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As causas

Como consequência da necessidade de intensificar profundamente a produção agrícola, após as guerras ocorridas na 1ª metade do século XX, a Europa depara-se nos anos 80 com uma situação profundamente difícil.

De facto:

  • Os consumidores que inicialmente apenas exigiam “alimentos”, com o passar dos anos começam a queixar-se da monotonia alimentar e da má qualidade dos produtos que encontravam no mercado;
  • Os agricultores, incentivados numa fase inicial a produzir em grande quantidade, sacrificando os seus animais e as suas plantas de raças e variedades autóctones, começam a ter dificuldade em escoar as suas produções massificadas e indistintas;
  • Os ecologistas, começam claramente a chamar a atenção para as consequências fatais de uma agricultura demasiadamente intensiva, conduzindo ao esgotamento dos solos e à contaminação das águas e das florestas com poluentes químicos excessivamente usados na agricultura;
  • Os técnicos começam a perceber a perda iminente de espécies animais e vegetais, com o consequente empobrecimento da biodiversidade;
  • As próprias instituições comunitárias começam a dar sinais claros da necessidade de mudança, face à exaustão dos recursos naturais e à falência do sistema de apoios que gerava excedentes e perturbações no mercado.

Entretanto, tinham começado a aparecer no mercado comunitário produtos ostentando referências claras a modos de produção diversos, mais compatíveis com a natureza, com a manutenção do ambiente, com a saúde dos consumidores, etc. O uso de menções como biológico, orgânico, natural, biodinâmico, ecológico, tornou-se comum, registando-se uma adesão crescente por parte dos consumidores.

No entanto, e por ausência de regras claras, assiste-se em simultâneo a situações de concorrência desleal, de desorientação dos consumidores e de aproveitamentos oportunistas, senão mesmo fraudulentos, face às diferenças existentes na legislação dos Estados-Membros, ou mesmo pela sua ausência.

Fonte: União Europeia, Comissão Europeia e DGADR (Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural)

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