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Intoxicação neurotóxica por ingestão de bivalves

Esta intoxicação é causada por brevetoxinas, que são produzidas pelo dinoflagelado Ptychodiscus brevis e cujo transvector é um molusco bivalve. Existe principalmente no golfo do México e nas Caraíbas, mas na Península Ibérica houve um surto causado por outro tipo de Ptychodiscus, durante uma «maré vermelha».

 

Estas toxinas causam a despolarização das membranas excitáveis dos nervos periféricos e dos músculos esqueléticos por activação dos canais de sódio, aumentando da sua permeabilidade. As brevetoxinas são muito tóxicas, pelo que as «marés vermelhas» de Ptychodiscus brevises estão associadas à morte massiva da flora e fauna marinha, implicando grandes prejuízos para as indústrias pesqueira, do marisco e turística. A ingestão desta toxina provoca sintomas mais leves do que as da intoxicação paralítica, que poderão ser:
  • parestesias;
  • náuseas, vómitos e diarreia.

Por vezes há também:

  • aperto na garganta;
  • sensação de engasgamento;
  • sensações térmicas paradoxais, em que estímulos de frio são sentidos como queimadura.

 

Fonte: Almeida, Luís Bigotte de, “O Sortilégio de Pandora – O sistema nervoso e os tóxicos”; Lisboa; Gradiva – Publicações, Lda; 2004

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