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Cada português desperdiça por ano 182,7 quilos de alimentos, indicam os dados mais atualizados (2023) do INE, que revelam uma ligeira diminuição do desperdício em relação ao ano anterior.

Os dados hoje divulgados mostram que no ano de 2022 cada português desperdiçou 184 quilos de alimentos, uma subida face aos 180,6 quilos de 2021 e aos 174,5 quilos de 2020. 

Em 2023 desperdiçaram-se em Portugal 1,9 milhões de toneladas de alimentos e os principais “culpados” foram as famílias, com 66,8 desse desperdício atribuído a elas. O comércio e distribuição foi responsável pelo desperdício de 12% do total, a restauração, hotelaria e similares de 11,5%, a produção primária por 6,8% e a indústria por 2,9%.

De 2020 para 2023, em termos gerais, houve um aumento no desperdício das famílias mas uma descida em 2023, no comércio e distribuição o desperdício tem vindo sempre a aumentar, e na restauração houve um aumento de 2021 para 2022 e um ligeiro aumento em 2023.

Na produção primária os dados não permitem indicar uma tendência e a indústria tem vindo a diminuir o desperdício.

Portugal tem sido assinalado como um dos países da União Europeia, o quarto, que mais desperdiça alimentos. Por ano a Europa manda para o lixo cerca de 88 milhões de toneladas de alimentos.

Fonte: Away

Está aberto, até 24 de outubro, um concurso para financiamento de projetos no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável para entidades coletivas privadas sem fins lucrativos

De acordo com os termos do aviso, “pretende-se financiar um projeto que vise promover refeições mais saudáveis, mas também saborosas e apelativas para crianças e jovens, em pelo menos duas das cinco regiões de saúde, criando soluções com impacto e potencial de replicação”. O projeto-piloto deverá sensibilizar as escolas, comunidade educativa e municípios para a importância da oferta alimentar escolar saudável, saborosa e apelativa para crianças e jovens, definir e implementar estratégias de intervenção que promovam a melhoria da qualidade da alimentação disponibilizada nas escolas, desenvolver propostas de refeições e snacks para disponibilizar nos refeitórios e nos bufetes escolares, que sejam saudáveis, saborosas, apelativas para crianças e jovens e adequadas ao contexto escolar, criar materiais de apoio à implementação do projeto desenvolvido que permitam a sua replicação a nível nacional do projeto e incorporar estratégias de intervenção inovadoras capazes de potenciar os resultados e o impacto do projeto.

Deverão ser abrangidos pelo menos 10 estabelecimentos de ensino, de áreas geográficas pertencentes a pelo menos duas das cinco regiões de saúde.

Fonte: TecnoAlimentar

Investigadores da Universidade de Kobe, no Japão, desenvolveram uma alternativa sustentável ao plástico PET, recorrendo a bactérias E. coli geneticamente modificadas para produzir um material biodegradável com potencial para substituir os plásticos derivados do petróleo.


Uma equipa de bioengenheiros da Universidade de Kobe anunciou um avanço promissor na luta contra a poluição causada pelos plásticos. Os investigadores conseguiram modificar geneticamente bactérias do tipo Escherichia coli para que estas produzam um composto chamado ácido piridínico dicarboxílico (PDCA) a partir de glicose. O PDCA distingue-se por ser biodegradável e por apresentar propriedades físicas comparáveis — ou até superiores — às do plástico PET, amplamente utilizado em embalagens e têxteis.

O estudo, publicado na revista científica Metabolic Engineering, revela que a equipa japonesa alcançou uma produção de PDCA em biorreatores sete vezes superior à registada anteriormente, sem gerar subprodutos indesejados. Isto representa um grande passo na criação de materiais mais ecológicos, reduzindo a dependência do petróleo e os impactos ambientais associados.

Segundo o investigador principal, Tanaka Tsutomu, a maioria das tentativas de criar plásticos sustentáveis tem-se focado em moléculas simples compostas apenas por carbono, oxigénio e hidrogénio. “O nosso grupo decidiu explorar moléculas que também incorporam azoto, como o PDCA. Este processo, baseado em reações metabólicas, permite uma produção mais limpa e eficiente”, explicou.

Durante a investigação, a equipa enfrentou um desafio importante: uma das enzimas envolvidas no processo gerava peróxido de hidrogénio (H₂O₂), uma substância altamente reativa que acabava por danificar a própria enzima. Os cientistas resolveram o problema ajustando as condições de cultivo e adicionando um composto que neutraliza o H₂O₂.

Apesar de este ajuste poder aumentar os custos e a complexidade da produção em larga escala, os investigadores acreditam que o método tem um grande potencial. “Conseguir produzir quantidades suficientes em biorreatores é o primeiro passo para tornar este material viável comercialmente”, afirmou Tanaka.

Se bem-sucedida, esta tecnologia poderá revolucionar a indústria do plástico, oferecendo uma alternativa biodegradável e sustentável que ajuda a combater a poluição e a reduzir a dependência de recursos não renováveis.

Leia o estudo aqui.

Fonte: CiB

A batata continua a ser o quarto cultivo agrícola mais importante da União Europeia, mas está longe da estabilidade de outros tempos. Desde 2000, a produção caiu 36,7%, menos 27,9 milhões de toneladas em apenas duas décadas. Em 2023, a colheita chegou a 48,3 milhões de toneladas, ligeiramente acima de 2022, mas a tendência de longo prazo é de queda. O problema não é apenas quantidade: é conservação.

O clima instável dificulta o planeamento e agrava as perdas no campo. A restrições ao uso de fitossanitários, como a proibição do CIPC (clorprofame), usado para evitar a germinação durante o armazenamento, teve impacto imediato, especialmente em França, que antes abastecia o mercado europeu praticamente todo o ano. Enquanto alguns países (como Itália, que usava menta) sentiram pouco impacto, outros, como Espanha e Portugal, dependem mais das importações, pois a produção local não cobre todo o ano e, sem capacidade de armazenamento prolongado, a cadeia logística depende da coordenação entre diferentes origens.

A União Europeia enfrenta atualmente um défice na produção de batata, que é compensado por importações, especialmente no final do inverno e início da primavera, quando a colheita europeia ainda não está disponível. Importou batatas no valor de 356,3 milhões de euros em 2023, sendo que as batatas precoces representaram a maior parte das importações. França, Países Baixos e Alemanha foram os principais comerciantes de batata dentro da União Europeia, representando juntos uma grande parte das exportações intra-UE em termos de valor. França, sozinha, foi responsável por 30,4% das exportações intra-UE de batatas.

Mas a capacidade exportadora de França tem vindo a reduzir-se, abrindo espaço para fornecedores sazonais, como o Egito, Israel e, em menor escala, o Chipre, que preenchem temporariamente os vazios da oferta local durante os períodos críticos. Neste cenário, produtores, distribuidores e legisladores têm de lidar com um equilíbrio delicado entre qualidade, sustentabilidade e abastecimento contínuo, num mercado onde a cooperação internacional já não é opcional  é vital.

 

Do Green Deal à competitividade

Durante anos, a política agrícola europeia foi marcada pelo Pacto Ecológico Europeu e pela estratégia Do Prado ao Prato, que fixava metas ambientais ambiciosas, incluindo a redução para metade do uso de pesticidas químicos. A visão era ecológica, mas, para muitos no sector, irrealista. A situação agrava-se com a lentidão regulatória: pedidos de aprovação de pesticidas biológicos “podem demorar mais de cinco anos”, travando a inovação.

A reação não tardou. Mobilizações agrícolas em vários países, combinadas com o impacto das eleições europeias, levaram a uma “mudança de tom” na Comissão Europeia, com uma nova direção que está mais focada em competitividade e simplificação regulatória, deixando em segundo plano a retórica ambiental mais rígida. Como resume Berta Redondo, secretária geral da Europatat, “a comissão anterior tinha metas ambiciosas, como reduzir em metade o uso de pesticidas químicos. Mas isso era insustentável  nenhum país apoiou essa ideia. Agora, após as eleições europeias, há claramente uma mudança de tom. Já não se fala do Green Deal, já não se fala Do Prado ao Prato. Agora, fala-se de competitividade e de simplificação. O discurso passa para ‘vamos tentar assegurar que, se não houver soluções no mercado, então, um produto não é simplesmente retirado’”.

A nova abordagem promete acelerar a aprovação de soluções alternativas, como pesticidas biológicos, um ponto crítico para sectores como o da batata, que sofrem com a lentidão dos processos de homologação. “Hoje em dia, por exemplo, uma empresa que, em 2019, tenha iniciado o processo para registar um produto, ainda não o tem aprovado. A ideia é que este processo seja mais rápido, para facilitar a chegada ao mercado de novas soluções”, acrescenta.

Para a responsável, os maiores desafios que o sector enfrenta, ao nível da produção, são, efetivamente, as pragas e as alterações climáticas. “Estamos a ver pragas que antes existiam apenas no sul da Europa a subirem para o norte. Por exemplo, o alfilerillo e os wireworms. Na Áustria, por exemplo, já enfrentam grandes problemas com estes insetos. Isto acontece num momento em que há cada vez menos substâncias ativas disponíveis  menos produtos para tratar estas pragas. No fim, o agricultor tem menos ferramentas para lidar com o problema”.

O novo discurso representa uma mudança estratégica para a agricultura europeia. Em vez de impor cortes drásticos sem substitutos, a política passa a considerar o impacto económico e operacional nas cadeias de produção e abastecimento.

É neste cenário que a Europatat, a Associação Europeia de Comércio de Batata, se assume como uma peça central. Ao congregar produtores, comerciantes, exportadores e representantes nacionais de toda a Europa, cria um espaço neutro de diálogo e estratégia, onde países com realidades muito diferentes podem encontrar soluções comuns. “Na Europatat, não fazemos lobby por uma substância específica, porque acreditamos que isso é trabalho dos fabricantes ou produtores. Mas defendemos uma regra clara: não se podem retirar produtos do mercado de um dia para o outro sem que exista um substituto funcional. Não estamos a falar de substitutos ‘naturais’, mas de algo que realmente funcione. Por exemplo, para o alfilerillo, neste momento, não existe nada eficaz. Algumas alternativas biológicas estão a ser testadas, mas ainda não há soluções verdadeiramente eficazes. Este é um desafio muito importante para o sector”.

 

Representar o sector

Fundada em 1952, a Europatat é a principal plataforma representativa do sector de comércio de batatas  tanto para consumo como para semente  a nível europeu, atuando como elo de ligação entre produtores, comerciantes e instituições europeias. Está sediada em Bruxelas e congrega hoje 71 membros em mais de 20 países, incluindo Portugal (Porbatata), através de 19 associações nacionais, 44 empresas e oito membros associados. Juntos, estes membros representam mais de 80% da produção total de batata na Europa.

A Europatat tem como missão representar, promover e defender os interesses do comércio de batata de semente e de consumo no espaço europeu e internacional. Para isso, aposta em três pilares: lobby e representação junto das instituições da União Europeia, coordenação e partilha de informação entre membros e promoção e educação sobre os benefícios da batata, tanto para consumidores como para decisores políticos.

No contexto atual  marcado por alterações climáticas, desafios regulatórios e mudanças no consumo —, a associação desempenha um papel vital na defesa de políticas pragmáticas. Mas não é apenas uma entidade de lobby: é um ponto de encontro para resolver problemas coletivos. Como resume Berta Redondo, “quando as pessoas vêm à Europatat, vêm com o espírito de ‘temos um problema – vamos encontrar uma solução juntos’”.

Atualmente, a associação estrutura o seu trabalho através de cinco comissões permanentes, cada uma dedicada a um segmento ou desafio específico do sector da batata: batatas de semente, batatas para consumo, sustentabilidade, assuntos técnicos e regulatórios e RUCIP. Estas comissões discutem tudo, desde novas regras de rotulagem a soluções biológicas inovadoras, legislação sanitária e estratégias de promoção ao consumidor, funcionando como centros operacionais, onde representantes de associações e empresas-membro discutem problemas, alinham posições e desenvolvem soluções conjuntas. “O RUCIP é um sistema de arbitragem específico para o sector da batata. Quando duas empresas  um produtor, um embalador ou uma empresa de sementes  fazem uma transação de batatas, podem incluir uma cláusula, assegurando que algum problema ou mal-entendido é resolvido através do RUCIP. Ou seja, em vez de ir a um tribunal normal, organizamos um processo de arbitragem, com um painel de árbitros e peritos especializados no sector da batata, que é uma boa forma de garantir que o caso é analisado por quem entende do sector e também é muito mais barato do que ir para os tribunais”, explica a responsável. 

 

Manter a batata europeia viva

Num sector agrícola pressionado por crises climáticas, volatilidade de preços e regulamentações cada vez mais complexas, a fragmentação seria uma sentença de vulnerabilidade. Sem uma estrutura coordenadora, o mercado europeu da batata correria o risco de se transformar num mosaico disperso de interesses nacionais, sujeito a políticas erráticas, normas pouco ajustadas e à concorrência feroz de países terceiros.

A Europatat é essa voz. Não cultiva, não embala e não exporta, mas garante que todos aqueles que o fazem possam continuar, com regras claras, previsibilidade e uma estratégia partilhada a nível europeu.

O papel da associação vai muito além da representação política. Para economias onde a batata não tem o peso político de outras culturas — como Portugal — esta rede é uma alavanca estratégica, amplificando a influência e a capacidade de negociação junto da Comissão Europeia.

Novas regras ambientais exigem adaptações rápidas e consumidores cada vez mais atentos pedem transparência e sustentabilidade, logo, a coesão torna-se indispensável. A Europatat fornece não só dados e análises atualizadas, mas também um enquadramento para que produtores, comerciantes e embaladores consigam antecipar tendências e responder de forma coordenada. “Na comissão de sustentabilidade, que foi criada há três anos, reunimos todos os membros — é o que chamamos de uma comissão horizontal  e falamos de tudo o que este tema pode afetar, desde a produção até ao transporte, às embalagens, ao consumo de água. Analisamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e identificamos quais seriam os mais relevantes para o nosso sector e de que forma as empresas podem agir. A ideia é dar-lhes uma noção de onde podem olhar e atuar”, explica Berta Redondo.

A Europatat tem membros com dimensões muito diferentes, desde grandes empresas multinacionais, como as principais casas de sementes, a empresas muito pequenas, familiares, com três ou quatro pessoas. Hoje, mais do que uma associação, a Europatat é a coluna vertebral de um sector que alimenta milhões, gera milhares de empregos e, com visão e resiliência, continuará a crescer no competitivo mercado global. No fim, o futuro da batata europeia decide-se tanto nos campos como nas mesas de negociação em Bruxelas e, em ambos, a cooperação é a chave.

Fonte: Grande Consumo

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) disponibiliza, a partir de dia 17 de setembro, o Sistema de Prevenção e Controlo de doenças nos animais (SPC).
O SPC desmaterializa e simplifica os processos relativos à notificação de suspeita de doença de declaração obrigatória dos animais e respetivas emergências sanitárias e ainda, os processos de gestão da biossegurança das explorações.
O SPC é uma plataforma digital gerida pela DGAV, destinada a ser utilizada pelos serviços veterinários oficiais, produtores, médicos veterinários (municipais, das OPSA, responsáveis sanitários e privados) e técnicos de laboratórios.
O SPC tem as seguintes funcionalidades:

  • Notificação das doenças dos animais de declaração obrigatória;
  • Registo dos exames clínicos e necropsias;
  • Registo das colheitas de amostras;
  • Registo da vigilância entomológica (colocação de armadilhas e colheita de amostras);
  • Registo da visita sanitária incluindo o registo de dados da biossegurança das explorações e da formação dos produtores;
  • A classificação e acompanhamento da biossegurança das explorações pecuárias.


O SPC permite a interoperabilidade com outros sistemas de informação da DGAV, designadamente – Sistema Informativo da Sanidade dos Suínos (SISS), a Aplicação de Notificação Imediata de Animais Selvagens (ANIMAS), entre outras, apoiando assim, a tomada de decisão, por parte de todos os intervenientes.
A autenticação de acesso ao SPC efetua-se através do portal do IFAP, IP (iDigital), pelo que será necessário solicitar previamente à DGAV as credenciais de acesso. Com estas credenciais pode aceder ao SPC através do endereço https://spc.dgav.pt, ativo a partir do dia 17 de setembro 2025.
O SPC foi financiado pela AMA – Agência para a Modernização Administrativa, IP.

Conheça aqui o vídeo do SPC.

Fonte: DGAV

O aspartame é hoje um dos adoçantes mais utilizados no mundo. Promovido como uma alternativa inofensiva ao açúcar, a sua história é, na verdade, repleta de controvérsias, dúvidas científicas e forte pressão por parte da indústria alimentar.

Muito antes do aspartame entrar no mercado, outros adoçantes artificiais foram introduzidos com grande alarde, mas acabaram por ser retirados. Um caso notável é o dulcin, sintetizado em 1884. Considerado 250 vezes mais doce que o açúcar, foi inicialmente considerado seguro e útil, especialmente para pessoas com diabetes.

Na década de 1940, porém, surgiram sinais preocupantes de toxicidade, incluindo lesões na bexiga e possíveis ligações com o cancro. As autoridades americanas proibiram o dulcin em 1950, e outros países logo seguiram o exemplo.

Esta história destaca uma lição clara: substâncias outrora promovidas pela indústria como inovações seguras podem mais tarde revelar-se prejudiciais. O caso do dulcin sublinha por que razão o princípio da precaução — consagrado na legislação da UE ao abrigo do artigo 191.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia — deve ser aplicado sempre que a incerteza científica se deparar com riscos graves para a saúde.

Assim como o dulcin foi finalmente proibido, as evidências crescentes dos riscos à saúde associados ao aspartame exigem que a UE remova esse aditivo dos nossos alimentos e bebidas.

Leia o artigo completo aqui.

Fonte: foodwatch

O sector alimentar e de bebidas está a atravessar uma transformação acelerada, impulsionada pela mudança no comportamento dos consumidores. Cada vez mais conscientes daquilo que consomem, estes procuram produtos que não só respondam às suas necessidades nutricionais, como também tragam novidade, autenticidade e sustentabilidade.

Foi neste contexto que uma plataforma especializada em inteligência artificial, analisou milhares de ingredientes em todo o mundo, com base em dados recolhidos em redes sociais e em sites de retalho entre 2023 e meados de 2025. O estudo identificou os ingredientes emergentes com maior crescimento e envolvimento, agrupando-os em quatro tendências-chave: bem-estar funcional, fusões de sabores distintos, conquista global e a despensa da natureza.

 Bem-estar funcional: zinco em destaque

Na tendência de bem-estar funcional, que privilegia alimentos com benefícios adicionais à nutrição básica, o zinco surge como protagonista. Associado à imunidade, cicatrização e metabolismo, está a ganhar espaço no sector dos laticínios, sobretudo no mercado alemão, onde crescem os produtos fortificados com este mineral.

 Fusões de sabores: o boom do gochujang

A procura por sabores inesperados e ousados dá corpo à segunda tendência, a fusão de sabores distintos. Aqui destaca-se o gochujang, uma pasta de malagueta coreana que combina picante, doce e umami. Só nos Estados Unidos, no mercado dos condimentos, cresceu 28,5% em dois anos, conquistando os consumidores mais aventureiros.

 Conquista global: miso atravessa mercados

A tendência de conquista global reflete a entrada de sabores internacionais em novos mercados e categorias. O miso, tradicional da cozinha japonesa, está a conquistar espaço nos condimentos pela sua versatilidade e perfil umami. Desde julho de 2023, registou um crescimento de 28,2%, apoiado por 70 mil pontos de dados analisados pela IA.

 A despensa da natureza: ervilhas em ascensão

Por fim, a despensa da natureza destaca o regresso de ingredientes naturais, aplicados de forma inovadora. As ervilhas emergem como ingrediente-chave, não apenas pelo valor nutricional, mas também pela versatilidade em snacks e receitas modernas. O seu crescimento no mercado indiano exemplifica a tendência global.

Para Alice Popple-Connelly, analista sénior da GlobalData, os resultados oferecem pistas estratégicas para a indústria. “Compreender a evolução do sentimento dos consumidores e as tendências subjacentes permite às marcas posicionarem melhor os seus produtos. Identificar os ingredientes emergentes em cada tendência abre oportunidades concretas de formulação e inovação no sector alimentar e de bebidas”.

Fonte: Grande Consumo

Desde dezembro de 2023, todos os vinhos produzidos ou importados na União Europeia são obrigados a apresentar a lista de ingredientes e a declaração nutricional no rótulo, físico ou digital. A medida, que resulta de novas regras comunitárias, pretende reforçar a transparência no sector vitivinícola e oferecer aos consumidores informação mais clara para escolhas conscientes.

Em resposta a este desafio, a uma empresa portuguesa desenvolveu o 560 e-Label, uma solução digital que centraliza os dados exigidos por lei e gera automaticamente um QR Code powered by GS1, acessível em 24 línguas da União Europeia. O sistema está integrado na plataforma Sync PT, permitindo aos produtores gerir de forma simples toda a informação obrigatória.

Até há pouco tempo, a lista de ingredientes e a declaração nutricional eram consideradas informação interna, não disponível ao público. Com a entrada em vigor da nova legislação, o sector enfrenta uma mudança estrutural, que obriga a dar visibilidade a estes dados.

 “Esta solução não só ajuda os produtores a cumprirem a lei, como também reforça a confiança entre produtores, distribuidores e consumidores”, destaca a GS1 Portugal.

Além disso, a digitalização através do 560 e-Label abre caminho a uma nova dimensão: a integração de indicadores de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG). Para a cadeia de valor, cada vez mais orientada para práticas responsáveis, este passo pode representar uma vantagem competitiva.

Saiba como funciona o 560 e-Label aqui.

Fonte: Grande Consumo

 

17 setembro | Dia Internacional do Microrganismo

  • Wednesday, 17 September 2025 11:13

O Dia Internacional do Microrganismo comemora-se a 17 de setembro.

Esta data assinala o dia em que, em 1683, o holandês Anton van Leeuwenhoek, um comerciante sem fortuna nem graus académicos, enviou uma carta à Royal Society of London, na qual relatava a primeira observação de organismos unicelulares.

O objetivo deste dia é sensibilizar os mais jovens e a sociedade em geral para a importância dos microrganismos e do seu papel na saúde, no ambiente, na indústria, na economia e na qualidade de vida de todos.

No dia 24 de setembro de 2025 entre as 9h30 e as 17h, os microrganismos vão andar à solta na Escola Superior de Biotecnologia, na quarta edição deste evento dedicado aos “micróbios” e à sua importância nas nossas vidas.

Num dia recheado de experiências científicas, os nossos investigadores vão demonstrar e explicar o papel dos diversos microrganismos no ambiente (água e solo), na alimentação (produção de alimentos e segurança alimentar) e na saúde (microbioma intestinal e da pele), entre outras.

É de valorizar a importância deste tipo de atividades no crescimento e aprendizagem dos alunos, tendo sido “diversão”, “alegria”, “aprendi muito, de forma diferente”, “enriquecedor”, “obrigada”, “ajudaram-nos a fazer uma decisão futura” e “esperamos voltar” o que escreveram nos seus testemunhos acerca da experiência vivida nas edições de 2024, 2023 e de 2022.

Tendo em conta o seu sucesso, com mais de 500 participantes, voltamos a abrir portas para receber as turmas (ou inscrições individuais na mesma faixa etária) do 5º ao 9º ano no período da manhã (10h às 12h30) e as do secundário no período da tarde (14h30 às 17h).

A visita tipo inclui oito atividades mais alguns minutos de circulação livre num total de 2h30. No final, os mais atentos poderão ainda ganhar prémios no concurso final!

Fonte: Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

No seguimento da proposta apresentada pelo Ministro da Agricultura e do Mar, Eng. José Manuel Fernandes, subscrita por 14 Estados Membros feita no final de 2024 em Conselho de Ministros da Agricultura, para que a Comissão Europeia estabeleça orientações técnicas para a avaliação e gestão dos riscos associados ao uso de drones na aplicação de produtos fitofarmacêuticos e considerando o compromisso assumido pelo MAGRIM de propor uma alteração legislativa à Comissão Europeia para poder melhor enquadrar o uso de aeronaves não tripuladas, a Comissão Europeia, comunicou, durante a reunião do Grupo de Trabalho relativo à Diretiva do Uso Sustentável de Pesticidas do passado dia 10 do corrente mês a intenção de rever aquele diploma até final do ano, ouvidas as partes interessadas neste processo.

A par com as necessárias alterações legislativas, foi também criado um grupo de trabalho nacional, liderado pela DGAV, para se avançarem com várias ações que possam vir a apoiar o uso de drones na proteção fitossanitária das culturas.

Sobre o assunto, o Ministro da Agricultura e do Mar referiu que ‘É uma excelente notícia para os agricultores. Sinal de que a Comissão acaba por reconhecer que a legislação tem de mudar. Aliás, em Dezembro de 2024 Portugal levou ao Conselho de Ministros da Agricultura uma declaração sobre este assunto, que acabou por ter o apoio unânime. O uso de drones possibilita a aplicação mais precisa de produtos fitofarmacêuticos e uma melhor prevenção de pragas e doenças. Melhora a produtividade e a segurança’’

Fonte: DGAV