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Ricos em nutrientes e minerais, os brócolos são um forte aliado da saúde digestiva e imunológica. Vegetal versátil, pode ser consumido cozido, salteado, no forno, em puré, entre outras confeções. Bons argumentos para darmos uma oportunidade aos brócolos.

Os brócolos são um dos vegetais mais consumidos na Europa. Pertencem à família das crucíferas, onde se incluem, entre outras, a couve-flor, as couves-de-bruxelas, o rabanete e os agriões.

Sabia que a cor verde dos brócolos advém da presença de clorofila, muito rica em ferro, e semelhante à hemoglobina?

Este vegetal é bastante rico em nutrientes e minerais, podendo ser um forte aliado para a saúde digestiva, cardiovascular e imunológica.

Descubra cinco vantagens para consumir brócolos regularmente:

- São ótimos para consumo regular pela sua frescura e efeito diurético.

São poderosos anticancerígenos (especialmente estômago e intestinos), repletos de betacarotenos e vitamina C (muito importantes para a juventude celular).

- A elevada presença de vitamina K, cálcio, fósforo, zinco e vitaminas A e C, torna o seu consumo essencial para a manutenção de ossos fortes e saudáveis.

- São ricos em fibra solúvel. E, esta fibra solúvel, permite ligar-se ao colesterol, permitindo que seja mais fácil de eliminar pelo fígado – isto ajuda a regular os níveis de colesterol.

- A elevada concentração de fibra favorece o bom funcionamento do intestino.

Acresce que os brócolos são muito versáteis nos cozinhados, pelo que os podemos consumir cozidos, escaldados, salteados, em puré, no forno, entre outros.

Fonte: SAPO

 

No presente estudo foi avaliada a carga microbiana e a eficácia de compostos naturais na extensão da vida útil de espetadas refrigeradas de lula (Loligo duvauceli) e camarão (Parapenaeus longirostris). Após análise microbiológica, observou-se ausência de Listeria monocytogenes e Escherichia coli, mas uma elevada contaminação inicial por Pseudomonas spp., Enterobacterales e bactérias do ácido lático.

Durante o armazenamento a 4 °C, registou-se um crescimento de cerca de 4 log UFC/g em todos os grupos microbianos analisados. Após testadas diferentes soluções antimicrobianas naturais contra microrganismos isolados do produto, o ácido acético demonstrou maior atividade antimicrobiana. Sendo assim, foi avaliada a aplicação de vinagre de vinho tinto (50% v/v) no produto, como alternativa prática e natural. A aplicação por imersão resultou numa redução significativa de Enterobacterales e Pseudomonas spp., enquanto a pulverização não apresentou efeito relevante. A imersão em vinagre revelou-se uma estratégia eficaz, simples e de baixo custo para retardar a deterioração microbiológica do produto, contribuindo potencialmente para o aumento da sua vida útil sem comprometer a segurança alimentar.

Leia o estudo aqui.

Fonte: TecnoAlimentar

As Associações representantes da produção de cereais (cereais praganosos, milho e arroz) alertam para uma situação de emergência no sector dos cereais, resultado da queda abrupta dos preços à produção provocada não só pela entrada massiva de grão importado de países terceiros, como também do aumento dos custos de produção.

Nos últimos 6 anos, desde a campanha 2020, os custos médios aumentaram cerca de 55% enquanto o cereal valorizou apenas 20%.

Esta concorrência desleal está a colocar em risco centenas de explorações e a ameaçar um sector considerado estratégico para a soberania alimentar nacional.

Os agricultores portugueses são obrigados a cumprir regras ambientais, fitossanitárias e laborais muito exigentes, enquanto nos portos entram cereais produzidos em países com critérios muito menos rigorosos.

Não há igualdade de condições!

Perante este cenário, cresce o sentimento de revolta no terreno e multiplicam-se os agricultores que ponderam não avançar com as sementeiras na próxima campanha, uma vez que os custos de produção já não encontram correspondência no preço pago.

«As contas não fecham e trabalhar no vermelho deixou de ser sustentável», alertam.

Medidas urgentes exigem-se!

É urgente uma resposta imediata do Governo português e da União Europeia, exigindo medidas concretas:

  • Implementação imediata da Estratégia +Cereais, colocando no terreno todas as dezassete medidas aí previstas;
  • Futura PAC com orçamento reforçado e ajustado à inflação, que preserve a sua natureza comum e os dois pilares, assegure apoios integrais, distribua recursos de forma justa entre países, e seja flexível face às realidades do Sul da Europa, com participação efectiva dos agricultores;
  • Actualização dos Preços de Intervenção para os Cereais recalculando-os face aos custos actuais, que nada têm a ver com os que eram praticados em 2001/2002, altura em que o Preço de Intervenção foi definido nos 101,31€/tonelada;
  • Criação de um programa de apoio excepcional ao sector cerealífero português, à semelhança do que a Comissão Europeia já aplicou em 2023 em países da Europa Central e de Leste, igualmente afectados pelas importações de países terceiros (Ucrânia);
  • Introdução de um apoio de emergência, a vigorar na actual campanha de comercialização 2025/26, de 25€ por tonelada para os cereais que sejam comercializados via Organização de Produtores;
  • Controlo rigoroso nos portos e fronteiras, com reforço dos serviços de inspecção, para garantir que o cereal importado cumpre com os mesmos padrões sanitários exigidos à produção nacional.

Um sector estratégico em perigo

A produção de cereais em Portugal não é apenas uma actividade económica: «Está em causa a preservação de solos agrícolas, a fixação de população no interior, o combate à desertificação, a manutenção da biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas, e a redução da dependência externa em bens alimentares básicos».

O sector dos cereais em Portugal ocupa uma área que ronda os 250 mil hectares e está presente em cerca de 95 mil explorações agrícolas distribuídas de Norte a Sul do país.

Sem uma intervenção rápida e determinada, o país arrisca-se a assistir ao colapso de um sector vital para o equilíbrio do território e para a segurança alimentar das próximas gerações.

Fonte: Agronegócios

 

 
 

Espanha confirmou hoje o primeiro caso de dermatite nodular contagiosa (DNC) numa exploração pecuária na região de Alt Empordà, na Catalunha, tendo o Governo acionado medidas de controlo.

França já tinha reportado 67 surtos e Itália 47. Esta doença não se transmite a humanos.

O Ministério da Agricultura, Pecuária, Pescas e Alimentação do Governo catalão precisou que a doença foi confirmada através de testes realizados no Laboratório Veterinário Central de Algete, em Madrid.

Para conter o surto, a Generalitat (Governo da Catalunha) ativou um conjunto de medidas, que inclui o controlo da área onde foi detetada a doença, de modo a evitar a sua propagação para as explorações agrícolas vizinhas.

Segundo informação publicada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de Portugal, a dermatose nodular contagiosa é uma doença viral, que afeta bovinos e alguns ruminantes selvagens, como o búfalo de água.

O vírus é transmitido, principalmente, por moscas, mosquitos e carraças, mas também através do contacto direto em animais doentes e sãos.

A transmissão indireta, por exemplo, através de água e alimentos contaminados também é possível.

Os sintomas mais comuns de DNC são febre, anorexia, salivação excessiva, corrimento óculo-nasal e diminuição da produção de leite.

Podem surgir lesões nos animais sob a forma de nódulos e tumefações.

A taxa de mortalidade é de cerca de 10%. Contudo, não existe tratamento para a doença e a vacinação está proibida na União Europeia, exceto em casos de emergência.

A DNC é uma doença de notificação obrigatória e Portugal é considerado um país livre desta doença.

Fonte: Agroportal

Portugal subscreve a Declaração Conjunta dos Ministros da Agricultura dos países MED9, na Conferência dos Ministros da Agricultura dos países do Mediterrâneo, que decorre em Portorož, Eslovénia, de 5 a 7 de outubro, sob o tema “Gestão Sustentável dos Riscos na Agricultura”.

Reafirmando o compromisso partilhado com a construção de uma política agrícola europeia mais resiliente e orientada para a adaptação às alterações climáticas, a Declaração Conjunta sublinha a necessidade de reforçar a capacidade de resposta da União Europeia face ao aumento dos riscos climáticos, nomeadamente secas, cheias e incêndios florestais, através de uma abordagem coordenada e de longo prazo.

Portugal, Croácia, Chipre, França, Grécia, Itália, Malta, Eslovênia e Espanha defendem o reforço do quadro financeiro europeu para a gestão de riscos e crises e apelam à criação de um mecanismo permanente de resposta a catástrofes agrícolas, que assegure previsibilidade e estabilidade aos agricultores mais expostos aos efeitos das alterações climáticas.

Destacando a importância desta posição conjunta, o Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, defende que “uma Política Agrícola Comum forte e autónoma continua a ser o melhor instrumento para gerir riscos na agricultura, quer na prevenção, quer na mitigação dos efeitos dos desastres naturais. É necessário garantir a continuidade do segundo pilar da PAC, dedicado ao desenvolvimento rural, essencial para promover o investimento em infraestruturas, a modernização das explorações e a resiliência dos territórios agrícolas.”

O Ministro da Agricultura e Mar destaca também que a adaptação dos sistemas agrícolas exige investimento em regadio eficiente e sustentável, capaz de assegurar a disponibilidade de água para a agricultura, o consumo humano e a proteção dos ecossistemas, contribuindo também para a política de segurança e defesa.

Portugal continuará a defender, no quadro europeu, uma PAC estruturada em dois pilares e dotada de mecanismos eficazes de prevenção e resposta, assegurando que a transição para sistemas agrícolas mais resilientes é acompanhada por uma política de investimento adequada e por um esforço conjunto de todos os Estados-Membros.

Fonte: Ministério da Agricultura e Mar

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da sua Unidade Regional do Norte, realizou uma operação direcionada ao combate ao tráfico de produtos vitivinícolas, em colaboração com a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e com o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto I.P. (IVDP), para introdução ilegal de uvas na Região Demarcada do Douro.
A operação de prevenção criminal teve como objetivo detetar e reprimir a entrada ilícita de produtos vitivinícolas provenientes de outras regiões, protegendo a autenticidade dos vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), bem como salvaguardar a integridade económica dos agentes legítimos do setor.
No decurso da operação foi intercetada uma viatura em circulação no concelho de Resende, na qual se detetou a presença dissimulada de uvas provenientes de outra região, prontas para serem introduzidas de forma ilegal no circuito produtivo da região demarcada.
Da intervenção resultou a apreensão imediata de 4 toneladas de uvas bem como a viatura de transporte de mercadorias, tendo sido instaurado um processo-crime pela prática do crime de tráfico de produtos vitivinícolas, e procedido à identificação de um suspeito, bem como à apreensão de documentação com valor indiciário e probatório.
Os factos foram comunicados à Autoridade Judiciária competente, e o destino das uvas apreendidas foi a destruição por via de vinificação controlada.

Fonte: ASAE

A Sociedade Ponto Verde (SPV) estreou a 1 de outubro, a sua primeira grande campanha nacional de comunicação sob a nova marca Ponto Verde, criada no âmbito do rebranding da organização.

Com o mote “Estamos a chegar ao ponto”, a iniciativa multimeios decorre até novembro e pretende mobilizar os cidadãos para a correta separação de embalagens, num momento em que sete em cada dez portugueses já reciclam, mas apenas um o faz de forma correta.

 Campanha multimeios e criativa

A campanha aposta num registo divertido e inspiracional para captar a atenção do público e incentivar a mudança de comportamentos sem apontar o dedo.

 Os filmes publicitários mostram situações quotidianas, revelando erros comuns na separação de embalagens, mas transformando-os em oportunidades de aprendizagem. O conceito criativo parte da dissonância entre frases de celebração — como “somos orgulhosamente mais ou menos” ou “estamos quase a chegar ao ponto” — e o tom entusiástico com que são ditas, para sublinhar que o país ainda não atingiu as metas ideais, mas está no caminho certo.

“Queremos liderar um movimento agregador e coletivo que une cidadãos de norte a sul do país e ilhas, de todas as gerações. Reciclar corretamente é um sinal de compromisso com o país e com o planeta”, sublinha Ricardo Sacoto Lagoa, diretor de marketing, sensibilização e comunicação da SPV.

Já Andreia Ribeiro, diretora criativa da Fuel, explica que “Separamos Juntos é uma forma de mostrar um caminho coletivo para o futuro. Apesar dos avanços, ainda não chegámos ao ponto ideal e é precisamente neste ‘quase’ que encontrámos a tensão criativa perfeita para dar vida à campanha”.

 Rostos conhecidos e presença nacional

Para amplificar o impacto da campanha, a Ponto Verde conta com a participação de Ana Galvão, Nuno Markl, Filipa Gomes e Frederico Morais, bem como de vários criadores de conteúdo digital, permitindo chegar a diferentes públicos.

A campanha está presente em TV, rádio, imprensa generalista e especializada, digital e outdoor, com destaque para mupis, grandes formatos em Lisboa e Porto, metro, autocarros e elétrico rápido na capital.

O lançamento acontece num momento em que Portugal enfrenta metas ambiciosas de reciclagem: atingir 65% das embalagens colocadas no mercado em 2025 e 70% até 2030.

Recorde-se que a Sociedade Ponto Verde passou recentemente por um rebranding, dando origem à marca Ponto Verde, que pretende refletir movimento, simplicidade, modernidade e confiança, aproximando a entidade dos cidadãos e posicionando-a como uma organização mais inovadora e preparada para os desafios da sustentabilidade.

Fonte: Grande Consumo

Bruxelas trava apoio de 15 milhões de euros para destilação de vinho no Douro
Comissário escreveu ao ministro da Agricultura a informar qBue apoio à destilação de uvas contraria normas europeias. Ministro diz que medidas não carecem de autorização prévia de Bruxelas.

Christophe Hansen, comissário europeu para a Agricultura e Alimentação, pôs as coisas muito claras ao Governo português. A atribuição de um apoio financeiro de 15 milhões de euros aos viticultores do Douro, à razão de 0,50 euros por quilo de uvas entregue para destilação, aprovado em Conselho de Ministros a 28 de Agosto, não só não é “eficaz”, como é contrário às normas europeias. A solução mais “pertinente” para reduzir os stocks na região é a “luta contra a fraude”, através da rotulagem e os controlos de autenticidade, e a “colheita em verde”.

Fonte: Público

Quase 1.900 focos de gripe das aves foram reportados na Europa, entre outubro de 2024 e setembro de 2025, a maioria na Hungria, com Portugal a somar 27, segundo dados da DGAV – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

De 01 de outubro de 2024 a 19 de setembro deste ano foram contabilizados 1.876 focos de gripe das aves, 1.159 dos quais em aves selvagens.

Deste total, 563 foram detetados em aves de capoeira e 154 em aves em cativeiro.

Por país, destacam-se a Hungria (343 focos), Alemanha (279), Países Baixos (234), Polónia (208) e Itália (152).

Depois surgem Áustria (72), Espanha (63), Bélgica (55), França (50), Eslovénia (48), República Checa (46), Noruega (46), Islândia (33), Portugal (27), Moldova (26), Eslováquia (24) e Irlanda (23).

Com menos de 20 focos aparecem Dinamarca (19), Suécia (14), Bulgária (14), Croácia (13), Reino Unido (13), Roménia (12), Turquia (10), Suíça (nove), Ucrânia (oito), Finlândia (sete), Albânia (sete), Sérvia (cinco), Lituânia (cinco) e Grécia (três).

Abaixo disto estão a República da Macedónia do Norte (dois), Ilhas Faroé (dois), Bósnia-Herzegovina (dois), Letónia (um) e Estónia (um).

Só no último mês foram confirmados 75 focos, 63 dos quais em aves selvagens.

A liderar surge Espanha (32), seguida pela Noruega (24).

Seguem-se a Alemanha (seis), Portugal (cinco), Países Baixos (três), Bulgária (três) e França (dois).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

Fonte: Agroportal

A União Europeia (UE) está a caminhar para uma regulamentação que visa proibir que produtos de origem vegetal se passem por produtos cárneos. Termos como "carne" ou "bacon" seriam reservados exclusivamente para alimentos de origem animal.

Esta iniciativa legislativa reflete o amplo consenso europeu sobre a necessidade de fortalecer a transparência no mercado de alimentos e proteger os consumidores.

A Associação Nacional da Indústria da Carne Espanhola (ANICE) comemora esta iniciativa. O seu diretor-geral, Giuseppe Aloisio, enfatiza: "Rotular os produtos como eles são é a melhor maneira de proteger os consumidores."

O Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, deu um passo decisivo para proteger as denominações tradicionais de carne.

Como parte da revisão do Regulamento da Organização Comum de Mercado (OCM), uma proposta regulatória foi discutida para garantir que termos como "carne" ou "bacon" sejam reservados exclusivamente para produtos feitos com ingredientes de origem animal.

A iniciativa, inicialmente promovida por doze Estados-Membros, incluindo a Espanha, e posteriormente apoiada por outros seis países, reflete um amplo consenso europeu sobre a necessidade de fortalecer a transparência no mercado de alimentos e proteger os consumidores da confusão gerada (e egoísta) por produtos de origem vegetal que imitam a carne na aparência, no sabor, na textura e até mesmo no nome do produto.

Como alertou a ANICE em comunicado emitido em 19 de junho, esta iniciativa responde a uma antiga demanda do setor, dada a crescente proliferação no mercado europeu de produtos de origem vegetal que imitam alimentos de origem animal na aparência, sabor, textura e até mesmo no nome, gerando crescente confusão entre os consumidores.

Por isso, e através do mesmo comunicado, a Associação repudiou a usurpação das marcas de venda de carnes e produtos cárneos e exigiu uma comercialização justa, coerente e respeitosa, tanto para com os consumidores como para com o trabalho desenvolvido geração após geração por todos os operadores do setor da Pecuária e da Carne.

Mesmo que essas imitações veganas atinjam um teor proteico significativo, elas não possuem de forma alguma os mesmos valores nutricionais que suas contrapartes à base de carne, pois simplesmente não contêm carne. E mesmo que os consumidores soubessem que, por exemplo, um "hambúrguer vegano" não contém carne, eles seriam erroneamente induzidos a acreditar que se trata de um equivalente nutricional perfeito.

Na Espanha, o Real Decreto 474/2014, que aprova o padrão de qualidade para produtos cárneos, estabelece que as denominações de venda utilizadas para carnes e seus derivados são reservadas exclusivamente para aqueles produtos que contenham carne ou outro produto de origem animal como ingrediente principal.

A boa notícia é que, há apenas algumas semanas, a Comissão Europeia lançou o debate sobre a reforma do Regulamento (UE) 1308/2013 sobre normas de comercialização de carne, convidando várias partes interessadas a enviar seus comentários e propostas.

A Associação Nacional da Indústria da Carne Espanhola comemora esse desenvolvimento.

“Rotular os produtos como eles são é a melhor maneira de proteger os consumidores: alimentos de origem vegetal não devem ser confundidos com carne, nem devem ser adquiridos por osmose com benefícios que não têm, a menos que sejam cientificamente comprovados. Chegou a hora de tudo ser chamado pelo seu nome e de cada produto ter o seu lugar, inclusive na prateleira das lojas, evitando a apropriação do que não lhe pertence. Se esses produtos contêm vegetais, que ocupem o corredor de vegetais, e não o corredor de carnes processadas”, afirmou seu diretor, Giuseppe Aloisio, mais especificamente.

Na realidade, não se trata da eterna luta entre comer carne ou não, mas simplesmente de chamar cada coisa pelo seu nome. É lógico que, se existem produtos completamente diferentes, os nomes também devem ser completamente diferentes. Ninguém pensaria em chamar uma almôndega de "falafel de carne". "Continuamos a viver num estado de grande hipocrisia por parte de alguns, que dia após dia demonizam as proteínas animais, apenas para depois usurpar seu nome, batizando seus produtos com nomes que não lhes pertencem, por motivos puramente económicos e muito distantes de ideais de boa vontade animal ou ambiental", conclui o diretor da associação da indústria da carne.

Com este período de reflexão em curso, a ANICE já apresentou observações à Comissão Europeia para reforçar a proteção das designações de carne, evitar a criação de listas positivas de termos, que apenas irão gerar incerteza jurídica, e garantir uma regulamentação consistente com o quadro da UE.

A legislação proposta está agora nas mãos do Parlamento Europeu, e estaremos vigilantes para garantir que o seu progresso seja tranquilo. Este é um passo fundamental para uma rotulagem alimentar mais clara e transparente na Europa, garantindo que os consumidores possam aceder a informações precisas e protegendo a autenticidade das designações de carne.

Fonte: Agroportal