Segundo Eric Lambin, membro do Grupo de Conselheiros Científicos Principais da Comissão Europeia, uma mudança nos regimes alimentares é fundamental para combater a obesidade e as alterações climáticas.
A saúde humana está indissociavelmente ligada à alimentação e ao ambiente. O mundo, incluindo a Europa, enfrenta situações de emergência nas três frentes.
O atual sistema alimentar prejudica a saúde das pessoas ao contribuir para a obesidade e destrói o ambiente ao provocar, entre outras, emissões de gases com efeito de estufa e perda de biodiversidade.
Tendo em conta os desafios e os riscos elevados, a revista Horizon planeia uma série de artigos em cinco partes, até ao final de 2023, sobre "alimentação sustentável". O objetivo é realçar as promessas de introduzir melhorias fundamentais neste domínio, nomeadamente com a ajuda da investigação e da inovação.
Atualmente, enfrentamos uma crise de saúde pública, com problemas generalizados de excesso de peso, obesidade e subnutrição, e uma crise ambiental global.
Atualmente, a pecuária é responsável por mais de 14 % das emissões de gases com efeito de estufa provadas pelos humanos, o que representa mais do que as emissões de todos os automóveis e camiões do mundo. A produção de carne, especialmente de carne de vaca, contribui diretamente para as alterações climáticas através das emissões de metano e indiretamente através da conversão de florestas tropicais para pastagens e produção de alimentos para animais. A conversão de florestas não só aumenta as emissões como também provoca a perda de biodiversidade. Imaginamos que a maior parte dos campos verdes por onde passamos são culturas para os humanos comerem, quando, na verdade, dois terços dos terrenos agrícolas do mundo são pastagens e 40% das terras de cultivo são para alimentação animal.
O nosso parecer científico apela a alterações em todo o sistema para corrigir esta situação.
Para a maioria dos europeus, os regimes alimentares deveriam ser mais baseados em vegetais, uma vez que são frequentemente demasiado ricos em carne e produtos lácteos, que têm uma pegada ambiental muito mais elevada do que alimentos à base de vegetais.
Para mudar para um regime alimentar mais saudável e sustentável, recomenda-se o consumo de mais leguminosas, frutas, vegetais, frutos secos e sementes e menos carne, especialmente carne vermelha e transformada, menos alimentos ricos em gorduras saturadas, sal e açúcar, menos snacks com fracas qualidades nutricionais e menos alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas.
O parecer científico recomenda que as medidas políticas destinadas a alterar o comportamento dos consumidores devem centrar-se em todo o "ambiente alimentar". Trata-se de qualquer local onde as pessoas obtêm, comem e discutem a sua alimentação.
Assim, as medidas políticas devem dirigir-se não só aos consumidores, mas também aos fornecedores, fabricantes, distribuidores e retalhistas de alimentos. As competências necessárias para acelerar a transição para regimes alimentares mais sustentáveis e saudáveis estão distribuídas a todos os níveis de governação, desde a UE aos Estados-Membros, regiões e municípios.
A UE pode fornecer orientações, ajustar os subsídios, desenvolver rótulos, expandir o seu regime atual de fixação de preços do carbono, entre outros, e encorajar os Estados-Membros a agirem ao seu nível.
A UE deve adotar uma combinação de políticas complementares baseadas na fixação de preços, informações e regulamentação.
Os regimes alimentares saudáveis e sustentáveis devem ser a escolha mais fácil e mais económica. Os Estados-Membros da UE devem considerar novos incentivos, incluindo a redução do imposto sobre o valor acrescentado aplicável às frutas e aos vegetais, bem como os desincentivos como os impostos sobre a carne e o açúcar.
A prestação de informações fiáveis sobre os impactos ambientais e sanitários dos diferentes alimentos facilita a tomada de decisões saudáveis e sustentáveis por parte dos consumidores. Trata-se de questões como a literacia alimentar, as orientações dietéticas nacionais e a rotulagem na frente da embalagem.
As novas medidas políticas devem também tornar os regimes alimentares saudáveis e sustentáveis mais disponíveis e acessíveis. Significa, por exemplo, a colocação em destaque de produtos saudáveis nos estabelecimentos retalhistas.
O aconselhamento científico apoia a elaboração de políticas com base em dados concretos, através da análise de conclusões científicas sobre um determinado tema, com base em dados científicos de elevada qualidade.
Os conselheiros científicos são intermediários entre a ciência e a política. Devem demonstrar a sua fiabilidade, seguindo um processo transparente e imparcial de análise de provas. O GCSA trabalha em estreita colaboração com o consórcio Science Advice for Policy by European Academies, ou SAPEA. A SAPEA reúne grupos multidisciplinares dos melhores peritos europeus sobre os temas relativamente aos quais o Colégio de Comissários solicita aconselhamento.
Em questões como os sistemas alimentares, em que fortes interesses instalados exercem influência na elaboração de políticas, é essencial fornecer recomendações independentes e baseadas na ciência.
Os consumidores podem contribuir através de decisões de compra bem informadas e coerentes com os seus valores.
Mas os modelos de mudança comportamental reconhecem que a motivação por si só não é suficiente para modificar as dietas. Os consumidores também precisam de ter a capacidade e a oportunidade de adotar novos comportamentos.
Os comportamentos dos consumidores são influenciados tanto por fatores pessoais – como preferências de gosto, atitudes e conhecimentos – como por fatores externos, principalmente o preço, a informação e as normas sociais e culturais.
Todos os fatores devem ser tidos em conta. Daí a necessidade de uma série de medidas diversas que visem todo o ambiente alimentar e que se complementem entre si.
As provas mostram que os alimentos produzidos localmente nem sempre são mais sustentáveis do que os alimentos importados do estrangeiro. Por exemplo, alguns legumes cultivados na Europa em estufas podem utilizar mais energia do que os legumes cultivados em África.
No entanto, para promover o consumo sustentável, a UE poderia restringir as importações de produtos alimentares provenientes de locais onde a produção alimentar causa grandes danos ambientais, por exemplo, alimentos provenientes de ecossistemas ricos em biodiversidade e densos em carbono, culturas que exigem muita água produzidas em zonas com escassez de água e marisco proveniente de unidades populacionais geridas de forma insustentável.
Algumas destas restrições já estão abrangidas pela nova legislação da UE relativa a produtos não associados à desflorestação.
As explorações de pequena dimensão podem ter dificuldade em adaptar-se à nova regulamentação, uma vez que podem não ter capacidade para investir em novas práticas e sistemas de produção.
No entanto, desempenham um papel fundamental em algumas regiões europeias no fornecimento de alimentos, na manutenção de paisagens e na manutenção da atratividade social das zonas rurais.
Os pequenos agricultores nem sempre estão tão bem representados nos diálogos políticos entre as várias partes interessadas como os seus homólogos de maior dimensão. Por conseguinte, as novas medidas políticas devem prever os possíveis efeitos adversos nas explorações de pequena dimensão e ser monitorizadas e revistas periodicamente para garantir que não têm consequências indesejadas.
Como em qualquer processo de transformação, há resistência por interesses instalados que beneficiam do status quo. É fundamental criar um ambiente que permita a todas as partes interessadas trabalhar em prol de uma alimentação saudável e sustentável.
Esta abordagem pode também ajudar a ultrapassar a oposição daqueles que lucram com o sistema atual, incluindo algumas grandes organizações do setor privado com vozes poderosas. Por exemplo, os representantes da indústria alimentar têm muitos mais recursos para defender a sua causa do que, por exemplo, as gerações futuras, criando assim um desequilíbrio no debate.
As organizações da sociedade civil desempenham um papel importante na representação daqueles que não têm voz.
O bem-estar dos animais é uma dimensão ética fundamental da sustentabilidade. É também central para uma perspetiva de "Uma só saúde" que integra a saúde das pessoas, dos animais e do ambiente.
As pessoas adotam regimes alimentares à base de plantas por motivos de saúde, ambientais e/ou de bem-estar animal. As três motivações são igualmente importantes e apontam na mesma direção: diminuir o consumo de produtos de origem animal e diminuir a criação intensiva de animais.
Isto cria uma oportunidade para as empresas que se concentram em produtos de qualidade e em normas elevadas de bem-estar animal. Por exemplo, um imposto sobre a carne enquadrado como uma "taxa de bem-estar animal" pode ser socialmente mais aceitável do que um imposto ambiental.
Fonte: Jornal de Notícias
A Comissão Europeia estabeleceu novos limites para a utilização de nitritos e nitratos como aditivos alimentares.
Os limites mais apertados visam proteger contra bactérias patogénicas como a Listeria, a Salmonella e o Clostridium botulinum, reduzindo simultaneamente a exposição a nitrosaminas, algumas das quais são cancerígenas.
Os limites foram aprovados pelos Estados-Membros da UE com base numa avaliação científica anterior efectuada pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA).
Os limites mais apertados têm em conta a diversidade de produtos e as suas condições de fabrico em toda a Europa. As empresas do sector alimentar dispõem agora de, pelo menos, dois anos para se adaptarem a estes limites.
As substâncias são utilizadas como aditivos alimentares devido às suas propriedades antimicrobianas, principalmente em charcutaria e carne processada, mas também em peixe e queijo. Funcionam como conservantes e são utilizadas para realçar a cor e prolongar o prazo de validade das carnes transformadas.
O nitrato encontra-se naturalmente nos vegetais, com as concentrações mais elevadas nos vegetais de folha, como os espinafres e a alface. Pode ainda entrar na cadeia alimentar como contaminante ambiental na água.
Medidas não chegam a ser uma proibição
Um estudo da Comissão Europeia de 2014 revelou que, com algumas excepções, a quantidade típica de nitritos adicionados a produtos de carne não esterilizados era inferior ao nível máximo estabelecido pela UE. Em 2016, outros trabalhos envolvendo a indústria e diferentes produtos de carne também concluíram que era possível reduzir os níveis máximos de nitritos.
Alguns grupos, como a Foodwatch France, apelaram à proibição da utilização de nitritos e nitratos adicionados aos alimentos. No início deste ano, foi também discutida uma proposta na Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu.
A Comissária Stella Kyriakides, responsável pela Saúde e Segurança Alimentar, afirmou: "Ao estabelecer novos limites para os aditivos nitritos e nitratos nos alimentos, estamos a dar mais um passo nesta direção e a concretizar outra ação importante no âmbito do Plano Europeu de Luta contra o Cancro. Apelo agora à indústria alimentar para que aplique rapidamente estas regras baseadas na ciência e, sempre que possível, as reduza ainda mais para proteger a saúde dos cidadãos.
Aceder aqui ao regulamento que impõe estas novas regras.
Fonte: Food Safety News
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, na sequência de uma investigação no combate à fraude no setor do azeite, realizou, através da Unidade Operacional de Évora, na zona de Beja, uma ação inspetiva visando um operador económico na qual se detetou em flagrante delito, a comercialização de óleo alimentar como azeite virgem extra.
Da ação resultou a instauração de um processo-crime, por fraude sobre mercadorias com a apreensão de 415 litros de óleo alimentar, avaliado 1.450,00 Euros.
Encontrando-se a campanha ainda no início e os preços de mercado do azeite em valores elevados, a ASAE continuará a desenvolver investigações em todo o território nacional, no combate à falsificação e fraude do azeite virgem, salvaguardando assim, a genuinidade do produto e os direitos dos consumidores.
Fonte: ASAE
Autorização para utilização deste pesticida na União Europeia termina a 15 de dezembro. Agricultores e ambientalistas estão em campos opostos.
Os eurodeputados vão debater esta semana a proposta de prorrogar a aprovação do uso de glifosato por mais 10 anos na União Europeia (UE). A medida, a ser discutida com o Conselho e a Comissão na próxima quarta-feira, é controversa e opõe agricultores e ambientalistas.
Ouvida pelo Negócios, a Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) está a favor da continuação do uso deste pesticida na agricultura, alegando que existe um parecer positivo da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, sigla em inglês). "Havendo um parecer favorável desta entidade, que é uma entidade técnica e independente dos governos e dos interesses económicos, a CAP entende que o mesmo deve ser aceite pelos decisores e que o prazo para a sua utilização deve ser estendido, tal como proposto".
Posição diferente tem a ZERO, sublinhando Pedro Horta, técnico desta associação ambientalista na área da Agricultura, que "uma renovação da aprovação irá, previsivelmente, manter o status quo em termos de escala e frequência de uso em espaços rurais e urbanos, e continuação das tendências atuais, sendo improvável que se façam esforços consequentes na redução do uso e dependência destes pesticidas. Caso as preocupações se confirmem, os impactes negativos nas pessoas e nos ecossistemas serão multiplicados".
O glifosato é uma substância ativa utilizada em pesticidas principalmente para combater as ervas daninhas que concorrem com culturas cultivadas. No entanto, em 2017, mais de um milhão de cidadãos assinaram a iniciativa de cidadania europeia «Proibição do glifosato», alegando que pode acarretar graves problemas para a saúde. Nesta linha, uma sondagem recente realizada pela Pesticid Action Network em seis Estados-membros concluiu que dois terços (62%) dos inquiridos consideram que a utilização de glifosato deve ser proibida na UE, enquanto 14% dos cidadãos consideram que a utilização de glifosato deve continuar a ser autorizada.
"O glifosato mantém a classificação da ECHA [Agência Europeia das Substâncias Químicas] enquanto substância que pode causar danos oculares sérios e é tóxica para a vida aquática, com efeitos duradouros", ressalta Pedro Horta. Adicionalmente, "existem evidências que apontam efeitos nefastos para a saúde das abelhas e existe um corpo emergente de estudos que indicia uma multiplicidade potenciais consequências negativas para a saúde humana".
Já em termos de segurança alimentar, a CAP defende que "a produção de alimentos no espaço europeu, incluindo Portugal, tem obedecido aos mais exigentes requisitos de segurança alimentar, desde o prado até ao prato, e tem obedecido também a critérios técnicos e científicos respeitantes ao impacto no ambiente. Seguramente que a prorrogação em causa respeitante ao uso de glifosato está conforme a tais requisitos e critérios".
O glifosato é o pesticida mais utilizado a nível mundial e na UE. Na Europa, representa 33% do volume de herbicidas. Cerca de um terço da área de culturas anuais e metade da área de culturas permanentes é sujeita à aplicação anual de glifosato.
Segundo a ZERO, baseado em dados da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em Portugal, o glifosato é a substância ativa mais comercializada no grupo dos herbicidas, correspondendo a 77,8% do volume de vendas de herbicidas. "O grosso do consumo de glifosato encontra-se no setor agrícola, mas ainda é usado em espaços urbanos para a gestão do crescimento de plantas espontâneas nas ruas e para gestão de espaços verdes", assinala Pedro Horta.
Se a proposta da CE de prolongamento da aprovação da substância ativa glifosato for aceite, os pesticidas contendo glifosato vão continuar a ser vendidos e usados sem condicionantes adicionais previsíveis durante os próximos 10 anos na UE, cabendo aos Estados-membros determinar se determinado produto contendo glifosato é ou não permitido em cada território nacional.
Atualmente, o Parlamento Europeu está a negociar a sua posição sobre um novo regulamento relativo à utilização sustentável dos pesticidas, que propõe objetivos a nível da UE para reduzir a utilização e o risco de pesticidas químicos em 50% até 2030.
Fonte: Jornal de Negócios
A Unidade de Controlo Costeiro da GNR apreendeu, em Esposende, mais de 47 toneladas de sardinha e biqueirão, por terem sido pescados no interior da área do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), anunciou hoje aquela força.
Em comunicado, a GNR acrescenta que foram detetadas sete embarcações a pescar ilegalmente, tendo sido identificados os mestres de cada uma delas.
Foram também elaborados sete autos de contraordenação, por exercício da pesca comercial por embarcação de pesca costeira no parque marinho do PNLN, sendo cada infração punível com coima máxima de 37.500 euros.
Segundo a GNR, foram apreendidos 31.500 quilos de biqueirão e mais de 15.500 de sardinha, que foram vendidos em lota, ficando o valor da venda à ordem dos processos.
No comunicado, a GNR lembra que o PNLN “possui um dos mais elevados índices de biodiversidade do país, sendo que a criação desta área marinha protegida tem como objetivos, entre outros, a conservação da biodiversidade marinha, a conservação dos habitats associados ao ecossistema do estuário, a recuperação das populações de espécies exploradas comercialmente e a exploração sustentada dos recursos do mar”.
“A sardinha e o biqueirão são recursos de interesse estratégico para a pesca portuguesa, para a indústria conserveira e para as exportações de produtos da pesca e do mar, assumindo uma particular relevância em termos socioeconómicos em várias comunidades piscatórias”, acrescenta.
Fonte: Sapo24
Frutas e legumes frescos contaminados com agentes patogénicos de origem alimentar (bactérias, vírus, protozoários, helmintos, etc.) deram origem a numerosos surtos de doenças de origem alimentar, fizeram manchetes e causaram perturbações no comércio em todo o mundo. Para melhor compreender estes perigos e como prevenir e mitigar os riscos, a FAO e a OMS convocaram uma reunião de peritos científicos para identificar e avaliar as intervenções específicas aos produtos utilizadas para reduzir o risco de perigos microbiológicos na produção de frutas e legumes frescos - desde a produção primária até às atividades pós-colheita, transporte, ponto de venda e preparação para consumo. Um novo relatório está agora disponível e fornece orientações, tendo em consideração a eficácia, a praticabilidade e a adequação das várias abordagens utilizadas na segurança das frutas e dos produtos hortícolas.
Prevention and control of microbiological hazards in fresh fruits and vegetables - Part 4: Specific commodities (Prevenção e controlo dos riscos microbiológicos em frutos e produtos hortícolas frescos - Parte 4: Produtos específicos), que constitui o volume 44 da Série de Avaliação do Risco Microbiológico da FAO/OMS, é o relatório da reunião convocada pelo Secretariado das Reuniões Conjuntas de Peritos em Avaliação do Risco Microbiológico da FAO/OMS (JEMRA). Aborda quatro grupos de produtos: produtos hortícolas de folha e ervas aromáticas, bagas e frutos tropicais, melões e frutos de árvore, e produtos hortícolas de semente e de raiz.
Esta avaliação atualiza e expande o trabalho anterior da JEMRA sobre a segurança das frutas e dos produtos hortícolas e apoia o trabalho que está a ser realizado pela Comissão do Codex Alimentarius sobre o desenvolvimento de orientações para o controlo de Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) em produtos hortícolas de folha e em rebentos.
Descarregar o relatório.
Fonte: FAO
O Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia lançou esta segunda-feira, durante a Conferência Final da Joint Action Best-ReMaP em Paris, a primeira versão da FABLE – Food and Beverages Labels Explorer. Esta ferramenta digital pretende facilitar o acesso a informação sobre a composição nutricional dos alimentos e outras informações relevantes presentes na rotulagem dos produtos alimentares.
No momento, a FABLE inclui dados recolhidos durante a EUREMO (EU REformulation MOnitoring) e a Joint Action Best-ReMaP em 18 países, incluindo Portugal. Este primeiro lançamento inclui dados sobre a informação nutricional dos produtos alimentares, e o próximo lançamento agendado para janeiro de 2024, incluirá a lista de ingredientes e outras informações relevantes.
Os dados de Portugal incluem informação relativa a 2116 produtos alimentares, recolhidos entre 2020 e 2021 no âmbito do estudo EUREMO, em 14 categorias alimentares: Pão e produtos à base de pão; Cereais de pequeno-almoço; Bolos e biscoitos; Frutas e hortícolas enlatados e em conserva; Queijos; Produtos de confeitaria; Bebidas energéticas e desportivas; Gelados; Carne e pescado; Refeições pré-preparadas; Molhos e temperos; Snacks salgados; Bebidas açucaradas; Produtos lácteos açucarados e alternativas de base vegetal; e desagregados por subcategorias. Em breve será disponibilizada a informação dos produtos alimentares recolhidos em 2022, no âmbito da Best-ReMaP.
Entre os membros da equipa responsável pelo desenvolvimento da FABLE, está a investigadora e nutricionista portuguesa Joana Dias.
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde tem contribuído para o desenvolvimento desta ferramenta através da recolha de informação relativa aos produtos disponíveis no mercado português, em particular no âmbito da Joint Action Best-ReMaP.
A “FABLE- Food and Beverage Labels Explorer” é uma ferramenta de extrema relevância para apoiar a definição e monitorização de medidas na aérea da promoção da alimentação saudável, em particular as relacionadas com a reformulação dos produtos alimentares e pode ser consultada aqui.
Fonte: Nutrimento
Portugal está a sofrer com a quebra de produção de azeite da última campanha, resultante, sobretudo, da seca extrema e severa. O preço do azeite subiu vertiginosamente e praticamente não existem stocks no mercado. Esta situação tem promovido o regresso do uso dos “galheteiros” em muitos estabelecimentos de hotelaria e restauração.
“A utilização dos “galheteiros” viola a legislação nacional, pois está proibida pela Portaria 24/2005, prejudica o consumidor, que não consegue identificar a origem do azeite, e revela-se manifestamente inadequada em termos de higiene e segurança alimentar e de proteção da saúde dos consumidores”, refere o Presidente da Fenazeites, Aníbal Martins.
O azeite posto à disposição do consumidor final como tempero de prato nos estabelecimentos de hotelaria, de restauração e de bebidas, deve ser acondicionado em embalagens munidas de um sistema de abertura que perca a sua integridade após a primeira utilização ou que disponham de um sistema de proteção que não permita a sua reutilização após esgotamento do conteúdo original referenciado no rótulo.
Ora, os “galheteiros” não garantem a genuinidade do produto, favorecendo a fraude!
A CONFAGRI e a FENAZEITES solicitam, pois, à ASAE um aumento da fiscalização nesta matéria, como forma de garantir a qualidade do produto e defender os esforços das Cooperativas e dos Olivicultores nacionais em prole de um produto tão importante para a economia e gastronomia de Portugal, o Azeite.
Fonte: CONFAGRI
Quando existe alergia ao ovo os sintomas são reprodutíveis, ou seja, os sintomas surgem sempre que há ingestão de ovo ou de alimentos que contenham ovo na sua composição.
Neste artigo, a médica imunoalergologista Marta Chambel explica que o ovo é um dos principais alergénios alimentares nas crianças por ser um dos alimentos que mais causa alergia nesta faixa etária.
As reações alérgicas ao ovo podem ser imediatas (até 2 horas após a ingestão) ou tardias (mais de 2 horas depois de ser ingerido). Os sintomas são variados:
Quando existe alergia ao ovo os sintomas são reprodutíveis, ou seja, os sintomas surgem sempre que há ingestão de ovo ou de alimentos que contenham ovo na sua composição.
A alergia pode ser à gema e clara de ovo ou apenas a um dos componentes do ovo. É mais frequente existir alergia à clara do que à gema do ovo.
Também a forma de confeção do ovo pode influenciar a alergia a este alimento: existe alergia ao ovo apresentado de qualquer forma (cozido, mal cozinhado ou cru) e existe alergia apenas a ovo cru. Isto acontece porque quando é cozinhado, as proteínas do ovo são alteradas, o sistema imunológico não as reconhece e por isso não reage. As pessoas que têm alergia apenas a ovo cru podem e devem continuar a comer ovo cozido.
No entanto, em caso de suspeita de alergia a ovo, não deve voltar a ingerir sob qualquer forma até que seja aconselhado por médico alergologista.
A maior parte das crianças com alergia ao ovo deixa de sê-lo até aos 3 anos de idade.
Nunca devem ser feitas experiências em casa, ou seja, uma criança com alergia a ovo (suspeita ou confirmada) não deve comer em casa para ver se ainda existe alergia.
A ingestão deve ser sempre em meio hospitalar, vigiado por equipa médica e de enfermagem.
Fonte: SapoLifestyle
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