A humanidade demorou cerca de 35 anos para descobrir que gases como os CFC’s eram extremamente prejudiciais para a camada de ozono. O uso do DDT como pesticida remonta aos anos 40, sendo conhecidos nessa altura os seus efeitos positivos. Foram necessários mais de 20 anos para serem avaliados e comprovados os malefícios que tal composto causava à saúde humana.
Actualmente existe muito pouca informação e estudos que permitam avaliar o impacte que os organismos geneticamente modificados terão para a saúde humana bem como para o ambiente, ao contrário do acontece com os estudos para a produção dos mesmos. Assim os prováveis efeitos a longo prazo permanecem uma incógnita.
Um provável efeito dos alimentos geneticamente modificados seria a alergia. Outro possível efeito colateral dos vegetais transgênicos seria a migração horizontal do gene introduzido para ervas daninhas ou outras culturas agrícolas plantadas na vizinhança. Numa área de cultivo, a soja modificada, mais resistente ao herbicida poderia transferir o gene da resistência a outras plantas e causar desequilíbrios ecológicos com consequências imprevisíveis. Outra questão fundamental acerca dos organismos geneticamente modificados gira em torno da biossegurança. A toxicidade ambiental ou humana não é facilmente definida porque ainda está em estágio inicial de desenvolvimento.
Outro aspecto a ter em conta é que apenas 10 países respondem por 84% dos recursos para pesquisa e desenvolvimento no mundo e controlam 95% das patentes. Empresas de países industrializados detêm os direitos sobre 80% das patentes concedidas nos países subdesenvolvidos. Quais seriam os efeitos de tão grande dependência? Como ficariam as populações de países em vias de desenvolvimento que não tem condições de sustentar essa nova tecnologia?