O Conselho da União Europeia propôs, no início de junho, a criação de um regulamento relativo ao material de reprodução vegetal para substituir 10 diretivas relativas à comercialização. Objetivo é simplificar e garantir disponibilidades de alta qualidade.
Atualmente, existe uma diretiva relativa ao catálogo comum de variedades das espécies de plantas agrícolas e 11 diretivas relativas à comercialização de sementes e de outro material de reprodução vegetal, de material de propagação de plantas ornamentais e de material de reprodução florestal, sendo que algumas destas diretivas, como destaca o Conselho no texto da proposta, já datam de 1960. A fragmentação acaba por, segundo a Comissão Europeia, resultar em aplicação divergente por parte dos estados-membros e elevados encargos administrativos, para além de não ser coerente com outra legislação em matéria de fitossanidade.
Com esta proposta, pretende-se simplificar o quadro jurídico por via da harmonização de regras, promover tecnologias inovadoras como a utilização de técnicas biomoleculares, reduzir os encargos administrativos, garantir a segurança alimentar e melhorar a coerência com os controlos oficiais e a legislação fitossanitária.
A proposta abrange as sementes e as outras formas de material destinado à propagação vegetativa de plantas inteiras, mas não o material de reprodução florestal, plantas ornamentais, material de reprodução vegetal exportado para países terceiros ou material de reprodução vegetal destinado a fins não comerciais.
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Fonte:TecnoAlimentar
Um estudo do Instituto Universitario de la Carne y Productos Cárnicos (IProCar) alerta para os efeitos adversos do tofu e do seitan comercializados em Espanha, classificando-os como produtos ultraprocessados com baixa digestibilidade e potenciais impactos negativos na saúde intestinal. Embora estes produtos à base de plantas sejam promovidos como alternativas saudáveis à carne, a sua formulação industrial está longe das versões tradicionais asiáticas e pode induzir inflamação, disbiose e libertação de compostos tóxicos durante a digestão, alertam os investigadores.
O tofu e o seitan são uma variedade de produtos de origem vegetal muito comuns na tradição gastronómica dos países asiáticos, onde são consumidos como parte de uma dieta variada, em conjunto com carne, peixe ou marisco. Por outro lado, nos países ocidentais, estes produtos são frequentemente identificados como análogos ou substitutos da carne e são escolhidos pelos consumidores por razões de bem-estar animal, impacto ambiental ou saúde.
No entanto, como alerta Mario Estévez García, professor de Tecnologia Alimentar na Universidade da Extremadura, “estes alimentos, comercializados em Espanha, são produzidos de uma forma muito diferente dos originais encontrados nos países asiáticos, como por exemplo o tofu, que é um alimento fermentado com muitos benefícios para a saúde. Neste caso, verificámos que tanto o tofu como o seitan presentes nos principais supermercados se enquadram na categoria de alimentos ultraprocessados”.
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Fonte: iAlimentar
Um estudo “pioneiro” conclui que a alga castanha é potencialmente benéfica como um prebiótico funcional que pode modular vias metabólicas.
Investigadores em Espanha e no México analisaramo efeito da Himanthalia elongata inteira encapsulada, também conhecida como erva-de-passarinho, na microbiota intestinal (MI) de indivíduos com sobrepeso num recente estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo.
As fibras alimentares são conhecidas por auxiliar funções corporais essenciais, como trânsito intestinal, saciedade, controlo do açúcar no sangue e metabolismo de gordura. Uma dieta rica em fibras também estimula o crescimento de bactérias intestinais benéficas, como Bifidobacterium e Lactobacillus. As fibras podem ajudar a manter a estabilidade microbiota intestinal, estimulando a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), que regulam a energia, a liberação de hormonas, os níveis de colesterol e a inflamação.
A maioria das fibras alimentares nas dietas ocidentais provém de plantas terrestres, mas a crescente demanda global por alimentos agora está a gerar interesse em fontes sustentáveis de fibras, como algas marinhas, que crescem rapidamente sem precisar de terras agrícolas, água doce ou fertilizantes.
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Fonte: NutraIngredients Europe
A tâmara é uma das frutas mais doces que existe, ganhando fama como o "caramelo da natureza" (principalmente a variedade Medjool) justamente devido ao sabor doce e suave que lembra o caramelo. Além de poder ser utilizada como um adoçante natural, substituindo o uso do açúcar comum, esta fruta é rica em benefícios para a saúde do organismo e o bem-estar geral.
Com diversas variedades e formas de consumo, as tâmaras são uma fruta versátil e nutricionalmente rica, ótima para uma dieta mais equilibrada. Se ainda não experimentou, vale a pena provar esta fruta!
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Fonte: Meteored
Uma investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) isolou, pela primeira vez em Portugal, várias estirpes da bactéria Xylella fastidiosa, associada à doença de Pierce, que apresenta um elevado risco para a agricultura nacional.
Este estudo revela a origem da introdução da bactéria e reforça a necessidade de vigilância desta doença, que pode afetar gravemente culturas como a vinha e o amendoal. Xylella fastidiosa é considerada, pela Comissão Europeia, uma praga de quarentena prioritária, com impactos económicos estimados em mais de 5,5 mil milhões de euros por ano, na União Europeia.
Desde a primeira deteção, em Apúlia, Itália (2013), a bactéria já está presente em quase duas dezenas de áreas demarcadas em Portugal, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Agora, um grupo de investigadores da FCTUC isolou, pela primeira vez em território nacional, a subespécie fastidiosa ST1.
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Fonte: Agroportal
A maioria dos consumidores portugueses considera que os custos associados à produção alimentar sustentável devem ser assumidos pela indústria e pela distribuição, sem impacto direto no preço final ao consumidor. Esta é uma das principais conclusões do inquérito realizado pela Deco PROteste, em parceria com organizações de consumidores europeias como a Euroconsumers, o BEUC e o ICRT.
Realizado no início de 2025, o estudo reuniu mais de 800 respostas em Portugal e destaca a preocupação dos consumidores com a acessibilidade alimentar: nove em cada dez inquiridos afirmaram que a prioridade das políticas agrícolas deve ser garantir alimentos suficientes e estáveis a preços razoáveis. Ainda assim, 40% revelaram dificuldades em pagar as contas do supermercado, e um número idêntico considera que a Política Agrícola Comum (PAC) tem falhado no controlo da escalada de preços. Recorde-se que, segundo a Deco PROteste, o cabaz de 63 bens alimentares essenciais aumentou mais de 25% entre 2022 e 2025.
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Fonte: Hipersuper
Uma empresa acaba de divulgar o seu último White paper. Este detalha os resultados de um estudo que compara a congelação mecânica e criogénica de mais de 1.000 amostras de quatro tipos de produtos de origem vegetal. O documento destinado à indústria alimentar, explica porque é que a congelação criogénica de alimentos feitos a partir de proteínas vegetais preserva melhor a qualidade dos alimentos e reduz a perda de peso do produto em comparação com os sistemas tradicionais de congelação mecânica.
No white paper ‘Maximização da qualidade e rendimento dos alimentos de origem vegetal por congelação criogénica’, os investigadores Sonia Guri Baiget e Maria José Pons Veiga explicam porque é que esta técnica oferece uma solução para os desafios da congelação de proteínas vegetais, cada vez mais utilizadas como alternativa às proteínas animais. De acordo com um relatório da Future Market Insights, o valor de mercado das proteínas vegetais irá crescer 8,6% ao ano, passando de 18,6 mil milhões de dólares em 2024 para 42 mil milhões de dólares em 2034. A Europa irá liderar este crescimento, que está a ser impulsionado por novos estilos de vida alimentares e pela procura dos consumidores por alimentos mais sustentáveis.
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Fonte: Grande Consumo
O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral coorganizou, em Bruxelas, no âmbito do Intergrupo Aviação e Espaço, a Conferência “Maximizar a Utilização de Drones Civis”, durante a qual foram identificados os principais obstáculos regulamentares à utilização de drones no setor agrícola e apresentadas soluções tendo em vista a sua resolução.
Durante a sua intervenção inicial, Paulo do Nascimento Cabral sublinhou que “para além dos seus benefícios ambientais, desde logo por menores emissões de CO2, os drones oferecem também vantagens económicas significativas. Na agricultura, podem contribuir para fazer face à falta de mão-de-obra, mas também otimizar os processos de irrigação e fertilização, monitorizar culturas e animais, e ser utilizados no controlo de pragas, incluindo nas fases mais avançadas do crescimento das culturas, quando os métodos convencionais, como os tratores, já não podem ser utilizados pela destruição que causa”.
Para o Eurodeputado, “os drones não são meros dispositivos tecnológicos utilizados para lazer e fazer bons vídeos e fotos. São ferramentas estratégicas que contribuem para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, apoiam a atividade agrícola, protegem infraestruturas críticas, e fortalecem os sistemas de gestão de riscos e catástrofe. A União Europeia tem ao seu dispor infraestruturas, competência em engenharia e ambição. Contudo, sem uma implementação regulatória acelerada, investimento coordenado e uma mudança de mentalidade corremos o risco de nos tornarmos meros espectadores da transição digital que está a ocorrer nos EUA e na China. Além disso, gostaria de sublinhar que apenas 47,5% das pessoas que vivem em zonas rurais possuem competências digitais básicas. Isto significa que é urgente paralelamente reforçar a literacia digital".
Entre as soluções propostas, Paulo do Nascimento Cabral destacou “a abertura de corredores a baixa altitude para voos além da linha de visão, permitindo operações além do alcance visual fora das zonas aeroportuárias, desde que os dispositivos transmitam constantemente a sua posição, e que os restantes utilizadores do espaço aéreo tenham conhecimento da sua localização. Passar de autorizações caso a caso para regras permanentes reduzirá drasticamente os prazos de autorização de meses para dias e melhorará a vida dos agricultores”.
"Simplificar os processos de aprovação de voos e de certificação de produtos. Alargar a lista de cenários-padrão da UE para que voos de baixo e médio risco possam ser realizados com base numa simples declaração. Permitir que drones de pequena série até à Classe C3 sejam certificados através de controlo interno de produção. Colocar novos modelos no mercado sem que estes tenham de enfrentar barreiras de aprovação desproporcionadas, são apenas alguns passos", foram outras das soluções apresentadas pelo Eurodeputado dos Açores.
Para Paulo do Nascimento Cabral, é igualmente necessário "rever a Diretiva 2009/128/CE para permitir a pulverização de precisão com drones. A proibição da pulverização aérea decidida em 2009 foi concebida para helicópteros e aviões pulverizadores. Os drones de baixa altitude aplicam pesticidas ou agentes de biocontrolo com uma precisão ao nível de centímetros, reduzem o volume de produtos químicos utilizados, diminuem o número de passagens de tratores e evitam a compactação do solo".
O debate intitulado “Drones como facilitadores tendo em vista uma agricultura sustentável e digital”, contou com a participação de Oliver Lichtenstein, Diretor Executivo da Beagle Systems e Vice-Presidente do Conselho Executivo da UAV DACH; Patrick Pagani, Secretário-Geral Adjunto da Copa-Cogeca; Munish Kuharana, Conselheiro Sénior para a Gestão de Tráfego Aéreo Não Tripulado na EUROCONTROL; e Tamme van der Wal, da Universidade de Wageningen, responsável pelo desenvolvimento de aplicações para drones.
No discurso de encerramento da Conferência, Paulo do Nascimento Cabral sublinhou que "ficou claramente demonstrado que os drones podem funcionar como um poderoso facilitador da agricultura de precisão, da sustentabilidade e da inovação. Seja através da otimização dos fatores de produção, da monitorização das culturas ou do acesso a zonas remotas e de difícil acesso, a tecnologia dos drones oferece soluções reais para os desafios concretos dos nossos agricultores. Mas, para que estas soluções sejam amplamente adotadas, é necessário colmatar as lacunas legislativas e de investimento existentes. Além disso, a utilização de drones deve estar associada à conectividade rural, à formação digital e ao apoio aos agricultores que correm o risco de ser deixados para trás na transição digital”.
A sessão encerrou com a assinatura de uma declaração conjunta, da coautoria do Eurodeputado, que sublinha a importância de se aproveitar o potencial dos drones nos diversos domínios estratégicos da União, que será formalmente remetida à Comissão Europeia, nomeadamente aos Comissários Apostolos Tzitzikostas (Transportes), Andrius Kubilius (Defesa e Espaço), Christophe Hansen (Agricultura e Alimentação), Olivér Várhelyi (Saúde e Bem-Estar Animal) e à Comissária Hadja Lahbib (Ajuda Humanitária e Gestão de Crises).
Fonte:Agronegócios
A Direção Geral de Alimentação e Veterinária procede à divulgação do Relatório de Vendas de Produtos Fitofarmacêuticos respeitante ao ano de 2023.
No final do ano de 2023, estavam titulados com autorização de venda em Portugal 1520 produtos fitofarmacêuticos, com base em 313 substâncias ativas. O quantitativo de vendas de produtos fitofarmacêuticos ocorrido durante esse ano teve um decréscimo de 12,9 % relativamente ao ano de 2022.
Consulte aqui o Relatório.
Fonte: DGAV
Em 2024, a União Europeia (UE) tinha 132 milhões de suínos, 72 milhões de bovinos, 57 milhões de ovinos e 10 milhões de caprinos. Em comparação com o ano anterior, todas as populações de gado diminuíram – a população suína diminuiu 0,5%, a bovina 2,8%, a ovina 1,7% e a caprina 1,6%.
Os recentes declínios nas populações de gado reforçaram a tendência de longo prazo na UE. Em comparação com 2014, a população de suínos em 2024 foi 8,1% menor, a de bovinos 8,7% menor, a de ovinos 9,4% menor e a de caprinos 16,3%.
Essas informações vêm de dados sobre a população pecuária da UE , publicados hoje pelo Eurostat.
Leia o relatório aqui.
Fonte: Agroportal
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