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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, na semana passada, através da Brigada Especializada dos Vinhos e Produtos Vitivinícolas da Unidade Regional do Centro, uma operação com o objetivo de averiguar a proteção da denominação de origem ou de indicação geográfica em vinhos de mesa, em estabelecimentos de restauração e bebidas nos concelhos de Coimbra, Mealhada e Anadia.
Como balanço da ação foram inspecionados oito estabelecimentos de restauração e bebidas, tendo sido instaurados dois processos de contraordenação por práticas comerciais desleais e ações enganosas, devido a ter sido detetado em cartas “Vinhos da Bairrada”, a inclusão de outros vinhos sem direito à denominação de origem, induzindo em erro o consumidor através de uma omissão da categoria do vinho.
A certificação dos vinhos com direito à Denominação de Origem “Bairrada”, é garante que um determinado vinho foi produzido nesta região geográfica demarcada, seguindo um conjunto rigoroso de regras e tradições estabelecidas, desde o controlo do tipo de uvas, métodos de vinificação e envelhecimento, garantindo a autenticidade e qualidade dos vinhos certificados.

Fonte: ASAE

Setembro é fundamental para a saúde e a produção das suas árvores de fruto. Descubra quais as árvores que deve podar este mês para garantir uma boa colheita e um desenvolvimento ótimo.

O cuidado das árvores de fruto não se limita apenas a regá-las ou fertilizá-las, e uma das práticas mais importantes para garantir uma boa produção e prolongar a sua vida útil é a poda.

Embora a maioria das pessoas tenha tendência a pensar no inverno como a principal altura para o fazer, setembro é um mês chave no calendário para os jardineiros e agricultores.

Nesta altura, as árvores de fruto já passaram pela fase de produção de frutos no verão, o que significa que consumiram muita energia.

A poda em setembro ajuda as árvores de fruto a recuperar, a prevenir doenças e a preparar-se para a próxima estação. Mas nem todas as árvores precisam de ser podadas nesta altura: há espécies específicas para as quais a poda é essencial.

Porquê podar em setembro?

A poda em setembro tem um objetivo claro: revitalizar a árvore após a colheita e preparar os seus ramos para que a próxima estação seja mais produtiva. As principais vantagens são as seguintes:

  • Eliminação dos ramos danificados: após a frutificação, alguns ramos tornam-se fracos ou doentes. A sua remoção evita que consumam energia desnecessária.
  • Prevenção de pragas e doenças: o excesso de ramos pode favorecer a humidade e o aparecimento de fungos.
  • Melhor circulação do ar e da luz: a abertura da copa das árvores permite que a luz solar chegue ao interior e que o ar circule, reduzindo os riscos para a saúde.
  • Aumento da produtividade: uma árvore bem podada produz frutos maiores e de melhor qualidade.

Árvores de fruto que devem ser podadas em setembro

Embora cada espécie tenha as suas particularidades, há um grupo de árvores de fruto para as quais este mês é decisivo.

  • A macieira

A macieira é uma das árvores que mais aprecia a poda em setembro. Após a colheita, fica muitas vezes com os ramos esgotados e os rebentos mal orientados. A eliminação destes elementos permite-lhe concentrar a sua energia na formação de novos rebentos para a primavera.

  • A pereira

Muito semelhante à macieira, a pereira também beneficia de uma poda verde no início do outono. Eliminar os ramos cruzados e os rebentos (rebentos verticais que crescem fortemente mas que não têm qualquer utilidade produtiva) é essencial para a manter equilibrada e saudável.

  • O pessegueiro

O pessegueiro é uma árvore que tende a produzir muitos rebentos, o que faz dela uma árvore de fruto que necessita de podas frequentes. Em setembro, é preferível eliminar os ramos secos e os que não deram fruto, para manter a estrutura aberta e evitar o seu enfraquecimento.

  • A ameixeira

A ameixeira, depois de ter dado frutos no verão, precisa de uma poda ligeira em setembro para eliminar os ramos partidos ou doentes. Evita assim a proliferação de pragas que podem afetar a sua madeira e os seus futuros frutos.

  • Os citrinos (laranjeiras e limoeiros)

No caso dos citrinos, setembro é o mês ideal para a poda de manutenção. Recomenda-se que elimine os ramos secos e os rebentos que saem da base. Estes cuidados ajudam a árvore a concentrar a sua energia na maturação dos frutos que permanecem na árvore.

Conselhos práticos para a poda em setembro

A poda em setembro não necessita de ferramentas complicadas, mas requer alguns cuidados.

Utilize ferramentas limpas e afiadas: tesouras de poda, serrotes ou tesouras de duas mãos, consoante a espessura dos ramos.

A utilização correta da ferramenta é essencial para a poda.

  • Desinfete antes e depois: isto evita a transmissão de doenças de uma árvore para outra.
  • Faça cortes limpos e em ângulo: isto permite que a ferida cicatrize mais rapidamente.
  • Não podar demasiado: uma poda demasiado drástica enfraquece a árvore e pode afetar a sua produção no ano seguinte.
  • Aproveite a oportunidade para verificar o estado do solo: depois da poda, é uma boa altura para aplicar um fertilizante rico em potássio e fósforo para reforçar as raízes.

Fonte: Tempo.pt

O Conselho de Ministros aprovou, através de Resolução do Conselho de Ministros nº 133/2025 publicada a 9 de setembro, o Plano de Ação para a Gestão Sustentável e Valorização do Setor Vitivinícola da Região Demarcada do Douro. Objetivo é estabilizar o setor e corrigir desequilíbrios entre oferta e procura.

As “medidas de ajustamento do potencial produtivo” incluem a redução voluntária área de vinha apta à produção de vinho DOP Porto, com imposição de um limite máximo individual, avaliando a possibilidade de atribuição de uma compensação da redução, mediante a atribuição de uma majoração temporária à área sobrante, conservando as autorizações de plantação de vinha por um prazo de até oito anos. Será também dado apoio à criação de uma «bolsa de direitos» para atribuição da DOP Porto, que permita a transação das autorizações de produção (benefício). Serão também inibidas novas autorizações de plantação.

Serão também desenvolvidas medidas complementares e de acompanhamento, como a reconversão das terras agrícolas através de apoios no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), para a instalação de áreas com interesse ambiental ou culturas alternativas à vinha, e também a priorização do apoio às cooperativas.

É também criada uma “medida conjuntural de crise”, traduzida na atribuição de um apoio que visa assegurar um rendimento mínimo ao viticultor. Estes apoios serão geridos pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, com uma dotação máxima de 15 milhões de euros.

Fonte: Tecnoalimentar

O número de crianças e adolescentes em idade escolar que são obesos ultrapassou pela primeira vez o número dos que estão abaixo do peso, revela um novo relatório da Unicef.

O Relatório de Nutrição Infantil 2025 - Lucro Alimentar: Como os ambientes alimentares estão a prejudicar as crianças - revelou o papel que os alimentos não saudáveis estão a desempenhar no aumento global da obesidade entre crianças e adolescentes.

Globalmente, a Unicef descobriu que há 188 milhões de adolescentes e crianças em idade escolar com obesidade, o que equivale a uma em cada dez.
Enquanto isso, uma em cada cinco crianças e adolescentes de 5 a 19 anos está acima do peso, o número de jovens com sobrepeso nessa faixa etária dobrou de 194 milhões para 391 milhões desde 2000.

O relatório descreveu como crianças em idade escolar e adolescentes estão a ser expostos a um «fornecimento constante de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas baratos e agressivamente comercializados». Além disso, não houve sucesso em tornar opções nutritivas prontamente disponíveis e acessíveis.

A Unicef também explorou como a falta de legislação e regulamentação eficazes deixou os governos em todo o mundo incapazes de proteger crianças e adolescentes dos «ambientes alimentares prejudiciais» existentes.

Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Food Manufacture

Produtos alimentares foram o principal motor da inflação, registando um aumento homólogo de 7%.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou um aumento da inflação homóloga para 2,8% em agosto, acima dos 2,6% registados em julho, em linha com a estimativa publicada há duas semanas. Este crescimento deve-se principalmente à aceleração dos preços dos produtos alimentares não transformados, que subiram 7,0% face ao mesmo período do ano passado, marcando o sétimo mês consecutivo de aceleração.

Apesar da subida da taxa global, a inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, mais sujeitos a flutuações, abrandou para 2,4%, contra 2,5% em julho. Já os produtos energéticos apresentaram uma variação negativa de -0,2%, embora menor do que a registada no mês anterior (-1,1%).

Em termos mensais, o IPC registou uma variação de -0,2%, influenciada pelo habitual período de saldos no sector de Vestuário e Calçado, cuja descida foi de -6,5%. Em contrapartida, a classe de Restaurantes e Hotéis teve o maior contributo positivo, com uma variação de 1,1%.

 Entre os subgrupos com aumentos relevantes, destacaram-se os Hotéis, motéis e pousadas (+4,0%), os Produtos hortícolas frescos (+4,5%) e os Voos domésticos (+35,4%), enquanto a Fruta fresca e o Vestuário lideraram as descidas.

 Comparação com a área do Euro

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado para comparações na União Europeia, manteve a variação homóloga em 2,5%, 0,4 p.p. acima da média da área do Euro. Excluindo os alimentos não transformados e a energia, Portugal registou 2,3%, em linha com o bloco europeu.

A variação média dos últimos 12 meses situou-se em 2,4%, ligeiramente acima dos 2,3% de julho, refletindo uma tendência moderada de aumento de preços.

Fonte: Grande Consumo

A rapidez é essencial para um recall bem gerido. Quanto mais rápido os consumidores forem alertados e compreenderem o que fazer, mais rápido os produtos contaminados poderão ser identificados, devolvidos ou descartados. É por isso que os códigos QR — sim, os mesmos usados para digitalizar menus ou embarcar em aviões — estão a tornar-se uma das ferramentas mais poderosas na segurança alimentar atual.

 Os códigos QR nas embalagens dos alimentos podem conectar os consumidores diretamente a informações críticas sobre o produto em segundos. Números de lote, datas de validade, distribuição geográfica e próximos passos claros podem ser acedidos através de uma única digitalização. Não é necessário ligar para o supermercado, pesquisar avisos da FDA ou do USDA ou navegar nas redes sociais para descobrir se você foi afetado. As informações podem ser específicas para o item exato que você tem em mãos.

 Este tipo de rapidez e clareza é um grande passo em frente em relação aos métodos de comunicação tradicionais e um bom exemplo dos esforços que estão a ser feitos para modernizar os recalls, de modo a que os consumidores estejam mais protegidos.

A utilização de códigos QR também resolve um problema urgente da indústria, que é alcançar clientes que não falam inglês, fornecendo informações e instruções sobre o recall em diferentes idiomas.

Aqui está o que mais deve ter em mente:

 Cada recall é diferente e geralmente complicado. O uso de códigos QR ajuda a garantir que está a obter as informações mais precisas e atualizadas disponíveis.

Pode usar códigos QR tanto na loja para verificar as atualizações de segurança do produto antes de comprar, quanto em casa para determinar rapidamente se os itens que comprou fizeram parte de um recall.

A leitura de códigos QR não ajuda apenas a si. Identificar e lidar rapidamente com o produto afetado ajuda a minimizar o risco geral para a saúde pública. 

Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Food Safety News

Durante a vindima de 2024, técnicos e viticultores da Península de Setúbal, de Borba, Estremoz, Vidigueira e Cartaxo, foram surpreendidos, durante o período de maturação, por danos severos nos cachos associados a ataques de traças, apesar da aplicação oportuna de tratamentos para controlo da traça-da-uva, Lobesia botrana. Esta situação suscitou diversas dúvidas quer sobre a eficácia dos produtos fitossanitários utilizados, quer sobre a possibilidade da existência de insetos resistentes ou da ocorrência de uma quarta geração da traça-da-uva.

Identificação de uma nova ameaça: Cryptoblabes gnidiella como praga emergente

Foram recolhidas amostras de cachos (com lagartas e pupas) nas vinhas onde foram detetados os danos, as quais foram posteriormente enviadas para o Instituto de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), onde através de análises morfológicas detalhadas e identificação molecular, foi confirmada a presença de Cryptoblabes gnidiella (Lepidoptera: Pyralidae). Esta é uma traça nativa do mediterrâneo, já referenciada em Portugal desde os anos 1990 noutras culturas (citrinos) e considerada uma praga secundária na vinha, aparecendo nesta como consequência de ataques de cochonilhas, de cuja melada as suas larvas se alimentariam.

Esta traça não possui uma verdadeira diapausa, o que significa que as larvas permanecem na vinha, alimentando-se dos restos dos bagos que ficam agarrados aos cachos secos. Naturalmente, invernos frios eliminariam muitas lagartas, mas os invernos naquelas regiões têm sido suaves. A presença silenciosa, mas destrutiva e sentida de C. gnidiella, evidenciou a necessidade de uma abordagem mais abrangente de monitorização específica para esta praga emergente.

Monitorização remota como ferramenta para o controlo de pragas

A monitorização e a estimativa de risco, com recurso a armadilhas digitais inteligentes , poderão constituir ferramentas fundamentais no controlo de pragas, reforçando os pilares da proteção integrada. Equipadas com sensores e sistemas de comunicação remota, estas armadilhas permitem uma recolha contínua e automatizada de dados sobre a presença e a dinâmica populacional das pragas, como Cryptoblabes gnidiella, permitindo uma deteção ainda mais precoce e a tomada de decisão fundamentada

Saber mais.

Fonte: Agronegócios

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou uma operação de fiscalização direcionada ao setor vitivinícola, em plena época de vindimas, com o objetivo de assegurar a rastreabilidade das uvas dentro da Região Demarcada dos Vinhos Verdes e da Região Demarcada do Douro.

A ação contou com o apoio das Brigadas Especializadas dos Vinhos e Produtos Vitivinícolas e focou-se no trânsito de produtos vitivinícolas, nas declarações obrigatórias de acompanhamento e nos controlos à atividade dos operadores económicos.

As fiscalizações decorreram nos concelhos de Amarante, Lamego, Marco de Canaveses e Peso da Régua, em articulação com a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), no âmbito de protocolos de cooperação que vigoram há cerca de 15 anos.

Segundo a ASAE, estas operações têm como finalidade assegurar o cumprimento da lei em matérias relacionadas com a defesa das Denominações de Origem e Indicações Geográficas, combater a fraude e o crime económico, garantir a leal concorrência entre operadores e salvaguardar os interesses dos consumidores.

As ações contaram também com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR), responsável pelo controlo rodoviário de viaturas cisternas e de mercadorias.

Durante o ano, as fiscalizações incidem sobretudo no controlo das existências e transporte de vinhos e produtos vínicos. No período das vindimas, estes controlos são reforçados no trânsito das uvas, com o objetivo de rastrear a colheita e o respetivo registo obrigatório.

Fonte: Hipersuper

A Escolha Sustentável, primeiro sistema de qualificação que valoriza produtos, serviços e medidas que contribuem ativamente para a sustentabilidade a nível social, ambiental e económico, realizou um estudo que sobre as tendências e hábitos de sustentabilidade dos portugueses. A análise revela uma consciência ambiental crescente por parte dos consumidores, e um esforço coletivo para adotar estilos de vida mais responsáveis. Contudo são ainda evidentes os obstáculos que dificultam a mudança de hábitos e comportamentos.

A maioria dos consumidores acredita que as suas escolhas podem impactar o mundo (81%) e que todos temos igual responsabilidade por promover o consumo sustentável (51%). Neste sentido, 37% dos participantes procura frequentemente informação sobre a origem ou impacto dos produtos que compra e 35% fazem-no ocasionalmente.

Para grande parte dos entrevistados, os valores mais associados à sustentabilidade são a saúde e bem-estar e a justiça social (cerca de 70%), seguidos pela ética nos negócios (53%). Só metade dos inquiridos atribuiu elevada importância a conceitos como: consumo responsável, direitos dos animais e sustentabilidade ambiental (50%).

Alimentação desperta maior preocupação
 
De acordo com o estudo, a alimentação é o sector que desperta maior preocupação entre os consumidores (20%), desde o momento da escolha dos produtos, ao do consumo consciente, especialmente no esforço para evitar o desperdício. 39% preocupa-se frequentemente com a origem dos alimentos que consome e 22% está sempre atento a esta questão. No entanto, esta é também a área que enfrenta os maiores desafios, com obstáculos como o preço elevado, oferta reduzida e pouco acessível de produtos sustentáveis.

Embora 51% considere critérios éticos ou ambientais ao comprar roupa, moda e vestuário é o segundo sector mais mencionado (17%) no que diz respeito à dificuldade em consumir de forma “consciente”. Isto está relacionado com o número limitado de opções no mercado, pois quando há produtos mais ecológicos são por vezes inadequados às necessidades ou muito caros. Além disso, o mercado da fast fashion continua a ser mais acessível, tornando assim difícil a transição para opções ecológicas.

Na vertente de transporte e mobilidade as dificuldades em adotar um estilo de vida sustentável resultam da falta de alternativas públicas e do custo das opções mais ecológicas. Ao escolher o seu meio de transporte 49% tem em consideração o impacto ambiental do mesmo e 39% afirma ter isso em consideração às vezes. No entanto, 54% indica o carro próprio como o seu meio de deslocação mais frequente. Os transportes públicos (27%) e andar a pé (14%) são também citados pelos entrevistados.

Falta de confiança nas alegações ambientais

Quando questionados sobre quais os fatores que mais influenciam no momento da compra, 48% dos portugueses dão prioridade à qualidade e 34% ao preço. Apenas 11% refere o impacto ambiental ou social como critério decisivo. Ainda assim, os consumidores mostram-se dispostos a pagar mais por produtos que sejam justos, ecológicos e de produção local. Somente 7% afirma não estar disposto a pagar qualquer valor adicional por este tipo de artigos.

A estes fatores junta-se ainda a desconfiança face ao greenwashing, com muitos dos inquiridos céticos quanto à veracidade das alegações ambientais feitas por diversas empresas, o que reduz a confiança em produtos classificados como sustentáveis.

Relativamente às práticas sustentáveis implementadas no dia a dia, destacam-se a poupança de água e energia (23%), a separação dos resíduos recicláveis (23%) e a reutilização de embalagens (22%). Já a compra de produtos sustentáveis (14%) ou a utilização de transportes alternativos ao automóvel têm menor expressão (13%). Todavia, 45% dos participantes evita produtos de empresas que contrariam as suas convicções, 51% afirma fazê-lo às vezes e 4% admite não evitar estes artigos. No último ano, 25% reduziu o uso de plástico, 23% optou por arranjar ou reutilizar produtos em vez de comprar novos e 14% comprou artigos em segunda mão. No caso dos equipamentos eletrónicos, 69% dos consumidores prefere reparar antes adquirir um novo.

Apesar das dificuldades, 55% dos consumidores expressa preocupação com o futuro do planeta e assume já ter adotado hábitos de consumo consciente, como a diminuição do desperdício alimentar, a reciclagem, a compra de artigos em plataforma de segunda mão ou a reparação de equipamentos eletrónicos. Os inquiridos alertam ainda que esta mudança de comportamento só será sustentável se houver acesso facilitado, transparência e preços mais justos.

As candidaturas para a edição de 2026 do Prémio Escolha Sustentável da ConsumerChoice já estão abertas para todas as marcas que pretendam concorrer para alcançar esta certificação.

Fonte: Grande Consumo

Quando tradição e futuro se encontram, nascem histórias de impacto real. A Banana da Madeira é exemplo disso mesmo: fruto da dedicação de pequenos produtores, do respeito pela terra e da aposta em práticas inovadoras, tornou-se referência nacional em sustentabilidade. O reconhecimento com o Prémio Escolha Sustentável 2025 não só valida este percurso, como abre portas para novos desafios e colaborações que prometem transformar o setor.

Para a Banana da Madeira esta distinção funcionou como um verdadeiro catalisador, reforçando internamente o sentido de missão das equipas e elevando, ainda mais, a fasquia no compromisso com a sustentabilidade.

Externamente, a visibilidade conquistada junto de clientes e parceiros foi imediata, originando novos contactos e propostas de colaboração. Um exemplo concreto foi a aceleração de um projeto-piloto de otimização hídrica com produtores locais, que já está a permitir poupanças superiores a 20% no consumo de água, sem comprometer a qualidade do fruto.

Indicadores que contam e dados que se comprovam

O caminho da Banana da Madeira assenta em métricas claras e auditadas, garantindo credibilidade e transparência:

  • Emissões evitadas de CO₂ equivalente, fruto do uso de viaturas 100% elétricas e de transporte marítimo rápido — apenas dois dias até ao continente, reduzindo significativamente a pegada de transporte.
  • Circularidade de materiais, com a substituição integral de sacos plásticos por sacos de TNT reutilizáveis, capazes de durar três a quatro utilizações, distribuídos gratuitamente aos produtores.
  • Eficiência hídrica, através de técnicas avançadas de gestão de rega adaptadas à complexa orografia madeirense.
  • Valor social, preservando práticas agrícolas tradicionais, não intensivas, e apoiando a integração e capacitação de pequenos produtores.
  • Combate ao desperdício alimentar, com o apoio anual a mais de 130 instituições sociais, através da oferta de bananas e da colaboração em diversos projetos comunitários.

Estes resultados são validados por certificações e auditorias independentes, como GlobalG.A.P., ISO 22000:2023 e Certificação Biológica Europeia, reforçadas por monitorizações regulares de entidades externas.

 

Olhar em frente: inovação, escalabilidade e colaboração

A estratégia para os próximos anos assenta em três eixos:

  1. Inovação — reforçar sistemas inteligentes de rega e monitorização de nutrientes.
  2. Escalabilidade — consolidar a presença no mercado nacional e expandir para outros mercados europeus, mantendo a baixa pegada carbónica.
  3. Colaboração sectorial — partilhar metodologias e criar sinergias com os produtores.

No horizonte, porém, não faltam desafios: a volatilidade climática e a necessidade de conciliar a transição energética e logística com custos competitivos, sem abdicar de princípios ambientais.

 O resultado é um fruto que transporta o sabor da tradição, a qualidade da certificação e um compromisso inabalável com o futuro do planeta.

Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Greensavers