A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), realizou, nos últimos dias, várias operações de fiscalização direcionadas à verificação do cumprimento das regras aplicáveis ao exercício da atividade no setor da restauração e bebidas, nos concelhos de Lisboa e Sintra.
Como balanço da ação, a ASAE determinou a suspensão imediata de 3 estabelecimentos de restauração e bebidas, tendo instaurado 1 processo-crime, por suspeita de produtos vitivinícolas anormais avariados, e 6 processos de contraordenação, maioritariamente, por incumprimento de requisitos gerais e específicos de higiene, violação dos deveres gerais da entidade, falta de implementação de HACCP e falta de rastreabilidade de géneros alimentícios.
Foi ainda determinada pela ASAE, a suspensão de atividade de 1 talho que comercializava produtos cárneos com falta de requisitos, e instaurado 1 processo-crime por suspeita de géneros alimentícios anormais avariados, que apresentavam evidentes condições impróprias para consumo, bem como acondicionamento inadequado e falta de rastreabilidade nos produtos.
Estas operações foram levadas a cabo em conjunto com a PSP que, no âmbito das respetivas competências, veio ainda a apurar que o explorador do talho se encontrava em situação de imigração irregular e ilícita.
No conjunto das operaçõesa, ASAE apreendeu cerca de 150kg de carnes e 100kg de pescado.
Fonte: ASAE
A diversidade de legumes que chega ao prato pode, em breve, ter origem em explorações agrícolas onde não entra mão humana. É o que já acontece no parque de demonstração de agricultura ‘inteligente’ no condado de Deqing, província de Zhejiang, no leste da China.
Através de tecnologia de ponta, o parque integra inteligência artificial (IA) com a Internet das Coisas (IoT) para gerir todo o processo de produção de hortícolas com controlo inteligente em todas as etapas.
“Construímos uma máquina de transplantação automática que foi concebida para substituir o trabalho manual no processo de transplantação das hortícolas. Em apenas 40 segundos consegue transplantar 30 plântulas de legumes, aumentando a eficiência em mais de 70%”, referiu Hu Yaofeng, gestor técnico da Zhejiang Houji Intelligent Technology.
E continua: “com as linhas de transporte automatizadas, as máquinas de limpeza e o nosso sistema de controlo ambiental da estufa, criámos uma operação totalmente não tripulada”.
De acordo com os investigadores, as culturas produzidas neste sistema são livres de pesticidas e metais pesados, alcançando rendimentos entre cinco e sete vezes superiores aos da agricultura tradicional ao ar livre.
Da exploração agrícola para as prateleiras em tempo recorde, esta colheita de alta tecnologia já abastece alguns dos maiores retalhistas chineses e, segundo os investigadores, mostra o caminho da agricultura do futuro.
Segundo o gestor técnico, trata-se de uma das inovações mais relevantes sobre como a tecnologia está a impulsionar a modernização agrícola na China, com o objetivo de fornecer legumes mais seguros e saudáveis diretamente à mesa do consumidor.
Fonte: Agroportal
Portugal encontra-se prestes a dar um passo decisivo no caminho da economia circular com a implementação do Sistema de Depósito e Reembolso (SDR). Esta medida, que será obrigatória para muitas superfícies comerciais, representa uma mudança estrutural na forma como os resíduos de embalagens de bebidas são geridos. Mas, mais do que uma imposição legal, o SDR deve ser encarado como uma oportunidade concreta de transformar o paradigma da reciclagem no nosso país. E, com ele, a forma como retalhistas, consumidores e operadores interagem em prol da sustentabilidade, um desígnio bem maior e que a todos obriga.
Na sua essência, o conceito é simples, embora poderoso: o consumidor paga um pequeno depósito aquando da compra de uma determinada bebida e é reembolsado quando devolve a respetiva embalagem vazia. Trata-se, assim, de um incentivo económico direto para fomentar comportamentos mais sustentáveis, replicando modelos que já comprovaram a sua devida eficácia em países tão distintos como, por exemplo, a Alemanha, a Noruega ou a Suécia.
Mas esta mudança não acontece no vazio, naturalmente. A mesma requer planeamento, tecnologia, conhecimento e compromisso. Variáveis indispensáveis a uma aplicação de sucesso. E é precisamente aqui que entra a Envipco — um operador especializado, que possui mais de quatro décadas de experiência internacional no desenvolvimento, produção e comercialização de RVM (Reverse Vending Machines), ou Máquinas Automáticas de Reciclagem. Desde 2021, estabeleceu-se em Portugal com o propósito de contribuir ativamente para o sucesso deste novo sistema, fazendo valer o seu profundo conhecimento e experiência em todas as etapas deste processo.
Ao contrário do que se possa pensar, a reciclagem não é apenas uma responsabilidade ambiental. É, também, uma fundamental alavanca de diferenciação e competitividade, tanto para o retalho, como para a indústria. As empresas que souberem tirar partido do potencial do SDR, sendo este um canal premium de contacto garantido com o consumidor, beneficiarão de um posicionamento francamente favorável, reforçando a sua experiência de loja e a respetiva reputação da marca.
A Envipco destaca-se, precisamente, por essa visão integrada. Mais do que fornecedora de equipamentos, posiciona-se como um parceiro estratégico que acompanha os seus clientes em todas as fases do processo: desde a escolha da solução adequada à formação das equipas, passando pela operação, logística, integração de sistemas e apoio técnico permanente. Afinal, a criação de um Sistema de Depósito e Reembolso não está apenas relacionada com a obrigação legal, mas também com a proteção do meio ambiente, no qual todos nos inserimos, pelo que existe, além da necessidade legislativa, a oportunidade de otimizar a forma como a reciclagem funciona e complementar os fluxos já existentes, rumo a um amanhã que se pede, e deseja, mais sustentável.
A experiência acumulada da Envipco em mercados maduros, como, por exemplo, os Estados Unidos da América ou o norte da Europa, confere-lhe uma capacidade ímpar de adaptação às especificidades de cada país e de cada retalhista, por sua vez. Com quatro fábricas — três na Europa e uma nos Estados Unidos — e uma capacidade global de produção de 40 mil máquinas por ano, a Envipco está perfeitamente preparada e capacitada para responder à crescente procura no mercado português, ao proporcionar soluções escaláveis e personalizadas tanto para pequenos negócios como grandes cadeias de distribuição.
Importa também sublinhar que o SDR não se limita a estimular a devolução de embalagens. Trata-se de uma peça fundamental na estratégia europeia para combater o desperdício e reduzir a poluição ambiental. Ao permitir a recolha seletiva de embalagens de materiais com elevado potencial de reciclabilidade, como o PET e o alumínio, este sistema promove a criação de uma cadeia interna de fornecimento de materiais reciclados premium direcionados especificamente para a indústria das bebidas e prontos a ser reutilizados em novos ciclos de produção. É a economia circular em ação.
Em Portugal, o sistema abrangerá embalagens de bebidas até três litros, com exceção do vidro e dos produtos com mais de 25% de lacticínios. Inclui também categorias específicas de bebidas alcoólicas, como a cerveja, a sidra, a sangria e os mixes alcoólicos. O retalhista assume um papel de protagonista, ao funcionar, por um lado, como um ponto de recolha — quer manualmente, quer através das já referidas RVM — beneficiando com isso de um fluxo adicional de possíveis clientes, para além de reforçar a sua imagem enquanto agente de mudança ecológica e promotor de novas mentalidades.
Do ponto de vista do consumidor, a vantagem é também ela dupla: recupera o valor pago em depósito e participa ativamente num sistema transparente, com impacto direto na melhoria do ambiente. É uma abordagem positiva, que materializa a passagem da reciclagem como uma obrigação moral para um gesto recompensado. Acredito, assim, que o retalho irá olhar para o SDR como uma oportunidade de aumentar a sua base de clientes e de fomentar novas mentalidades no que à correta valorização das embalagens de bebidas diz respeito, pois, ainda que se trate de uma iniciativa com foco ambiental, não deixa de ter uma vertente concorrencial associada à sua aplicação concreta. Esta será central para a sua atividade comercial daqui para a frente, tanto na questão da imagem de marca, no que respeita à sua perceção pública como operador responsável e promotor das melhores práticas de sustentabilidade, como na experiência de loja com as nossas soluções inteligentes e muito fáceis de utilizar.
É esta combinação entre mais de 40 anos de experiência, inovação tecnológica, compromisso ambiental e visão estratégica que faz da Envipco um parceiro incontornável na revolução da reciclagem em Portugal. A nossa missão é clara: simplificar a reciclagem para todos e ajudar a construir o caminho para um país mais limpo e sustentável. “Mais do que apenas máquinas, somos um parceiro no seu sucesso” é uma máxima que faz parte da nossa identidade e que se apresenta como parte integrante da nossa conduta e presença nos diversos mercados onde nos fazemos representar.
Com a legislação aprovada e a sensibilização pública a aumentar, o momento é agora. O SDR pode representar o início de uma nova cultura de responsabilidade partilhada, onde consumidores, empresas e entidades públicas trabalham, em conjunto, por um objetivo comum: reduzir o impacto ambiental, aumentar as taxas de reciclagem e criar um futuro mais sustentável para as gerações futuras.
O desafio está lançado. Que o compromisso seja real e o impacto duradouro. Como todos desejamos.
Fonte: Grande Consumo
A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) aprovou e publicou o Regulamento do sistema de aprovação nacional dos produtos em contacto com a água destinada ao consumo humano (Regulamento n.º 976/2025, de 7 de agosto), enquanto autoridade competente para a qualidade da água destinada ao consumo humano e em cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 69/2023, de 21 de agosto.
A água doce é um recurso cada vez mais escasso, que importa preservar, sobretudo nestes tempos que correm, em que as secas são cada vez mais frequentes.
Patrícia Gomes, investigadora da Escola de Ciências da Universidade do Minho tem passado, por isso, horas intermináveis junto de zonas húmidas construídas, tentando encontrar soluções para aproveitar os recursos hídricos de forma eficiente e sustentável.
Usando plantas específicas e substratos naturais, a geóloga da Universidade do Minho está a utilizar estes ecossistemas artificiais para eliminar contaminantes de águas desperdiçadas na agricultura, na indústria e em outras atividades humanas.
O método implica filtrar a água através de leitos, dos solos ou da areia que, numa fase posterior, é tratada por processos físicos, químicos e biológicos. O trabalho está inserido no projeto “Wetlands e economia circular – uma solução sustentável para os recursos hídricos”.
A investigação da geóloga do Instituto de Ciências da Terra, da Universidade do Minho terá depois uma aplicabilidade direta na promoção da biodiversidade e na reutilização da água em diferentes cenários, como na agricultura, na indústria ou no uso doméstico, mas que não implique o consumo humano.
Não se trata apenas de encontrar soluções ecológicas, mas também reduzir o custo e consumo energético, simplificando a manutenção destes sistemas.
Saiba tudo sobre o projeto aqui.
Fonte: Universidade do Minho
A Agência Dinamarquesa de Proteção Ambiental retirou oficialmente a aprovação de 23 pesticidas que continham substâncias ativas relacionadas com substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), devido a preocupações com a contaminação das águas subterrâneas.
A decisão de proibir os PFAS na Dinamarca baseia-se num recente estudo do Serviço Geológico da Dinamarca e Gronelândia, que confirmou que estes produtos se degradam em ácido trifluoroacético (TFA), uma substância altamente persistente que ultrapassa o limite de segurança da União Europeia (UE) de 0,1 microgramas por litro em águas subterrâneas.
Esta medida representa um passo significativo no esforço mais alargado do governo para proteger o ambiente e a saúde pública dos efeitos de longo prazo dos químicos PFAS, frequentemente designados por “químicos eternos” devido à sua resistência à degradação natural.
Os 23 pesticidas agora proibidos eram amplamente usados na agricultura dinamarquesa e incluíam substâncias ativas como fluazinam, fluopyram, diflufenican, mefentrifluconazol e tau-fluvalinato.
No seu conjunto, estas substâncias representaram cerca de 28% do impacto ambiental e de saúde relacionado com o uso de pesticidas na Dinamarca em 2023. Só no último ano foram aplicadas quase 190 mil toneladas destes químicos na agricultura dinamarquesa.
A Agência Dinamarquesa de Proteção Ambiental instou ainda a Comissão Europeia a lançar uma revisão abrangente das cinco substâncias ativas com PFAS que permanecem autorizadas, defendendo uma abordagem regulatória mais ampla para prevenir a poluição por TFA em toda a UE.
Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Vida Rural
O Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) anunciou para “breve” a abertura de concursos LEADER para apoio aos pequenos investimentos nas explorações agrícolas.
As candidaturas serão submetidas através do Balcão dos Fundos para a Agricultura, sendo necessário ter a Chave Móvel Digital ativada.
Os objetivos destes concursos passam por reforçar a produtividade, viabilidade económica, sustentabilidade ambiental e inovação das explorações agrícolas, promovendo práticas sustentáveis, valorização dos recursos locais e melhoria das condições de trabalho e coesão dos territórios rurais.
Para que as operações sejam elegíveis, o investimento total terá de se situar entre dois mil e 50 mil euros.
São elegíveis despesas com bens imóveis, nomeadamente prédios rústicos; Preparação de terrenos; Edifícios e construções; Adaptação de instalações; Plantações plurianuais; Instalação de pastagens permanentes; e Sistemas de rega, e bens móveis, nomeadamente novas máquinas e equipamentos; Equipamentos informáticos; Vedações necessárias à atividade pecuária; e Animais reprodutores de raças autóctones ameaçadas.
São também elegíveis despesas gerais (até 4 % do custo total elegível) e despesas de elaboração e acompanhamento da candidatura (até 2 % do custo total elegível).
Fonte: TecnoAlimentar
Embora a União Europeia (UE) tenha um desempenho muito superior ao resto do mundo em matéria de gestão de resíduos, existe um elevado potencial, em grande parte inexplorado, de melhoria para reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa e os custos sociais, reforçando simultaneamente a segurança económica.
O alerta foi dado pela Comissão Europeia. Atualmente, a gestão de resíduos da UE reduz as emissões anuais de gases com efeito de estufa (GEE) da UE em cerca de 1%, em contraste com a gestão global de resíduos, que é um emissor líquido.
Cerca de 83% da redução das emissões da UE deve-se ao sucesso da gestão de resíduos metálicos. Isto compensa em grande parte as emissões provenientes da gestão dos principais tipos de resíduos, como plásticos, têxteis e resíduos biológicos, uma vez que a sua taxa de reciclagem é relativamente baixa – estes resíduos tendem frequentemente a acabar em resíduos mistos, um importante contribuinte para as emissões.
Estas são algumas das principais conclusões publicadas no artigo científico “Avaliação abrangente dos impactos ambientais e económicos de todo o sistema de gestão de resíduos da EU” (Comprehensive assessment of environmental and economic impacts of the entire EU waste management system” na versão em inglês), uma colaboração de investigação entre o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia e a Universidade Técnica da Dinamarca.
O estudo colmata a lacuna entre os resíduos gerados e os recolhidos, considera todos os fluxos de resíduos e aplica a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e o Custo do Ciclo de Vida (CCV). Quantifica os impactos ambientais em 16 categorias (por exemplo, alterações climáticas, partículas em suspensão, destruição da camada de ozono) e os custos económicos associados ao tratamento e eliminação dos 16 tipos de resíduos. Por último, os autores identificam também áreas a melhorar.
O estudo destaca ainda a necessidade de mais esforços para reduzir a má alocação de resíduos recicláveis para resíduos mistos. O documento fornece uma ferramenta valiosa para avaliar cenários, tomar decisões de investimento e avançar os objetivos da economia circular da UE.
Leia aqui o artigo completo.
Fonte: Grande Consumo
O desenvolvimento de novos produtos alimentares destinados às crianças tem ganho crescente atenção na indústria alimentar, refletindo a importância de uma alimentação equilibrada na infância, crucial para um desenvolvimento saudável.
Neste sentido, este estudo consiste na avaliação sensorial de um produto de panificação (gressino de cenoura) com crianças dos 6 aos 11 anos, que foi desenhado estrategicamente para promover o consumo de vegetais entre as crianças. Os resultados demonstram uma resposta acima do limite de aceitação (5) de 87 % das crianças, destas 79 % responderam o valor máximo de 9 (numa escala hedónica de 1 a 9), demonstrando elevada aceitação do produto testado.
Uma alimentação saudável e equilibrada durante a infância é fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento (Beckerman et al., 2017), tendo influência positiva na saúde (Abdoli et al., 2023). Para garantir um adequado desenvolvimento das crianças e jovens é imprescindível a adoção de alimentação saudável e equilibrada no qual é basilar o adequado consumo de frutas e vegetais sendo estas excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e compostos bioativos (McCarthy et al., 2020).
Há um consenso de que a alimentação das crianças e jovens, na última década, tem vindo a tornar-se cada vez mais pobre em vitaminas e minerais e apresenta um decréscimo na valorização da cultura alimentar local e sazonal (Blondin et al., 2021). Em contrapartida, verifica-se um maior consumo de produtos processados ??industrialmente, que possuem elevado valor energético, elevado teor de açúcar adicionado, gorduras saturadas e sódio e reduzido teor de vitaminas, minerais e fibra.
Estes fatores, aliados à reduzida ingestão de frutas e legumes, têm contribuído negativamente para o desenvolvimento e estado nutricional das crianças e jovens (Anzman-Frasca et al., 2012; Cediel et al., 2018; Monteiro et al., 2013; Pagliai et al., 2021).
Por exemplo, a crescente incidência de excesso de peso e obesidade em crianças e jovens é alarmante, sendo considerada um problema de saúde pública. Em Portugal, 31,9 % das crianças entre os 6 e 8 anos apresentam excesso de peso e 13,5 % já são obesas, de acordo com um estudo recente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Rito et al., 2023).
Leia o artigo completo na TecnoAlimentar 44, abril/ junho de 2025, dedicada aos desafíos na logístisca da indústria alimentar.
Fonte: TecnoAlimentar
Um estudo, realizado na Austrália e publicado na revista Weed Science, revelou que o controlo elétrico de ervas daninhas na viticultura pode ser tão eficaz como o uso de herbicidas ou métodos mecânicos, apresentando riscos mínimos para as culturas, solo e ambiente.
O estudo, intitulado “Electric weed control—how does it compare to conventional weed control methods?”, foi conduzido durante os anos de 2022 e 2023 em vinhas situadas na região de Yallingup, na Austrália Ocidental.
As experiências recorreram a um trator equipado com a máquina de controlo elétrico de ervas daninhas Zasso™ XPower, que inclui uma unidade de fornecimento de energia de 36 kW montada na traseira e um aplicador XPS em cada lado, com seis conjuntos de elétrodos por aplicador.
Entre as vantagens apontadas pelas investigadoras para o uso desta tecnologia estão a ausência de resíduos químicos nos alimentos e no ambiente, a eliminação da necessidade de esperar por períodos sem chuva após a aplicação, a não existência de desvios em condições de vento, bem como a ausência de resistência química e de impactos em vegetação vizinha ou cursos de água.
No entanto, as cientistas alertam também para algumas desvantagens, nomeadamente a lenta velocidade de aplicação e um consumo elevado de combustível.
Esta investigação foi também a primeira a avaliar, de forma quantitativa, o risco de incêndio associado ao controlo elétrico de ervas daninhas. Os testes realizados em vinhas durante a primavera na Austrália (setembro), que é o período mais comum para a gestão de ervas daninhas na viticultura daquela região, não registaram qualquer ocorrência de incêndio.
Com base nestes resultados, os investigadores concluíram que a utilização desta tecnologia durante o inverno e a primavera apresenta um risco mínimo de incêndio, sendo considerada segura nessas estações. No entanto, desaconselham o seu uso no verão e no outono, quando a vegetação seca e as temperaturas elevadas podem aumentar significativamente o risco de incêndio.
Consulte aqui o artigo completo e o estudo científico publicado na Weed Science.
Fonte: Vida Rural
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