da peste suína africana na China, grande parte dessa ração vital foi proibida de entrar no Japão, e o Ministério da Agricultura do país teme que futuramente não haja oferta disponível devido à disseminação dessa doença fatal.
A peste suína africana, uma doença altamente contagiosa que começou a espalhar-se pela China em Agosto, gerou alarme nos países vizinhos, que implementaram uma maior vigilância de doenças e controlo das importações. Sem vacina, o vírus é 100% letal para os porcos e pode gerar prejuízos no sector agrícola de um país. A doença não afeta o gado, mas pode ser transmitida aos porcos através de alimentos contaminados, o que significa que o Japão precisa de aumentar as suas medidas de biossegurança para evitar que o vírus entre nas suas fronteiras.
"Este é um grande problema para as indústrias de gado chinesa e japonesa", disse Shinichi Igawa, vice-director da divisão de saúde animal do Ministério da Agricultura do Japão. "Talvez tenhamos que encontrar fontes de oferta alternativa de palha de arroz, ou alternativas à palha de arroz, dado o risco de a peste suína africana continuar a espalhar-se pela China".
O ministério já suspendeu encomendas de palha de arroz de 25 das 80 instalações de processamento da China aprovadas pelo Japão para importação. As 25 instalações proibidas estão dentro de um raio de 50 quilómetros das quintas de criação de porcos chinesas atingidas pela peste suína africana. As restantes instalações também estão em risco porque ficam nas províncias de Liaoning e Jilin, no nordeste do país, ambas afectadas pela doença.
O surto de peste suína africana foi confirmado em 74 pontos da China a 9 de Novembro, segundo o ministério japonês. Do total, 27 ficam em Liaoning. As importações de palha de arroz da China caíram 17% em Setembro face ao mês anterior, para 16.586 toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura.
O Japão importou mais de 200 mil toneladas de palha de arroz da China no ano passado, cerca de 20% do total necessário para alimentar o seu gado premium, que está a ser vendido nos supermercados por mais de 150 dólares o quilo. A palha de arroz chinesa pode ser comprada por apenas 10 ienes (cerca de 9 cêntimos de dólar) o quilo, enquanto a variedade doméstica pode ser mais cara para os criadores que não contam com produtores de arroz nas proximidades devido ao elevado custo do transporte. Pode ser mais económico comprar alternativas, como palha de trigo dos EUA ou da Austrália, disse Igawa.
Para os amantes do wagyu, o preço já elevado da carne poderá aumentar ainda mais, a menos que seja encontrado um substituto, segundo Igawa.
Fonte: Jornal de Negócios
Foi depois de ler um livro de Tristam Stuart, um activista britânico contra o desperdício alimentar, que a investigadora Iva Pires despertou para o tema. “Nunca me tinha dado conta de quão grave era a situação.” A partir daí, começou a trabalhar a questão e em 2011 obteve financiamento para estudar o desperdício alimentar em Portugal. Foi nessa altura que surgiu o PERDA — Projecto de Estudo e Reflexão sobre o Desperdício Alimentar. O grupo de investigadores que o integraram chegaram então a uma estimativa que continua hoje a ser a usada quando se fala do tema: um milhão de toneladas de alimentos são anualmente desperdiçados em Portugal.
Mas é preciso um melhor conhecimento da realidade. “A existência de dados é muito importante para poder informar quem tem poder de decisão.” O conhecimento, diz Iva Pires, doutorada em Geografia Humana, autora do ensaio Desperdício Alimentar, recentemente publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, permite “desenhar políticas mais eficientes e eficazes”. O problema é que a cadeia “longa e complexa” dos alimentos torna “muito difícil” quantificar, por exemplo, quanto é que as famílias estão a deitar fora, ou quantas maçãs perdeu um agricultor por causa de chuvas fortes ou do granizo.
“Existem várias definições. Da FAO — Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas; da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico; do projecto Fusions na União Europeia; da nossa Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA), mas todas têm pequenas variações”, diz a professora e investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, em entrevista ao PÚBLICO. Por isso, o essencial é chegar "uma definição consensual” e encontrar “formas de medir o desperdício que sejam standardizadas e que permitam, mais tarde, comparar o valor dos vários países”. Por enquanto, o que existe “são estimativas” que têm origem em diferentes metodologias e que, por isso, não são comparáveis.
O problema terá de estar solucionado até 2020 — ano a partir do qual Portugal e todos os Estados-membros da União Europeia serão obrigados a reportar as suas estatísticas sobre o desperdício alimentar. O Instituto Nacional de Estatística, que integra a CNCDA, “está em articulação com outros membros desta comissão, e em particular com o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, a desenvolver os trabalhos preparatórios para a operacionalização da monitorização a iniciar em 2020”, faz saber o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, em respostas ao PÚBLICO.
Este organismo dependente do Ministério da Agricultura informa ainda que “está, nesta altura, em discussão, ao nível da Comissão Europeia, a legislação complementar para definir a metodologia comum para medir o desperdício alimentar, que estará publicada, no máximo, no final de Março de 2019”.
Mas Iva Pires defende que não devemos esperar até lá para tomar medidas. Há vários estudos que mostram que “a dimensão do problema" é tal que se deve "começar a actuar já”.
Mais desperdício no Natal
“A maior parte dos estudos mostra que um elevado volume de desperdício acontece nas famílias”, nota. Elas "devem ser as primeiras a ser envolvidas no combate a este problema”.O potencial contributo dos consumidores é enorme. “Somos quatro milhões de famílias [em Portugal] e portanto podemos encontrar quatro milhões de soluções para reduzir o desperdício”. E "investir na consciencialização das famílias custa muito pouco”.
Iva Pires propõe que as estratégias de sensibilização “mostrem às pessoas que sempre que estão a deitar alimentos para o lixo, há implicações económicas sociais, éticas e ambientais”. Sugere ainda que se inspirem no exemplo dado pelo Reino Unido, onde foi criada uma campanha que apela ao impacto do desperdício no orçamento familiar.
Mas o trabalho não deve ser só feito junto das famílias. “É um tema que podia ser trabalhado por muitas disciplinas [na escola], para começar a consciencializar estes jovens, que um dia vão ter a sua casa, e vão ser responsáveis por comprar alimentos, para as implicações associadas a deitar alimentos para o lixo.” Além disso, "é preciso também pedir a colaboração da produção, da distribuição”.
A melhor forma de lidar com o desperdício “é a prevenção”, lembra Iva Pires. Mas “quando acontece, o melhor é valorizar os alimentos antes de os deitar para o lixo”.
“Há alguns estudos, não muitos, que contabilizaram o desperdício na época do Natal e mostraram que há um pico de desperdício nesta altura.” E o que é que se pode fazer para contornar o problema? Iva Pires deixa sugestões: congelar os alimentos para depois consumir mais tarde; doar a outras famílias que “não têm mesas tão fartas”; distribuir pelos membros da família e planear melhor aquilo que cada um leva para a ceia.
Fonte: Público
Quem nunca leu um artigo a contestar o consumo de leite que levante o dedo. Argumentos, crenças e mitos de toda a espécie são utilizados para levar o consumidor a acreditar que deve deixar de beber leite. Mas será que é mesmo assim? Numa altura em que a informação sobre nutrição está cada vez mais disponível, importa procurar saber o que a ciência realmente nos diz antes de aceitar qualquer falsa verdade. Foi isso mesmo que fizemos e chegámos à conclusão que o leite é aquilo que, há muitos séculos, Hipócrates já nos tinha dito que é: “Um alimento muito próximo da perfeição.” Vejamos porque é que o pai da Medicina tinha razão:
1. Nove nutrientes essenciais dentro de um copo
Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais ao corpo humano: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo. E ainda que muitos destes nutrientes possam ser encontrados noutros alimentos, a verdade é que o leite os apresenta a todos reunidos numa fórmula de consumo fácil e acessível, em boa quantidade.
2. Cálcio facilmente absorvido
O cálcio é um dos elementos mais importantes do corpo humano, sendo imprescindível para o bom funcionamento das células e estando presente nos ossos, dentes e também no sangue. A sua presença é fundamental para a transmissão dos estímulos nervosos, coagulação sanguínea, contracção muscular e funcionamento celular. Mas porque o corpo humano não o consegue fabricar sozinho tem de o ir buscar à alimentação. O leite é o alimento que apresenta maior quantidade de cálcio e este é muito bem absorvido pelo organismo. Este facto é particularmente importante, pois embora alguns produtos hortícolas sejam ricos em cálcio, como os espinafres ou os brócolos, a sua absorção não é fácil devido à presença de oxalatos. O mesmo acontece com os cereais, por conterem fitatos.
3.Vitamina B12 para o sangue e sistema nervoso
As vitaminas presentes no leite ajudam a reforçar a sua importância nutricional. Entre elas encontra-se a vitamina B12, essencial para o organismo humano ao ajudar na formação normal de glóbulos vermelhos e no normal funcionamento do sistema nervoso. Além disso, contribui para o normal metabolismo da homocisteína.
4. Leite para todos. Adultos também
Um dos argumentos mais comuns para o “não consumo” do leite é a de que o ser humano é o único mamífero que o consome na idade adulta. Supostamente, a partir de certa idade, não só deixaria de ser necessário, como poderia até ser prejudicial. A ciência desmente esta afirmação e o senso comum diz-nos que o ser humano é também o único que consome muitos outros alimentos que não existiam há milhares de anos. Os especialistas recomendam que seja consumido em qualquer fase da vida – incluindo na infância e na idade adulta - porque é um alimento de excelente densidade nutricional, ou seja, oferece uma extraordinária relação entre calorias e nutrientes essenciais para o organismo. Um simples copo com 250 ml de leite meio gordo contém nove nutrientes essenciais: proteínas, hidratos de carbono, gordura, riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, cálcio, fósforo, potássio e iodo.
5. Iodo ajuda no desenvolvimento cognitivo
Outra razão por que o leite é importante na alimentação dos mais novos prende-se com o facto de ser uma boa fonte de iodo, um nutriente relevante para o crescimento normal das crianças e para uma normal função cognitiva. É de tal forma importante que se estima que o seu défice possa comprometer o coeficiente de inteligência (QI) em 15 pontos. De acordo com os resultados do estudo IoGeneration, cerca de um terço das crianças portuguesas entre os 6 e os 12 anos apresenta níveis insuficientes de iodo, melhorando a situação entre as que têm por hábito beber leite.
6. Não provoca cancro e até pode ajudar a prevenir
É outro dos mitos que aparece associado ao consumo de leite, mas não passa disso mesmo, de um mito. O estudo “Cancer Prevention & Survival” do World Cancer Research Fund International/American Institute for Cancer Research, publicado em Setembro de 2017, confirma que o leite e produtos lácteos não estão associados a um risco aumentado de cancro.
7. Faz bem ao coração
Ao contrário do que também se passou a apregoar, o leite não aumenta o risco cardiovascular. Na verdade, pode até proteger a saúde do coração. Esta foi uma das conclusões de outra revisão científica, esta publicada no “Food & Nutrition Research”. Da mesma forma, uma outra meta-análise, publicada na Cochrane (uma rede independente de investigadores, profissionais, doentes e outros parceiros), revela uma redução do risco cardiovascular associada à dieta mediterrânica, a qual inclui o consumo de lacticínios.
8. Está na roda dos alimentos. E hidrata
Se o leite não fosse um alimento saudável não estaria na Roda dos Alimentos, que é a representação gráfica daquilo que se considera ser uma alimentação equilibrada, completa e variada à luz da evidência científica disponível. Ali é aconselhada a ingestão diária de duas a três porções de leite ou derivados, o que representa cerca de 18% da nossa alimentação. Além disso, o leite dá uma excelente ajuda à hidratação diária de que todos necessitamos.
9. Bebidas vegetais não substituem o leite
As bebidas vegetais não substituem os benefícios do leite de vaca em termos nutricionais. Já quanto aos leites sem lactose, sim, são em tudo idênticos ao leite “normal”, pelo que constituem uma boa alternativa para as pessoas com intolerância.
Fonte: Público
A DGAV determinou, em 31 de julho p.p., a suspensão das AIM dos medicamentos veterinários que contêm Dietanolamina e destinados a espécies produtoras de alimentos para consumo humano, tendo, no entanto, permitido o escoamento das embalagens existentes no mercado. Tal escoamento do mercado implicava um certo período aceitável para a utilização dos medicamentos nas explorações, cujo prazo limite foi agora definido através do Ofício-Circular n.º 043/000/000, de 2018-11-05.
Complementarmente foi determinada a recolha, até 15 de janeiro de 2019, das embalagens existentes ao nível do utilizador final, as quais devem ser devolvidas aos respetivos fornecedores.
Fonte: DGAV
Foi publicada a Decisão de Execução (UE) 2018/1503 da Comissão de 8 de outubro de 2018 que estabelece medidas destinadas a impedir a introdução e a propagação na União de Aromia bungii (Faldermann) em seguimento de registo de focos deste inseto em Itália e na Alemanha.
A análise de risco efetuada pelo EPPO demonstra que este inseto tem um impacto inaceitável a nível económico, ambiental ou social no território da União , tendo sido portanto estabelecidas medidas fitossanitárias para prevenir a introdução e a e dispersão na União.
Fonte: DGAV
Cerca de 70% dos antibióticos na Europa são usados na criação de animais para consumo humano. O que exige ao sector da agro-pecuária um papel mais activo no combate ao desenvolvimento e disseminação de bactérias resistentes a estes fármacos, dizem responsáveis europeus.
Lidar com o problema da crescente resistência de bactérias a antibióticos não é apenas um desafio para os hospitais. A agro-pecuária tem uma responsabilidade central no facto de alguns destes fármacos se estarem a tornar ineficazes, pois é na criação de animais para alimentação que são usados 70% dos antibióticos consumidos na União Europeia, diz o comissário europeu para Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis. Por isso, estão na calha novas restrições à administração de antibióticos neste sector.
O que se passa é que os animais, ao serem tratados com antibióticos, podem acabar por ser portadores de bactérias resistentes a estes fármacos que, por sua vez, podem ser transmitidas aos vegetais através do estrume usado como fertilizante. E quando se consome estes alimentos — carne ou vegetais —, as ditas bactérias podem, por fim, passar para os humanos.
Alguns fármacos vão tornar-se exclusivos para uso humano, anunciou Andriukaitis, nesta quinta-feira, em Bruxelas, no evento que assinalou o Dia Europeu dos Antibióticos, promovido pelo Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC).
Na apresentação dos últimos dados sobre prevalência de infecções, consumo de antibióticos e resistência aos mesmos, dominou entre os especialistas o alerta para a necessidade de uma acção concertada entre as áreas da saúde humana, ambiental e animal. Há uma preocupação crescente quanto à presença de antibióticos no meio ambiente, com origem na pecuária, no tratamento de águas a céu aberto e na indústria.
Seguindo uma recomendação da Comissão Europeia, a Agência Europeia do Medicamento e o ECDC estão a fazer uma lista de novos antibióticos a proibir na agricultura, que deverá estar em breve em consulta pública. “Hoje é preciso perguntar aos nossos agricultores e produtores de carne se estão dispostos a contribuir” para a mitigação da crescente da resistência antimicrobiana, na origem de cerca de 33 mil mortes por ano, na Europa.
A partir de 2022, caso o Conselho da Europa dê luz verde à legislação proposta, os produtores vão ser ainda proibidos de administrar antimicrobianos de forma preventiva em animais para consumo humano. Haverá igualmente restrições à chamada medicação metafilática, ou seja, a medicação de animais doentes aos primeiros sintomas e todos os que com eles contactaram.
Na UE já é proibido, desde 2006, usar antibióticos para estimular o crescimento de animais destinados à indústria alimentar (sendo, no entanto, comum entre os grandes produtores fora da união) e é obrigatório o registo das prescrições em caso de doença.
Os últimos dados são já “animadores”: entre 2011 e 2016 as vendas de antimicrobianos veterinários caiu 20% em 30 países europeus, segundo dados da EMA citados por Nicola Holsten, directora-geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural na Comissão Europeia.
Os países fora da UE também “terão que respeitar estas proibições”, sublinhou o comissário europeu, esperando que este apertar da malha legislativa “mude o jogo” na Europa e no Mundo.
Em alternativa os produtores devem implementar medidas de reforço da higiene, de vacinação e melhores técnicas de diagnóstico. Acima de tudo, terá que haver “uma mudança cultural” na forma como se cria gado. Mas, além da legislação, a margem de manobra da Comissão Europeia é limitada. “Isto são tudo palavras vazias se não conseguirmos medidas concretas dos Estados-Membros a nível nacional e regional”, afirmou Andriukaitis.
Mais ganhos que custos
Nada disto minimiza a necessidade de actuar nos hospitais, onde a intervenção pode ser mais fácil e ter resultados mais rápidos. Os estudos divulgados esta quinta-feira pelo ECDC demonstram que as infecções por superbactérias continuam a ser um dos principais problemas dos sistemas de saúde na Europa. Muitos países – Portugal incluindo – continuam a ter níveis preocupantes de consumo de antibióticos de longo espectro, considerados de fim de linha
Entre 29 países analisados (28 do Espaço Económico Europeu mais a Sérvia), a proporção de antibióticos de largo espectro administrados nos hospitais varia entre 16 e 62%. No topo está a Bulgária, logo seguida pela Itália. Portugal aparece em oitavo lugar, perto dos 50%. O que quer dizer que quase metade dos antibióticos prescritos na amostra de hospitais e unidades de cuidados continuados portugueses analisada são fármacos que actuam sobre um grande número de espécies de bactérias (como as cefalosporinas de terceira geração, piperacilinas e inibidores da beta-lactamase).
Os custos, sociais e económicos, da resistência são elevados – “um bilião de euros em despesas anuais com saúde”, notou a directora do ECDC, Andrea Ammon. Já as medidas de prevenção e controlo nem por isso, frisou Francesca Colombo, chefe de divisão de saúde da OCDE, cujo mais recente relatório demonstrou que “três em cada quatro mortes [por bactérias resistentes a antibióticos] poderiam ser evitadas com apenas dois dólares por pessoa".
As intervenções desta quinta-feira fizeram também notar a necessidade de desenvolver os sistemas de vigilância, criar novos antibióticos e vacinas – com representantes da indústria farmacêutica presentes a pedir incentivos nos casos de sucesso na investigação.
“Alguns países estão a ser bem-sucedidos em contrariar a tendência [de disseminação e criação de novas resistências]. Outros nem tanto. Mas [a resistência antimicrobiana] não é uma situação inevitável”, frisou também a directora do ECDC. Andrea Ammon espera que, da mesma forma que surgiu, “esta epidemia demore alguns anos a desaparecer”. “Mas são precisos grandes esforços. Não há tempo para complacência”, afirmou.
Ainda assim, estes responsáveis temem que os europeus não estejam suficientemente atentos aos perigos das infecções por superbactérias. Um estudo do Eurobarómetro com opiniões de mais de 27 mil cidadãos europeus, também divulgado esta quinta-feira, mostra que, embora 85% dos inquiridos saibam que o uso desnecessário de antibióticos contribui para que estes deixem de funcionar, mais de metade desconhecia que estes são ineficazes contra vírus. Isto explica porque é que 20% dos que tomaram antibióticos no último ano o fizeram, erradamente, por causa de uma constipação ou gripe. É ainda preocupante que 7% dos que tomaram antibióticos se tenham automedicado.
Fonte: ANILACT
Defenderei sempre as vantagens de uma alimentação feita maioritariamente à base de produtos naturais, em detrimento dos produtos processados. No entanto, e porque é normal que alguns destes produtos façam parte do seu dia a dia, é importante que saiba distinguir um bom de um mau produto processado.
Neste sentido, é essencial aprender a ler os rótulos dos produtos alimentares, por forma a conseguir fazer as melhores escolhas.
Existem vários tipos de produtos processados e nem todos são necessariamente maus para a nossa saúde. A partir do momento em que um alimento ou conjunto de alimentos (matéria-prima) é transformado pelo homem, dando origem a um produto, é denominado de processado. Em suma, um produto processado é um produto produzido pelo Homem, que não encontramos naquela forma na Natureza.
Essa transformação pode ser mais ou menos natural, com ou sem branqueamento, adição de açúcares, óleos e aditivos alimentares. A melhor forma de avaliarmos a qualidade do produto que temos à nossa frente é através do rótulo, primeiro na leitura dos ingredientes e posteriormente na leitura da informação nutricional. Ambas as leituras devem ser consideradas em simultâneo para concluirmos acerca do produto.
O packaging e branding [as gestões de embalagem e de marca] daquele produto podem ser muito apelativos, e até conter informação que nos leva a deduzir quanto ao seu grau de qualidade, como “produto sem glúten”, “biológico”, “sem lactose”, “sem açúcar”, “orgânico”, “natural”, “100% vegetal”, “integral” ou “vegan”, para dar alguns exemplos.
No entanto, esta informação não reflete com exatidão a realidade sobre aquele produto, devendo por isso ser considerada também a leitura dos ingredientes e informação nutricional.
A título de exemplo, um produto “sem açúcar” e “sem glúten” não é necessariamente mais saudável quando comparado com a sua versão “original”. Tudo depende do tipo de ingredientes que foram utilizados para substituir aqueles componentes. É verdade que o açúcar branco/refinado é dos maiores venenos que podemos consumir, mas existem alternativas ao mesmo, utilizadas na indústria alimentar, que são tão más ou piores do que o açúcar convencional, como os aspartames, os edulcurantes e outros adoçantes artificiais.
A história repete-se em relação aos restantes temas: tudo depende do tipo e qualidade dos ingredientes utilizados na confeção daquele produto. Tudo o resto que possa aparecer na embalagem faz parte de uma estratégia de marketing, pensada e estudada, para vender aquele produto.
Embora essa informação tenha de ser verdadeira, é muitas vezes enganadora aos olhos dos consumidores, porque se parte do princípio que um produto “sem açúcar” ou “biológico” é por si só saudável, ou pelo menos mais saudável do que as alternativas comuns, quando nem sempre é verdade.
Felizmente, aparecem no mercado cada vez mais marcas de produtos processados saudáveis, feitos com boas matérias-primas, no seu estado mais integral, e pouco trabalhados. No início pode parecer um desafio encontrar este tipo de produtos, mas com o tempo vai ver que facilmente os identifica na prateleira de uma superfície comercial.
De seguida enumero algumas dicas para facilitar as suas escolhas na próxima vez que for ao supermercado:
1.LEITURA DOS INGREDIENTES E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Segundo as normas de rotulagem da União Europeia, todos os ingredientes mencionados no rótulo estão listados por ordem de grandeza, ou seja, o primeiro ingrediente que aparece é aquele cuja quantidade é maior. Desta forma, consegue rapidamente perceber os ingredientes principais (ou seja, em maior quantidade) daquele produto. Como exemplo, não será um bom indicador se os açúcares simples, as farinhas refinadas (geralmente o trigo) e as gorduras refinadas aparecerem nos primeiros lugares.
Para além da ordem de menção dos ingredientes, é muito importante também que conclua acerca da sua qualidade. Por exemplo, se os ingredientes são integrais ou refinados, se contém aditivos alimentares (os famosos E’s), açúcares simples, gorduras trans e saturadas e excesso de sal. Pode verificar toda esta informação na leitura do rótulo em conjunto com a informação nutricional.
2. MENOS É MAIS
Não costuma ser bom sinal quando encontramos produtos com uma extensa lista de ingredientes na sua composição. Normalmente nesses casos existem vários aditivos alimentares que foram adicionados ao produto para evidenciar o seu sabor, melhorar o seu aspeto e textura e aumentar a sua validade.
Olhemos para o exemplo do pão. Todos sabemos que a constituição do pão resume-se a três ingredientes principais: farinha, água e sal. Pois são incontáveis os vários tipos de pão que se encontram à venda (maioritariamente em grandes superfícies comerciais) que têm dezenas de ingredientes na sua composição.
Na próxima vez que for comprar o seu pão, lembre-se de olhar para o rótulo. Mesmo que o pão não esteja embalado, pode pedir ao responsável da loja para lhe mostrar a lista de ingredientes, caso esta não esteja visível. Isto é válido para qualquer produto que queiramos adquirir e que não tenha rótulo visível. Os responsáveis pelos estabelecimentos são obrigados a guardar os rótulos relativos a todos os produtos que têm disponíveis para venda, mostrando-os ao cliente sempre que este o solicite.
3. INGREDIENTES DESCONHECIDOS
Este truque é muito simples e intuitivo. Desconfie dos produtos cuja lista de ingredientes é composta por nomes que não conheça ou que pareçam impronunciáveis. Existem vários nomes diferentes para designar os açúcares, as gorduras e todos os aditivos alimentares que se adicionam a produtos processados. Lembre-se que os produtos processados mais saudáveis são compostos por ingredientes que conseguimos reconhecer e que identificamos a alimentos que encontramos na Natureza.
Filipa Range
Fonte: Sapo Lifestyle
A 7 e 9 de novembro, foram confirmados no Laboratório de Virologia do INIAV I.P., em Oeiras, por testes moleculares, diagnósticos de mixomatose em lebres (Lepus granatensis) nos concelhos de Évora e Beja, respetivamente.
A mixomatose é uma doença viral dos leporídeos sem consequências para a saúde pública mas de declaração obrigatória.
A DGAV, recomenda o reforço das medidas de vigilância, nomeadamente a prospeção de cadáveres e de lebres doentes no campo.
Os cadáveres de lebres devem ser enviados para os pontos de recolha definidos no âmbito do projeto +Coelho (This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.) ou ser eliminados através de enterramento, após cobertura com cal viva, ou por encaminhamento para unidade de tratamento de subprodutos aprovada.
Importa ainda reforçar a adoção de medidas de higiene e de prevenção da transmissão de doenças, nomeadamente a desinfeção do calçado, dos equipamentos (incluindo bebedouros) e das rodas dos veículos nas zonas de caça, bem como a evisceração de animais em ato venatório sobre um plástico.
Aconselha-se ainda, sempre que possível, o controlo de vetores, sendo neste momento desaconselhada a suplementação de alimento, como forma de desfavorecer a proximidade entre animais.
É também desaconselhada a movimentação (captura, translocação, repovoamento) de lebres e de coelhos-bravos, provenientes das áreas afetadas (concelhos de Évora e Beja).
A DGAV relembra que qualquer introdução em território nacional de coelhos-bravos ou lebres oriundos de outros Estados Membros deve obrigatoriamente ser acompanhada da respetiva certificação sanitária.
Fonte: DGAV
Michael Ormsbee e Samantha Leyh, investigadores da Universidade do Estado da Florida, nos Estados Unidos, descobriram que ingerir 30 gramas de proteína 30 minutos antes de ir para a cama não implica qualquer aumento na gordura corporal, antes pelo contrário, beneficia o metabolismo e a saúde em geral.
Os cientistas recrutaram mulheres jovens ativas, com cerca de 20 anos, que foram convidadas a consumir amostras de queijo "cottage", um tipo de queijo muito semelhante ao queijo fresco português. A equipa pretendia analisar o impacto daquele alimento sobre a taxa metabólica e a recuperação muscular nos indivíduos.
Segundo o estudo, esta é uma das primeiras investigações nutricionais em que os participantes consumiram um alimento inteiro em oposição a um batido de proteína ou alguma forma de suplemento.
Tão bom como os suplementos
"Embora os suplementos proteicos tenham já o seu lugar [no mercado], é importante começar a recolher dados sobre os alimentos em si e entender o seu papel em determinadas situações", comenta Samantha Leyh.
Michael Ormsbee explica que se presumia que os alimentos integrais atuariam de forma semelhante às proteínas em forma de suplemento. No entanto, não havia prova científica disso.
O investigador defende a importância deste estudo pois reforça a ideia que os alimentos integrais funcionam tão bem como a suplementação com proteínas.
"É importante porque acrescenta à literatura científica a informação de que os alimentos integrais funcionam tão bem como a suplementação proteica e isso dá às pessoas opções de nutrição pré-sono que vão além de pós ou batidos", conclui.
Fonte: ANILACT
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