Uma equipa de investigação liderada pelo Instituto de Horticultura Subtropical e Mediterrânica La Mayora (IHSM, UMA-CSIC), em Málaga, desenvolveu um bioplástico a partir de celulose e cera de abelha. Devido às suas propriedades de barreira contra a oxidação, a humidade ou a perda de frescura, poderia ser utilizado para conservar frutas e legumes prontos a consumir, frutas secas ou desidratadas que podem ficar rançosas ou produtos de padaria estaladiços, como pães e palitos.
Os especialistas obtiveram este material misturando celulose, a fibra vegetal que confere rigidez às plantas, com glicerol, um líquido incolor e viscoso obtido a partir de óleos vegetais e utilizado como plastificante porque confere flexibilidade. Como novidade, a cera de abelha foi adicionada a esta matriz em diferentes proporções até se obterem folhas finas, transparentes e biodegradáveis.
No laboratório, o composto resultante atuou de forma semelhante ao polietileno, o plástico derivado do petróleo mais comum, amplamente utilizado em embalagens, sacos ou garrafas. “As propriedades mais importantes para a conservação dos alimentos, como a resistência à água, à gordura e à transmissão de oxigénio, foram melhoradas. Este bioplástico é mais semelhante ao polietileno do que à celulose original”, explica Susana Guzmán, investigadora do IHSM La Mayora responsável pelo estudo.
Os resultados fornecem novos conhecimentos sobre o potencial que a celulose pode alcançar se for combinada com outros compostos naturais da forma correta, abrindo caminho para soluções de embalagem alimentar mais sustentáveis.
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Fonte: iAlimentar
Um estudo recente descobriu que os fornos microondas, presentes em cozinhas e outros espaços, podem abrigar mais de 100 espécies diferentes de bactérias. Esta descoberta surpreendente foi publicada na revista Frontiers in Microbiology e representa a primeira vez que comunidades microbianas são documentadas nestes aparelhos, conhecidos pelo seu ambiente irradiado e, teoricamente, inóspito para a vida microbiana.
O estudo identificou, entre as bactérias presentes nos microondas das cozinhas, espécies que podem causar doenças alimentares, como Klebsiella e Brevundimonas. Esta descoberta levanta questões sobre como estas bactérias conseguem sobreviver em um ambiente que, a priori, seria hostil devido às altas temperaturas e à radiação eletromagnética gerada durante o funcionamento dos microondas.
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Fonte: Frontiers
Os arrozais em Portugal são mais do que campos agrícolas — são habitats essenciais que ajudam a preservar a biodiversidade e a manter o equilíbrio ecológico das zonas húmidas do país.
Numa iniciativa que destaca o papel dos agricultores nacionais na promoção da sustentabilidade, o Centro de Competências do Arroz (COTArroz) lançou recentemente um vídeo que retrata boas práticas ambientais na cultura do arroz. O objetivo é mostrar como é possível aliar a produção alimentar ao respeito pela natureza.
O vídeo, intitulado “A sustentabilidade na cultura do arroz”, já está disponível no YouTube e sublinha o esforço contínuo do setor agrícola para responder aos desafios ambientais com inovação e responsabilidade.
Fonte: Agroportal
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou a apreensão de mais de 17 toneladas de produtos alimentares de origem animal, na sequência de uma operação de fiscalização realizada no distrito de Vila Real. A ação, designada Operação Frigo, teve como alvo um entreposto industrial que operava de forma ilegal, sem o devido licenciamento e em incumprimento das normas de segurança alimentar, segundo referem as autoridades em comunicado.
A operação foi conduzida pela Brigada de Indústrias da Unidade Regional do Norte da ASAE, através da Unidade Operacional de Mirandela, com o objetivo de garantir o cumprimento das disposições legais em matéria de segurança alimentar nos estabelecimentos de armazenamento de produtos alimentares. De acordo com o comunicado emitido esta segunda-feira pela ASAE, as autoridades determinaram a suspensão imediata da atividade do estabelecimento em causa, por falta de licenciamento para o exercício da atividade industrial e por colocar no mercado produtos sem a obrigatória marca de identificação.
No decurso da ação, foram apreendidas mais de 17 toneladas de géneros alimentícios de origem animal, entre carnes e outros produtos derivados, com um valor estimado de 115 mil euros. A ASAE indicou ainda que os produtos apreendidos se encontravam armazenados em condições que não asseguravam a rastreabilidade e segurança exigidas pela legislação em vigor.
Fonte: ASAE
Celebra-se hoje, 16 de junho, o Dia Mundial do Reenchimento, um momento para chamar a atenção para o potencial das práticas de reenchimento na redução da quantidade de resíduos produzida.
Segundo o Eurostat, em 2022, cada europeu produziu, em média, 186,5 Kg de resíduos de embalagens (Portugal está ligeiramente acima com 188 Kg), um valor que tem vindo a aumentar (cerca de 20% na última década).
Com a publicação do novo Regulamento Europeu de Embalagens e Resíduos de Embalagens (em fevereiro de 2025), os Estados-Membros ficaram obrigados a reduzir em 5% o total de resíduos de embalagem produzidos até 2030, tendo por referência o ano de 2018. Em 2035, o valor sobe para 10% e em 2040 para 15%.
Considerando a evolução dos números nos últimos anos, estamos perante um desafio significativo, para o qual devemos começar a trabalhar desde já.
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Fonte: ZERO
Investigadores independentes do Instituto Ramazzini e de outras instituições académicas publicaram resultados sobre a exposição a longo prazo ao glifosato e a formulações à base de glifosato que confirmam a carcinogenicidade em roedores.
As conclusões fazem parte da vertente de carcinogenicidade do Estudo Global sobre o Glifosato, a investigação mais exaustiva alguma vez efectuada sobre os múltiplos efeitos do herbicida mais utilizado no mundo e das formulações relacionadas. O estudo é excecional na sua conceção e cobertura temporal.
Por conseguinte, estes resultados trazem um valor acrescentado significativo para as investigações científicas sobre os riscos relacionados com a exposição ao glifosato e reforçam o apelo há muito lançado por investigadores independentes e organizações da sociedade civil no sentido de proibir o glifosato de uma vez por todas.
Principais caraterísticas e resultados do estudo:
O estudo investigou os efeitos do glifosato isolado e de duas formulações à base de glifosato, o Roundup BioFlow (MON 52276, utilizado na União Europeia) e o Ranger Pro (EPA 524-517, utilizado nos Estados Unidos) em ratos (Sprague Dawley).
A investigação da exposição dos roedores estendeu-se a longo prazo, com início na fase pré-natal e durante 2 anos, com doses de 0,5, 5 e 50 mg/kg de peso corporal/dia.
Foi observado um aumento da incidência de tumores benignos e malignos relacionados com a dose, que são normalmente raros nesses roedores, nos três grupos de tratamento, em comparação com os controlos. Os tumores afectaram ambos os sexos, começaram frequentemente no início da vida e foram observados em vários locais: por exemplo, leucemia ou tumores no fígado, no ovário, na tiroide ou no sistema nervoso, entre outros.
É importante notar que também se registou um aumento das mortes precoces: 40% das mortes por leucemia no grupo de roedores expostos ao glifosato só ocorreram com menos de um ano de idade (menos de 35-40 anos atrás nos seres humanos).
Os resultados deste estudo excecional dão um novo impulso à proibição do glifosato o mais rapidamente possível. A exposição a longo prazo, mesmo a baixas doses do herbicida, provoca tumores malignos. Os decisores políticos não podem continuar a fingir que nos faltam provas para tomar medidas de proteção da população. - diz Natacha Cingotti Estratega Sénior de Campanhas
Já foram divulgadas as conclusões preliminares do Estudo Global sobre o Glifosato relativamente à toxicidade no microbioma, bem como à toxicidade endócrina e reprodutiva em doses consideradas seguras pelas agências reguladoras, e esperam-se mais resultados relativamente à neurotoxicidade.
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Fonte: Food Watch
No âmbito da campanha para o Dia Mundial contra a Contrafação, a EUIPO denuncia alimentos e bebidas contrafeitos na EU, com o objetivo de aumentar a consciencialização para os perigos que os produtos alimentares contrafeitos representam na saúde pública e segurança dos consumidores.
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Um estudo, publicado na revista PLOS ONE, destacou o potencial de uma nova variedade de batata geneticamente modificada, denominada “3R-gene”, que demonstrou resistência ao míldio tardio, uma das doenças mais destrutivas para esta cultura.
A investigação avaliou os benefícios de três novas variedades transgénicas — Shangi 3R-gene, Asante 3R-gene e Tigoni 3R-gene — desenvolvidas especificamente para resistir à doença. Estas variedades incorporam genes de resistência diretamente em cultivos locais já amplamente utilizadas pelos produtores, garantindo maior eficácia e aceitação no terreno.
Entre as três variedades analisadas, a Shangi 3R-gene destacou-se como a que poderá trazer maiores benefícios económicos. Segundo os investigadores, a adoção desta variedade transgénica poderá reduzir os custos de produção e aumentar significativamente os rendimentos por hectare.
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Fonte: Agroportal
Teve início a terceira edição do projeto Plantar Água. Nos próximos dois anos, o objetivo é contribuir para melhorar o ciclo da água de forma integrada na serra, no barrocal e no litoral algarvio.
Levado a cabo pela WWF Portugal, com o apoio de uma marca de bebidas, o projeto pretende, nos próximos dois anos, atuar ao longo de todo o ciclo da água: aumentar a retenção de água nas zonas altas através de pequenas charcas e da plantação de espécies autóctones, reforçar a recarga dos aquíferos e promover a redução do consumo de água nas zonas agrícolas costeiras.
De realçar que, desde 2018, o Plantar Água já interveio em 120 hectares da Serra do Caldeirão. Nesta nova fase, será mantida a gestão ativa dessas áreas e recuperados mais 80 hectares de áreas degradadas. A WWF Portugal estima que em 2056, quando a floresta estiver madura, o projeto terá contribuído para uma recuperação de até 400 milhões de litros de água por ano, resultado da retenção natural de água no solo e nas plantas. Já durante os próximos anos, a WWF Portugal prevê a recarga de aquíferos na ordem dos cinco milhões de litros anuais e uma redução de 70 milhões de litros por ano no uso da água na agricultura.
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Fonte: Grande Consumo
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