Numa era onde a sustentabilidade e a saúde alimentar se tornam imperativas, a contaminação por microplásticos emerge como um tema crítico.
Estudos recentes revelam que estes fragmentos poliméricos muito pequenos estão mais presentes nos nossos alimentos do que se imaginava, suscitando questões alarmantes sobre os riscos potenciais à saúde humana.
Uma investigação científica profunda às proteínas de origem animal e vegetal mostrou que 90% das amostras continham microplásticos. Essas partículas poliméricas, que variam de menos de 5 milímetros a 1 micrómetro, estão presentes em uma ampla gama de alimentos, segundo noticia a CNN Internacional. Mesmo produtos como frutas, vegetais, sal e açúcar não escapam à contaminação. Estudos específicos identificaram que sacos de chá de plástico libertam biliões de partículas de micro e nanoplasticos durante o processo de infusão.
Os impactos dos microplásticos na saúde humana têm sido uma área de crescente preocupação. Além de encontrados em tecidos humanos, como leite materno e sangue, estes fragmentos foram associados a riscos significativos. Um estudo revelou que pessoas com partículas de microplásticos ou nanoplasticos nas artérias do pescoço tinham o dobro de probabilidade de sofrer um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou morte nos próximos três anos.
Camarão panado liderou a contaminação com uma média de mais de 300 partículas de microplástico por porção. Em seguida, estão os nuggets à base de plantas e nuggets de frango. Por outro lado, peito de frango, lombo de porco e tofu apresentaram menor contaminação.
Para mitigar a exposição aos microplásticos, os especialistas sugerem:
Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Forever Young Sapo
Durante o período de defeso, com interdição da captura de polvo, nos períodos e zonas já definidos na Portaria nº 372/1/2024, de 31 de dezembro, as embarcações licenciadas para armadilhas de abrigo (alcatruzes), armadilhas de gaiola, ou pesca com piteira, que pretendam interromper a atividade da pesca, devem permanecer em porto e comunicar essa pretensão à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), sendo suspensas as respetivas licenças de pesca durante os 30 dias em causa.
A Portaria nº 266/1/2025, de 14 de julho, que estabelece estas condições, define também que as embarcações que optem por cumprir o defeso numa zona que não a correspondente ao respetivo porto de referência, devem permanecer em porto durante esse período. Apenas é autorizada a deslocação em situações extraordinárias relacionadas com a deslocação para estaleiro, o que tem de ser comunicado à DGRM com pelo menos três dias de antecedência.
Na zona compreendida entre a fronteira norte do país e o paralelo que passa pelo limite sul da área de jurisdição da Capitania da Figueira da Foz, a interdição de pesca vigora entre 17 de julho e 15 de agosto. Na zona compreendida entre o paralelo que passa pelo limite sul da Capitania da Figueira da Foz e o limite norte da área de jurisdição da capitania de Sines, será entre 16 de agosto e 14 de setembro. Na zona a sul do paralelo que passa pelo limite norte da área de jurisdição da capitania de Sines, será entre 15 de setembro e 14 de outubro.
Fonte: TecnoAlimentar
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, nas últimas semanas, uma operação nacional de fiscalização centrada na verificação do cumprimento das regras legais aplicáveis aos estabelecimentos de processamento de mel e produtos apícolas, com o objetivo de detetar eventuais práticas fraudulentas na autenticidade, rotulagem e rastreabilidade destes produtos, no âmbito da segurança alimentar.
Como balanço da operação, foram fiscalizados 17 operadores económicos, registando-se ainda no âmbito das diligências de investigação promovida pela Brigada Especializada de Indústrias da Unidade Regional do Sul num operador económico na zona de Silves, a ausência de documentação sobre procedimentos de rastreabilidade do mel nas fases de produção e embalamento e ainda, o incumprimento nos requisitos gerais e específicos de higiene, a ausência de implementação do sistema HACCP e dos processos de segurança.
Em sequência, foi determinada a suspensão total da atividade económica com aplicação de medida cautelar de apreensão de cerca de três toneladas de mel, por forma a salvaguardar a qualidade dos produtos disponibilizados no mercado.
Fonte: ASAE
Os patógenicos transmitidos por alimentos são microrganismos que podem causar doenças quando ingeridos por meio de alimentos ou água contaminados.
Compreender esses patógenicos é crucial para prevenir doenças transmitidas por alimentos. Aqui estão alguns dos patógenicos transmitidos por alimentos mais comuns:
A prevenção de doenças transmitidas por alimentos envolve práticas adequadas de manuseio, cozimento e armazenamento de alimentos. A EFSA fornece diretrizes e realiza avaliações de risco para garantir a segurança alimentar.
Saiba mais sobre patógenos transmitidos por alimentos e como se proteger, aqui.
Fonte: EFSA
A erosão dos solos e as secas são dois grandes desafios para o sector agrícola de Portugal. No entanto, existe um produto sustentável capaz de contribuir positivamente em ambos os casos: a amêndoa europeia.
Em concreto, muitos amendoeiros são plantados em encostas especialmente vulneráveis à erosão hídrica, ajudando a reduzir a perda de solos quando usadas práticas culturais adequadas. É o que confirma um estudo europeu realizado, em 2008, em Espanha e Itália, que concluiu que a árvore “é capaz de proteger o solo em zonas […] com elevado risco de degradação”. Os responsáveis pelo projeto observaram que a manutenção desta cultura “tem uma influência positiva devido ao aumento da atividade microbiana“.
Acresce que, sendo uma espécie tipicamente mediterrânica, a amendoeira é uma das espécies mais resistentes ao stresse hídrico. Este fator torna-a particularmente apta a adaptar-se a ambientes propensos à seca, como o Alentejo e Trás-os-Montes, onde se tem registado uma expansão significativa desta cultura nos últimos anos.
Nesse sentido, 79% da superfície plantada com amendoeiras na Península Ibérica é cultivada em sequeiro, o que garante uma gestão responsável dos recursos hídricos. E uma elevada percentagem é já reconhecida como biológica.
Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Grande Consumo
Após um rigoroso processo de avaliação, a pescaria de cerco da sardinha ibérica obteve a certificação do Marine Stewardship Council (MSC), permitindo que as capturas realizadas por embarcações certificadas possam agora ostentar o Selo Azul da organização, símbolo internacional de sustentabilidade.
A cerimónia oficial de entrega da distinção decorreu no dia 15 deste mês, em Matosinhos, reforçando o compromisso coletivo com a sustentabilidade dos recursos marinhos e com o futuro das comunidades costeiras ibéricas.
A certificação MSC representa um marco histórico para o setor da pesca do cerco de Portugal e Espanha. A sardinha portuguesa já tinha conquistado esta distinção em 2010, mas a certificação foi suspensa em 2014 devido ao estado crítico do stock. A recuperação e o novo reconhecimento são o resultado de anos de esforço conjunto entre os produtores, os governos e a comunidade científica.
Abrangendo 339 embarcações de cerco, 144 portuguesas e 195 espanholas, esta certificação resulta da colaboração entre 17 organizações de produtores e três associações portuguesas da indústria alimentar, nomeadamente a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), Associação Nacional da Indústria pelo Frio e Comércio de Produtos Alimentares (ALIF) e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), sob a coordenação da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO) e da Organización de Productores de Pesca del Cantábrico (OPPs Cantábrico).
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) desempenhou um papel fundamental no apoio científico à candidatura.
Saiba mais aqui.
Fonte: IPMA
O ambiente urbano atual está cada vez mais densificado devido ao crescimento da construção e, simultaneamente, mais exposto a fenómenos climáticos extremos. Esta situação tornou o acesso a espaços verdes uma necessidade, uma vez que diversos estudos associam a sua presença a melhorias significativas na saúde física e mental da população.
Neste sentido, a falta de espaços verdes nas cidades está associada a problemas como o stress, a ansiedade e a obesidade.
Neste sentido, a falta de espaços verdes nas cidades está associada a problemas como o stress, a ansiedade e a obesidade. Por isso, como assinala o relatório “Influencia do ambiente urbano na saúde das pessoas”, realizado pelo Instituto BIOMA da Universidade de Navarra, em colaboração com a Sanitas, aumentar em 30% a presença de árvores nas zonas urbanas poderia evitar mais de 2.600 mortes por ano na Europa.
“A conceção das cidades influencia diretamente a saúde da sociedade. Ter árvores, parques e zonas verde melhora a qualidade do ar, reduz o impacto do calor e promove o bem-estar geral das pessoas. Perante esta realidade, é essencial integrar estes espaços nos ambientes urbanos, a fim de avançar para um modelo de cidade mais saudável e sustentável”, explicam os especialistas do Instituto Bioma.
Leia aqui o artigo completo.
Fonte: Greensavers
Uma nova pesquisa está a identificar soluções viáveis para a presença de metais pesados em vegetais e arroz que podem ser aplicadas por todas as partes interessadas, desde produtores até consumidores.
Alguns contaminantes alimentares surgem de ambientes naturais ou agrícolas onde as plantações são cultivadas. Exemplos incluem metais pesados, às vezes presentes em vegetais folhosos como espinafre e grãos como arroz. Se as concentrações desses e de outros metais pesados excederem certos limites, podem representar riscos à saúde pública, especialmente em populações mais jovens. Ambos os grupos alimentares são componentes essenciais de dietas nutritivas e saudáveis. Mas os riscos representados por níveis às vezes significativos de metais pesados estão fazendo com que especialistas em saúde reflitam e estimulando novas pesquisas sobre como reduzir os riscos potenciais em vegetais e grãos sem reduzir ou eliminar esses alimentos saudáveis da dieta.
A sensibilidade das crianças a metais pesados/elementos tóxicos levou a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) a estabelecer a iniciativa "Mais Perto de Zero" para reduzir a presença desses metais no suprimento alimentar. Isso geralmente envolve o tratamento de grupos alimentares importantes, como vegetais e arroz.
Vegetais folhosos como espinafre, couve e alface podem absorver metais como cádmio e chumbo, frequentemente encontrados naturalmente no solo. Mas o fazem de maneiras diferentes e em diferentes partes da planta. E o potencial de acumulação de arsênio no arroz sob certas condições de cultivo está levando pesquisadores a explorar medidas que tanto agricultores quanto cozinheiros domésticos podem tomar para reduzir a presença desses metais.
Leia no artigo cientifíco publicado no GeoHealth aqui.
Fonte: Food Safety Tech
Um pão funcional com compostos que beneficiam a saúde digestiva está a ser desenvolvido por um consórcio liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
“AlBread: Uso de plantas aromáticas do Alentejo e farinha de bolota no desenvolvimento de pão funcional” é o nome do projeto, no qual também participam as faculdades de Farmácia e de Medicina da Universidade de Coimbra e as universidades do Algarve e de Évora.
Com o objetivo de criar um alimento com propriedades funcionais que conjugasse ingredientes naturais e benefícios comprovados para a saúde gastrointestinal, foi formado um consórcio interuniversitário, que tem o apoio de empresas dos setores da extração de óleos essenciais, produção de farinhas e panificação.
“Este projeto propõe a integração de óleos essenciais extraídos de plantas aromáticas e medicinais do Alentejo, como a erva-príncipe e o rosmaninho”, explicou o investigador do Chemical Engineering and Renewable Resources for Sustainability (CERES), da FCTUC, Luís Alves.
Além disso, estão a ser desenvolvidas “técnicas inovadoras de encapsulamento desses compostos, para que estes sejam libertados no momento certo do processo digestivo, preservando o sabor e aroma tradicional do pão”, acrescentou.
A utilização de farinha de bolota proveniente da região do montado alentejano é outro dos elementos diferenciadores deste pão.
Segundo Luís Alves, “esta farinha, isenta de glúten e com interessantes propriedades nutricionais, está a ser caracterizada e testada como base do produto, sendo também explorada como matriz para o encapsulamento de compostos bioativos, incluindo probióticos e óleos essenciais”.
Ainda não está concluído um protótipo de pão funcional, mas os investigadores “já obtiveram resultados promissores nas fases de extração e encapsulamento dos compostos ativos”.
“Contamos, em breve, apresentar um primeiro protótipo de pão funcional, com propriedades antioxidantes e digestivas, que respeite o sabor e a textura do pão tradicional, mas com benefícios acrescidos para a saúde”, avançou o especialista.
No seu entender, “este desenvolvimento pode representar um avanço significativo no setor da panificação funcional em Portugal, aliando inovação científica, valorização de produtos locais e promoção de hábitos alimentares saudáveis.
Fonte: Agroportal
A Comissão Europeia solicitou a avaliação da EFSA após autoridades alemãs levantarem preocupações sobre produtos de sementes de erva-doce destinados a bebês.
As preparações de sementes de erva-doce contêm estragol, um composto natural que é genotóxico (pode causar danos no DNA) e cancerígeno.
A EFSA fez a revisão das evidências científicas disponíveis sobre preparações de sementes de erva-doce doce e amarga, que são frequentemente usadas em infusões e outros produtos alimentícios, como misturas de especiarias e suplementos.
Os cientistas da EFSA não conseguiram estabelecer um nível seguro de exposição para estragol com base nos dados disponíveis, concluindo que o consumo de preparações de sementes de erva-doce pode representar um risco à saúde, especialmente para grupos vulneráveis, como bebés, crianças pequenas e ou quando consumidos por mulheres grávidas ou lactantes.
Preparações nas quais o estragol foi removido pelos fabricantes durante o processo de produção ou é indetectável não são consideradas como representando um risco à saúde.
A EFSA convida as partes interessadas, pesquisadores e membros do público a fornecer feedback sobre o rascunho do parecer, disponível para consulta até 17 de setembro de 2025.
Saiba mais aqui.
Fonte: EFSA
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