Portuguese English French German Italian Spanish

  Acesso à base de dados   |   email: qualfood@idq.pt

Vitamina B1 - Tiamina; factor anti-beribéri; aneurina; factor anti-neurítico

Principais Fontes na Natureza

A tiamina ocorre de modo generalizado nos alimentos, mas na maioria dos casos em quantidades pequenas. A melhor fonte de tiamina é a levedura de cerveja seca. Outras boas fontes incluem a carne (porco, cordeiro, vaca), aves, cereais de grão inteiro, nozes, leguminosas, legumes secos e alimentos animais.

 

Nos grãos de cereais, o farelo rico em tiamina é removido durante a moagem do trigo para produzir a farinha branca e durante o polimento do arroz integral para produzir arroz branco.

Estabilidade

A vitamina B1 é instável ao calor, meios alcalinos, oxigénio e radiação.

A hidrossolubilidade é também um factor de perda de tiamina a partir dos alimentos.

 

Cerca de 25% da tiamina nos alimentos é perdida durante o processo de cozedura normal. Podem ser perdidas quantidades consideráveis na água de descongelação dos alimentos congelados ou na água utilizada para cozinhar carnes e vegetais. Para preservar a tiamina, os alimentos devem ser cozinhados num recipiente coberto durante o mais curto espaço de tempo possível e não devem ser mergulhados em água ou aquecidos durante muito tempo. Os sucos e a água utilizada para a cozedura devem ser reutilizados em guisados e molhos.

Funções

A tiamina é essencial para o metabolismo dos hidratos de carbono através da suas funções coenzimáticas. As coenzimas são “moléculas auxiliares” que activam as enzimas, as proteínas que controlam os milhares de processos bioquímicos que ocorrem no corpo. A coenzima da tiamina – pirofosfato de tiamina PFT - é a chave para várias reacções na decomposição da glucose em energia. A PFT actua como coenzima na descarboxilação oxidativa e nas reacções de transcetolização. A tiamina também desempenha um papel na condução dos impulsos nervosos e no metabolismo aeróbico.

Deficiência marginal

Vários inquéritos sobre nutrição mostraram que a tiamina é deficiente num número relativamente grande de pessoas e deve, por isso, ser considerada uma vitamina problema.

 

A deficiência marginal de tiamina pode manifestar-se em sintomas tão vagos como fadiga, irritabilidade e falta de concentração. Situações frequentemente acompanhadas por deficiência marginal de tiamina e que necessitam de suplementação são:

  • A gravidez e a amamentação;
  • Grandes esforços físicos;
  • Elevado consumo de álcool;
  • Elevada ingestão de hidratos de carbono;
  • Certas doenças (disenteria, diarreia, cancro, náuseas/vómitos, doenças hepáticas, infecções e hipertiroidismo).

Deficiência franca

As duas principais doenças relativas à deficiência em tiamina são o beribéri (prevalecente no Oriente) e o síndroma de Korsakoff.

 

O beribéri, que traduzido significa “não posso, não posso”, mostra-se primariamente em desordens dos sistemas nervoso e cardiovascular. Existem três tipos de beribéri: o beribéri seco, uma polineuropatia com grave perda de massa muscular; o beribéri húmido com edema, anorexia, fraqueza muscular, confusão mental e finalmente falha cardíaca; e o beribéri infantil, no qual os sintomas de vómitos, convulsões, distensão abdominal e anorexia aparecem de repente e podem ser seguidos por morte por falha cardíaca.

O beribéri foi em tempos endémico em países onde o arroz polido constituía uma grande parte da dieta, especialmente no sudoeste asiático.

 

Hoje em dia, muitos países fortificam o arroz e outros grãos de cereais de forma a substituir os nutrientes perdidos durante o processamento.

Actualmente é o síndroma de Korsakoff que se encontra com mais frequência. A deficiência é causada por uma combinação de factores, incluindo a ingestão inadequada (como nas situações em que o álcool substitui os alimentos), absorção diminuída e aumento das necessidades. Embora esteja associado ao álcool, o síndroma encontra-se também ocasionalmente em pessoas que fazem jejum ou sofrem de vómitos crónicos. Os sintomas vão de confusão e depressão leves a psicose e coma. Se o tratamento for adiado, a memória pode ser permanentemente afectada.

 

 

Fonte: Roche

Conteúdos