Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   em@il: qualfood@idq.pt

Quatro moradores de uma casa de repouso no sudoeste de França morreram na noite de domingo, alegadamente após uma intoxicação alimentar, revelou hoje a prefeitura do departamento de Haute-Garonne.

A intoxicação alimentar parece ter surgido em consequência de uma refeição coletiva na noite de domingo. Estima-se que mais quinze pessoas estão em estado de urgência dado enquadrarem-se em grupo de risco.

"Os restos da refeição foram apreendidos e guardados" para serem analisados, acrescentou a Agência Regional de Saúde (ARS), em comunicado.

A ARS começou as primeiras investigações na noite de domingo, as quais se irão prolongar por esta semana.

Fonte: Diário de Notícias

Foi criado, ano passado, um programa de estímulo dos bons hábitos alimentares desde a infância. No entanto, a fruta e legumes deste programa de educação alimentar pago pela União Europeia chegou apenas a um em cada três alunos do 1.º ciclo.

Duas vezes por semana, o lanche das crianças do 1.º ciclo deveria incluir uma peça de fruta ou um legume, facto que nem sempre se verificou para mais de 230 mil crianças.

Por outro lado, a distribuição de leite, também incluída no âmbito do programa, foi eficaz entre os alunos do pré-escolar até ao quarto ano de escolaridade.

Segundo relatório citado pela agência Lusa, Portugal usou apenas 1,7 milhões de euros dos mais de cinco milhões atribuídos pela União Europeia.

A responsável pelo programa da Direção-Geral da Saúde, Maria João Gregório, que reconhece que a iniciativa tem ficado aquém do esperado, diz que a distribuição de fruta e legumes nos lanches dos alunos do 1.º ciclo vai ser alargada ao pré-escolar.

A maioria dos municípios não tem aderido ao programa, que é uma parceria entre os ministérios da Agricultura, Educação e Saúde. Aguardam-se pois esclarecimentos por parte do Ministério da Agricultura, responsável pela operacionalização do projeto.

Fonte: RTP

O desenvolvimento das técnicas de encapsulação e das tecnologias de transporte, conjuntamente com a exigência dos clientes para o regresso aos produtos naturais, favorece um aumento do uso de ingredientes, sobretudo de origem vegetal em alimentos funcionais.

Anteriormente, o uso deste tipo de ingredientes em produtos de consumo diário era mais restrito, mas as novas tecnologias para a melhoria da extração, deodorização e remoção do sabor de determinados ingredientes alterou por completo a situação.

Estas novas tecnologias permitem a microencapsulação e dispersão dos ingredientes de uma forma mais controlada, o que permite a sua introdução em diversas matrizes alimentares, substituindo o uso de suplementos alimentares.

Um exemplo desta aplicação é a curcumina. Originalmente, era um ingrediente insolúvel, que com o passar dos anos, foi surgindo em novas versões solubilizadas ou dissolvíveis em água o que permitiu a sua incorporação noutro tipo de alimentos.

A adaptação aos alimentos e bebidas funcionais varia de acordo com o mercado. Na Ásia, por exemplo, o consumo desta categoria de alimentos estimulou muito interesse e o desenvolvimento de novos produtos.

A possibilidade de criação de alimentos e bebidas funcionais, dispensa o uso de cápsulas e pastilhas o que tradicionaliza e torna mais prazerosa a ingestão de determinadas substâncias com fins específicos. Por exemplo, curry com infusão de curcuminóides, associando o sabor a todos os benefícios de saúde.

Fonte: Nutra Ingredients

As saladas pré-preparadas e embaladas à venda nos supermercados são uma opção prática. No entanto, não deve descurar a lavagem das verduras antes de as consumir.

Um estudo da Universidade da Califórnia, mais precisamente do pólo Riverside, indica que até 90% das bactérias analisadas em espinafre permanecem após lavagem, por exemplo.

A textura dos vegetais parece favorecer a permanência de contaminações mesmo após lavagem. Assim, as bactérias sobrevivem e podem infetar outras folhas na embalagem. Por este motivo, os especialistas não recomendam o consumo imediato deste tipo de produto.

“As embalagens sugerem que é seguro consumir vegetais pré-lavados logo após a compra, mas existe a possibilidade de contaminação por alguma bactéria que não tenha sido removida nas lavagens, pois estas conseguem intrusar as nervuras das folhas”, disse James E. Rogers, diretor de segurança alimentar da Consumer Reports, organização de defesa do consumidor.

Tendo em consideração este alerta, apesar da salada designar-se pronta para consumo, deve lavar os vegetais novamente com água e desinfetante (hipoclorito de sódio) ou vinagre, minimizando assim a possibilidade de intoxicação alimentar.

Fonte: Huffpost Brasil

O grupo de investigação liderado por Célia Manaia, professora da Universidade Católica, analisou amostras de doze estações de tratamento de águas residuais (ETAR) de sete países europeus.

As conclusões são que à semelhança dos níveis de resistência clínica mais elevados a antibióticos nos países do Sul da Europa, os níveis de resistência a antibióticos nos esgotos são também superiores nos países do Sul, onde se inclui Portugal.

Publicado esta quarta-feira na revista científica Science Advances, este é o primeiro estudo europeu de vigilância a antibióticos em ETAR.​

Fonte: Público

A conclusão resulta de um relatório da Comissão Europeia. De acordo com este, os controlos oficiais relativos a alimentos vendidos na internet são ainda limitados.

Segundo a análise europeia, os produtos vendidos online estão maioritariamente associados a sites de empresas alimentares registadas, sendo que a grande parte das não conformidades se relaciona com falhas na rotulagem e a utilização indevida de alegações de saúde.

Foram também encontradas campanhas agressivas de marketing de suplementos alimentares que continham substâncias perigosas.

Com o aumento das vendas online e o estímulo do e-comércio, os controlos sobre a venda destes produtos devem ser melhorados. Para isso requere-se cooperação entre a UE e países fora desta uma vez que representa, no momento, um dos maiores obstáculos ao controlo efetivo de alimentos vendidos via internet.

Além da realidade portuguesa, o relatório também incluí dados relativos à Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Suécia e Reino Unido em 2017.

A maioria dos países referidos não possuí legislação nacional específica para este tipo de venda. Assim, devem ser considerados controlos oficiais adaptados a estes produtos que avaliem requisitos de higiene, temperatura, transporte, rastreabilidade, rotulagem e alegações de saúde.

A identificação de operadores alimentares não registados com venda online é também fundamental, mas difícil do ponto de vista que facilmente se entra e saí do mercado online sem que as autoridades se apercebam.

Regulamento (EU) 2017/625 relativo aos controlos oficiais e outras atividades oficiais que visam assegurar a aplicação da legislação em matéria de géneros alimentícios e alimentos para animais e das regras sobre saúde e bem-estar animal, fitossanidade e produtos fitofarmacêuticos, permite a compra mistério.

Esta compra trata-se da realização de encomendas feitas anonimamente pelas autoridades, para posterior análise, teste ou verificação da conformidade dos produtos vendidos online.

Dependendo do risco identificado, as autoridades devem assumir medidas de execução ao nível da remoção de alegações, da revisão de rotulagem, da retirada de produto do mercado, assim como efetuar a apreensão de produtos com direito a contraordenação. A atuação das autoridades é, no entanto, limitada em países terceiros que não partilhem a mesma política legislativa.

Mais ainda, em alguns casos, as autoridades não conseguem recolher amostras de produtos alimentares identificados durante as investigações online uma vez que já não se encontram disponíveis aquando da visita das autoridades às instalações físicas.

A todos que pretendam a leitura completa do referido relatório, disponibiliza-se aqui o documento em versão portuguesa.

Fonte: Food Safety News

Irradiação de alimentos: sim ou não?

  • Thursday, 28 March 2019 12:55

A irradiação de alimentos é um processo de conservação não térmico da indústria alimentar, cuja tecnologia não é recente. Não obstante, em Portugal não existem estabelecimentos autorizados para o tratamento de géneros alimentícios por radiação ionizante.

O processo de irradiação compreende a exposição de alimentos, quer pré-embalados ou sem embalagem, a um nível de radiação estabelecido de acordo com o tipo de produto, sendo que doses acima dos 10kGy podem induzir susbtâncias tóxicas ou alterar valores nutricionais nos alimentos irradiados.

Em Portugal, segundo o Decreto-Lei nº 337/2001, as ervas aromáticas secas, as especiarias e os condimentos vegetais são os únicos alimentos que integram a lista positiva inicial de géneros alimentícios que podem ser tratados por radiação ionizante.

Estes produtos devem incluir uma das seguintes menções «Irradiado», «Tratado por irradiação» ou «Tratado por radiação ionizante», com a indicação da instalação autorizada onde foi feita a irradiação, bem como deverão estar devidamente rotulados com o símbolo radura.

Uma vez que não existem estabelecimentos autorizados para este tratamento em Portugal, é premente referir a importação de países terceiros. Estes produtos devem então respeitar as condições acima referidas.

A utilização desta tecnologia pressupõe um ponto de vista tecnológico justificado, sem efeitos adversos para a saúde e, sobretudo, não ser substituta de normas sanitárias e de higiene nem boas práticas de fabrico ou de cultivo.

A irradiação permite minimizar as perdas de alimentos e estimular a livre comercialização internacional, prolongando o tempo de prateleira dos produtos e reaproveitando alimentos deteriorados durante a fase de pós-colheita.

Aliás, esta representa uma técnica alternativa à fumigação nos alimentos, bem como permite uma poupança de energia quando comparada aos processos de enlatagem, refrigeração ou congelamento.

Convém referir que apesar destas vantagens, a radiação ionizante pode afetar a qualidade final (textura, cor, etc.) de algumas matrizes alimentares ou, por exemplo, a dose máxima permitida não ser suficiente para diminuir a carga microbiana de determinados alimentos.

Será também necessário ultrapassar a desconfiança dos consumidores nacionais no que toca à segurança do processo.

Fonte: Escola Superior Agrária de Coimbra

As condições que à dois anos levaram a um surto de Salmonellamulti-estatal permanecem inalteradas no que se refere à importação de papaias Maradol do México.

O alerta de atualização foi dado pela Food and Drug Administration (FDA) e permite que os Estados-Unidos recusem e apreendam produção mexicana de papaias frescas sem examinação física. Esta detenção não é possível se a papaia for processada, isto é, por exemplo, cortada ou embalada.

A autoridade têm recolhido e analisado amostras de papaias frescas inteiras e cruas importadas do México desde 2011, que foi a primeira vez que se detetou Salmonella em 33 amostras de um total de 211. Estes valores indicam uma taxa positiva de contaminação de 15.6%.

A preocupação da FDA reside na potencial difusão de contaminação de Salmonellaoriunda das papaias mexicanas no mercado americano, tendo em conta episódios anteriores de surtos.

Assim, as empresas produtoras mexicanas que não queiram ser alvo de detenção dos seus produtos sem exame físico, devem apresentar resultados de análises laboratoriais, entre outras provas, da não contaminação de papaias.

As firmas, produtos e/ou países que se enquadram nos critérios de isenção estão incluídos num documento designado "Green List".

Se pretender saber mais sobre o significado e propósito dos alertas de importação da FDA, por favor, clique aqui.

Fonte: Food Safety News

Dieta e humor: Existe uma relação?

  • Thursday, 28 March 2019 11:21

Se só lhe apetece sentar em frente à televisão a comer em desvario depois de um dia mau, poderá acreditar que a dieta e o humor estão porventura relacionados.

Enquanto que o aumento de ingestão calórica em períodos de stress é um fenómeno verificado, a verdadeira relação entre o que come e alterações de humor, tais como a depressão, continua por esclarecer.

O objetivo final dos investigadores é precisamente perceber se aquilo que comemos influencia o risco de depressão e se alterações dos hábitos alimentares poderão potencialmente melhorar a saúde mental.

Resultados de estudos observacionais de longa data concluem que mulheres com 50 anos ou mais velhas e, sobretudo, mulheres pós-menopausa sofrem dos efeitos desta relação. Por outro lado, também parecem existir associações entre obesidade, depressão e fatores da dieta.

Existe ainda um estudo de 2011 do Jornal Americano de Nutrição Clínica, que concluí que a ingestão de comidas ricas em vitamina D pode ajudar a diminuir o risco de depressão no sexo feminino.

Inúmeros estudos tentam também estabelecer a relação entre dietas ricas em açúcar, grãos refinados, carne vermelha e depressão, no entanto, tudo permanece inconclusivo pois para já não é possível associar um padrão específico de dieta com tantos fatores diferentes a influenciar o aumento de risco de depressão.

O estilo de vida envolve muitos fatores, a dieta é só um deles. Não praticar exercício físico e fumar também podem afetar o risco de depressão e nenhum destes atua independentemente. A depressão, como muitas outras condições crónicas, deriva da interação complexa entre genética e ambiente, sendo que o impacto quantificável de cada um dos fatores é, para já, desconhecido.

Apesar do mencionado, existem ainda boas razões para acreditar na dieta e no seu efeito protetor para a saúde. Recomenda-se o regresso a uma dieta mediterrânea rica em frutas, vegetais, azeite, cereais integrais e proteína magra (frango e peixe) e baixa no consumo de carnes vermelhas e gorduras pouco saudáveis.

Mesmo que se venha a revelar que não existe um efeito relevante da dieta no risco de depressão, adotar este plano alimentar contribuí para a redução da pressão arterial, melhoria da função cognitiva e mais baixa incidência de diabetes ou eventos cardiovasculares.

Fonte: Harvard Women's Health Watch

Dando seguimento ao Relatório Especial nº 9/2012 que expõe a auditoria efetuada ao sistema de controlo aplicável à produção, transformação, distribuição e importação de produtos biológicos, surge agora nova revisão do Tribunal de Contas Europeu (TCE) sobre o mesmo tema, mas com uma cobertura mais alargada aos regimes de importação.

Também no sentido de avaliar se a Comissão corrigiu as insuficiências apontadas em 2012, surge então o Relatório Especial nº 4/2019. A conclusão maior deste estudo é que apesar da melhoria do sistema de controlo dos produtos biológicos, alguns desafios subsistem.

Sabendo de antemão a não existência de um teste científico de verificação se um produto é de facto biológico ou não, o TCE considera adequado uma melhoria da rastreabilidade até ao produtor original.

Por outras palavras, a autenticidade deste tipo de produtos, geralmente mais caros, deve ser assegurada por um sistema de controlo e certificação que reduza a probabilidade dos operadores não agirem em conformidade com as normas aplicáveis.

Entre outras sugestões, até 2020 este setor de mercado deve melhorar a supervisão das importações mediante melhor cooperação, sanar insuficiências nos sistemas de controlo e na apresentação de informação aos Estados-Membros, assim como fazer controlos de rastreabilidade mais completos.

Fonte: Tribunal de Contas Europeu