Em resposta à evolução do cenário ecológico e epidemiológico global, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH) revelaram uma nova estratégia de dez anos com o objetivo de prevenir e controlar a Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (HPAI).
A Estratégia Global para a Prevenção e Controle da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (2024–2033) substitui a estrutura anterior estabelecida em 2008 e está definida para orientar os esforços para mitigar o impacto da doença na próxima década.
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Fonte: World Organisation for Animal Health
A Food and Drug Administration está a retardar a aplicação da Regra de Rastreabilidade de Alimentos, que está em marcha há 14 anos, por mais 30 meses.
Anunciado no passado dia 20 de março, a Food and Drug Administration disse que pretende publicar uma regra proposta "mais tarde". A regra já foi publicada e aprovada e estava programada para entrar em vigor a 1 de janeiro de 2026.
A indústria alimentar tem se oposto à regra desde antes de ela ser escrita, citando despesas. Grupos da indústria aplaudiram o adiamento da aplicação da regra pela FDA.
No entanto, grupos de consumidores e ex-funcionários de segurança alimentar da FDA e do USDA reagiram ao anúncio do atraso na aplicação da regra com preocupação.
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Fonte: Food Safety News
Cientistas descobriram o segredo para um chocolate rico e luxuoso enriquecido com probióticos.
Um novo estudo, publicado na ACS Food Science & Technology, sugere que a adição de pré e probióticos ao chocolate poderá trazer mais benefícios para a saúde dos consumidores desta iguaria, enquanto mantém o seu sabor único.
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Fonte: Food Navigator Europe
No passado mês de fevereiro 2025, na reunião da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em Roma, especialistas reuniram-se para discutir os riscos e lacunas de conhecimento sobre Clostridium botulinum e Clostridium perfringens.
Nest reunião, foram revistos desenvolvimentos científicos recentes, dados e evidências, incluindo uma revisão da carga de doenças, atribuição a produtos alimentícios de alta preocupação para a saúde pública, métodos analíticos em produtos alimentícios e medidas de controlo.
O botulismo transmitido por alimentos, causado por Clostridium produtores de neurotoxina botulínica, é uma doença grave e potencialmente fatal resultante da ingestão de toxina pré-formada em alimentos que são conservados de forma inadequada ou abusados do tempo e da temperatura e nos quais os Clostridium cresceram.
Clostridium perfringens normalmente causa gastroenterite relativamente leve e autolimitada. Dados recentes apoiam um papel dos alimentos na epidemiologia das infecções por Clostridium difficile.
Espera-se que o trabalho contribua para o desenvolvimento de diretrizes aprimoradas de segurança alimentar, ajudando a reduzir os riscos apresentados por diferentes espécies de Clostridium.
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Fonte: Food Safety News
A NYU Tandon School of Engineering desenvolveu uma ferramenta de Inteligência Artificial que lê o valor nutricional da sua refeição a partir de uma foto.
Contar calorias e rastrear nutrientes sempre foi um processo tedioso, que depende de diários alimentares e aplicativos que exigem entrada manual. Mas um novo sistema alimentado por IA da pode tornar isso tão simples quanto tirar uma foto.
Alcançando uma pontuação média de Average Precision (mAP) de 0,7941, o sistema pode identificar e analisar corretamente itens alimentares com aproximadamente 80% de precisão, mesmo quando sobrepostos ou parcialmente obscurecidos.
Embora atualmente seja uma prova de conceito, a ferramenta alimentada por IA pode ter grandes implicações para os setores de saúde, fitness e serviços de alimentação. Ao integrar-se com aplicativos de monitoramento de saúde, ela pode fornecer aos usuários uma maneira fácil de monitorar a ingestão alimentar com o mínimo de esforço.
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Fonte: New Food Magazine
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) está a avaliar o potencial uso da Inteligência Artificial (IA) para coadjuvar a deteção e investigação surtos alimentares.
Os especialistas da UKHSA avaliaram diferentes tipos de IA quanto à sua capacidade de detetar e classificar textos em avaliações de restaurantes on-line, o que poderia ser usado para identificar e potencialmente direcionar investigações sobre surtos.
As doenças gastrointestinais transmitidas por alimentos são um grande fardo no Reino Unido, fazendo com que milhões de pessoas fiquem doentes todos os anos. No entanto, estima-se que a maioria dos casos não seja formalmente diagnosticada, o que representa desafios para os métodos tradicionais de vigilância.
Esta estratégia poderá abrir novos horizontes a nível mundial com o objetivo de fortalecer e apoiar uma resposta rápida a surtos de doenças alimentares.
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Fonte: Food Safety News
Portugal voltou a ser destaque num dos mais recentes rankings divulgados pelo TasteAtlas. Desta vez, o guia online elegeu os "100 melhores pães do mundo" e o afamado pão alentejano faz parte do Top 10. A sua "côdea rústica e grossa que contrasta com o miolo macio e arejado do interior" valeu-lhe o 7.º lugar com uma avaliação de 4.6 estrelas em cinco.
Além do famoso pão alentejano, o TasteAtlas destaca outras seis variedades de pães típicos de Portugal. Recentemente, o conceituado guia online nomeou a região do Alentejo como uma das melhores do mundo em termos gastronómicos.
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Fonte: SIC Notícias
A manteiga, produto lácteo natural difere da margarina, resultado de óleos vegetais processados. Ambas contam com um diferente impacto na nossa saúde.
Em entrevista, a engenheira alimentar Alexandra Costa, traça-nos o perfil de cada um destes produtos a partir dos seus métodos de fabrico.
Como forma de apresentação ao tema, pode-nos explicar quais as principais diferenças entre a manteiga, a margarina e outras gorduras industriais?
Sim. A manteiga é um produto lácteo natural obtido a partir do batimento da nata do leite, enquanto a margarina é fabricada a partir de óleos vegetais, que passam por processos como a hidrogenação ou interesterificação para atingir uma consistência sólida. Outras gorduras industriais podem ser misturas ou refinadas a partir de diferentes fontes vegetais. Cada processo confere características diferentes em termos de perfil lipídico e sabor.
A manteiga tem um sabor naturalmente cremoso e complexo, resultado da sua composição láctea e da nata do leite. A margarina é formulada para imitar a manteiga, mas muitas vezes recorre a aditivos e aromatizantes para alcançar um perfil sensorial semelhante. Embora seja possível produzir margarinas de alta qualidade, o seu sabor e textura podem variar conforme os ingredientes e processos utilizados.
Referiu diferentes métodos de produção. Como influenciam estes processos industriais a qualidade nutricional destes produtos?
Os métodos de fabrico são decisivos nas características destes produtos. Por exemplo, a hidrogenação pode produzir ácidos gordos trans, que estão associados a riscos cardiovasculares. Em contrapartida, processos mais modernos, como a interesterificação, procuram manter um perfil lipídico mais saudável, minimizando a formação de gorduras trans. Assim, o controlo dos processos e a escolha dos ingredientes determinam a qualidade final do produto.
E quanto aos ácidos gordos trans, quais os riscos associados à sua ingestão, especialmente em margarina e outras gorduras processadas?
O consumo de ácidos gordos trans causa o aumento dos níveis do colesterol LDL (mau colesterol) e reduzem o HDL (bom colesterol), ampliando assim o risco de doenças cardiovasculares. Estudos científicos associam uma ingestão elevada destes compostos a inflamações e problemas metabólicos, motivo pelo qual a regulamentação alimentar limita o seu conteúdo nos produtos que adquirimos.
Qual a importância dos antioxidantes na preservação da qualidade destas gorduras industriais?
Os antioxidantes são fundamentais para evitar a oxidação dos lipídios, que pode gerar compostos tóxicos e alterar o sabor e aroma dos produtos. A oxidação pode levar à formação de radicais livres, prejudiciais à saúde. Dou como exemplos, o envelhecimento, a degeneração muscular, o acidente vascular cerebral. A adição de antioxidantes naturais, como a vitamina E, ajuda a prolongar a vida útil do produto e a manter a sua qualidade nutricional e sensorial.
Existe alguma diferença notável na digestibilidade e absorção entre manteiga e margarinas?
Sim, há diferenças. A manteiga, por ser um produto natural, apresenta uma matriz lipídica que é geralmente bem absorvida pelo organismo. Nas margarinas, a digestibilidade pode variar conforme os tipos de óleos utilizados e a presença de gorduras trans ou outros aditivos. Estudos sugerem que alterações no perfil dos ácidos gordos podem influenciar a biodisponibilidade dos lipídios, tendo impacto na absorção.
Que critérios utilizam os organismos reguladores para avaliar a qualidade destas gorduras?
Os organismos reguladores avaliam vários parâmetros: o perfil dos ácidos gordos (saturados, insaturados e trans), a presença de contaminantes, a estabilidade oxidativa e a rotulagem correta. Estes critérios asseguram que os produtos comercializados são seguros para o consumo e cumprem os padrões de qualidade estabelecidos, protegendo a saúde dos consumidores.
De que forma a origem dos óleos vegetais utilizados na produção das margarinas pode influenciar a qualidade final do produto?
A qualidade dos óleos é crucial. Óleos extraídos de fontes de alta qualidade – como o de girassol, colza ou soja, quando processados de forma adequada – conferem um perfil lipídico mais saudável, rico em ácidos gordos insaturados. Além disso, a forma como estes óleos são processados, por exemplo, evitando uma excessiva hidrogenação, pode reduzir a formação de gorduras trans e melhorar tanto a qualidade nutricional como o sabor da margarina.
Quais são as tendências atuais na indústria para melhorar a qualidade das gorduras processadas?
Uma das principais tendências é a redução ou eliminação dos ácidos gordos trans através da adoção de processos de interesterificação. Há também um investimento crescente na utilização de óleos de alta qualidade, muitas vezes provenientes de fontes sustentáveis, e na incorporação de antioxidantes naturais para aumentar a estabilidade do produto. Estas inovações procuram melhorar o perfil nutricional e reduzir os riscos associados ao consumo dessas gorduras.
Para terminar, que recomendações práticas daria aos consumidores que querem fazer escolhas informadas entre manteiga, margarina e outras gorduras industriais?
Recomendo que os consumidores leiam atentamente os rótulos, prestando especial atenção ao teor de gorduras saturadas e trans. Se preferirem um produto mais natural, a manteiga pode ser uma boa escolha, desde que consumida com moderação devido ao seu elevado teor de gorduras saturadas. No caso das margarinas, opte por versões com menor conteúdo de gorduras trans e que apresentem um perfil de ácidos gordos mais saudável. Em suma, uma escolha informada, equilibrada e ajustada às necessidades individuais é fundamental para uma dieta saudável.
Fonte: Lifestyle- SAPO
O Regulamento (UE) 2019/6 que estabelece regras para a utilização de medicamentos veterinários, incluindo o requisito de os utilizar em conformidade com os termos das respetivas autorizações de introdução no mercado, prevê a possibilidade, caso não exista num Estado-Membro um medicamento veterinário autorizado ou disponível para uma espécie ou uma indicação, de os médicos veterinários poderem utilizar, sob a sua responsabilidade direta, medicamentos fora dos termos das respetivas autorizações de introdução no mercado, o chamado “uso em cascata”.
A FVE lançou um folheto informativo sobre a utilização de medicamentos veterinários no âmbito da ‘cascata’, previsto nos artigos 112.º a 115.º do Regulamento (UE) 2019/6 do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de dezembro de 2018, com destaque para os antimicrobianos.
Este folheto informativo agora disponibilizado pela FVE, orienta os médicos veterinários passo a passo no processo de tomada de decisão, através duma abordagem intuitiva, baseada em fluxogramas, para o tratamento de animais de companhia, animais terrestres e aquáticos produtores de géneros alimentícios ou equídeos.
Mais informações aqui.
Fonte: DGAV
Há 109 anos, a Lei n.º 494/1916 criou a Inspeção do Trabalho em Portugal, com o objetivo de garantir o cumprimento das normas laborais, a proteção dos trabalhadores e a melhoria das condições de trabalho.
Fonte: ACT
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